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Alterações do Líquido Pleural
Professor : Thiago Prudente Bártholo
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Porque estudar a pleura ?
Importância da pleura na prática clínica A pleura é acometida por patologias primariamente pleurais e por diversas patologias sistêmicas
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Mondino di Luizzi – Anathomia 1316
Quem descobriu a pleura ? Aristóleles Mondino di Luizzi – Anathomia 1316 Francois Bichat
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De onde vem a pleura ? A pleura , assim como todas as outras cavidades, derivam do celoma que é a cavidade corporal primitiva O celoma por sua vez deriva do mesoderma primitivo Os folhetos pleurais direito e esquerdo são separados desde a sua formação
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Componentes da pleura Pleura visceral x Pleura parietal
A pleura parietal se subdivide em pleura costal, diafragmática, cervical ou cupular e mediastinal. Pleura parietal – circulação sistêmica / inervação sensorial - IVE Pleura visceral – circulação pulmonar / não tem inervação sensorial – IVD
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5-10 ml de fluido que não tem como função
REAL x VIRTUAL !! 5-10 ml de fluido que não tem como função apenas a lubrificação
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Inervação – não há nervo sensitivo
na pleura visceral – se sentiu dor – Acometeu pleura parietal
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Anatomia microscópica da pleura
Tanto a pleura visceral quanto a parietal são cobertas por camada de célula mesotelial repletas de microvilosidades e aderidas umas as outras por desmossomas. Célula mesotelial ??? - O que isso me importa ? processos inflamatórios pleurais e também produz Ácido Hialurônico - mesotelioma Outras 4 camadas submesoteliais formam a pleura – onde se encontram presentes as estruturas capilares, linfáticas e nervosas A pleura parietal é nutrida por ramos de diversas artérias (subclávia, intercostal, mamária e etc) enquanto a visceral é nutrida apenas por ramos das artérias brônquicas / Circulação sitêmica x circulação pulmonar
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A pleura como um espaço de defesa
Diversas citocinas são encontradas na pleura. Muitas delas são produzidas pelas células mesoteliais , e outras situações como presença de processo inflamatório e presença de células malignas. TGF – Beta → Importante papel no desenvolvimento de fibrose pleural , mas também ajuda muito no processo de pleurodese IL-1 , IL-8 e TNF – alfa → Papel fundamental na inflamação pleural
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A guerra de Pressão O fluido pleural é produzido pela pleura parietal originado da circulação sistêmica em áreas onde existe íntimo contato entre a célula mesotelial e os capilares. Não há gradiente de pressão na pleura visceral. Parietal = circulação sitêmica = 30cmH2O Visceral = circulação pulmonar = 10 cm H2O Pressão oncótica nas 2 pleuras = 25 cm H2O Reabsorção ocorre através dos vasos linfáticos novamente pelo lado da pleura parietal. A entrada e saída de fluido do espaço pleural vai depender para onde o gradiente hidrostático – oncótico estará apontando. As junções intercelulares impedem a movimentação de fluido entre o espaço pleural e o interstício pulmonar
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Estoma – Componente fundamental na relação pleuro - linfática
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Estoma ? Linfático ? A presença de linfáticos é menor a D – ICC
Neoplasia e linfoma impedem a reabsorção linfática Quando ultrapassa 300ml o linfático não consegue dar conta - ICC
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LÍQUIDO PLEURAL PLEURA PARIETAL PERITÔNIO INTERSTÍCIO LINFÁTICOS
1)Aumento da pressão oncótica ou hidrostática pela pleura parietal ou visceral– transudato 2)Aumento da permeabilidade capilar na pleura visceral por processo inflamatório – exsudato 3) Redução da reabsorção linfática do espaço pleural – exsudato 4) Sangramento para pleura – hemotórax exsudato 5) Infecção do espaço pleural – 6) Aumento da negatividade da pressão pleural - atelectasia PLEURA PARIETAL LINFÁTICOS CAPILARES LÍQUIDO PLEURAL DIAFRAGMA PLEURA VISCERAL PERITÔNIO INTERSTÍCIO
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Alterações que levam a formação de Derrame Pleural
Alterações nos fatores sistêmicos que regulam o líquido pleural: 1- P. hidrostática capilar ICC (IVD); TEP 2- P. oncótica capilar Hipoalbuminemia 3- Passagem de líquido pelo diafragma Cirrose; Diálise peritoneal 4-Aumento da pressão negativa intrapleural na atelectasia pela redução do volume pulmonar (normal = - 5 cm H2O Alterações nos fatores locais que regulam o líquido pleural: 1- permeabilidade capilar Pneumonia, TEP, doenças inflamatórias 2- Obstrução linfática Câncer; linfoma
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Como avaliar um derrame pleural ?
