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MORMO EM EQUÍDEOS
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INTRODUÇÃO CONCEITO: Enfermidade infectocontagiosa grave, de caráter agudo ou crônico que acomete principalmente os equídeos(equinos, asininos e muares), podendo também acometer o Homem(Zoonose), os carnívoros e eventualmente os pequenos ruminantes. ENFERMIDADE DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA Conforme IN 50 de 29/09/2013- requer notificação imediata de qualquer caso suspeito.
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INTRODUÇÃO HISTÓRICO É considerada uma das mais antigas doenças dos equídeos, descrita por Aristóteles e Hipócrates nos séculos III e IV antes de Cristo. Responsável por alta morbidade e letalidade, ocorre em diferentes partes do mundo. A doença foi descrita pela primeira vez no Brasil em 1811, introduzida provavelmente por animais infectados importados da Europa(região do Porto - Portugal), sendo os primeiros casos no Brasil registrados na Ilha de Marajó - PA.
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INTRODUÇÃO HISTÓRICO 1º Relato 1811 – Ilha de Marajó.
1870 e Equídeos e Homem. 1896 – Isolamento da Bactéria – Dr. Adolfo Lutz. 1968 e 1999 – Considerado extinto
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INTRODUÇÃO SINONÍMIA: Conhecido vulgarmente por “Lamparão”, “Catarro do Mormo” , “Catarro de Burro” ou “Catarro Bravo". Em inglês recebe a denominação de “Glanders” ou “Farcy”. “Muermo” em espanhol; Farcim ou Morve, em francês.
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ETIOLOGIA Burkholderia mallei
Bastonete Gram negativo sem cápsula, imóvel e pouco resistente às condições ambientais(dessecação, à luz solar direta, ao calor), sendo inativado em 24 h de exposição. Sobrevivência prolongada em ambientes molhados ou úmidos(3 a 5 semanas). Dificilmente sobrevive mais que um a dois meses em temperatura ambiente .
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ETIOLOGIA Burkholderia mallei
Sensível aos desinfetantes usuais – Hipoclorito de Sódio (500 ppm de Cl ativo), Iodo, Cloreto de Benzalcônio. Destruída a uma temperatura de 55ºC durante 10 minutos e pela radiação ultravioleta. Pode permanecer viável na água de torneira pelo menos 01 mês. Em matéria orgânica permanece viável por 15 a 30 dias.
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EPIDEMIOLOGIA HOSPEDEIROS: Equídeos (equinos, asininos e muares).
Seres humanos(acidental). Ocasionalmente felídeos. Pequenos ruminantes. Burros mais suscetíveis, mulas um pouco menos, cavalos alguma resistência(forma crônica). Bovinos , suínos e aves são resistentes.
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EPIDEMIOLOGIA FONTES DE INFECÇÃO E TRANSMISSÃO
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EPIDEMIOLOGIA A PRINCIPAL VIA DE INFECÇÃO É A DIGESTIVA, PODENDO OCORRER TAMBÉM PELAS VIAS RESPIRATÓRIA , GENITAL E CUTÂNEA.
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TRANSMISSÃO CONTATO INDIRETO
Ingestão de água, e alimentos contaminados. O micro-organismo se dissemina no ambiente através de alimentos(forragens e melaço),água e fômites,principalmente comedouros e bebedouros. Estábulos coletivos para alimentação,idade,alimentação deficiente,excesso de trabalho, stress, podem predispor à infecção.
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EXEMPLO CONTATO INDIRETO
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EXEMPLO CONTATO INDIRETO
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EXEMPLO CONTATO INDIRETO
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TRANSMISSÃO CONTATO DIRETO Inalação de aerossóis e contato com secreções nasais e cutâneas do ferimentos ou com utensílios usados na monta dos animais. Alta densidade e proximidade dos animais (estábulos coletivos) PORTADORES ASSINTOMÁTICOS – MAIS IMPORTANTES NA TRANSMISSÃO DA DOENÇA DO QUE OS ANIMAIS DOENTES.
