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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ODONTOLOGIA

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Apresentação em tema: "UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ODONTOLOGIA"— Transcrição da apresentação:

1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ODONTOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA DISCIPLINA DE PRÓTESE DENTÁRIA CURSO DOUTORADO DISCIPLINA DE MOVIMENTOS MANDIBULARES, RELAÇÕES INTERMAXILARES E ARTICULADORES Responsável Prof. Dr. ATLAS E. M. NAKAMAE Aluno – Tarcisio José de Arruda Paes Junior

2 Revista Veja - edição de 06 de novembro de 2002
ARTICULADORES Revista Veja - edição de 06 de novembro de 2002 Com as luzes acesas damos Bom dia à classe e, perguntamos se restou alguma dúvida do que foi dito na última aula. (Um aluno indaga) Professor? Eu estou vendo esta foto no slide que não me é estranha, o que seria isto? (apontando para a foto da cadeira). Neste momento peço para que apaguem as luzes então dou início à aula. Bem. Na verdade a aula de hoje é sobre articuladores, mas eu coloquei esta foto que você reconheceu, pois foi tirada de uma das últimas edições da revista Veja e, mostra uma cadeira de dentista ambulante no século XIX. A reportagem é sobre a dificuldade de vários profissionais para uso de equipamentos no exercício de sua profissão. Na verdade, eu coloquei esta foto, que não tem nada a ver com o que nós iremos falar hoje, mas de certa forma, mostra como o dentista sempre procurou adaptar mecanismos ou aparelhos para suprir as suas necessidades profissionais. O assunto de hoje é sobre articuladores, que talvez sejam um dos mecanismos mais bem desenvolvidos pelos pesquisadores e como vocês verão, foram sendo aperfeiçoados na medida que os entendimentos sobre a dinâmica da fisiologia mandibular foi sendo melhor entendida. Este aparelho na verdade procurou em resumo, resolver um questionamento inerente à própria característica do tratamento por próteses quer era: Como eu confeccionarei a prótese total diretamente na boca se isto implica em várias dificuldades? Será que eu não posso realizar vários dos passos clínicos para sua obtenção, fora da boca? Com estes questionamentos em mente os profissionais foram desenvolvendo técnicas e dentre estas, destaca-se o surgimento dos chamados articuladores, que veremos a seguir. PAES JR

3 ARTICULADORES Voltamos para os nossos modelos de trabalho, vistos no início da aula passada, onde confeccionamos os planos de orientação, obtivemos a curva individual de compensação, registramos as posições no plano horizontal (RC e OC) , determinamos as linhas de referência mas e daí, como iremos articular este conjunto de modo a simular posições maxilo-mandibulares? Aí é que entram os articuladores, que mostramos muito rapidamente nas aulas passadas mas incluiremos de modo definitivo agora em nosso trabalho. PAES JR

4 ARTICULADORES Então, após termos compreendido os mecanismos que envolvem a dinâmica mandibular e as relações intermaxilares e, verificado como aplicar estas informações, no tratamento por próteses totais, precisamos conhecer o aparelho mecânico que iremos utilizar largamente em nossos trabalhos e, que permitira a visualização de uma série de informações de modo similar ao ocorrido na boca, tratam-se dos articuladores, como este, similar ao que vocês adquiriram e que serve para boa parte dos tratamentos não só de próteses totais , mas para os demais trabalhos restauradores e, também para análise oclusal de um modo geral. PAES JR

5 ARTICULADORES - DEFINIÇÃO
“O articulador é um aparelho destinado à fixação dos modelos, a registrar as relações intermaxilares e a reproduzir os movimentos mandibulares de interesse protético.” Tamaki, 1988 definiu articulador como sendo um aparelho destinado à fixação dos modelos, a registrar as relações intermaxilares e a reproduzir os movimentos mandibulares de interesse protético. TAMAKI PAES JR

6 1- Reproduzir os movimentos da mandíbula
ARTICULADORES - FINALIDADES 1- Reproduzir os movimentos da mandíbula para auxiliar no estudo da oclusão. 2 - Possibilitar o diagnóstico de problemas existentes, na oclusão natural ou artificial. 3 - Permitir o planejamento de procedimentos odontológicos que envolvam as posições e contornos dos dentes naturais e/ou artificiais. Estas são outras finalidades de um articulador além da referida anteriormente que trata da sua utilização na confecção das próteses. Veremos adiante as opiniões de alguns autores sobre sua capacidade de reprodução de relações maxilo-mandibulares. Para Rode e Zani (1995) os articuladores são aparelhos que podem variar na sua complexidade a fim de possibilitarem uma similaridade cada vez maior da condição de relacionamentos oclusais ocorridos em boca, estes são sujeitos a limitações impostas pelo material e por seu desgaste durante o uso, além disso, representa tecidos vivos, elásticos e mutáveis, que estão sujeitos às alterações que ocorrem no sistema estomatognático. Para Motsch (1985) a análise oclusal com os modelos montados no articulador tem certas limitações, sendo que determinados movimentos funcionais não podem ser detectados, restringindo assim a análise dos contatos dentais.

7 1- Reconhecimento das características oclusais do paciente.
ARTICULADORES Seleção 1- Reconhecimento das características oclusais do paciente. 2 - Extensão do tratamento restaurador planejado. 3 - Conhecimento das limitações do articulador. 4 - Habilidades do clínico. Okeson 2000 Okeson descreve quais os critérios para seleção dos articuladores, estes devem ser criteriosamente observados uma vez que veremos as limitações, vantagens e desvantagens de cada aparelho. Assim o discernimento de cada aspecto será fundamental para minimizar-se os erros na relação oclusal que se quer buscar.

8 PHILIP PFAFF (1756) – oclusor de gesso.
ARTICULADORES - HISTÓRICO PHILIP PFAFF (1756) – oclusor de gesso. GARIOT (1805) – articulou modelos em dimensão vertical. EVAN (1840) – articuladores com movimentos laterais. GARIOT Saizar Vejamos como foram surgindo os articuladores e seus componentes. Philip Pfaff (1756) descreveu pela primeira vez um oclusor de gesso. Gariot (1805) articulou pela primeira vez modelos de gesso para manter a dimensão vertical, fez o articulador de bisagra em metal. Evan em 1840 confeccionou o primeiro articulador que reproduziu movimentos laterais mandibulares.

9 Triângulo de Bonwill BONWILL (1848) ARTICULADORES - HISTÓRICO
Bonwill em 1848 apresentou um modelo de articulador baseado na teoria da equilateralidade do triângulo formado pelo osso mandibular, o aparelho tinha ramo inferior fixo e superior móvel e baseou a construção do aparelho em duas leis: entre os côndilos existe uma distância de 101,6mm qualquer que seja o maxilar adulto, o articulador deve reproduzir movimentos mandibulares para frente e para trás. O autor descreveu assim, o movimento do côndilo da mandíbula no plano horizontal e no póstero-anterior, reproduziu em seu articulador o movimento de lateralidade, mas com trajetória sagital plana. Walker corrigiu o articulador de Bonwill introduzindo no aparelho a inclinação vertical da parede da cavidade glenóide.

10 BONWILL (1848) ARTICULADORES - HISTÓRICO
Aqui mostramos uma reapresentação esquemática do que seria o triângulo de Bonwill em relação ao arco facial. Depreende-se que obtendo-se esta relação seria possível obter-se tanto as posições cêntricas, como excêntricas mandibulares, de tal modo que isto poderia ser reproduzido em um articulador de forma muito semelhante.

11 BONWILL (1848) - articulador baseado na equilateralidade do triângulo.
ARTICULADORES - HISTÓRICO BONWILL (1848) - articulador baseado na equilateralidade do triângulo. Saizar Aqui um exemplo do articulador de bonwill que tinha trajetória sagital reta , não levando em conta inclinações antero-posteriores como descrevera Walker posteriormente.