HISTÓRIA CLÍNICA EXAME FÍSICO IMAGEM AVALIAÇÃO DO LÍQUIDO PLEURAL
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História clínica Assintomático – São geralmente de pequena monta e
não relacionado a causa infecciosa ou neoplásica Dor pleurítica Dispnéia – Quando não há doença pulmonar nem cardíaca geralmente aparece quando já acomete > 50% HT Trepopnéia x Platipnéia x Ortopnéia
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Exame Físico Expansibilidade reduzida Frêmito toraco-vocal diminuído
Percussão maciça Abolição do murmúrio vesicular Egofonia O derrame pleural fica bem evidente ao exame físico quando > ml
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Ausculta da voz sem nitidez de qualidade anasalada
e metálica comparada ao balido de cabra e aparece na parte superior dos DP .
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Exames de Imagem Radiografia de tórax – O exame mais importante
PA , perfil e Laurell (Decúbito lateral com raios horizontais) Tomografia de tórax Ultrassonografia
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Radiografia de tórax Define a presença de derrame pleural
Define se o derrame é ou não puncionável Muitas vezes dá dicas sobre a provável etiologia do derrame pleural
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Os principais achados da
Radiografia de tórax Os derrames pleurais livres acumulam-se nas porções pendentes do espaço pleural. Obliteração do seio costofrênico posterior : PA – 200 ml Perfil – 50 ml Laurell – 5 ml Sinal do menisco – Parábola de Damoiseau Desvio contralateral das estruturas mediastinais Derrame subpulmonar → Rebaixamento ou retificação do diafragma sem obliteração do seio costofrênico
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Opacidade de aspecto homogêneo de borda côncava
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Derrame subpulmonar
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Fibrose pleural
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Hemitórax opaco - Causas
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A importância do Laurell
A incidência em Laurell pode ser feita para D ou para E dependendo do lado do derrame Ajuda a definir se o derrame é livre ou loculado Ajuda a definir se é derrame x espessamento pleural Ajuda a definir se o derrame é ou não puncionável (> 1cm)
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Os principais achados da Tomografia
A tomografia de tórax adiciona pouco no dia a dia da avaliação do derrame pleural e não deve ser solicitado de rotina A tomografia ajuda em casos onde o derrame pleural é pequeno, ajuda na distinção de lesões parenquimatosas periféricas de alterações pleurais e vê bem loculações e espessamentos pleurais Na tomografia o derrame livre é visto como uma opacidade côncava na região pendente do tórax
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Os principais achados da USG
A USG tórax ajuda na detecção de pequenos derrames e auxilia a toracocentese. Os derrames são vistos como uma área hipoecogênica delimitada pela pleura visceral que é uma linha hiperecogênica
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Analisando o líquido pleural
Para analisar o líquido pleural devemos coletar o líquido através da toracocentese Entender o que é e diferenciar dos outros procedimentos na pleura é fundamental
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Quando fazer a toracocentese ?
DP parapneumônico de volume significativo (> 10 mm) Ausência de causa provável ICC : ausência de resolução após 3 dias de diuréticos ou febre ou DP unilateral Toracocentese de alívio
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Como saber se posso puncionar ?
