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Faculdade Comunitária de Santa Bárbara Lingüística III Tema da aula: A coerência textual Fatores de coerência.

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1 Faculdade Comunitária de Santa Bárbara Lingüística III Tema da aula: A coerência textual Fatores de coerência

2 Há um conjunto de elementos que concorrem para o estabelecimento da coerência em um texto: Lingüísticos Discursivos Cognitivos Culturais Interacionais

3 Conhecimento de mundo Adquirimos conhecimento à medida que vivemos, tomamos contato com o mundo que nos cerca e adquirimos experiência.Mas esse conhecimento não é armazenado na memória de forma caótica: armazenamos esse conhecimento em blocos, que se denominam modelos cognitivos.

4 Circuito fechado (Ricardo Ramos) Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, telefone, agenda, copo com lápis, caneta, blocos de notas, espátula, pastas, caixa de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetos de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo. xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapos. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras, cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.

5 O texto apresenta-nos uma série de palavras justapostas, quase sem elementos de ligação, mas percebemos a descrição de um dia na vida de um homem de negócios. Entendemos o texto porque temos ativado na memória o esquema dessas situações. O esquema passa a fazer sentido.

6 Texto de aluno Vidinha Redonda Kátia da Costa Aguiar Esperma, óvulo, embrião, parto. Bebê, choro, sobressalto, cocô, xixi, fralda, leite, colo, sono. Doença, vômito, pavor, pediatra, remédio, preço. Murmúrio, passos, fala. Escola, lancheira, material, professora. Curiosidade, descoberta. Crescimento, desenvolvimento, pêlos pubianos, seios, curvas, menstruação, modess, cólica, atroveran, adolescência. Primeiro beijo, paixão, shopping center. Batom, esmalte, rinsagem, depilação. namorado, pressão, intimidade, culpa. Festa, pai, ciúme, relógio, motel, desculpa, dissimulação. Faculdade, trabalho, consciência, cansaço, sossego, idade. Noivado, loja, fogão, geladeira, cama, mesa, banho, aliança, chá-de-panela. Cartório, igreja, núpcias. Sexo, trabalho, sexo, trabalho, sexo, esperma, óvulo, licença, parto.

7 Conhecimento partilhado O conhecimento partilhado e a criação do mundo textual auxiliam o receptor a estabelecer um sentido para as relações não explícitas no texto. Essa operação de compreensão e interpretação para tornar um texto coerente é a inferência que o receptor realiza.

8 Emissor e receptor devem ter um conhecimento de mundo com certo grau de similaridade. É preciso um equilíbrio entre informação dada e informação nova. Se um texto contiver apenas informações novas, poderá ser ininteligível.

9 Inferência Quase todos os textos que lemos ou ouvimos exigem que façamos uma série de inferências para que possamos compreendê-los integralmente.

10 Qual a relação entre um texto e um texto e um iceberg? O que fica à tona, isto é, o que é explicitado pelo texto, é apenas uma pequena parte daquilo que fica submerso, ou seja, implícito.

11 Compete ao receptor ser capaz de atingir os diversos níveis de implícito, se quiser alcançar uma compreensão mais profunda do texto que ouve ou lê. Ex. Os alunos se preparam para a formatura do curso de Letras. Inferências: 1.Os alunos estão fazendo um curso universitário. 2.O curso está no final. 3.Os alunos programaram uma festa de formatura.

12 Fatores de Contextualização São aqueles que “ancoram” o texto em uma situação comunicativa determinada. Podem ser perspectivos: a data,o local,a assinatura, elementos gráficos, timbre, o título,o autor, o início do texto, etc. Exemplo: uma carta, um artigo, uma reportagem, etc

13 Ibama apreende madeira ilegal retirada da floresta amazônica KÁTIA BRASIL da Agência Folha, em Manaus O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) do Amazonas anunciou hoje a apreensão de mais de 500 metros cúbicos de madeira em pranchas, equivalente a 1.500 toras de árvores extraídas ilegalmente da floresta amazônica na região do rio Manacapuru (84 km oeste de Manaus). A madeira apreendida estava distribuída em 22 embarcações, que foram retidas pelos fiscais no porto da localidade, como parte da Operação Jangada 4. Pelo menos 30 pessoas foram detidas e autuadas em crimes da legislação ambiental.

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15 Situcionalidade Pode ser vista em duas direções: a)Da situação para o texto b)Do texto para a situação Propriedade que pressupõe os elementos participantes como sujeitos situados dentro de lugares e papéis sócio-simbolicamente regulados.

16 Conjunto de fatores que tornam o texto relevante para uma dada situação de comunicação. Para escrever um texto é preciso adequá-lo à situação específica. Exemplo: uma redação em prova de vestibular, uma monografia de final de curso, uma mensagem de otimismo em um discurso final em formatura, um poema para o namorado,etc. Esses aspectos influem tanto na produção, como na compreensão do texto.