12 SNOW (1899) – arco facial ARTICULADORES - HISTÓRICO Saizar
Snow em 1899 introduziu no articulador anatômico, o arco facial, que tinha a função de transpor os planos de orientação da boca, para o aparelho, respeitando as distâncias “côndilo-ponto incisivo.” Saizar

13 ALFRED GYSI (1910) – articulador adaptável (Gysi Simplex)
ARTICULADORES - HISTÓRICO ALFRED GYSI (1910) – articulador adaptável (Gysi Simplex) McCOLLUM – primeiro método de localização do eixo condilar. HANAU (1921) – articulador Hanau com vários modelos. Saizar Alfred Gysi (1910) elaborou o articulador adaptável, Gysi Simplex com valores médios e, ainda idealizou um arco facial que registrava a guia condílica no sentido Antero-posterior. McCollum idealizou o primeiro método de localização do eixo de rotação condilar. Rodolph Hanau (1921) desenvolveu o articulador Hanau que foi elaborado seguindo vários modelos.

14 Articuladores de House
ARTICULADORES - HISTÓRICO Articuladores de House Este é o Cinéscópio , articulador desenvolvido por House que apresentava regulagem da guia condilar e incisal. Saizar

15 McCollum, McLean e Thompson (1927) – arco facial cinemático.
ARTICULADORES - HISTÓRICO McCollum, McLean e Thompson (1927) – arco facial cinemático. Charles Stuart (1955) - articulador totalmente ajustável Stuart. Mais tarde McCollum, McLean e Thompson (1927) apresentaram o arco facial cinemático que transferia o eixo terminal de rotação para o articulador. Depois, os mesmos McCollum e Stuart (1955) idealizaram o primeiro articulador que reproduzia os movimentos mandibulares de modo satisfatório. Charles Stuart (1955) elaboraria posteriormente o articulador totalmente ajustável que levaria seu nome. Nakamae

16 Em 1958 foi fabricado o articulador Dentatus.
ARTICULADORES - HISTÓRICO Em 1958 foi fabricado o articulador Dentatus. Uma empresa de nome Dentatus em 1958 fabricou um articulador Dentatus “ARL” com trajetória condilar reta e distância intercondilar fixa.

17 Em 1960 Alfred Gysi lançou o Gysi New Simplex.
ARTICULADORES - HISTÓRICO Em 1960 Alfred Gysi lançou o Gysi New Simplex. Em 1960 Alfred Gysi lançou o New Simplex que possuía inclinação condilar de 30 graus e movimento de Bennett de 15 graus, além disso, a mesa incisal se ajustava numa variação de 0 a 30 graus. Em 1960 Willian Windish elaborou o verticulador, que trabalha unicamente no o plano vertical. Nakamae

18 Em1964, Stuart lança o Whip-Mix
ARTICULADORES - HISTÓRICO Em1964, Stuart lança o Whip-Mix Em 1964 Stuart lançou o articulador Whip-Mix, que era mais simples que o seu articulador totalmente ajustável, mas, de extrema praticidade, sobretudo para o ensino da prótese total, este articulador foi reproduzido por inúmeros fabricantes e, tem seu uso largamente aceito pelos profissionais. Nakamae

19 ARTICULADORES - HISTÓRICO
Em 1973, o Prof. Tadashi Tamaki lança o articulador TT , totalmente ajustável. Nakamae O articulador desenvolvido pelo Professor Tadashi, desenvolve os mesmos tipos de regulagem dos similares de Stuart e DePietro apenas para citar alguns. Veremos adiante quais as vantagens de se utilizar este tipo de articulador.

20 Classificação da ADA (1981)
ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES Classificação da ADA (1981) - articulador de bisagra - articulador de trajetória condilar fixa - articulador semi-ajustável - articulador totalmente ajustável - articulador de fossa moldada. As classificações que veremos baseiam-se, em linhas gerais, nos seguintes aspectos: 1- movimentos executados pelo aparelho, 2 mecanismos condilares e incisais se são fixos ou ajustáveis; 3- se utiliza ou não arco facial; 4- se possibilita utilizar registros intermaxilares em cera, 4- se permite a programação por meio de traçados pantográficos. A Associação Dental Americana classificou os articuladores segundo esta distribuição (ler slide)

21 Classificação de Weinberg (1963)
ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES Classificação de Weinberg (1963) arbitrários, posicionais ou estáticos, semi-ajustáveis, totalmente ajustáveis . Weinberg em 1963 classificou os articuladores da seguinte forma: arbitrários baseado nas teorias de Monson ou de Hall; posicionais ou estáticos baseado na teoria da imutabilidade da dimensão vertical; semi-ajustáveis e, totalmente ajustáveis . Esta classificação é utilizada largamente, nós veremos adiante o porquê da denominação de cada tipo de articulador Por ora, é importante começarmos a nos familiarizar com estes termos que são comumente utilizados.

22 Arbitrário - Monson ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES Nakamae
Os arbitrários são baseados nas teorias de Monson e de Hall e, trabalham segundo a teoria esférica onde o centro de rotação mandibular encontra-se no centro de uma esfera onde a oclusal dos dentes localizariam-se na região dos seu contorno. Nakamae

23 Estático ou posicional - Stansbery
ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES Estático ou posicional - Stansbery Os posicionais não apresentam conexão entre os ramos que são praticamente independentes. O modelo clássico deste articulador é o que foi desenvolvido por Stansbery...

24 Estático ou posicional - Stansbery
ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES Estático ou posicional - Stansbery ... assim, as posições maxilo mandibulares somente podiam ser visualizadas uma de cada vez. Este articulador baseia-se na teoria da imutabilidade da dimensão vertical. Nakamae

25 Semi - Ajustáveis Semi - Ajustáveis ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES
Os articuladores semi-ajustáveis têm esta denominação por permitirem a realização da regulagem de algumas angulações de modo aproximado ao que ocorre com a anatomia da ATM. São estas as regulagens: guia condilar, ângulo de Bennett, guia incisal e distância intercondilar média. Assim estes permitem reproduzir alguns movimentos mandibulares. Como já disse anteriormente este tipo de articulador é muito utilizado pela boa relação praticidade / resultados/ custo. Este aqui é um modelo da marca Gnatus, similar ao Whip-mix original.

26 Semi - Ajustáveis ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES
Este outro articulador também é um semi–ajustável modelo Hanau, largamente utilizado e, que apresenta algumas características bastante distintas do articulador anteriormente visto. Nós veremos adiante quais são as características que diferenciam estes dois aparelhos.

27 Semi – Ajustáveis - Wadsworth
ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES Semi – Ajustáveis - Wadsworth Este é o modelo semi-ajustável de Wadsworth, que idealizou este aparelho, que tinha hastes condilianas móveis no plano coronário, neste, era possível determinar-se a partir de um dispositivo em forma de compasso, a curva individual de compensação.