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O que eu preciso para fazer a toracocentese ?
Procedimento simples, bom exame físico antes do procedimento e realizar assepsia. Material a ser utilizado : Seringa de 10 ml ; seringa de 20 ml ; agulhas, xilocaína 0,5% , álcool , campos e luvas estéreis Posição sentada , marcar ponto de intersecção entre a linha axilar posterior com uma linha que circunde o hemitórax na altura do apêndice xifóide ou marcado por USG. Borda superior da costela inferior Recomendado não retirar mais do que 1,5 litros (perigo de edema pulmonar de reexpansão)
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Os cuidados peri-procedimento
Exame de imagem sempre recente Coagulograma e hemograma recentes Sempre perguntar se o paciente faz uso de algum medicamento antiagregante plaquetário ou anticoagulante Sempre solicitar radiografia de tórax após o procedimento
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Biópsia pleural – quando e como fazer ?
Procedimento mais complexo e mais cruento. Material a ser utilizado : Agulha de Cope Sempre fazer na suspeita de neoplasia e tuberculose pleural Cuidados na realização – expiração longa Idealmente obter pelo menos 5 fragmentos de pleura
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Como analisar o líquido pleural ?
Aspectos físicos (cor e odor) Bioquímica: Ptn total e frações, LDH, Glic, pH, amilase, TG, colesterol, ADA e outros Microbiologia: gram, BAAR, cultura Citometria: hemácias, leucócitos totais e diferencial (PMN/MN) Citologia OBS : Se material de biópsia → Fragmento para cultura par BK e análise histopatológica
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Avaliando a cor do líquido pleural ?
Amarelo citrino – Transudato Tingido de sangue / Hemotórax Amarelo- esverdeado - AR Leitoso – Quilotórax ou pseudoquilotórax Marrom – Abscesso amebiano Enegrecido – Aspergilose Dieta parenteral ??
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Avaliando o aspecto do líquido pleural ?
Pus – Empiema Viscoso – Mesotelioma Turvo – Exsudato ou quilotórax Pasta de anchova – Abscesso amebiano
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Avaliando o odor do líquido pleural ?
Pútrido – Empiema com anaeróbio Amônia - Urinotórax
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Principais causas de derrame pleural
Insuficiência cardíaca congestiva Pneumonia – parapneumônicos Câncer Embolia pulmonar Cirrose com ascite Doenças reumáticas Tuberculose pleural
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X TRANSUDATO EXSUDATO Alterações sistêmicas : Alterações locais :
1- P. hidrostática capilar ICC (IVD);TEP (IVD – 20% dos casos) 2- P. oncótica capilar Hipoalbuminemia 3- Passagem de líquido pelo diafragma Cirrose; Diálise peritoneal EXSUDATO Alterações locais : 1- permeabilidade capilar : Pneumonia, TEP (80% dos casos); doenças inflamatórias 2- Obstrução linfática : Câncer; linfoma X
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Detalhes Na suspeita de transudat que vem como exsudato (cirrose, síndrome nefrótica, hipoalbuminemia) corrigir fazendo = Proteína sérica – pleural ; se > 3,1 g/dl deve ser transudato – resolve o problema da perda proteíca Diurético -> Concentra proteína em 2-4 dias e gera pseudo-exsudato
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Causas de transudato e exsudato
TEP Sarcoidose Hipotireoidismo
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QUALQUER UM PRESENTE DEFINE EXSUDATO
Como diferenciar transudato de exsudato ? Proteína pleural / proteína sérica > 0,5 LDH pleural / LDH sérico > 0,6 LDH > 2/3 o limite superior da normalidade QUALQUER UM PRESENTE DEFINE EXSUDATO CRITÉRIOS DE LIGHT
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Características dos transudatos
Proteína < 3g/dl LDH < 200 UI/L Glicose > 60mg/dl Leucócitos < 1000/mm3 Colesterol < 45mg/dl
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Transudatos ICC Cirrose hepática / Hipoalbuminemia
Síndrome nefrótica / Diálise peritoneal Atelectasia / Obstrução de veia cava superior Fístula duropleural – LCR no espaço pleural Pericardite constrictiva
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Insuficiência cardíaca congestiva
Principal causa de derrame pleural Bilateral maior a D com cardiomegalia - Estomas Melhora com diurético, mas lembrar pseudo-exsudato Massa que desaparece após diurético Quando ultrapassa 300ml gera derrame pela extrapolação do limite linfático Parietal – IVE / Visceral - IVD
