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Sacramento do Matrimônio

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Apresentação em tema: "Sacramento do Matrimônio"— Transcrição da apresentação:

1 Sacramento do Matrimônio
O Matrimônio é o amor. Ninguém consegue viver sem a presença e a amizade de outras pessoas. Ninguém está sozinho. No casamento, essa amizade é repartida entre o marido e a mulher

2 A palavra matrimônio vem do Latim mater, e significa mãe
A palavra matrimônio  vem do Latim  mater, e significa mãe. Ou ainda matrimonium que significa mulher casada ou casamento.

3 1. O MATRIMÔNIO NO ANTIGO TESTAMENTO
a sacralidade da sexualidade adquire, no momento da revelação bíblica, fundamento absolutamente novo.

4 A revelação divina põe fim a esses mitos
A revelação divina põe fim a esses mitos. ela conhece um Deus único Pai para além de toda a sexualidade. Por isso desaparecem todos os ritos sexuais, como a prostituição sagrada (Dt 23,18-19).

5 a sexualidade será sagrada também para o povo de Israel, no sentido de que toda vida tem como origem o próprio Senhor

6 Dois textos do Antigo Testamento, muito vizinhos da literatura extra-bíblica, ressaltam a modificação trazida pela revelação bíblica.

7 Os relatos de Gn 1,26-28 (sacerdotal) e Gn 2,18-24 (javista)

8 Gn 2, redigido por volta do século X a. C
Gn 2, redigido por volta do século X a.C., descreve a posse mútua do homem e da mulher:

9 a mulher é semelhante ao homem e ambos formam uma só carne (2,21-24)

10 Deus criou o homem e a mulher à sua imagem (Gn 2,18-25);
A imagem de Deus se reflete em duas faces profundamente unidas na identidade da mesma natureza humana e na complementaridade dos dois sexos, e juntos constituem a realização visível da imagem única de Deus;

11 Quem é chamado a tomar posse da terra não é um indivíduo, mas um casal;
A criatura humana pensada e desejada por Deus na dupla versão masculina e feminina;

12 Esse casal foi abençoado por Deus (Gn 1,28)
Esse casal foi abençoado por Deus (Gn 1,28). Assim, o matrimônio aparece em toda a sua sacralidade como encontro entre o homem e a mulher: desejado, instituído e santificado pelo próprio Deus.

13 Em Gn 2,18-24 o motivo dado pelo Senhor Deus para a criação da mulher é

14 “Não é bom para o homem ficar sozinho”.

15 Ela é na tradução literal do texto hebraico “um auxílio [ou ajuda] adequado”.

16 Muitas vezes, no Antigo Testamento, Deus é chamado auxílio (Dt 33,7; Sl 33,20; 70,6 etc)

17 A mulher é destinada a ser alguém em quem o homem encontra apoio e força.

18 Um dos aspectos mais admiráveis dessa passagem é o fato de o Senhor Deus formar a mulher de uma costela (v. 32).

19 Sabemos, que na língua suméria, “costela” e “vida” são a mesma palavra.

20 É interessante notar que na conclusão do capítulo 3 o homem chama a mulher de “Eva”, forma da palavra hebraica para “vida”, e reconhece que ela será “a mãe de todo vivente” (Gn 3,20).

21 Essa passagem tem sido usada com freqüência para fundamentar a opinião de que a mulher é inferior ao homem e subserviente a ele.

22 Essa narrativa nos diz por que homens e mulheres são atraídos uns aos outros sexualmente e se casam. As palavras “deixar” e “ligar-se” são palavras de aliança e sugerem que o casamento é visto aqui como relacionamento de aliança.

23 Gn 1,27-32, escrito no século VI a.C.

24 Mas a insistência se coloca, sobretudo na fecundidade, bênção de Deus (1,28), pois essa fecundidade, que tem Deus como origem, é o fim determinante da criação do homem e da mulher, de modo que o casal se torna sujeito de uma vocação.