28 Semi-ajustável - Denar
ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES Semi-ajustável - Denar Este é o modelo semi-ajustável Denar um articulador de excelente qualidade e muita precisão nos movimentos que permite reproduzir, cada articulador deve ser utilizado tendo como acessório indispensável os eu arco facial. Zanatta

29 Semi – Ajustáveis - Panadent
ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES Semi – Ajustáveis - Panadent Este é o modelo semi-ajustável de Panadent, que permite a regulagem da guia incisal e condilica mas que tem ângulo de Bennett e distância intercondilar pré-determinados. São modelos que surgem hoje no mercado e que tem sido aceitos pelos profissionais nas mais diversas especialidades. Este especificamente é muito utilizado por ortodontistas,por possibilitar previsibilidade nas realização de movimentações dentais. Zanatta

30 Totalmente ajustáveis - TT
ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES Totalmente ajustáveis - TT Os articuladores totalmente ajustáveis diferem dos semi-ajustáveis pois, além de permitir as mesmas regulagens que este, também possibilita a regulagem do ângulo de Fischer, a regulagem das posições de RC e OC sem necessidade de remontagem do modelo, além de regulagem da altura das hastes. Com estas características permite que a reprodução dos movimentos mandibulares seja feita de forma muito similar ao ocorrido no paciente. Nakamae

31 Hanau Totalmente ajustáveis Denar ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES
Este é o modelo totalmente ajustável Hanau com o respectivo arco facial. É um articulador do tipo não Arcon bastante completo que permite desenvolver com bastante precisão a dinâmica mandibular. O modelo Denar é um outro exemplo agora do tipo arcon também de excelente qualidade na reprodutibilidade de posições maxilo-mandibulares. Denar

32 Quanto à disposição de rotação:
ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES TAMAKI Quanto à disposição de rotação: 1- Articulador com centro de rotação (Monson) 2- Articulador sem eixo de rotação (Stansbery) 3- Articulador com um eixo de rotação (arbitrários, semi e totalmente ajustáveis) 4- Articulador com dois eixos de rotação (Page) Tamaki considerou a classificação dos articuladores segundo alguns critérios: Quanto à disposição de rotação: articulador com centro de rotação - onde a conexão do ramo móvel ao corpo é feita por um ponto central que permite movimento pendular ao ramo Ex: artic. de Monson. Articulador sem eixo de rotação _ oclusores o movimento do ramo é apenas de translação, similar ao verticular Ex: oclusor de Stansbery Articulador com um eixo de rotação - fazem parte a maioria dos articuladores em uso atualmente estes podem ser : rígidos , quando permitem apenas movimentos de abertura e fechamento; e anatômicos, quando reproduzem movimentos laterais e protrusivos Os articuladores anatômicos arbitrários regulam o estojo condilar em angulações médias de 30º para o recorrido incisal e 33º para os condílicos. Já o articulador anatômico adaptável permite regular o ramo móvel segundo os movimentos mandibulares do paciente. Como os semi-ajustáveis Ex: Hanau II ou, totalmente ajustáveis Ex: Stuart d) Articulador com dois eixos de rotação – baseados na escola transográfica e, as guias condílicas tem os eixos de rotação independentes. O ramo superior está praticamente sujeito a dois eixos de rotação Ex: articulador de Page.

33 Quanto à disposição de rotação:
ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES TAMAKI Quanto à disposição de rotação: Gysi New Simplex Aqui um modelo do articulador New Simplex desenvolvido por Gysi que possibilita rotação condilar fixa, com um único eixo.

34 Quanto à disposição de rotação:
ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES TAMAKI Quanto à disposição de rotação: PAGE O articulador de Page segue a teoria Transográfica não tendo-se um eixo de rotação fixo, mas sim mais de dois eixos terminais de rotação para a transografia nenhum articulador com um eixo intercondiliano único pode duplicar os movimentos de abertura e fechamento assim a disãncia intercondiliana deve ser ajustável constantemente. Os adeptos desta teoria contra-indicam articuladores do tipo NÃO-ARCON e, preconizam a utilização de mais de um eixo intercondiliano. Utilizam o arco facial cinemático provido de eixo partido para tomada de registros e reprodução dos movimentos mandibulares. Nakamae

35 1- Fixos (articulador de gysi, charneira)
ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES TAMAKI Quanto à adaptabilidade da distância intercondilar: 1- Fixos (articulador de gysi, charneira) 2- Adaptáveis (semi e totalmente ajustáveis) Outra classificação deTamaki relaciona-se à adaptabilidade da distância intercondilar Assim, podem ser adaptáveis ou fixos Fixos: onde a distância intercondilar é fixa em valores médios Ex: articulador de Gysi, charneira Adaptáveis: onde a distância intercondilar é regulada em valores médios (grande, médio e pequeno) ou totalmente adaptáveis como os modelos de Stuart, TT e Di Pietro.

36 1- Fixos (articulador de Snow)
ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES TAMAKI Quanto à adaptabilidade da distância intercondilar: 1- Fixos (articulador de Snow) Este é um modelo de Snow onde a distâcia intercondilar é fixa. Nakamae

37 ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES TAMAKI
Aqui mostramos dois exemplos de articuladores, um do tipo charneira em primeiro plano e, um semi-ajustável em segundo plano. Vale aqui ressaltar aonde se localiza o eixo de rotação de cada um deles em relação ao plano oclusal. Note que o articulador charneira tem seu eixo ao nível do plano oclusal e próximo a este, não reproduzindo assim uma condição anatômica do paciente. Já o articulador semi-ajustável têm o eixo condilar localizado acima do plano oclusal e distante deste, similarmente ao ocorrido na relação ATM/ arcos maxilares, Por este motivo, a quantidade de ajustes que uma prótese confeccionada no articulador charneira necessita em boca é muito maior do que os ajustes necessários quando utiliza-se um articulador semi ou totalmente ajustável.

38 Regulagem totalmente adaptável
ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES TAMAKI 1- Adaptáveis Quanto à adaptabilidade da distância intercondilar: Regulagem totalmente adaptável Os articuladores totalmente ajustáveis possibilitam regulagem desta distância de forma mais precisa, enquanto que os semi-ajustáveis regulam esta distância pela média da população. Regulagem pela média

39 ARCON – ARTICULAÇÃO CONDILAR
ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES BERGSTRON ARCON – ARTICULAÇÃO CONDILAR NÃO ARCON – SEM ARTICULAÇÃO CONDILAR Há uma outra classificação baseada desenvolvida por Bergstron em 1958 que divide os articuladores em ARCON – contração das palavras articulação e côndilo, onde o aparelho possui os côndilos localizados no seu ramo inferior e, a cavidade glenóide no ramo superior, as partes superior e inferior são separáveis. Ex: Whip-Mix Os articuladores do tipo NÃO-ARCON por sua vez, tem a parte correspondente aos côndilos no ramo superior e, a cavidade glenóide na parte inferior este não se separa do ramo inferior ex: Hanau

40 ARCON – ARTICULAÇÃO CONDILAR
ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES BERGSTRON ARCON – ARTICULAÇÃO CONDILAR Os articuladores semi-ajustáveis por exemplo como este permitem a separação entre os ramos superior e inferior, um dado importante é que para articuladores do tipo ARCON. Atenção especial deve ser dada para que o fato dos ramos serem separáveis não promova a ocorrência de erros como o de promover-se uma alavanca no momento de sua utilização, sobretudo durante a montagem de dentes , fato que promoveria um desajuste oclusal posterior, já os articuladores NÃO ARCON, por não terem esta liberdade, são mais seguros neste sentido.

41 NÃO ARCON – SEM ARTICULAÇÃO CONDILAR
ARTICULADORES - CLASSIFICAÇÕES BERGSTRON NÃO ARCON – SEM ARTICULAÇÃO CONDILAR Articulador Hanau, não possibilita a separação entre os ramos superior e inferior. Como disse anteriormente este fato é uma vantagem para o tratamento por próteses totais.

42 CORPO RAMOS GUIA CONDILAR GUIA INCISAL
ARTICULADORES - ELEMENTOS CONSTITUINTES CORPO RAMOS GUIA CONDILAR GUIA INCISAL Vejamos agora mais especificamente, quais são os elementos constituintes de um articulador aqui na maioria das vezes estaremos nos reportando aos articuladores semi e totalmente ajustáveis . Basicamente os articuladores são divididos em: Corpo, ramos, guias condilares, guia incisal Observaremos separadamente cada um destes componentes.

