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Esta apresentação conta a história de uma jovem chamada Mona.

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1 Esta apresentação conta a história de uma jovem chamada Mona.
Uma história real ocorrida no Irã num passado recente. Em contraposição a episódios de violação de direitos humanos e perseguição religiosa, - Fé e Paciência, Heroísmo e Coragem.

2 Todas as histórias são de amor.

3 “Creio no direito à solidariedade e no dever de ser solidário.
Creio que não há nenhuma incompatibilidade entre a firmeza dos valores próprios e o respeito pelos valores alheios...” José Saramago

4 Existe o coração, e existem os anseios da alma Algumas histórias devem ser contadas Algumas histórias necessitam ser conhecidas...

5 - O Anjo de Shiraz - Quão longe você iria pelos teus ideais?
(uma história real) Quão longe você iria pelos teus ideais?

6 A cidade de Shiraz, localizada ao sul do Irã,
é conhecida por sua beleza e pelo seu significado histórico.

7 Nos arredores da cidade se localizam as ruínas milenares
de Persépolis e Pasárgada...,

8 ...e as tumbas dos imperadores persas
Dario e Ciro.

9 “Nem mesmo sete mil anos de alegria
Em Shiraz nasceu Hafez, consagrado poeta do século 15, que escreveu: “Nem mesmo sete mil anos de alegria podem justificar sete dias de repressão.”

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11 Esta apresentação é sobre a história de uma família de Shiraz...

12 - PARTE I - OS PRIMEIROS ANOS

13 O casal Mahmudnizhad nutre um amor e um carinho intenso por todos, e sua presença transmite serenidade e ternura.

14 No ano de 1959, nasce Taraneh, a primeira filha do casal.
Algum tempo depois, em 10 de setembro de 1965, nasce Mona. Mona e seu pai, em 1967

15 Seu pai, repete constantemente:
O nascimento de Mona é motivo de uma felicidade especial para sua família. Seu pai, repete constantemente: “Mona é a nossa alegria e o nosso desejo.”

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17 Desde pequena, Mona manifesta uma radiância singular, e sinais de refinada sensibilidade e afeto.

18 E, como não poderia ser diferente, sua família a ama profundamente.

19 Desde a mais tenra idade, ela é rodeada pelo mais puro e intenso amor,
- um amor que acolhe, e ao mesmo tempo educa para a vida...

20 (escreveu certa vez um poeta)
A razão de viver é amar e ser amado (escreveu certa vez um poeta)

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22 O passar dos anos transforma Mona na bela adolescente que continua a cativar os corações de todos os que a conhecem.

23 Quando chega na escola, as crianças pequenas freqüentemente se juntam ao seu redor, apenas para estarem ao seu lado.

24 Os colegas de classe nutrem uma carinhosa admiração e os professores se encantam com a aluna exemplar que se sobressai nas tarefas escolares.

25 Desde cedo, ela manifesta um apreço especial pelas atividades artísticas,
especialmente pela música, dedicando-se apaixonadamente ao canto, com sua bela voz.

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27 Ao rever os amigos próximos, seus olhos enchem-se de lágrimas,
e ela se apressa para abraçá-los carinhosamente. A sua presença cativa, transmitindo ânimo e conforto aos corações dos amigos.

28 Estas qualidades fazem com que Mona venha a ser conhecida pelo carinhoso apelido de
o “Anjo de Shiraz”.

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30 Os anos se sucedem, e o mesmo tempo que embranquece os cabelos do pai
transforma a filha numa jovem de notável beleza, de longos cabelos castanhos e lindos olhos verdes...

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32 São dias de plena felicidade para a família,
com o céu aberto do amor a cobrir-lhes de bênçãos...

33 Dias de paz, de ternura, de enlevo...

34 Desde jovem, Sr. Mahmudnizhad nutria um sentimento de busca, uma sede espiritual a impulsioná-lo rumo àquilo que confere um sentido maior à vida.

35 A sua busca o conduziu até a Fé Bahá’í,
religião que abraçara e que professa com paixão e alegria.

36 Alguns dos princípios da Fé Bahá’í são:
- A Revelação Progressiva: há um só Deus, e todas as manifestações religiosas derivam sua inspiração de uma única Fonte; - Igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres; - Eliminação dos extremos de riqueza e pobreza; - Eliminação dos preconceitos; - Unidade da Humanidade; - Educação universal.