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EXEMPLO CONTATO DIRETO
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EXEMPLO CONTATO DIRETO
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ALTA DENSIDADE E PROXIMIDADE DOS ANIMAIS
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PORTADORES ASSINTOMÁTICOS
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OCORRÊNCIA NO MUNDO África Ásia América Central
América do Sul(inclusive Brasil) Erradicado nos EUA (1940),Europa Ocidental,Canadá e Austrália.
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OCORRÊNCIA NO BRASIL AL,AM,BA,CE,ES,GO,MA,MG,MT,MS,
ESTADOS DE: AL,AM,BA,CE,ES,GO,MA,MG,MT,MS, PA,PB,PE,PI,RN,RS,RJ,RO,RR,SC,SP,SE, e TO ( Memo. Circ. DSA nº 63/2015 de 07/07/2015.
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DIAGNÓSTICO O período de incubação do Mormo varia de dias a muitos meses. DIAGNÓSTICO CLÍNICO(de acordo com as lesões primárias): Três formas comumente descritas: Nasal Pulmonar Cutânea
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DIAGNÓSTICO FORMA NASAL:
Febre alta, perda de apetite e dificuldade respiratória com tosse; Presença de descarga muco purulenta, amarelo esverdeada, viscosa e altamente infecciosa, que se acumula e causa crostas ao redor das narinas; Descarga ocular purulenta; Nódulos na mucosa nasal, podendo evoluir para úlceras.
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FORMA NASAL
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FORMA NASAL
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FORMA NASAL E LESÕES CUTÂNEAS
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FORMA NASAL
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FORMA NASAL
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FORMA NASAL
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DIAGNÓSTICO FORMA PULMONAR: Leva meses até o desenvolvimento. Febre;
Tosse seca persistente; Dificuldade respiratória; Dispnéia; Diarréia; Poliúria. Perda progressiva da condição corporal.
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DIAGNÓSTICO FORMA CUTÂNEA:
Além de febre, dispnéia, debilidade progressiva há o aparecimento de: Nódulos no tecido subcutâneo(cabeça, pescoço,pernas,área costal e abdômen ventral-rompimento exsudato purulento). Úlceras que podem cicatrizar. Linfonodos e vasos linfáticos(aspecto de rosário). Orquite
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FORMA CUTÂNEA- ASPECTO ROSÁRIO
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FORMA CUTÂNEA-ÚLCERAS DA RUPTURA DOS NÓDULOS
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FORMA CUTÂNEA
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LEGISLAÇÃO Instrução Normativa nº 24 de 5 de abril de 2004
Controle de trânsito Interestadual; Sacrifício dos animais doentes ou soropositivos e incineração das carcaças; Interdição da propriedade para saneamento; Quarentena e sorologia antes de introduzir animais no rebanho; Desinfecção das instalações e de todo material que teve contato com animais doentes
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DIAGNÓSTICO Teste Sorológico FIXAÇÃODO COMPLEMEN -TO
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DIAGNÓSTICO Fixação de Complemento:
Só pode ser realizada em laboratório oficial ou credenciado; O resultado negativo da Prova de Fc terá validade de 180 dias para propriedades monitoradas e 60 dias nos demais casos; A coleta de material para exame de mormo e a remessa de material será realizada por Médico Veterinário Oficial ou cadastrado; O resultado do exame deverá ser emitido no mesmo modelo de requisição.
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DIAGNÓSTICO Animais reagentes à FC sem sintomas;
Animais reagentes à FC podem ser submetidos a teste complementar de diagnóstico que será o teste da Maleína nos seguintes casos: Animais reagentes à FC sem sintomas; Animais não reagentes à FC com sintomas; Outros casos DDA julgar necessário.
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DIAGNÓSTICO Animais reagentes à FC com sintomas – Prova FC conclusiva;
Não será utilizado o Teste complementar da Maleína: Animais reagentes à FC com sintomas – Prova FC conclusiva; Animais de propriedade reincidente – regime de saneamento – Prova FC conclusiva
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DIAGNÓSTICO O teste da Maleína só pode ser realizado por Médico Veterinário Oficial. São considerados Positivos no teste da Maleína após aplicação e decorridos 48 h para leitura: Animais com reação edematosa palpebral com secreção purulenta ou não. Negativo conclusivo – os que não apresentarem reação à Maleína – com emissão de atestado pelo serviço oficial com validade de 120 dias, não podendo ser novamente testado pela prova de FC durante esse período.