43 CORPO ARTICULADORES - ELEMENTOS CONSTITUINTES
CORPO – que é a parte central onde se fixam os ramos e as guias condílicas.

44 RAMOS ARTICULADORES - ELEMENTOS CONSTITUINTES
RAMOS- sendo dois suportes dispostos horizontalmente e paralelos. No caso dos ARCON como já dissemos o ramo superior é móvel e o inferior imóvel.

45 TRAJETÓRIA SAGITAL DO CÔNDILO
ARTICULADORES - ELEMENTOS CONSTITUINTES GUIA CONDILAR TRAJETÓRIA SAGITAL DO CÔNDILO GUIA CONDÍLICA – localizadas nas extremidades do ramo superior do ARCON, reproduzem movimentos laterais e protrusivos mandibulares e possuem na maioria dos modelos superfície interna retilínea. ÂNGULO DE BENNETT

46 GUIA INCISAL COM MESA REGULÁVEL (TT)
ARTICULADORES - ELEMENTOS CONSTITUINTES GUIA INCISAL GUIA INCISAL – encontra-se na parte mediana e incisal do articulador e possibilita a orientação dos movimentos da haste incisal do ramo superior sendo possível registrar-se a amplitude dos movimentos de lateralidade, nos três planos espaciais: no horizontal, no frontal e no sagital. GUIA INCISAL COM MESA REGULÁVEL (TT) GUIA INCISAL COM MESA PLANA

47 ARTICULADORES - ARCO FACIAL
O arco facial é um dispositivo acessório do articulador que tem a função de transferir os modelos ao articulador mantendo as distâncias côndilo-incisivos do paciente. O arco facial é utilizado como um componente integrante do conjunto que compõe o articulador, possui uma forma de arco onde encontram-se dois dispositivos que são adaptáveis na região dos côndilos e um terceiro ponto, na parte mediana para a fixação dos planos de orientação, como já citamos anteriormente os autores foram desenvolvendo estes mecanismos no intuito de determinar com maior precisão possível determinadas angulações. Este que vocês estão vendo é um arco facial utilizado para um articulador semi-ajustável modelo Whip-Mix (GNATUS)

48 ARCO FACIAL DE GYSI ARTICULADORES - ARCO FACIAL ARCO FACIAL DE SNOW
Nakamae ARCO FACIAL DE SNOW ARCO FACIAL DE GYSI Saizar Quem primeiro enfatizou a importância de uso do arco facial foi Snow, mais tarde, Gysi utilizou o arco facial na determinação da inclinação da cavidade glenóide além de servir para transferir o modelo para o articulador. Os arcos faciais de Hanau e Snow possuem dispositivos localizadores dos côndilos que são pontos de referência estes são determinados marcando-se a posição arbitrária do centro dos côndilos na face do paciente adiante dos meatos auditivos, já os arcos faciais do Whip-Mix, Gnatus e Bio-Art baseiam-se apenas nos meatos auditivos, como veremos adiante. Existem arcos faciais específicos segundo a teoria que o autor preconiza e, a necessidade do aparelho.

49 Articulador Hanau modelo H
ARTICULADORES - ARCO FACIAL Aqui vemos uma ilustração do conjunto arco facial e articulador posicionando o modelo superior que será fixado no ramo superior do articulador. Mias adiante veremos a sequência de montagem, em um articulador similar ao que vocês possuem para então depois exercitarmos a sua tomada no laboratório e, depois com o paciente na clínica. Articulador Hanau modelo H Saizar

50 ARCO FACIAL CINEMÁTICO ARCO FACIAL PANTOGRÁFICO
ARTICULADORES - ARCO FACIAL ARCO FACIAL CINEMÁTICO ARCO FACIAL PANTOGRÁFICO Os articuladores totalmente ajustáveis possuem arcos faciais do tipo cinemático e o pantógrafo. Com relação ao arco facial cinemático, sua função básica é a de determinar o eixo terminal de rotação, ele se constitui de dois arcos um para cada maxilar. O arco facial cinemático de Stuart transfere os modelos para o articulador. Já o arco facial denominado de pantógrafo registra os movimentos mandibulares que possibilitam ajustar o ângulo de Bennett, Ângulo de Fischer, inclinação da trajetória condilar inclinação da plataforma incisal e a distância intercondilar.

51 ARCO FACIAL CINEMÁTICO - McCollun
ARTICULADORES - ARCO FACIAL ARCO FACIAL CINEMÁTICO - McCollun ATM Como já vimos em aulas anteriores, McCollum constatou que durante os movimentos de abertura e fechamento da mandíbula a maior incidência dos centros de rotação se encontrava no quadrante póstero superior e menor incidência para os quadrantes: póstero inferior, ântero-superior e ântero-inferior. Se conseguirmos determinar o centro de rotação condilar é possível obtermos o eixo de bisagra que é encontrado dentro de um espaço de cerca de 2,0cm de abertura de boca. RC – póstero-superior, eixo terminal de rotação reproduzível. GUIA CONDILAR DO ARTICULADOR

52 ARCO FACIAL CINEMÁTICO
ARTICULADORES - ARCO FACIAL ARCO FACIAL CINEMÁTICO Assim a idéia é que se permita encontrar o eixo terminal de rotação, que posa ser reproduzido no articulador e o arco facial possibilita esta transferência.

53 ARCO FACIAL CINEMÁTICO
ARTICULADORES - ARCO FACIAL ARCO FACIAL CINEMÁTICO Aqui um modelo esquemático do conjunto arco facial e articulador de Hanau mostrando a relação entre o posicionamento do articulador em relação ao maciço cranio-facial e, aos planos craniométricos.

54 ARCO FACIAL CINEMÁTICO
ARTICULADORES - ARCO FACIAL ARCO FACIAL CINEMÁTICO A determinação do centro rotatório dos côndilos é ponto fundamental para estabelecimento da cinemática mandibular e transferência destas posições para o articulador. A determinação do eixo de bisagra e da distância intercondiliana são pontos imprescindíveis vários são os estudos a respeito desta determinação, Gysi preconizou um método de localização sugerindo que ele se encontra a uma distáncia de 11mm a partir do centro do “tragus” auricular sobre o plano eixo-orbital, outros supõe que os centros rotatórios dos côndilos estejam a uma distância de 12 a 13mm sobre o plano de Frankfurt ou sobre o plano de Camper. Plano de Camper Plano de Frankfurt Plano Trágus - Órbita Eixo – 11mm do trágus

55 ARCO FACIAL CINEMÁTICO
ARTICULADORES - ARCO FACIAL ARCO FACIAL CINEMÁTICO Nakamae Como já dissemos o arco facial de Stuart possui um componente preso à maxila e outro à mandíbula de modo que os dois arcos possibilitam a determinação do ponto onde a rotação condilar ocorre em um eixo terminal.

56 ARCO FACIAL CINEMÁTICO
ARTICULADORES - ARCO FACIAL ARCO FACIAL CINEMÁTICO Nakamae Vários articuladores possibilitam a utilização deste tipo de arco facial todos com dispositivos similares e seguindo preceitos de obter-se o local exato onde estaria localizado o côndilo em relação à fossa. Mais adiante vermos que os arcos faciais dos articuladores semi-ajustáveis trabalham segundo um valor funcional pré-estabelecido e, tendo-se como referências posições como o meato acústico.