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Transudatos Síndrome nefrótica -> Geralmente pequeno e bilateral
Atelectasia -> Pequeno derrame por aumento da pressão negativa intrapleural por redução do volume pulmonar; comum em pacientes de CTI Hidrotórax -> 5% dos pacientes cirróticos ; mais comum a D e ocorre por fenestrações do diafragma
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O marcador de fístula duro - pleural
β - 2 transferrina no líquido pleural Complicação cirúrgica
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Causas de Exsudato Derrame parapneunômico Derrame neoplásico
Pancreatite / abscesso subfrênico / pleurite urêmica / Síndrome de Meigs / BK / colagenoses / ruptura esofagiana / Doenças fúngicas / Parasitoses / Sarcoidose/ Vasculites / Mesotelioma / Linfoma /Hipotireoidismo /Pseudocisto pancreático / Linfangioleiomiomatose / TEP / Síndrome da unha amarela / Fístula bilio-pleural
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A análise bioquímica do líquido pleural
Glicose Amilase Colesterol Triglicerídeos Creatinina / Ph / Ácido hialurônico / Bilirrubina / ADA
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Glicose < 60 mg/dl ou glicose P/S < 0,5
Artrite Reumatóide Empiema Câncer Tuberculose Ruptura esofágica LES Síndrome de Churg-Strauss Paragonimíase
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Pleurite reumatóide Glicose consumida / LDH alto / ph > 7,2
Amarelo esverdeado Presença de Ragócitos Geralmente assintomático , 75% unilateral sem predileção de HT Pode estar presente na ausência de artrite, mas geralmente aparece após os sintomas articulares e não esta relacionada com gravidade da AR.
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Paragonimíase Glicose mais baixa de todas (<10 mg/dl geralmente)
LDH alto / Ph baixo / Leucócitos < 2000 células / Eosinofilia Parasitose causada pelo Paragonimus Westermanni 60% dos pacientes com forma pulmonar desenvolvem DP Comum no Sudeste da Ásia
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Glicose alta ? Diálise peritonial Glicose > 300mg/dl
Além de proteína < 1g/dl
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Amilase P/S > 1,0 Pancreatite aguda Pseudocisto pancreático
Pancreatite crônica com estenose ductal Ruptura esofágica Câncer Gravidez ectópica rota
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Pancreatite aguda Principal causa gastrointestinal levando a DP
Exsudato inflamatório invade os linfáticos peripancreáticos que se comunicam com o espaço pleural levando a DP em 15% dos casos Amilase alta / Predomínio de PMN Mais comum a E Marcador de gravidade – mais comum na forma necrozante
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Fístula Pancreático pleural
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Ruptura esofagiana Amilase aumentada de origem salivar
Ph baixo mesmo em uso de omeprazol (PMN ?) – ph < 6 – sugere muito !! Pode apresentar partículas de alimentos no DP Esôfago inferior – E / Acima do esôfago médio – D Comum ter hidropneumotórax e pode ter pneumomediastino Caso grave pp quando detectado tardiamente
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Quilotórax Triglicerídeo acima de 1,2 mmol/l ou 110mg/dl
Presença de quilo no líquido pleural originado no ducto torácico Principais causas são iatrogênica ( cirurgia torácica) , trauma, linfoma, linfangioleiomiomatose, sarcoidose, congênito, síndrome da unha amarela e outros Líquido leitoso Na investigação realizar Tc de tórax para avaliar mediastino e ducto torácico
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Quilotórax espontâneo por exercício
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Linfangioleiomiomatose
Doença de mulher em idade reprodutiva Quilotórax aparece em quase 30% dos casos
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Síndrome da unha amarela
Tríade : Unha amarela , linfedema e derrame pleural Presença de 2 dos 3 acima Acredita-se ser uma doença causada por alterações linfáticas Ocorre problema da reabsorção linfática no espaço pleural Pode ser 1 ou 2 a neoplasias e doenças auto-imunes
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Pseudoquilotórax Colesterol acima de 300 mg/dl