25 De fato, o primeiro casal devia ser o modelo dos outros em monogamia firmemente estabelecida.

26 Este relato insinua que o homem está só, e que nesta solidão sente-se incomodado e incompleto (Gn 2,18); O homem sente-se insatisfeito diante de suas exigências de amor e comunhão que ele sente em si mesmo, daí a iniciativa de Deus de criar a mulher;

27 No relato javista a formação da mulher não é relacionada com a procriação e a perpetuação da espécie, mas sem com o fato de que o homem não pode estar só; A mulher que Deus apresenta ao homem como companheira de vida e colaboradora, elimina radicalmente aquela situação incompleta em que o homem se encontrava;

28 O matrimônio aparece como expressão elevada e mais direta desse complemento, pois seu objetivo é o de permitir que o casal se realize numa comunhão total de vida;

29 Neste relato, o matrimônio é tido como união total e estável de dois seres, homem e mulher, “para formar uma só carne”. Carne, aqui, indica a pessoa humana total, embora sob os aspecto corpóreo.

30 A união, sexual, entre o homem e a mulher no matrimônio, volta-se claramente no sentido de manifestar e favorecer a união de corações, mente e espírito entre dois seres.

31 Podemos distinguir três etapas da revelação divina:
Na tradição anterior ao século VIII a.C. a Sagrada Escritura nos apresenta um ou outro casal. Eles refletem o ideal bíblico.

32 A preocupação será antes de tudo a descendência (Gn 16,1-3)
A preocupação será antes de tudo a descendência (Gn 16,1-3). A problemática fundamental é a da fecundidade e da descendência (Gn 29,32).

33 A preocupação da descendência é muitas vezes confundida com acontecimentos imorais para nós.

34 Alguns versículos, como 2Sm 16,21, recordam o concubinato; ao passo que 1Sm 1,8 ressalta o aspecto amoroso do casal.

35 Mas nem tudo é fácil na vida do casal; pelo contrário, com freqüência surgem dramas.

36 a vida do casal muda profundamente depois do seu pecado.

37 Os dois companheiros deixam-se dominar pelo orgulho e pretendem ser como Deus.

38 ambos se vêem pecadores e a sexualidade se torna vergonhosa

39 Esse drama é vivido pela humanidade inteira.

40 No tempo dos profetas, o matrimônio encontra o seu modelo na aliança.

41 De ambas as partes exige-se amor e fidelidade: da parte de Deus (Ex 34,6-7; Dt 7,7-8) e da parte de Israel (Dt 6,4; Os 4,2;6,6).

42 A aliança entre Deus e seu povo é como um matrimônio e esta união não é apenas jurídica, mas é união de amor.

43 Doravante a fecundidade não ocupa mais o primeiro lugar.

44 O profeta Oséias parece estar na origem desse estreito paralelismo entre aliança e matrimônio.

45 O tema é retomado pelos outros profetas e também um pouco desenvolvido, por exemplo, por Isaías (5,1-7; 54,1-10), Jeremias (2,1; 3,4; 31,21-22), Ezequiel (16;23).

46 A época pós-exílica traz a sua contribuição à visão do matrimônio
A época pós-exílica traz a sua contribuição à visão do matrimônio. Malaquias desenvolve o tema da indissolubilidade, isto ultrapassa as exigências da lei (2,14-16).

47 Os Provérbios apresentam as mesmas exigências: tudo deve concorrer para a fidelidade e, portanto, é mister afastar a mulher adúltera e sedutora (5,1-14; 7,1-27).

48 No capítulo 31 vemos o retrato da mulher perfeita.

49 No Eclesiástico encontraremos o tipo da esposa modelar e da má esposa (23,16-26,18).

50 Tobias, porém, vai além da união matrimonial, trata-se da salvação
Tobias, porém, vai além da união matrimonial, trata-se da salvação. Na condição humana atual, o casal está exposto ao demônio (6,14-15) e Sara será salva por Tobias (6,19). O amor de Tobias e Sara é casto e é santificado pela oração, pela continência de três dias após o matrimônio.

51 Apenas recuperado o equilíbrio físico, a procriação readquire os seus direitos (Tb 6,21-22). Além da pura instituição jurídica do matrimônio e o amor físico, a oração confere ao matrimônio sua solidez na indissolubilidade e na fidelidade (Tb 6,18-20).