57 ARCO FACIAL - PANTÓGRAFO
ARTICULADORES - ARCO FACIAL ARCO FACIAL - PANTÓGRAFO O pantógrafo fornece para os articuladores totalmente ajustáveis a identificação precisa dos movimentos condilares do paciente. Este transcreve posições mandibulares cêntricas e excêntricas nos três planos da face. Constitui-se de dois arcos: o arco superior possui dispositivos que sustentam nas partes posteriores, duas bandeiras ou plaquetas, dispostas perpendicularmente e na parte anterior duas puas de registro. O arco inferior apresenta na extremidade de cada lado duas puas de registro, que correspondem a cada bandeira do arco superior e na parte anterior têm duas plataformas incisais que contatam com as puas do arco oposto. Para determinação das traçados dos movimentos mandibulares nos três planos alguns possuem 6 mesas de registros e um componente maxilar, que é unida aos dentes superiores e suporta 6 estiletes situados diretamente sobre as mesas de registro (bandeirolas milimetradas). Os movimentos são ditados pelos côndilos do paciente movendo contra seus respectivos discos e fossas. A porção posterior do componente mandibular é colocada sobre o eixo terminal de rotação de cada côndilo. Quando os traçados pantográficos são feitos registra-se os movimentos de protrusão e, lateralidades direita e esquerda. Estes dados serão transferidos para os estojos condilares do articulador. Assim, o pantógrafo possibilita ajustar o ângulo de Bennett, ângulo de Fischer, inclinação da fossa mandibular e a distância intercondilar do articulador.

58 ARCO FACIAL PANTÓGRAFO
ARTICULADORES - ARCO FACIAL ARCO FACIAL PANTÓGRAFO No exemplo que vemos aqui foi utilizado um arco facial Denar, onde registrou-se as trajetórias mandibulares no plano sagital, que possibilitaram a regulagem da guia condilar na sua trajetória ântero-posterior. No esquema visualizamos as trajetórias mandibulares nos planos horizontal e sagital.

59 Terceiro ponto craniométrico
ARTICULADORES - ARCO FACIAL Terceiro ponto craniométrico Plano Trágus - Órbita Plano de Frankfurt Plano de Camper Enquanto a determinação dos centros de rotação mandibular e do eixo de terminal de bisagra possibilitam a montagem dos modelos no articulador a uma igual distância com referência aos côndilos e situação dos maxilares no maciço crânio-facial, o terceiro ponto craniométrico posiciona os modelos no sentido antero-posterior entre os ramos do aparelho e sua inclinação. As teorias sobre o assunto divergem, alguns dos articuladores possibilitam a montagem segundo o plano de Camper (Hanau, Gysi, Trubyte ), outros a partir do Plano de Frankfurt (Dentatus ARL, Articulador TT).

60 SEMI-AJUSTÁVEIS ARTICULADORES -
POSSIBILITAM A REGULAGEM DO ÂNGULO DE BENNETT, DA TRAJETÓRIA CONDILAR , DA GUIA INCISAL E DA DISTÂNCIA INTERCONDILAR Os articuladores semi-ajustáveis Possuem esta denominação justamente por reproduzirem apenas parte das relações maxilo-mandibulares e dos movimentos mandibulares. Este tipo de articulador apresenta três fatores ajustáveis: guia condílica, guia incisal e ângulo de Bennett, além da distância intercondilar. Para Okeson (1996), a adaptabilidade do articulador semi-ajustável aos movimentos condilares específicos do paciente oferece vantagem significante deste articulador sobre o não ajustável, no entanto, dentre os aspectos relativos à utilização dos seus recursos, o autor citou a limitação na reprodução de movimentos excêntricos mandibulares quando da individualização dos estojos condilares do articulador. Isto se deve ao fato de que a forma anatômica do crânio é tal que o trajeto descrito pelos côndilos quando de um movimento protrusivo ou lateral da mandíbula, é curvilíneo, no entanto a maioria dos articuladores semi-ajustáveis são feitos com uma trajetória reta. O autor citou ainda que os articuladores totalmente ajustáveis proporcionam um melhor resultado já que estes possibilitam duplicar o ângulo e a curvatura do movimento condilar do paciente. Além disso, o autor pondera que se os modelos são montados na oclusão habitual, em um articulador semi-ajustável e, este paciente possui uma discrepância acentuada de RC para OC, não poderemos avaliar as condições oclusais em RC pelas limitações impostas pelo aparelho. Weiner (1995) observou que boa parte dos articuladores semi-ajustáveis que têm eminência articular plana são menos precisos, introduzindo erros na inclinação da guia condilar anterior, registradas normalmente a partir de posições protrusivas.

61 SEMI-AJUSTÁVEIS - Hanau
ARTICULADORES - SEMI-AJUSTÁVEIS - Hanau Os articuladores tipo ARCON semi-ajustáveis são: Whip-mix, Bio-art , Gnatus, Dentflex e, os do tipo não ARCON são representados pelo Dentatus e Hanau que é o que vemos nesta imagem. Este tipo de articulador permite a regulagem da distância intercondilar e o arco facial acessório indispensável na reprodução de algumas relações. O arco facial assim, transfere para o articulador informações como: o eixo terminal de rotação de cada côndilo e um terceiro ponto de referência anterior que nos articuladores Dentatus e Hanau corresponde ao ponto “orbitário” e no Whip-Mix e similares, ao “násion”. Nos articuladores semi-ajustáveis na verdade não obtém-se o eixo real de rotação condilar, mas um ponto arbitrário pré-determinado próximo a este. De qualquer forma este ponto assim obtido, permite a montagem do modelo numa distância muito próxima da encontrada no paciente.

62 Vamos tomar um café? Pessoal o assunto é complexo mas não deve ser encarado como algo impossível de ser entendido e utilizado na prática. Alguma dúvida até aqui? Se não, vamos fazer um intervalo de 15 minutos e em seguida continuamos.

63 Montagem dos planos de orientação em articulador semi-ajustável
ARTICULADORES - SEMI-AJUSTÁVEIS Montagem dos planos de orientação em articulador semi-ajustável A partir de agora descreveremos a seqüência de montagem dos planos de orientação no articulador semi-ajustável de modo similar ao que vocês farão na clínica, conforme nos formas descrevendo a técnica procurem tirar suas dúvidas, muitas vezes determinados passos serão melhor entendidos durante a demonstração prática e, por treinamento direto de vocês com os pacientes. De qualquer forma, prestem bem atenção para associarem o que já foi visto nas aulas anteriores, com este segmento de parte prática.

64 Montagem do modelo superior no articulador
ARTICULADORES - Montagem do modelo superior no articulador Arco facial Násio Como primeiro passo para a montagem dos modelos têm-se que executar a tomada do arco facial, que possibilitará a montagem do modelo de trabalho superior em um articulador semi-ajustável determinando-se assim a inclinação do arco maxilar em relação ao maciço crânio-facial , além disso este ato irá proporcionar a mensuração da distância intercondilar. O arco facial possui no seu conjunto arco propriamente dito, um dispositivo denominado násio e, uma forquilha ou garfo que será o local onde será posicionado o plano de orientação superior. Garfo

65 Montagem do modelo superior no articulador
ARTICULADORES - Montagem do modelo superior no articulador Primeiramente fixamos o plano de orientação superior após o desenvolvimento do desgaste de Paterson, no garfo do arco facial sendo fixado com cera pela sua face vestibular. Para tanto, posiciona-se uma tira de cera 7 por vestibular adaptando-a ao garfo e, também à face vestibular do plano de cera. È importante verificar o alinhamento da haste metálica deste componente em relação à região mediana do rolete de modo que, esta haste fique centralizada quando o conjunto for posicionado no paciente.

66 Montagem do modelo superior no articulador
ARTICULADORES - Montagem do modelo superior no articulador Depois levamos o conjunto na boca com o plano de orientação em posição e estabilizado pelos dedos do paciente. Posicionamos o arco pelas suas olivas no meato acústico externo e também fixamos o ponto násio na curvatura do osso nasal. Adapta-se o garfo ao conjunto de parafuso

67 Montagem do modelo superior no articulador
ARTICULADORES - Montagem do modelo superior no articulador Pela região anterior do arco faz-se a mensuração da distância intercondilar. Notem que aqui temos três marcas , correspondentes às distâncias intercondilares, pequena, média e grande, respectivamente S, M, L. Aqui verificamos que o traço inferior situa-se na região do “L” isto indica que a distância intercondilar deste paciente é grande e, que o articulador deverá ser regulado para esta medida.

