Carregar apresentação
A apresentação está carregando. Por favor, espere
1
Saúde mental Letícia M. Furlanetto
Profa. Associada - Depto de Clínica Médica Universidade Federal de Santa Catarina
2
Capacitação para prescritores e dispensadores da PMF
Objetivo do curso: O uso racional de psicofármacos Novas medicações (apresentações) que serão fornecidas pela PMF
3
Medicações: dispensação Nível I
Fluoxetina 20mg Diazepam 10mg Amitriptilina 25mg Imipramina 25mg Ác. Valpróico 250 e 500mg Carbamazepina 200mg Fenobarbital 100mg Fenitoína 100mg Lítio 300mg Haloperidol 5mg Clorpromazina 25 e 100mg
4
Dispensação: Nível II*
Nortriptilina 25mg Sertralina 50mg Fluoxetina gotas Lorazepam 1mg Clobazam 10mg Haloperidol gotas Fenobarbital gotas Fenitoína solução Ac. Valpróico solução Vitamina B1 100 e 300 mg Os critérios do nível I + Laudo justificando * Daqui a cerca de 4 meses
5
Dispensação: Nível III
Os do nível I + Laudo justificando Psiquiatra ou programas específicos (tabagismo) Bupropiona 150mg Goma nicotínica Adesivo nicotínico Dissulfiram Haloperidol Decanoato
6
Temas, professores e dias
“Nervoso”: Daniel, Letícia e Sonia 1,2,3ª semanas 10, 11, 17, 18, 26, 27 Psicoses e epilepsia: Ana Paula 1ª semana 12, 13 Subst. potencial abuso: André e Daniel 2ª Semana 19, 20 Emergências: André e Daniel 3ª Semana 24, 25
7
“Nervoso, dores, insônia, cansaço”
Fenômeno Complexo Psicofármacos podem ser úteis SE: Alcances, limites e cuidados Outras medidas importantes no manejo
8
Insônia, dores no corpo, “esquecido”
“nervoso” Insônia, dores no corpo, “esquecido” Sintomas depressivos desânimo (tudo + pesado, “cansado”) falta de interesse e prazer Sintomas ansiosos apreensão sem objeto (medo do futuro) sintomas físicos: falta de ar, angústia no peito, palpitações “tontura”, dormência, “embrulho no estomago”
9
Na atenção primária (N=2091) ... Fato ou artefato?
Ansiedade 8,0% 3,4% 1,1% Depressão 6,6% 1,7% 2,3% 1,2% 1,6% Somatização 9,5% 4,4% Löwe et al. Gen Hosp Psychiatry. 2008;30:191–199.
10
Primária e HG x H. Psiquiátrico
Sintomas leves/moderados : ansiedade + depressão + fobias + uso/abuso de substâncias + doenças físicas H. Psiquiátrico Mais graves Pior prognóstico Brasil & Furlanetto. A atual nosologia psiquiátrica e sua adequação aos hospitais gerais. Cadernos do IPUB: Saúde Mental no Hospital Geral. Rio de Janeiro: Instituto de Psiquiatria; p 10
11
Comorbidade é a regra TEPT Fobia social TOC Pânico DEPRESSÃO TAG
Alimentar Somatoforme T Ajustamento Löwe., 2008; Stein , 2000.; Kessler, 1995.
12
T. ansiedade T. Pânico TEPT (evento traumático) Fobia social TOC
Ataques de pânico + ans. antecipatória TEPT (evento traumático) “Flashbacks”, esquiva, hiperexcitabilidade Fobia social Medo do escrutínio (avaliação) (comer, assinar cheques, etc.) TOC Obsessões e compulsões
13
T. alimentares Anorexia Bulimia Compulsão alimentar periódica
14
T. somatoformes T. Somatoforme doloroso T. Conversivo Hipocondria
dores além do esperado não explicadas só por depressão T. Conversivo desmaios, paralisias, etc. Hipocondria crença de ter uma doença física grave T. Somatização queixas físicas em múltiplos órgãos
15
Transtorno de ajustamento (DSM-IV-TR)
Reação emocional a estressor (≤ 3m) Em excesso ou funcional significativo Não preenche critérios para outro transt. Não é simplesmente luto Não persiste por mais de 6 meses (após terminado o estressor) * American Psychiatric Association, Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders: DSM-IV-TR
16
Desmoralização: “Perda da força moral”
Dificuldades financeiras Doenças físicas Marginalidade social Baixa auto-estima Irritabilidade Ansiedade Furlanetto & Brasil. J Bras Psiquiatr. 2006;55:8-19.