52 O Cântico dos Cânticos, sejam quais forem as fases possíveis da sua composição, mostra-nos importante teologia do matrimônio.

53 2. O MATRIMÔNIO NO NOVO TESTAMENTO
O MATRIMÔNIO SEGUNDO CRISTO

54 Mt 19,1-9 apresenta-nos Cristo interrogado sobre o matrimônio e, na sua resposta, remete seus interlocutores ao livro do Gênesis 1,17;2,24.

55 O Gênesis descreve o casal ideal.

56 Semelhante atitude já não é possível na nova aliança
Semelhante atitude já não é possível na nova aliança. Infringir a união conjugal, repudiar a esposa e tornar a casar-se, doravante é adultério (Mt 5,32; 19,9).

57 Como podem separar-se os esposos, já que são uma só carne que Deus uniu? (Mt 19,6)

58 Os discípulos compreenderam que a vida no matrimônio não é fácil e também a sua reflexão é provocada pelo que entenderam da doutrina do Mestre; se tal é a condição do homem e da mulher, então é melhor não se casar (Mt 19,10).

59 Entretanto esse absolutismo não exclui misericórdia
Entretanto esse absolutismo não exclui misericórdia. A mulher adúltera é perdoada (Jo 8,3-9) e Cristo veio chamar os pecadores (Mc 2,1-17; Lc15; 18,9-15).

60 A misericórdia se exerce onde há arrependimento e caridade (Mt 21,31-32).

61 SÃO PAULO E O MATRIMÔNIO
A primeira carta aos Coríntios dá-nos a prova de que a Igreja seguiu a doutrina de seu Chefe, Cristo, e a comunidade cristã toma posições absolutas quanto ao divórcio (1Cor 7,10-16).

62 As cartas de Paulo não escondem as dificuldade para realizar o ideal do casal.

63 Ambos os esposos tem dever de recíproca doação de corpo (1Cor 7,3-4)
Ambos os esposos tem dever de recíproca doação de corpo (1Cor 7,3-4). Continência demasiado rígida pode ser perigo para o equilíbrio sexual do casal (1Cor 7,5-7.20)

64 Também no matrimônio há equilíbrio sexual a ser respeitado e deverão atingir o domínio da sua sexualidade mediante a ascese (1Cor 7,2.5).

65 O MATRIMÔNIO NA IGREJA PRIMITIVA
A situação dos batizados no Novo Testamento está mudada, porque Cristo realizou no seu sangue a aliança perfeita.

66 Desta vez, o homem criado a imagem de Deus não vê mais apenas o modelo do amor de Deus pelos homens e o amor dos homens por seu Deus como ideal a alcançar, mas este ideal tornou-se fato: é realidade que une numa aliança perfeita Deus e os homens.

67 Se os profetas anunciavam a aliança como ideal a alcançar, o Novo Testamento e a Igreja cantam-na como realidade e o tema nupcial retorna continuamente nas suas páginas.

68 Nos Evangelhos vemos que Cristo utiliza para si mesmo, em termos velados, mas significativos, o tema das núpcias

69 Essas palavras do Senhor deram origem na Igreja ao significado de todas as vigílias e notavelmente à vigília Pascal.

70 O evangelho de João, no episódio das bodas de Cana (2,1-11), oferece-nos texto muito rico:

71 O Apocalipse retoma o tema das núpcias e aplica-o ao Cordeiro (Ap 21,3-4). Aí se descreve o rito nupcial: a noiva adornada e apresentada ao seu noivo (21,2.9).

72 A doutrina paulina do matrimônio apóia-se no mistério da união de Cristo com a Igreja.

73 Cristo esposo doa-se à humanidade inteira (Gl 2,20) a tal ponto que Paulo escreve:

74 Cristo resgatou o mundo e a sua esposa, a Igreja, tornou-se seu próprio corpo. O significado do casal deve ser encontrado no mistério das relações entre Deus e o homem.

75 MT 19,1-12 CASAMENTO E REPÚDIO (CF. MC 10,1-12)
Como um meio de pôr Jesus à prova, os fariseus o interrogam sobre o casamento e o divórcio.