68 Montagem do modelo superior no articulador – tomada do arco facial
ARTICULADORES - Montagem do modelo superior no articulador – tomada do arco facial Násio posicionado O conjunto têm seus parafusos apertados quando verificamos que o arco passa pelo plano de Frankfurt (tragus-infraorbitário). Olivas posicionadas no meato acústico

69 ARTICULADORES - Montagem do modelo superior no articulador – fixação do modelo superior no articulador. 30º de angulação O arco facial e retirado do paciente e posicionado no articulador antes disso deve-se regular a distância intercondilar na região dos estojos condilares no ramo superior, e dos côndilos no ramo inferior, para a posição referida anteriormente, no caso deste paciente tamanho “L”. depois, adapta-se o modelo à base e verifica-se se há espaço para colocação de gesso comum entre a base do modelo e a placa de montagem. Um outro dado importante neste momento é que deve-se promover uma inclinação padrão para a trajetória sagital da fossa mandibular para 30º, para que o posicionamento do arco esteja mais compatível com o registro feito no paciente.

70 ARTICULADORES - Montagem do modelo superior no articulador – fixação do modelo superior no articulador. Estando tudo correto, verte-se gesso entre as partes e aguarda-se a sua presa final para então continuar-se com os próximos passos de tomada das relações maxilo-mandibulares.

71 ARTICULADORES - Só para rememorar iremos agora promover o posicionamento do dispositivo extra-oral nos planos de orientação, para a tomada da relação central.

72 ARTICULADORES - O conjunto é posicionado em boca de tal modo que o pino seja solto e toque na plataforma com os roletes em oclusão. O paciente descreverá movimento para direita esquerda e protrusivo formando o arco gótico, esta é a posição de RC. No mesmo dispositivo iremos agora determinar a posição de OC que será obtida mediante a abertura e fechamento habitual mandibular repetidas vezes.

73 ARTICULADORES - Iremos fixar os planos de orientação na posição maxilo-mandibular habitual (OC). Por meio de grampos unimos o conjunto que será agora posicionado no articulador para a montagem do modelo inferior, no ramo inferior do aparelho.

74 ARTICULADORES - Para a montagem do modelo inferior, alguns cuidados devem ser observado, primeiro tem que posicionar-se o plano de cera superior no modelo já fixado, depois, posiciona-se o modelo inferior no articulador que está de cabeça para baixo. A orientação de altura dos seus ramos é dada pelo pino incisal que estará na posição zero. Quando posicionado o modelo este não deve interferir com a relação entre os planos fixados e precisa fornecer um espaçamento entre a placa de montagem “bolacha” e, a base deste modelo. O ramo inferior do articulador é posicionado de modo que os côndilos estejam situados apoiados na parede posterior da cavidade glenóide do articulador.

75 ARTICULADORES - Verte-se gesso entre a base do modelo e a placa de montagem, e aguarda-se a sua presa, depois, completa-se com gesso adicional para dar acabamento à região. Posteriormente separaremos os grampos de fixação para dar-se liberdade aos planos de orientação e, para então procedermos a regulagem das inclinações condilares. Mas antes de entrarmos nesta parte, vamos falar um pouco sobre como os autores estudaram métodos para determinar as angulações da fossa mandibular.

76 Técnica de Walker - clinometer
ARTICULADORES - Técnicas de determinação da inclinação da fossa mandibular Técnica de Walker - clinometer Técnica de Gysi Quais seriam então as técnicas de determinação da inclinação da cavidade glenóide. Como já demonstramos quando falamos de pantógrafo este permite a regulagem para os aparelhos totalmente ajustáveis das diversas angulações propostas. Vejamos outros métodos descritos na literatura. Técnica de Walker Este autor utilizou o seu aparelho “clinometer facial” composto de uma parte fixa e de um cursor móvel. Com o deslocamento da mandíbula para abertura bucal o cursor acompanha o deslocamento do côndilo, e registra o seu percurso, este percurso é relacionado ao plano de Camper determinando-se o ângulo da inclinação da cavidade. Técnica de Gysi mede-se o ponto condilar (cerca de 12mm do meato auditivo para anterior na linha que une este ao canto do olho, b) posiciona-se o arco facial sustentada pela haste fixa no plano de orientação, c) ajusta-se os estiletes horizontais do arco facial aos pontos condilares marcados no paciente, d) o paciente faz movimentos de abertura da boca, e) marca-se as posições do estilete após o movimento que corresponde ao deslocamento dos côndilos. E) mede-se com um transferidor o ângulo formado pela reta que une os dois pontos e o plano de Camper, onde o valor encontrado indica a inclinação da vertente anterior da fossa.

77 Técnica de Christensen
ARTICULADORES - Técnicas de determinação da inclinação da fossa mandibular Técnica de Christensen Técnica de Christensen confecciona-se os planos de cera com inclinações oclusais baseadas no plano de Fox, monta-se os modelos no articulador, protrui-se a mandíbula em protrusiva e registra-se esta posição nos planos de orientação volta-se com os planos de orientação ao articulador e baseado no desnível dos planos regula-se os dispositivos condilares. Um outro método que podemos citar é o da Técnica radiográfica (Craddock) A partir de duas radiografias extra-orais com chassi radiografa-se os côndilos nas posições de repouso e, de abertura unindo as imagens têm-se uma reta que é a trajetória do côndilo. Ou então por meio de um filme periapical posicionado na região dos côndilos faz-se o feixe de RX incidir 2cm atrás do meato acústico e direcionado ao côndilo do lado oposto pela técnica e Simblom, depôs, mede-se a inclinação da fossa mandibular pelo trecho entre o côndilo da mandíbula e o do osso temporal. Inclinação dos roletes baseada no plano de Fox

78 Técnica da curva individual de compensação
ARTICULADORES - Técnicas de determinação da inclinação da fossa mandibular Técnica da curva individual de compensação Técnica da curva individual de compensação obtém-se a curva individual de compensação nos planos de orientação pela Técnica do Desgaste de Paterson, Determinam-se as posições de RC e OC, Montam-se os modelos no articulador ajustável com o arco facial, Reproduz-se o movimento protrusivo, contatando as superfícies oclusais do plano de cera. Ajustar as guias condilares por contato da fossa mandibular no côndilo do aparelho enquanto o movimento protrusivo é desenvolvido. A mesma situação será desenvolvida para os movimentos laterais direito e esquerdo, onde será possível regular o ângulo de Bennett do estojo condilar. Vamos ver agora como ajustar o nosso articulador , por esta técnica, auxiliado pelas trajetórias obtidas no arco gótico.

79 Movimento Protrusivo ARTICULADORES - Individualização da guia condilar
Ao executarmos o movimento protrusivo no articulador , os planos de orientação devem contatar uniformemente e haverá um deslocamento dos côndilos para anterior.

80 Individualização da guia condilar
ARTICULADORES - Individualização da guia condilar Soltamos o parafuso que dá liberdade de movimentação para a inclinação ântero-posterior do estojo condilar e fazemos com que a parede superior da fossa contate com o côndilo, determinado assim uma inclinação, que será registrada e anotada.