17
Primária e HG x H. Psiquiátrico
Sintomas leves/moderados : ansiedade + depressão + fobias + uso/abuso de substâncias + doenças físicas + Dificuldades de ajustamento + “desmoralização” H. Psiquiátrico Mais graves Pior prognóstico Brasil & Furlanetto. A atual nosologia psiquiátrica e sua adequação aos hospitais gerais. Cadernos do IPUB: Saúde Mental no Hospital Geral. Rio de Janeiro: Instituto de Psiquiatria; p 17
18
Transtornos Mentais Comuns1
Sintomas: ansiedade e depressão Eventos sintomas subclínicos Alguns remitem espontaneamente Ambulatórios gerais e primária 38% cerca de 50%3-6 1 Goldberg D & Huxley P. :Tavistock. London Villano, Tese de Doutorado. São Paulo - UNIFESP; Busnello et al. J Bras Psiquiatr. 1983;32(6): Mari. Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol. 1987;22: Iacoponi. Tese de doutorado. University of London Fortes et al. Rev Bras Psiquiatr. 2008;30(1):32-7.
19
“Nervoso?” Você tem ou já teve problema de nervoso? Sim
3x Risco de ter T. mental Sandra Fortes et al. Rev Bras Psiquiatr. 2008;30(1):32-7.
20
Uso de antidepressivos e/ou benzodiazepínicos
“Nervoso” Depressão (x bipolar tipo II?) Distimia T. Ansiedade (Pânico, Fobias, TOC, TEPT) T. Alimentares T. Somatoformes T. Ajustamento Uso de antidepressivos e/ou benzodiazepínicos
21
Depressão incidência dça física independente de fatores de risco
IAM HAS Diabetes tipo 2 AVE Epilepsia Doença de Alzheimer Furlanetto & Brasil. J Bras Psiquiatr. 2006;55:8-19. 21
22
Depressão e osteoporose
Meta-análise com 23 estudos 2327 deprimidos X não deprimidos Depressão X Densidade Mineral Óssea Depressão e medidas de renovação óssea Yirmiya & Bab. Biol Psychiatry 2009;66(5):
23
Yirmiya & Bab. Biol Psychiatry 2009;66(5):423-432.
Depressão DMO Depressão Marcadores urinários de reabsorção óssea Mulheres Pré-menopausa P<0,001 Yirmiya & Bab. Biol Psychiatry 2009;66(5):
24
Depressão e mortalidade em pacientes com doenças físicas (HU-UFSC)
Cavanaugh e Furlanetto. Am J Psychiatry 2001;158:
25
Depressão e mortalidade no HG
Após controlar para idade e gravidade física Furlanetto et al. Psychosomatics 2000;41:
26
Afinal.... O que é depressão?
27
Episódio depressivo maior: Critérios (DSM-IV-TR)
Humor deprimido Interesse e prazer apetite e peso sono energia atividade motora culpa exagerada sentimentos de desvalia idéias de morte e suicídio * American Psychiatric Association, Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders: DSM-IV-TR.
28
← Diferencia da tristeza
T. Depressivo Maior (DSM-IV-TR)* pelo menos 5 sintomas Sendo 1: humor depressivo ou anedonia na maior parte do dia quase todos os dias durante pelo menos 2 semanas Não medicações ou doenças físicas Não luto (< 2meses) ← Diferencia da tristeza ? * American Psychiatric Association, Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders: DSM-IV-TR
29
Se episódio depressivo maior.... investigar
T. do humor por uso de substâncias? álcool, benzo, cinarizina, anticoncepcional T. humor devido à cond. médica geral? doença de tireóide, menopausa, CA T. bipolar I (mania) e II (hipomania)? I (psicose ou agitação) e II (acelerado) 29
30
Sintomas depressivos Como saber se são causados por uma substância, doença física ou se são apenas tristeza normal ???