76 Segundo Dt 24,1, o marido redigia os termos do repúdio, apresentava-o à mulher e terminava o casamento.

77 A apresentação de Mateus sobre o ensinamento de Jesus quanto ao casamento e ao repúdio nos vv. 4-9 cita primeiro Gn 1,27 (v. 4) e Gn 2,24 (v. 5) no sentido de que no plano de criação original de Deus o casamento era indissolúvel e nenhum agente humano podia terminar essa união (v. 6).

78 No Antigo Testamento (Dt 24,1-4), o repúdio era permitido apenas como concessão à fraqueza humana. Essa não era a intenção original de Deus (vv. 7-8).

79 Não há dúvida de que Jesus considerava o casamento indissolúvel (cf
Não há dúvida de que Jesus considerava o casamento indissolúvel (cf. Mt 10,11-12; Lc 16,18; 1 cor 7,10-11).

80 MT 5,31-32 (O DIVÓRCIO) De acordo com Jesus o divórcio não é permitido (cf. Lc 16,18; 1Cor 7,10-11; Mc 10,02-12; Mt 19,3-12.

81 As versões mateanas dos ensinamentos de Jesus sobre o divórcio, incluem uma espécie de exceção: “exceto em caso de união ilícita” (5,32; 19,9).

82 A palavra grega é pornéia (incastidade, prostituição, fornicação, de vários tipos de relação sexual ilícita que aparecem em: Mt 5,32; 19,9; Mc 7,21; Jo 8,41; At 15,20; 1Cor 6,14.18; 7,2; 2Cor 12,21; Gl 5,19; Cl 3,5 e como idolatria e imoralidade em: Ap 2,21; 14,8; 17,2.4; 19,2)

83 MC 10,1-12 O primeiro encontro do capítulo 10 tem a ver com a sempre importante questão da fidelidade dos esposos no relacionamento conjugal (vv. 1-12).

84 Aqui Marcos transmite a tradição mais antiga de Jesus em relação ao casamento e ao divórcio (vv. 6-9).

85 Jesus ensinou que não era lícito separar “o que Deus uniu”, usando Gn 1,27 e 2,24 como autoridade para sua interpretação.

86 Marcos transmite o que viera a ser a mais antiga adaptação das palavras de Jesus para a comunidade Cristã, a saber, se um homem ou uma mulher tivesse de se divorciar de seu cônjuge, ele ou ela não poderia voltar a se casar sem ser considerado adúltero (vv ).

87 No encontro da mensagem do Evangelho de Marcos está a advertência de Jesus para que os esposos vivam em união fiel e perpétua até a morte.

88 Ao mesmo tempo, reconhecendo a dura realidade da vida, até mesmo esse antigo Evangelho parece permitir a separação (todavia sem novo casamento) de esposos que não mais se amem como marido e mulher.

89 RESUMO HISTÓRICO SOBRE A PRÁTICA CELEBRATIVA DO MATRIMÔNIO

90 A celebração do matrimônio está intimamente ligada aos costumes da sociedade que, nos diversos países, acompanham a fundação de um lar

91 Nos primeiros séculos Os cristãos viviam o matrimônio à luz do projeto de Jesus Cristo e do ensinamento dos Apóstolos.

92 E a celebração? Faziam-na segundo os costumes de seus respectivos países, na medida em que tais usos não se opunham à fé cristã.

93 O casamento no mundo romano
No direito romano, o essencial do casamento era o consentimento. Dava-se bastante importância ao noivado.

94 O noivado era celebrado durante uma refeição familiar
O noivado era celebrado durante uma refeição familiar. O casal de namorados, diante de todos, prometem que querem se casar. Então o rapaz coloca um anel no dedo da moça e lhe entrega presentes, como garantia da futura união.

95 O casamento mesmo se realizada em três momentos:

96 Vestição da noiva com um véu amarelo
Primeiro momento: Vestição da noiva com um véu amarelo

97 Segundo momento na casa da noiva, apresentação desta por uma mulher casada, consulta aos adivinhos, leitura do contrato diante de testemunhas que o assinavam, troca dos consentimentos, entrega da moça ao marido mediante o gesto da junção das mãos, oferta de um sacrifício aos deuses familiares (lares), e ceia de núpcias.