81 Individualização da guia condilar
ARTICULADORES - Individualização da guia condilar Feito o ajuste da inclinação ântero-posterior, será feita a regulagem da inclinação da parede medial (ângulo de Bennett), para tanto, orientado pelo traçado do arco gótico executa-se um movimento lateral direito. Conforme já discutimos anteriormente, o côndilo que irá orbitar é o do lado oposto ao do movimento portanto o côndilo esquerdo que descreve um movimento para frente , para baixo e, para a linha mediana. É sempre importante enfatizar que para este passo os roletes devem estar contatando em toda sua extensão determinando uma posição a este conjunto ditada pela inclinação da curva de compensação .

82 Individualização da guia condilar
ARTICULADORES - Individualização da guia condilar Soltamos o parafuso que dá regulagem a este ângulo e deixamos com que a parede medial toque suavemente no côndilo, determinado assim uma angulação.Os valores medidos obedecem marcações a cada 5º. No caso que estamos observando temos uma inclinação do Bennett da ordem de 25º. Da mesma forma que regulamos o ângulo de Bennett esquerdo fazemos com o côndilo direito. A regulagem do estojo condilar da forma como verificamos permitira o desenvolvimento da oclusão balanceada bilateralmente e, observara a disposição de sulcos de escape e das cúspides conforme o ditamento da movimentação mandibular.

83 Articulador totalmente ajustável
ARTICULADORES - Articulador totalmente ajustável Vamos agora tecer algumas considerações a respeito do Articulador totalmente ajustável. Este tipo de articulador possui um mecanismo condilar complexo, ajustável em três planos. Modelos como o TT se enquadram nesta classificação e, desempenham a sua função segundo os preceitos de Weinberg sobre a Gnatofisiologia da mastigação. Possui ajuste mais abrangente das inclinações condilares que os modelos parcialmente ajustáveis. São estas as regulagens permitidas: distância intercondilar guia incisal, ângulo de Bennett e ângulo de Fischer e, permite ainda a regulagem da posição de RC e deslize para a de OC e vice-versa sem a necessidade de remontagem dos modelos. Vamos comparar algumas de suas características às de um articulador semi-ajustável. Nakamae

84 Distância intercondilar
ARTICULADORES - Articulador totalmente ajustável Distância intercondilar A regulagem da distância intercondilar é totalmente adaptável e parte do cálculo da distância intercondilar externa e a partir desta mensuração obtém-se a distância intercondilar interna. Resumidamente temos a seguinte seqüência para mensuração desta medida: Para transferir-se o arco facial ajusta-se previamente a distancia intercondilar, adapta-se os cursores horizontais do arco facial aos pontos condilares mede-se o espaço entre as extremidades dos cursores o que denomina-se de distância intercondilar externa (DIE). Deve-se subtrair 2,6cm desta medida para obter-se a distância intercondilar interna e refere-se à diferença entre o tecido mole que se encontra em camadas até atingir-se o centro do côndilo, esta distância é conhecida como distância intercondilar interna (DII). A partir desta mensuração para regular-se os postes do articulador, faz-se um cálculo de modo que o espaço entre os postes é de 8cm assim subtrai-se a DII destes 8cm e obtém-se um valor que é dividido em dois este valor será o de ajuste dos postes para cada lado. TT

85 Distância intercondilar
ARTICULADORES - Articulador semi-ajustável Distância intercondilar Já os articuladores semi-ajustáveis como já observamos, trabalham com esta distância em valores médios ou arbitrários. Não considera a localização exata do côndilo e sim toa como referência os meatos auditivos Gnatus

86 Ângulo de Bennett, Ângulo de Fischer e Guia condilar
ARTICULADORES - Articulador totalmente ajustável Guia condilar Como dissemos em relação à guia condilar o articulador totalmente ajustável permite a regulagem de todas as angulações vistas para o articulador semi-ajustável, mais a regulagem do ângulo de Fischer. Regulagem: Ângulo de Bennett, Ângulo de Fischer e Guia condilar

87 Ângulo de Bennett, e Guia condilar
ARTICULADORES - Articulador semi-ajustável Guia condilar Já o articulador semi-ajustável permite a regulagem do ângulo de bennett e da guia condilar. Regulagem: Ângulo de Bennett, e Guia condilar

88 Cêntrica longa Articulador totalmente ajustável Regulagem:
ARTICULADORES - Articulador totalmente ajustável Cêntrica longa RC Oclusão habitual O articulador totalmente ajustável permite, como já foi abordado na aula anterior, que se regule a posição de cêntrica, tanto em OC como em RC permitindo para aqueles casos que possuem discrepância entre estas duas posições o ajuste oclusal de modo fácil e preciso. Ele permite que se transfira o desenho do arco gótico e do ponto de OC, para a plataforma incisal do articulador, isto possibilita que se use estas trajetórias para ajustes oclusais dos dentes durante a sua montagem nos planos de cera. Esta transferência será diferenciada conforme haja coincidência ou não das posições de RC e de OC. Quando observamos discrepâncias entre a posição de RC e OC e esta se dispõe em relação à linha mediana deveremos ajustar a oclusão pela técnica de cêntrica longa e, o articulador TT pelo seu dispositivo de regulagem condiliana no sentido Antero-posterior, permite o ajuste oclusal em ambas as posições dispondo assim o desenvolvimento da cêntrica-longa. Regulagem: Transporte da posição de RC para OC sem necessidade de separação do modelo

89 Não permite esta regulagem
ARTICULADORES - Articulador semi-ajustável Cêntrica longa O articulador semi-ajustável não permite este tipo de ajuste sendo necessário proceder-se a remontagem dos modelos sempre que esta discrepância entre RC e OC for observada. Não permite esta regulagem

90 Regulagem da guia incisal
ARTICULADORES - Regulagem da guia incisal Articulador semi-ajustável - Mesa plana Nakamae O articulador semi-ajustável em boa parte dos que são confeccionados, sobretudo os nacionais, apresentam mesa incisal plana, enquanto que os articuladores totalmente ajustável possuem mesa incisal regulável. Articulador totalmente ajustável - Mesa regulável

91 Articulador totalmente ajustável
ARTICULADORES - Articulador totalmente ajustável Seqüência de montagem do articulador O articulador TT é regulado mediante uma seqüência que deve ser respeitada criteriosamente, são estas: a) registra-se a RC e a OC pela técnica de Hause no método extra-oral conforme vimos na aula passada e grampeia-se os planos de orientação segundo a posição de OC.

92 Articulador totalmente ajustável
ARTICULADORES - Articulador totalmente ajustável Marca-se o ponto condilar 12mm adiante do meato auditivo e linearmente posicionado em relação ao canto do olho e registra-see também um terceiro ponto na região do forame infra-orbital do lado esquerdo. Depois reposiciona-se o arco facial nas marcas e os planos de orientação na boca para que se proceda a montagem propriamente dita. O ponto de referencia anterior é do infraorbitário. Removido da boca o arco facial será posicionado no articulador para proceder-se a montagem primeiro do modelo superior e, depois do inferior todo um protocolo deve ser seguido para desenvolver-se estes passos.

93 Articulador totalmente ajustável
ARTICULADORES - Articulador totalmente ajustável Seqüência de individualização do articulador Após a montagem dos modelos será desenvolvida a regulagem dos estojos condilares. A programação dos estojos condilares será baseada na curva individual de compensação já que esta foi obtida pelo desgaste de Paterson e, teve a orientação determinada pelas inclinações das paredes da fossa mandibular, agora, portanto estas inclinações serão utilizadas no caminho inverso, para se determinar às inclinações da fossa mandibular do articulador. Nesta feita serão regulados a guia condilar, o ângulo de Bennett e o ângulo de Fischer. A inclinação da guia condilar é o primeiro ajuste é e realizado reproduzindo-se nos planos de orientação um movimento protrusivo. A próxima regulagem é a do ângulo de Bennett onde executando-se um movimento lateral esquerdo da mandíbula e regula-se a inclinação da parede medial da fossa mandibular do lado direito conforme já verificamos nas aulas passadas. Finalmente iremos ajustar o ângulo de Fischer que é formado no plano sagital pelas projeções das trajetórias dos movimentos de protrusão e de Bennett regula-se este também no lado de balanceio. A regulagem desta forma permite que as trajetórias mandibulares sejam reproduzidas de forma bastante satisfatória e certamente a quantidade de ajustes oclusais das próteses em boca serão minimizados haja vista que estes ajustes são realizados previamente no articulador. Existem hoje pantógrafos computadorizados “pantronic” eliminam a necessidade desta transferência, registrando diretamente todos os determinantes condilares.