37 Uma flor é bela, não importa em que jardim floresça...
"A luz é boa, não importa em que lâmpada brilhe, Uma flor é bela, não importa em que jardim floresça... Todas as religiões provêm de um mesmo Deus..." dos Escritos da Fé Bahá’í

38 "Ser bahá'í significa simplesmente ter amor a todos;
amar a Humanidade e esforçar-se por servi-la, trabalhar pela paz e a fraternidade universais." dos Escritos da Fé Bahá’í

39 Sr. Mahmudnizhad é um dos professores mais queridos na escola bahá’í onde passa a ministrar aulas.
Seguindo seu exemplo, Mona, ainda muito jovem, torna-se professora das crianças menores, instruindo-as no desenvolvimento de virtudes e qualidades espirituais. Mona concilia, assim, o amor que nutre pelas crianças com a alegria de poder compartilhar da mesma atividade de serviço que seu pai.

40 "Considerai o homem como uma mina rica em jóias de inestimável valor.
A educação tão somente pode faze-la revelar os seus tesouros e habilitar a humanidade a tirar dela algum benefício." dos Escritos da Fé Bahá’í

41 Mona e seu pai parecem conversar em silêncios de amor, dispensando o uso das palavras.

42 Os amigos próximos sentem que o território onde se movem este pai e esta filha, mais do que apenas familiar, é de algum modo celestial e inacessível.

43 Muitas vezes, filha e pai sonham o mesmo sonho.

44 E nestes sonhos visitam os Locais Sagrados da Fé que abraçam,
passeando por entre floridos alamedas e jardins. Detalhe dos jardins Santuário Bahá’í, cidade de Ákka, Israel

45 Filha e pai caminhando lado a lado.
Contemplação, enlevo. O amor divino a permear seus corações.

46 “Ó Filho do Homem! Amei tua criação; por isso te criei. Ama-Me, pois,
para que Eu possa mencionar teu nome e te inundar a alma com o espírito da vida.” dos Escritos da Fé Bahá’í

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48 A paz e a serenidade destes sonhos em nada anunciam os tempos de adversidades que se aproximam...

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50 - PARTE II - UM MUNDO EM CHAMAS

51 Fevereiro de 1979 Manifestações populares em todos os pontos do país anunciam o colapso do regime monárquico, e o estabelecimento da República Islâmica no Irã.

52 A despeito do fato do Islamismo ensinar a tolerância e incentivar, como todas as outras religiões, o amor fraternal, o que se segue à Revolução Islâmica e à tomada do poder pelos muçulmanos xiitas trilha o rumo oposto a tais ensinamentos.

53 Da pureza original do Islã, pouco, ou quase nada, restava, fazendo acreditar que os tempos previstos pela seguinte profecia, atribuída ao próprio Profeta Muhammad, haviam chegado...:

54 “Virá um tempo em que nada restará do Alcorão, a não ser a sua escrita, e nada do Islã, a não ser o seu nome...”

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56 Com a criação da República Islâmica, a suprema liderança, - tanto política quanto religiosa -, do país é entregue ao fanático clero muçulmano. Não tarda para que uma violenta perseguição seja iniciada contra todos aqueles que professam uma crença religiosa outra que não o Islã, sendo a perseguição aos membros da Comunidade Bahá’í especialmente severa.

57 Foto do Santuário Bahá’í mais sagrado localizado no Irã, na cidade de Shiraz.
Casa do Báb ( ), profeta precursor da Fé Bahá’í.

58 - O novo governo, recém empossado, determina que a propriedade seja confiscada.
Março de 1979 - Sob determinação do Departamento de Assuntos Religiosos, o Santuário é completamente destruído. Setembro de 1979

59 Ontem, Santuário Sagrado,
Hoje, alvo de vândalos, a reduzi-lo a pó e ruínas...

60 “Deus ordena a justiça e a bondade.
Justiça é formosura e bondade é gentileza.” Tradição Islâmica

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62 Depois da destruição, Mona, acompanhada pelo seu pai, visita o que, há pouco, era um belo santuário, agora arrasado e devastado pela intolerância religiosa...