Pode ter triglicerídeo aumentado e não há quilomícrons Relação colesterol / tg > 1 Podem ser encontrados cristais de colesterol Aspecto macroscópico parecido com o do quilotórax Ocorre em derrames pleurais que fiquem por muito tempo encarcerados – como ocorre na TB e AR
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Bilirrubina aumentada
Pensar sempre em fístula bilio-pleural devido a complicação de derivação biliar transhepática utilizada na obstrução do trato biliar Em casos dramáticos pode haver presença de cálculo biliar no espaço pleural
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Derrame pleural hemorrágico
Trauma Neoplasia Embolia Pulmonar Tuberculose Anticoagulantes Endometriose Ruptura Aorta
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Hematócrito do LP > 50% do Htc sangue
Hemotórax É um dado conceitual : Pp. Causa trauma Hematócrito do LP > 50% do Htc sangue Sempre drenar o tórax e reposição volêmico Hemotórax maciço – Acúmulo rápido > 1500ml Toracotomia – Instabilidade ; > 1500ml direto; > 200ml/h por > 2-4 horas da primeira drenagem
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Derrame pleural no TEP Responsável por inúmeros casos de DP sem diagnóstico Exsudato → Aumento da permeabilidade dos vasos pulmonares a fluido e proteína Transudato → Raro; presença de insuficiência ventricular direita Na confirmação de TEP realizar toracocentese apenas se houver febre ou aumento diário do DP
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Dissecção aorta torácica
Quadro catastrófico Pode ser bilateral ou somente a esquerda Atentar para DP associado a dor torácica ou dor em dorso
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Adenosina Deaminase Famoso ADA
Enzima que participa do processo de metabolização das purinas Adenosina acima de 60 U/L → Lembrar sempre de TB pleural Outras causas de ADA elevado → Empiema , AR, carcinoma, mesotelioma e linfoma ADA alto = TB ???? → Questionável !!! ADA alto, > 75% mono e < 35 anos → Mais confiável , mas sempre bom ter biópsia
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Tuberculose pleural Uma das principais causas de TB extrapulmonar
Principal causa de TB extrapulmonar em não HIV Principal causa de derrame pleural exsudativo em algumas regiões do mundo
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Tuberculose pleural Geralmente amarelo citrino , mas pode ser hemorrágico Geralmente unilateral e de pequena a moderada monta Altos níveis de proteína / Linfocitose > 85% / < 5% células mesoteliais Início pode ter predomínio de Polimorfonuclear Interferon gama aumentado
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Tuberculose pleural BAAR do líquido → 4% positivo Cultura do líquido → Aumenta para 70% Cultura e análise histológica de material de biópsia → 90% HIV positivo → Aumenta a chance de detectar BAAR positivo , mas reduz a chance de detectar granulomas HIV positivo → Anergia mais comum
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Tuberculose pleural Pode estar ou não acompanhada de TB pulmonar 30% dos casos tem achado radiológico no parênquima pulmonar ipsilateral Mais comum em adultos jovens , mas pode acometer qq idade e acomete 3x mais homens Febre, tosse, dor ventilatório dependente e dispnéia são os principais sintomas BAAR do escarro sem doença pulmonar raramente positivo
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Tuberculose pleural Na grande maioria dos casos resolve sem tratamento em 2-4 meses Entretanto, é importante tratar , pois 65% dos pacientes irão desenvolver TB pulmonar nos próximos 5 anos caso não tratados O derrame pode aumentar no primeiro mês de tratamento não sendo considerada falha terapêutica RIPE por 6 meses → Todos os pacientes inclusive HIV positivo
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Tuberculose pleural Complicações : Principal → Espessamento pleural Outras : Empiema tuberculoso e infecção da parede torácica
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Ácido hialurônico aumentado
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Mesotelioma pleural Tumor maligno das superfícies serosas sendo a principal neoplasia maligna da pleura Íntima relação com asbesto Homens mais acometidos pela exposição ocupacional Fibras de asbestos levam a irritação pleural , liberação de radicais livres e ativação de proto-oncogenes Dispnéia e dor torácica são os principais sintomas