31
Critérios de anormalidade
“Para ser perfeitamente inteligível, é necessário ser inexato, e para ser perfeitamente exato, é necessário ser ininteligível”. Bertrand Russell Fletcher & Fletcher. Epidemiologia Clínica. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
32
O fenômeno da depressão: Segundo Jaspers, 1933...
“Sua profunda tristeza faz com que tinjam tudo que vêem em cinza... Nos depressivos o sentimento de insuficiência está entre as queixas mais freqüentes.”
33
Humor depressivo x tristeza?
“…a característica do enfermo deprimido é precisamente o não poder reagir emocionalmente… A tristeza que pensamos ser própria do melancólico ele mesmo é incapaz de vivenciar”. Mateos, 1994
34
Característica central
Anedonia (éden) Deprimido não consegue imaginar ter prazer 34
35
Resposta a recompensa em Deprimidos ainda não medicados
N. Accumbens controle DM Controle>DM N. Caudado Pizzagalli et al. Am J Psychiatry. 2009;166(6):
36
Depressão: nossa realidade (SC)?
Como percebem? Quando buscam tratamento?
37
Depressão X Cultura Lin, Hammes, Furlanetto, Langdon. J Bras Psiquiatria 2008;57(1):2-8.
38
Objetivo Existem diferenças na percepção e expressão da depressão de acordo com a etnia (açoriana, italiana, alemã)?
39
Método Qualitativa1 Quantitativa BDI2 “O que é depressão?”
“O que uma pessoa deprimida deveria fazer?” Quantitativa BDI2 Alemães mais sintomas somáticos? 1- Minayo et al. O desafio do conhecimento: Pesquisa qualitativa em Saúde. 6ed. Rio de Janeiro HUCITEC-ABRASCO: Furlanetto et al. J Affect Dis. 2005; 86:87-91.
40
Açorianos Ribeirão de Ilha Irritabilidade: 30% Comunidade
Lin, Hammes, Furlanetto, Langdon. J Bras Psiquiatria 2008;57(1):2-8.
41
Alemães São Pedro de Alcântara Falta de energia: 25% Trabalho
Lin, Hammes, Furlanetto, Langdon. J Bras Psiquiatria 2008;57(1):2-8.
42
Italianos Nova Trento Culpa: 45% Família
Lin, Hammes, Furlanetto, Langdon. J Bras Psiquiatria 2008;57(1):2-8.
43
Diferenças na expressão?
Itens somáticos = afetivos Lin, Hammes, Furlanetto, Langdon. J Bras Psiquiatria 2008;57(1):2-8.
44
Conclusões: etnias X depressão
SEM diferenças somáticos X afetivos Suspeitar: Açorianos irritação - isol. comunidade Italianos culpa - afasta da família Alemães falta energia para trabalho Lin, Hammes, Furlanetto, Langdon. J Bras Psiquiatria 2008;57(1):2-8.
45
Simon et al. N Engl J Med. 1999;341(18):1329-35.
Discussão Atenção primária1146 pacientes (14 paises) Queixas somáticas se consulta impessoal Sintomas somáticos como “ticket de admissão” Simon et al. N Engl J Med. 1999;341(18):
46
Oeste Catarinense, setembro 2009
Quarta-feira, 09 de setembro de 2009 Vítimas do tornado são enterradas em Guaraciaba Oeste Catarinense, setembro 2009
47
Sofrimento na atenção 1mária Dificuldade e riscos:
Medicalizar o sofrimento X Deixar de ajudar porque a tristeza é “compreensível”
48
Desastres e doenças físicas
Finitude Fragilidade Falta de controle Perdas físicas e emocionais Perda dos “esquemas” antigos Dor, tristeza, “depressão” Retrato do Dr. Gachet" (1890) de Vincent Van Gogh.
49
Luto “normal” X Depressão?
49
50
Luto Normal: fases Choque Preocupações com o morto/morte Resolução
Cerca de 14 dias, anestesia, negação Preocupações com o morto/morte 3 semanas a 6 meses, choro, pesadelos Relembrança de histórias Re-exame do passado Resolução Interesse em novas atividades e pessoas Pensamentos melhores sobre o passado Brown & Stoudemire. Normal and pathological grief. JAMA 1983;250(3):
51
Luto e depressão: decisões no tratamento de crianças e adultos
“Mesmo durante o período inicial do luto, as pessoas mantém a capacidade de experimentar emoções positivas” Shear. Am J Psychiatry. Editorial. Julho de 2009.