63 A visita causa um profundo impacto sobre Mona,
cada pequeno detalhe das ruínas do santuário é motivo de profundo pesar e dilaceramento interior.

64 Após a visita, ao retornar para sua casa,
Mona pede permissão à sua mãe para não retirar os sapatos antes de entrar, pois encontram-se cobertos, afirma, do pó do que sobrou do Sagrado Santuário.

65 Recolhe-se em prantos no seu quarto,
e passa a escrever uma longa e poética redação sobre o que sente naquele momento.

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67 - PARTE III - A NOITE ESCURA

68 Último ano escolar, exame de inglês no dia seguinte.
23 de outubro, 1982 19:00 horas Mona está em casa, juntamente com seus pais. Taraneh, sua irmã, já se casou e não mais mora com eles. Último ano escolar, exame de inglês no dia seguinte. Tocam a campainha. O pai de Mona se dirige até a porta.

69 Quatro guardas revolucionários, munidos de determinação judicial, invadem a sala.

70 enquanto os demais revistam e vasculham meticulosamente a casa.
Mona e seus pais recebem ordens para permanecerem sentados na sala, sob a mira de um dos guardas, enquanto os demais revistam e vasculham meticulosamente a casa.

71 Será uma noite longa...

72 Passado algum tempo, completam a busca.
Empilham os materiais que levarão na sala: livros, documentos, papéis. Do quarto de Mona, os guardas separaram diversos cadernos onde ela tem por hábito anotar poemas e redações sobre a vida, a liberdade, e o amor...

73 A mãe de Mona entra em desespero quando os guardas informam que irão levar presos Mona e seu pai.
Quanto ao marido, em face das arbitrariedades que vinham sendo praticadas pelo país afora, ela já poderia esperar a detenção, mas jamais sonhara que também lhe fossem querer levar a filha.

74 Aflita, pergunta por que pretendem levar sua filha, o que os motivou a tal decisão, uma vez que ela tem apenas dezessete anos.

75 “Veja só o que encontramos no quarto dela...!
Um dos guardas responde, apontando para um dos cadernos de Mona que contém algumas das suas redações: “Veja só o que encontramos no quarto dela...! Com seus escritos, ela irá incendiar o mundo...!”

76 “Com seus escritos, ela irá incendiar o mundo...!”
Mona tem apenas dezessete anos de idade, e, como os seus próprios agressores constatam, há Vida nos seus passos, e a chama do Amor ilumina os seus dias.

77 Mona e seu pai mantêm a serenidade.
Ela ainda tenta consolar a mãe banhada em lágrimas: “Mãe, por que lamentas? Que crime eu cometi? Por acaso encontraram algo de ilegal na nossa casa...?”

78 Ordens são dadas à sua mãe para que permaneça em casa.
Mona e seu pai têm os olhos vendados e são conduzidos até a viatura que na rua espera. Ordens são dadas à sua mãe para que permaneça em casa. O barulho da viatura desaparece, cedendo lugar ao silêncio da noite escura.

79 Em tais circunstâncias, que pode um ser humano fazer,
A mãe de Mona permanece em pé, sem saber o que fazer, sem saber o que pensar. Em tais circunstâncias, que pode um ser humano fazer, senão orar...?

80 “Acende na tua alma o Fogo do Amor:
Queima totalmente pensamentos e palavras no seu calor.” Rumi, poeta persa

81 “Acende na tua alma o Fogo do Amor:
Queima totalmente pensamentos e palavras no seu calor.” Rumi, poeta persa

82 - PARTE IV - BRASA SOB CINZAS

83 No meio da noite, a viatura segue seu trajeto até a prisão de Seppah.

84 Tão logo chegam à prisão, Mona e seu pai são separados.
Ela é conduzida por um longo corredor até um recinto escuro, onde a venda é removida.

85 É quase meia-noite, está tudo escuro.
Um pássaro novo longe do seu ninho, em meio ao vendaval que tudo dispersa.