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Mesotelioma pleural Na análise histológica é difícil diferenciar de adenocarcinoma do muitas vezes de análise de imunohistoquímica A imagem radiológica pode demonstrar derrame pleural, massa pleural relacionadas ao mesotelioma e outros sinais de exposição ao asbesto como presença de placa pleural. Média de sobrevida é de 9-12 meses Cirurgia, quimioterapia e paliação para dor
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Urinotórax Presença de urina no espaço pleural
Odor e aspecto característico Creatinina elevada (maior que a sérica) / ph baixo / glicose baixa / LDH alto Principal causa → Uropatia obstrutiva bilateral ou em decorrência de lesões traumáticas
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Urinotórax
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E o ph ? Ph normal = 7,4 – 7,6 A análise do líquido da primeira punção é mais fidedigno Evitar demora na análise do material Relembrar causas de ph baixo Importante no empiema
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Citometria do líquido pleural
Predomínio de polimorfonuclear → Parapneumônico Predomínio de mononuclear → Neoplasia e TB Predomínio de eosinófilos → Pneumotórax e hemotórax, além de Churg Strauss, linfoma, asbestose, induzido por droga, parasitose e outros. Não se sabe porque, mas ar e sangue geram reação inflamatória com > 10% de eosinófilos
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Derrame pleural neoplásico
Achado relativamente comum na prática clínica Dispnéia e tosse . Dor geralmente aparece quando ocorre envolvimento da parede torácica. Geralmente de médio a grande monta 1/3 dos casos apresentam ph e glicose baixas – pior prognóstico, pior resposta a pleurodese e maior probabilidade da citologia ser positiva Citologia pode definir o diagnótico , mas sempre realizar biópsia na suspeita
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Adenocarcinoma
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Derrame pleural neoplásico
A biópsia fechada é mais útil na doença difusa. Em doenças ainda em estágios iniciais a realização de biópsia pleural por pleuroscopia é mais indicada. Principais causas de derrame neoplásico são : Linfoma, Mama e Pulmão
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Pleurodese Principal indicação é a presença de um derrame pleural
sintomático , recurrente especialmente se houver desvio mediastinal Principais objetivos são o alívio da dispnéia e retirada dos riscos da toracocentese de repetição Contraindicado em paciente com comorbidades em estágios graves como DPOC e coronariopatia. DP bilateral deve ser bem avaliado. Nunca realizar pleurodese simultânea
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Pleurodese Principais agentes esclerosantes são talco, pasta fluida
e doxiciclina As principais complicações são edema de re-expansão, pneumonite e ativação do sistema de coagulação A pleurodese pode ser repetida com incremento das doses de talco em pacientes com bom status performance e que tenham recidivado o derrame
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Derrame pleural parapneumônicos
Importante síndrome clínica com grande morbi-mortalidade Afeta qualquer idade, mas com predileção por idosos e crianças . Principais grupos : DM , alcoolatra e usuários de droga DP em pneumonia nosocomial apresenta prognóstico pior Puncionar todos ? > 10 mm ou não melhora
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Derrame pleural parapneumônico
Complicado X Não complicado Complicado Não complicado LDH > LDH elevado Glicose < Glicose > 60 ph < 7, ph > 7,3 PMN > 100 mil PMN < 10 mil Gram e cult Gram e cult - EMPIEMA
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Derrame pleural parapneumônicos
Principais agentes : S. Pneumoniae Outros : Stafilo , gram negativos ( H. Influenza, E. Coli, Pseudomonas e Klebsiella) Anaeróbios → Insidioso, perda de peso e febre menos proeminente. Má higiene bucal e pneumonia aspirativa. Empiema nosocomial → Stafilo e gram negativo Lembrar que atípicos não causam derrame pleural Pneumocistose raramente gera DP – causas HIV (Kaposi)
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Derrame pleural parapneumônicos
Comum a presença de loculações nos exames de imagem Sempre iniciar antibiótico e caso complicado realizar drenagem torácica Uma opção na presença de loculação é a prescrição de fibrinolíticos intrapleural – hemorragia e dor pleurítica são complicações.