52
Como avaliar perda de prazer (anedonia) em quem está sem condições de se divertir?
53
Anedonia: como avaliar?
não se alegrar com entes queridos não imaginar ter prazer com sua comida predileta Deprimido: Não consegue imaginar prazer Cavanaugh. Depression in the medically ill. Critical issues in diagnostic assessment. Psychosomatics 1995;36(1):48-59.
54
Luto Complicado: Associado com dça psiquiátrica?
206 pessoas, morte de um ente querido Luto Complicado: Sintomas > 6 meses depois da morte Não acreditavam na morte do ente querido Saudade*, preocupação com o morto Imagens intrusivas do morto * Comum no LC e não tanto na Depressão Simon et al. Compr Psychiatry. 2007;48:
55
Resultados: Pacientes com Luto Complicado
Doença Mental veio antes da perda do ente querido em 87% na DM e 82% no TEPT Simon et al. Compr Psychiatry. 2007;48:
56
Por que querer manter vivo?
Mulheres luto normal X complicado Expostas a fotos e palavras Ressonância Magnética Funcional Núcleo accumbens (Recompensa) O´Connor et al. Craving love? Enduring grief activates brain´s reward center. Neuroimage. 2008;42:
57
Resultado Ativação do núcleo accumbens com palavras que lembram o morto Recompensa Fissura LC LNão C O´Connor et al. Craving love? Enduring grief activates brain´s reward center. Neuroimage. 2008;42:
58
Depressão e ansiedade: perguntas úteis
quando começou? e o ânimo? tontura? coração dispara? sono? pensamentos? do que gostava antes? ainda gosta? por quê? e se...? e quando...? e a vida? 58
59
Curso da Depressão Maior:
Estudo do NIMH estudo longitudinal (5 anos) 431 indivíduos com DM após 6 meses: 50% tiveram remissão os restantes: chances de remissão tempo de evolução: remissão gravidade do episódio: remissão Keller et al. Arch Gen Psychiatry, 1992.
60
Depressão maior: curso (N=431)
Ao longo de 12 anos, a maior parte do tempo... Judd et al. Arch Gen Psychiatry 1998;55(8):
61
Risco para depressão 405 idosos na atenção primária
Acompanhados de 1 a 4 anos Risco de depressão maior história prévia de depressão presença de sintomas depressivos prejuízo funcional Lyness et al. Risks for Depression Onset in Primary Care Elderly Patients: Potential Targets for Preventive Interventions. Am J Psychiatry (outubro).
62
Curso longitudinal da depressão na atenção primária ?
Deprimidos na 1mária 23 anos RDC Depressão maior 1/3 já tinham história prévia Tempo para recuperação - 10 meses Recorrência foi de 64% Yiend, Paykel et al. Long term outcome of primary care depression. J Affect Dis ;118:79-86.
63
Depressão Maior: Risco de Recidiva?
Keller et al. Arch Gen Psychiatry, 1992.
64
Resumindo: É depressão…. E não só tristeza ou luto
Tudo mais pesado1 Maior parte do dia, quase todos dias Acorda duas horas mais cedo Pior pela manhã capacidade2 para alegrar-se (comida, netos) Indecisão e culpa excessivas Hist. pessoal e familiar de depressão 1Humor depressivo e 2anedonia
65
O que pode trazer benefícios?
O que é um “caso” ?? O que pode trazer benefícios? Goldberg. The concept of “case” in General Practice. Soc Psychiatry 1982;17:61-65.
66
Depressão, ansiedade, doenças físicas, reação?
Ou isso ou aquilo? E isso e aquilo! Via de mão dupla Poligênica Multifatorial
67
“Depressão não é uma questão entre branco e preto, mas sim de distinguir entre todos os matizes de cinza.” (H. E. Himwich)
68
Na primária: a pessoa com “Nervoso”
Depressão T ansiedade T alimentar T somatoforme Outros???? Genética Estressores Medicações Doenças físicas Personalidade Fatores protetores Qualidade de vida
Apresentações semelhantes
© 2024 SlidePlayer.com.br Inc.
All rights reserved.