98 Terceiro momento: À noite, cortejo, levando a noiva à casa do marido, o qual a introduz no domicílio apresentando-lhe, em seguida, água e fogo; ambos são levados ao quarto nupcial; o marido tira o agasalho da esposa e todos se retiram.

99 O casamento dos cristãos
Estes eram os ritos usados pelos cristãos nos três primeiros séculos. Ritos realizados em família.

100 Apenas contentavam-se em evitar elementos de idolatria (p. ex
Apenas contentavam-se em evitar elementos de idolatria (p. ex., consulta aos adivinhos, o sacrifício) e os aspectos licenciosos do banquete de núpcias e do cortejo.

101 Além disso, tinham todo o cuidado de garantir a união indissolúvel, bem como as condições morais do casamento dos fiéis.

102 Casamento em Cristo Até o século IV não sabemos de uma bênção litúrgica ou de intervenção de um sacerdote nos ritos nupciais.

103 No entanto, mesmo assim, os cristãos casavam-se com a consciência de serem batizados.

104 Em outras palavras, à luz de Ef 5,32, sentiam que o seu casamento acontecia no Cristo, isto é, em união com o Esposo (Cristo) da Esposa (Igreja).

105 Do século IV ao século XI
A partir da chamada "paz constantiniana" (século IV), a bênção de Cristo vai sendo pouco a pouco expressa exteriormente:

106 pela bênção do chefe de família, do bispo ou de um sacerdote convidado para as núpcias,
pela entrega do véu à jovem noiva, ou pela coroação, ou no momento da junção das mãos, ou da entrada dos esposos no quarto nupcial.

107 Ao mesmo tempo, a Bíblia vai fornecendo elementos de oração e de bênção para o casamento.

108 Em Roma e Milão, a "velatio nuptialis"
"No final do século IV, S. Ambrósio e o papa Silício aludem a uma cerimônia, que S. Paulino de Nola, por volta de 403, composto para o casamento de Juliano (futuro bispo de Eclano), filho do bispo de Benevento, com a filha do bispo de Cápua:

109 o pai de Juliano leva os noivos até o altar e o pai da jovem dá a bênção nupcial aos esposos cuja cabeça é coberta, durante toda a oração, com um véu

110 Mais tarde, no século V, já temos um texto fixo desta oração de bênção, à qual dão o nome de velatio nuptialis, pois durante a oração os noivos ficam cobertos com um véu.

111 Nela se enfatiza sobretudo a figura da mulher cristã como esposa e, ao mesmo tempo, se coloca o casamento na perspectiva tanto do Gênesis como das núpcias de Cristo e da Igreja, invocando sobre a jovem esposa a graça da fecundidade.

112 Único rito litúrgico durante séculos em Roma, a bênção nupcial estava prescrita para os clérigos menores, era proposta aos leigos, recusada, no entanto, aos cristãos culpados de fornicação e não era dada no caso de segundas núpcias. A Igreja reconhece, na época, os ritos familiares do noivado sem neles intervir

113 Na Gália, Espanha, países celtas: a "benedictio in thalamo"
A forma mais difundida da liturgia do casamento na Gália e nos países celtas consistia em uma bênção dos esposos no quarto nupcial. O padre ou bispo é convidado a dar esta bênção.

114 Na Espanha, esta bênção era enriquecida de outros pormenores: ofício votivo para a véspera e a manhã das núpcias, bênção para os dois esposos e bênção especial para a esposa na igreja, durante a missa em que os noivos comungam e, finalmente, a bênção final para os dois. Adotou-se também o rito da entrega da esposa ao esposo pelo sacerdote (em lugar do pai) e um rito da entrega das alianças.

115 No entanto, progressivamente toda esta liturgia autóctone foi sendo suplantada pela liturgia romana, chegando a ser finalmente supressa por Gregório VII ( ).

116 No Oriente, o rito da coroação
Se de um lado a Igreja latina atribuía um valor litúrgico ao rito familiar da velatio, as Igrejas do Oriente adotavam como rito específico do casamento um outro antigo costume, a coroação dos esposos.