17 Informatividade O grau de informatividade está diretamente relacionado à informação veiculada: previsível / imprevisível, esperada / não-esperada. Quanto mais previsível, menor será o grau de informatividade de um texto e vice-versa. Por isto, textos altamente informativos exigem, do leitor ou ouvinte, um esforço maior para sua compreensão. Textos científicos, por exemplo, têm como objetivo primeiro produzir informação teórica, com a finalidade de transmitir conhecimentos acerca de seu objeto de estudo. Os jornalísticos têm, igualmente, como função primordial veicular uma informação. É preciso, também, lembrar que, nos noticiários de TV e rádio, existem outros componentes: imagem e voz somam-se à referencialidade.

18 A poluição que se verifica nas grandes capitais do país é um problema de toda a sociedade. O empresariado industrial deve ser conscientizado. O governo deve tomar medidas enérgicas. Deve haver a colaboração da população em geral para resolver esse problema tão série de toda a sociedade. A poluição que se verifica principalmente nas grandes capitais do país é um problema relevante e para cuja solução é necessária uma ação conjunta de toda a sociedade. O governo, por exemplo, deve rever sua legislação de proteção ao meio ambiente, ou fazer valer as leis em vigor; o empresariado pode dar sua colaboração, instalando filtros de controle dos gases e líquidos expelidos; e a população, utilizando menos o transporte individual e aderindo aos programas de rodízio de automóveis e caminhões, como já ocorre em São Paulo. Medidas que venham a excluir qualquer um desses três setores da sociedade tendem a ser inócuas no combate à poluição e a apenas onerar as contas públicas.

19 Focalização A focalização tem a ver com a concentração de usuários ( produtor e receptor) em apenas uma parte de seu conhecimento, bem como com a perspectiva da qual são visto os componentes do mundo textual. Seria como uma câmera que acompanhasse tanto o produtor como o receptor no momento em que um texto é processado.

20 Um mesmo texto, dependendo da focalização, pode ser lido de modo totalmente diferente. Exemplo: um conto fantástico lido por um psicólogo. No ensino de redação, quando dizemos ao aluno que deve delimitar o assunto e estabelecer objetivo para seu texto, estamos, na verdade, levando-o a focalizar o tema de um determinado modo.

21 Intertextualidade Intertextualidade é uma expressão do léxico atual da teoria da literatura, criada pela semioticista Júlia Kristeva que, no ambiente do estruturalismo francês dos anos 60, pôs em voga esse termo para designar o fenômeno da relação dialógica entre textos. A relação dialógica entre textos foi percebida primeiramente pelo russo Mikhail Bakhtin, a partir da análise que ele faz da obra de Dostoiévski.

22 Intertextualidade Júlia Kristeva aponta para três processos básicos em que ocorre a intertextualidade: A citação A alusão A estilização

23 Citação : pode confirmar ou alterar o sentido do texto citado. Mostra que um texto já penetrou em outro. Exemplo: Meus oito anos Oh! que saudades que tenho Oh! que saudades que eu tenho Da aurora da minha vida, Da aurora de minha vida Da minha infância querida Que os anos não trazem mai Que os anos não trazem mais Que amor, que sonhos, que flores Naquele quintal de terra Naquelas tardes fagueiras Da Rua de Santo Antônio À sombra das bananeiras, Debaixo da bananeira Debaixo dos laranjais! Sem nenhum laranjais. (...) Casimiro de Abreu Oswald de Andrade

24 Alusão: neste processo de intertextualidade não se citam as palavras ( todas ou quase todas), mas reproduzem-se construções sintáticas em que certas figuras são substituídas por outras, sendo que todas mantêm relações hiperonímicas com o mesmo hiperônimo ou são figurativizações do mesmo tema. Exemplo: Canção do exílio Canção do exílio Minha terra tem palmeiras, Minha terra tem macieiras da Califórnia onde canta o Sabiá; onde cantam gaturanos de Veneza As aves, que aqui gorjeiam, Minha terra tem palmeiras não gorjeiam como lá. onde canta o sabiá. ( Gonçalves Dias ) ( Murilo Mendes )

25 Estilização: é a reprodução do conjunto de procedimentos do "discurso de outrem", isto é, do estilo de outrem. Estilos devem ser entendidos aqui como o conjunto das recorrências formais tanto no plano da expressão quanto no plano do conteúdo (manifestado, é claro) que produzem um efeito de sentido de individualização. Exemplo: Poema tirado de uma notícia de jornal João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número. Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. ( Manuel Bandeira )

26 Intencionalidade e aceitabilidade A intencionalidade refere-se ao modo como os emissores usam textos para perseguir e realizar suas intenções, produzindo, para tanto, textos adequados à obtenção dos efeitos desejados. A aceitabilidade é o princípio da cooperação, isto é, quando duas pessoas interagem por meio da linguagem, elas se esforçam por fazer- se compreender e procuram calcular o sentido do texto do(s) interlocutor(es), partindo das pistas que ele contém e ativando seu conhecimento de mundo, da situação, etc.

27 Texto para aplicação O jardim morto ( Garcia Lorca)


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