86 Mona se ajeita num canto da cela,
tem em mente o rosto preocupado de sua mãe e começa a orar por ela.

87 Será uma noite longa...

88 A primeira manhã na prisão começa a clarear.
Uma das prisioneiras se aproxima e pergunta por que ela havia sido presa. Mona responde que foi presa pela sua religião, por ser bahá’í.

89 No decorrer dos próximos dias, centenas de outros seguidores da Fé Bahá’í, por todo o país, também são presos em circunstâncias parecidas.

90 Logo, outras bahá’ís começam a fazer companhia a Mona, na prisão de Seppah.

91 Mona acolhe as novas prisioneiras com ternura.
Encontra no cárcere uma segunda família.

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93 O destino havia colocado lado a lado aquelas mulheres.

94 Mulheres que deixariam a sua marca na história espiritual da humanidade...,

95 por meio de uma fé inabalável,
...ao transmutar, por meio de uma fé inabalável, fragilidade em força.

96 Fortaleza espiritual dirão alguns. Porém, palavras são falhas para relatar os sacrifícios que elas honraram suportar.

97 Num tempo futuro, possivelmente livros virão a ser escritos, e filmes rodados, contando a sua história...

98 ...sem conseguirem transmitir, no entanto, a ínfima parte da dignidade e do heroísmo que elas vivenciaram.

99 É na noite escura que se abre uma nova visão de Deus e do significado da vida.
Em tempos de severa provação, o ser humano descobre que é dotado de reservas que não sonhava que possuía.

100 Existem riquezas que andam escondidas no fundo da alma...
... - a matéria-prima do amor -, que se nutre do silêncio, e que se revela no brilho do olhar.

101 É no meio da noite mais escura que o ser humano descobre que o contrário do medo não é a coragem,
mas a fé.

102 É a fé que remove montanhas, e que permite suportar as mais violentas adversidades.

103 Diante das durezas do encarceramento,
a fragilidade própria das mulheres. E também a sua força.

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105 Após tais interrogatórios, serão soltas, ou condenadas à morte.
As prisioneiras são submetidas a um processo de vários interrogatórios, realizados por uma Corte islâmica e seus juízes. Após tais interrogatórios, serão soltas, ou condenadas à morte.

106 Com o cego fanatismo a privar completamente os acusadores da capacidade de julgar, os interrogatórios se resumem a sessões de abusos verbais e humilhações. A única intenção das longas sessões é fazer com que elas neguem a sua religião, os ideais de vida que abraçam.

107 A escuridão do cárcere As seguidas humilhações O silêncio da noite por testemunha...

108 Instigantes, delicadas, profundas.
Mulheres, em meio a um tribunal formado por homens. Elas não somente recusam a negar a sua fé, mas saem de cada sessão de interrogatório com a sua fé renovada.

109 Acolhem em seus corações o sofrimento umas das outras.
Mães, filhas e irmãs unidas por vínculos de parentesco espiritual, a compartilhar as dores daqueles que, em todos os tempos, recusaram-se a se deixar dobrar pelas injustiças...

110 Quando ameaças verbais não surtem o efeito desejado,
calculam os acusadores, quem sabe a violência física não logre em obter êxito.

111 Não tarda para que as sessões de interrogatório passem a comportar severo espancamento físico.

112 Rastos de sangue a pintar os corredores e as celas.
Não tarda para que as sessões de interrogatório passem a comportar severo espancamento físico. Rastos de sangue a pintar os corredores e as celas.

113 machucar em sangue vivo um coração...
Uma coisa, porém, é agredir o corpo físico, castigar com bastonadas a sola dos pés, criados para caminhar..., machucar em sangue vivo um coração...

114 - inquebrantável por mãos alheias, intocável pelo fogo exterior,
Outra coisa é tentar quebrar uma alma inflamada com o espírito da vida..., - inquebrantável por mãos alheias, intocável pelo fogo exterior, livre, mesmo no cárcere, eterna amante da Justiça.

115 Os agressores haviam se esquecido de uma antiga lição:
Quanto mais se esmaga o grão, mais ele germina e frutifica...

116 Quanto mais se esmaga o grão,
mais ele germina e frutifica...

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118 Fim da primeira parte (continua...)

119 Formatação:

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