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Indicações de drenagem torácica
Líquido pleural loculado pH < 7,20 (< 7,0) Presença de bactérias (Gram e cultura) Derrame francamente purulento
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Conduta Toracocentese (ph/ glicose/ LDH / Proteína/ Gram e cultura)
Não purulento Purulento pH < 7,2 Glicose < 40 ou Gram e/ou cultura (+) pH > 7,2 Glicose > 40 Drenagem e antibiótico Observação 24-48h Reavaliação Nova toracocentese Melhora: manter conduta Piora: discutir procedimento cirúrgico Piora Melhora: manter conduta
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Os procedimentos cirúrgicos
30% dos pacientes com empiema irão necessitar de algum procedimento cirúrgico Toracotomia com decorticação – Retirada de de tecido fibroso e coágulo da pleura visceral retirando pus e fibrose da cavidade pleural – evita sepse e permite re-expansão pulmonar – procedimento com morbidade e muita dor pós operatória Mini toracotomia → Incisão menor e realiza procedimento acima
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Os procedimentos cirúrgicos
VATS → Bem tolerado e com baixa complicação, com baixa morbidade e tendo que virar toracotomia em 8% dos casos Drenagem aberta com retirada de costela – indicado em pacientes com alto risco cirúrgico. Retirada de 1-3 costelas na parte inferior do empiema que drena direto a uma bolsa de colostomia Eloesser – Toracostomia com janela aberta formando um pertuito entre a pele e o espaço pleural
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Outras causas de derrame pleural
Pós operatório Induzido por droga – principais são nitrofurantoína, amiodarona, Isotretinoina e outros Lúpus eritematoso sistêmico Causas ginecológicas
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Pós operatório Qualquer cirurgia abdominal e torácica podem levar a DP incluindo transplantes – geralmente assintomático e poucos dias após cirurgia e auto-limitado Muito comum após cirurgia cardíaca de revascularização. Pode ser precoce que é geralmente E e de pequena monta. Hemorrágico e gerado por trauma. O tardio geralmente é extenso, sintomático com aspecto seroso, predomínio linfocítico e de provável mecanismo imunológico. Dressler → Síndrome pleuro-pericardica após dias a meses após IAM. Mecanismo imunológico . Derrame PMN ,hemorrágico , geralmente pequeno e a E
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Lúpus eritematoso sistêmico
DP faz parte dos critérios de diagnóstico 30-50% dos pacientes LES apresentam DP Geralmente acompanhada de acometimento difuso LDH normal / Glicose discretamente reduzida FAN Célula LE
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Causas ginecológicas Síndrome de Meigs – retira tumor some DP
Tumor benigno do ovário Endometriose complicada – Piora no período menstrual e apresenta CA-125 aumentado no DP Hemotórax catamenial – hemotórax D relacionado com período menstrual e endometriose pélvica complicada
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Derrame pleural de causa indefinida
Em torno de 15% dos casos Sempre revisitar a história Acompanhar
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X
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OBRIGADO !!!
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