94 Articulador Não Arcon - Hanau
ARTICULADORES - Articulador Não Arcon - Hanau Vamos falar um pouco das características que distinguem os articuladores ARCON, dos não ARCON. Por se tratar de um articulador do tipo não ARCON deve-se ter em mente que, os movimentos mandibulares e sobretudo condilares dão-se em situação contrária da observada nos articuladores do tipo ARCON um exemplo é o da regulagem da vertente anterior da fossa para tanto o ramo superior do articulador durante a protrusão vai para cima e para trás e não o inverso.

95 Eminência articular é curvilínea no paciente.
ARTICULADORES - Eminência articular é curvilínea no paciente. Eminência articular é reta no articulador Observou-se que os côndilos sofrem translação curvilínea durante a protrusão, enquanto que a maioria dos articuladores permite apenas translação retilínea, o mesmo valendo para registros de posições laterais ( Rugh et al 1991), sendo que devido a esse fato faz- se a regulagem, rotineiramente, partindo-se de valores médios. Aull (1965) estudou os movimentos mandibulares e, a partir de suas análises comprovou, dentre outros aspectos, que em sua grande maioria, tanto os côndilos como as fossas mandibulares que compõe as ATMs são assimétricas, esta consideração fez-se importante no sentido de que há uma tendência de realizar-se montagens nos articuladores não levando-se em conta esta característica, ajustando-se as guias condilares de ambos os lados, com o mesmo grau de angulação considerando as articulações como estruturas anatômicas simétricas.

96 Relação entre a morfologia oclusal e os determinantes fixos da oclusão
ARTICULADORES - Relação entre a morfologia oclusal e os determinantes fixos da oclusão O ajuste da distância intercondilar como foi visto distingui-se conforme o dispositivo utilizado de qualquer forma sua determinação é importante na medida que como já vimos quando falamos de movimentos mandibulares a altura das cúspides e a direção dos sulcos vestibulares dos dentes posteriores dependem da distância intercondiliana. Quanto maior for esta distância, mais baixas serão as cúspides e mais abertos os ângulos entre os sulcos vestibulares e mésio-distal é maior.

97 Relação da guia condilar com o tamanho das cúspides.
ARTICULADORES - Relação da guia condilar com o tamanho das cúspides. Já com relação à guia condilar sabe-se que quanto maior for sua inclinação, maior a altura das cúspides, a reprodução desta inclinação para a plataforma permite conformar-se a face palatina de restaurações protéticas fixas de forma a se harmonizar ás inclinações da fossa mandibular e também contribuem para o balanceamento oclusal em próteses totais. Quanto maior a inclinação da eminência articular, maior a altura das cúspides.

98 Ângulo de Fischer ARTICULADORES -
Relação entre a morfologia oclusal e os determinantes fixos da oclusão Ângulo de Fischer O ângulo de Fischer determina a altura das cúspides dos dentes no sentido vestíbulo-lingual, na curva de compensação este ângulo influencia a inclinação vestíbulo-lingual do plano oclusal (curvas de Wilson ou Monson). Já o ângulo de Bennett influi na direção dos sulcos vestibulares e linguais, quanto maior o ângulo de Bennett maior será o ângulo formado entre os sulcos vestibular e mésio-distal de um dente Também devemos relatar o efeito do Movimento de Bennett na direção de vertentes e sulcos este pode ser movimento de Bennett imediato ou side shift imediato onde quanto maior for este menor o tamanho das cúspides dos dentes posteriores.

99 Movimento de Bennett ARTICULADORES - Transrotação condilar
(lado de trabalho) Movimento de Bennett Assim como já vimos no tópico movimentos mandibulares, as angulações entre as trajetórias dos sulcos irão variar dependendo da direção do movimento de Bennett, sendo que quanto mais posterior esse movimento do côndilo de rotação maior será o ângulo formado pelas trajetórias. O movimento de Bennett influi na altura das cúspides a partir de três fatores: quantidade, direção e período do movimento. A quantidade do movimento atua obrigando as cúspides dos dentes posteriores a serem mais baixas à medida que a quantidade de movimento aumenta para permitir um movimento sem criar interferência dos dentes inferiores contra os superiores. A direção do movimento segue trajetórias do côndilo de rotação que podem ser superior, inferior, anterior e posterior e, suas combinações. Esta direção irá determinar altura de cúspide e profundidade de fossa. Quanto mais superior o movimento de Bennett menores serão as cúspides posteriores. Com relação ao período em que esse movimento ocorre, este exerce maior influência sobre a morfologia oclusal do que os demais fatores, se esse deslocamento ocorre precocemente diz-se tratar de um deslocamento imediato este resultaria em cúspides dos dentes posteriores mais baixas.

100 Articuladores Vantagens Desvantagens Não ajustável Semi-ajustável
custo baixo rápida montagem dos modelos - Pouquíssima precisão Semi-ajustável Regulagem de guia condilar e da distância intercondilar Maior tempo gasto para montagem Totalmente Ajustável Reprodução fiel dos movimentos mandibulares ajustes em posição de RC/OC Montagem complexa maior custo Aqui visualizamos uma tabela onde descrevemos em linhas gerais as vantagens e desvantagens dos articuladores. Evidentemente que cada característica em particular não está abordada neste esquema mas, da uma idéia da capacidade do articulador em fornecer condições para que se execute devidamente um tratamento. Devemos ter em mente sempre que quanto mais simples for o articulador, maiores serão os esforços do ajuste intra-oral a serenm executados pelo clínico, em se tratando de próteses totais isto pode se tornar um grande problema a ser transposto.

101 ARTICULADORES - Em suma eu volto a enfatizar os aspectos vistos no fim da aula passada ou seja, o uso do articulador na montagem de dentes em prótese total deve facilitar a obtenção de posições maxilo-mandibulares similares às ocorridas em boca de tal forma que as próteses assim construídas propiciam o maciço de sua funcionabilidade.

102 Para terminar gostaria de exemplificar o significado do estudo das próteses totais, com os dizeres de um músico profissional (no caso este Sr. da foto é meu pai), que descreveu o manejo de seu instrumento da seguinte forma: - Aquele indivíduo que iniciou seus estudos de música com um instrumento de sopro denominado clarineta (que foi o seu caso), em virtude das grandes dificuldades inerentes à técnica exigida para se aprender a tocar tal instrumento, tem a prerrogativa deadaptar-se com relativa facilidade ao manejo de um outro instrumento de sopro como um saxofone por exemplo, que tem uma concepção um pouco mais simples que a clarineta, porém o inverso não é verdadeiro. Transponho estas palavras para o aprendizado da prótese total,onde quem adquiri tais conhecimentos de forma plena, tem muita facilidade de aprender conceitos relacionados a oclusão de uma maneira geral ou se tratando de próteses parciais fixas ou removíveis, embora o inverso nem sempre seja verdadeiro. Espero que vocês tenham entendido os conceitos utilizados nesta aula, que servirão para toda a vida profissional e, que deverão ser complementados com muito treinamento e manuseio destes aparelhos, indispensáveis em boa parte dos tratamentos odontológicos. Obrigado. Acender a luz por favor.


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