117 O rito da coroação Desde a antiguidade clássica, a coroação dos esposos fazia parte dos costumes nupciais na Grécia.

118 Seguia a entrega da moça por seu pai ao esposo
Seguia a entrega da moça por seu pai ao esposo. O rito era feito em casa: cantavam-se salmos (Sl 117, certamente), e convidava-se o bispo ou o padre presente para dar a bênção aos novos esposos e colocar a coroa em suas cabeças.

119 Pouco a pouco, já a partir do século IV, em Constantinopla, o rito foi passando da casa para a igreja. Outros costumes, como a junção das mãos e a entrega da esposa ao esposo, foram sendo atribuições do sacerdote.

120 Realizada na igreja, a coroação se dava normalmente no decorrer de uma liturgia eucarística. Com exceção dos armênios, que faziam a coroação antes da eucaristia, mas os noivos comungavam.

121 Depois da coroação dos cônjuges, no rito bizantino, há uma explosão de alegria que se expressa por uma espécie de dança sagrada do sacerdote e dos jovens esposos em torno do Evangelho. O ritual caldeu prolonga a celebração até à casa do esposo.

122 O rito do noivado A bênção comportava uma troca de consentimentos, a bênção das alianças, previamente colocadas sobre o altar, e uma longa oração de bênção dos noivos.

123 O casamento medieval à porta da igreja
No Ocidente, a partir do século XI, aconteceu mais uma mudança na prática celebrativa do matrimônio.

124 A saber, a conclusão profana do casamento (= troca de consentimentos) se transformou também em ação litúrgica.

125 E mais: Esta troca de consentimentos, que era feita em casa, passa a ser feita imediatamente antes da missa, mas no exterior da igreja, na porta da igreja (in facie ecclesiae).

126 O casamento no Ocidente após Concílio de Trento
O Concílio de Trento será o primeiro a impor, em 1563, sob pena de invalidade, a forma canônica, quer dizer, a passagem dos noivos diante de seu próprio pároco.

127 A declaração "Eu vos uno", dita pelo sacerdote, se difunde e tende a apresentar-se como fórmula sacramental, como "Eu te batizo...". O ritual romano, publicado em 1614, acentua o papel do sacerdote, em detrimento dos esposos.

128 O rito, previsto para o interior da igreja (os noivos agora se colocam ajoelhados diante do altar), reduz o formulário ao mínimo:

129 a expressão do consentimento sob a forma de um "sim" à pergunta do sacerdote, junção das mãos seguida da declaração "Eu vos uno" e de uma aspersão, bênção da aliança que o esposo coloca no dedo da esposa, mas com uma palavra do sacerdote, alguns versículos de salmos e uma breve oração. Segue-se então a missa do casamento com a bênção nupcial após o Pai-nosso e uma bênção final que retoma a fórmula do casamento de Tobias (Tb 7,15).

130 A celebração do matrimônio depois do vaticano II
Veja do que diz a Constituição "Sacrosanctum Concilium" sobre a Liturgia, nos nn , sobre o matrimônio:

131 O Concílio, seguindo Trento, reconhece a legitimidade de outros usos e costumes para a celebração do matrimônio e convida as conferências episcopais a elaborarem rituais próprios que estejam conforme os usos dos lugares e povos (cf. SC 77).

132 O novo Ritual, promulgado em 1969, apresenta-se como um ritual-modelo
O novo Ritual, promulgado em 1969, apresenta-se como um ritual-modelo. A partir dele, as conferências poderão preparar um ritual particular adaptado ou até mesmo um ritual totalmente próprio.

133 Em 1990, saiu uma nova edição do Ritual do Matrimônio, bem mais rico na Introdução Geral, nos Ritos e nas Preces, e com introdução de algumas modificações.

134 Uma grande novidade deste Ritual está no capítulo III: "Celebração do Matrimônio diante de um assistente leigo". Prevê-se também um "rito para a bênção de noivado", inclusive diante de um assistente leigo.

135 E mais: A edição brasileira apresenta um "rito adaptado da celebração do matrimônio dentro da celebração eucarística" e outro "sem celebração eucarística".


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