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TESTE DA MALEÍNA Aplicação de PPD Maleína na dose de 0,1ml por via intradérmica, na pálpebra inferior de um dos olhos do animal, e o procedimento de leitura deverá ser realizado após 48 horas após a aplicação.
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Resultado positivo após 48 horas da aplicação.
TESTE DA MALEÍNA Resultado positivo após 48 horas da aplicação. Secreção purulenta.
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Resultado positivo após 48 horas da aplicação.
TESTE DA MALEÍNA Resultado positivo após 48 horas da aplicação. Edema palpebral inferior.
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PROFILAXIA Devido a inexistência de vacinas e os tratamentos serem proibidos recomenda-se: Controle da movimentação animal; Controle de eventos agropecuários; Vigilância ativa e passiva; Identificação de populações de risco; Investigação epidemiológica de casos suspeitos e confirmados. Sacrifício dos animais positivos. Interdição das propriedades até completo saneamento.
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PROFILAXIA PARA CRIADORES
Não utilizar baias, comedouros e bebedouros coletivos; Ao detectar sintomas nos animais isolá-los e comunicar imediatamente a Adapec/TO de seu município; Não fazer uso compartilhado de escova, panos, cabrestos e arreios; Realizar completa limpeza e desinfecção das instalações; Exigir exame Negativo para Mormo na compra de novos animais; Realizar quarentena para animais recém adquiridos. Fornecer alimentação e mineralização adequadas
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MORMO EM HUMANOS Zoonose
Contato direto com fluxo nasal, secreção das úlceras cutâneas,manipulação de animais suspeitos ou reconhecidamente infectados. Infecção por contato com fômites(materiais e utensílios contaminados). Via de penetração- mucosas nasal, ocular e pele; Período de incubação dias.
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MORMO EM HUMANOS MODELO DE INFECÇÃO COM O AGENTE CAUSAL DO MORMO EM UMA CABEÇA DE UMA PESSOA. MUSEU DA ESCOLA NACIONAL DE VETERINÁRIA DE ALFORT – FRANÇA.
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MORMO EM HUMANOS Manifesta-se por inflamação dolorosa, com vesículas, nódulos e úlceras no local da infecção. Pode localizar-se nos pulmões e nas mucosas da laringe e traquéia- broncopneumonia. Fluxo muco purulento nas narinas- casos agudos – letalidade 95% em 3 semanas. Casos crônicos lesões nodulares nos pulmões ou abscedação pelo corpo.
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MORMO EM HUMANOS Diagnóstico
Isolamento bacteriano – B. mallei (sangue,escarro, urina, ou lesões de pele) Exames sorológicos não são recomendados(CDC Atlanta). Prevenção Identificação e eliminação de animais positivos.
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MORMO EM HUMANOS Tratamento Antibióticos: Tetraciclinas
Ciprofloxacinas Streptomicinas Novobiocinas Gentamicinas Sulfonamidas
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AÇÕES RELEVANTES DA ADAPEC/TO
Equipe capacitada com rápida ação na contenção de possíveis focos; Ações de Educação Sanitária em 93 municípios do Estado com um público orientado sobre a enfermidade de 1950 pessoas; Palestras ministradas especificamente para produtores rurais, orientando sobre a zoonose; Trabalhos de investigação epidemiológica para detecção de possíveis focos; Intensificação da fiscalização do trânsito de equídeos.
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AÇÕES RELEVANTES DA ADAPEC/TO
Comunicação imediata à Secretaria da Saúde; Parceria com outros estados da federação para investigação de possíveis vínculos epidemiológicos; Participação ativa do GEASE ( Grupo Especial de Atenção às Enfermidades Emergenciais ou Exóticas do Tocantins), formado por profissionais de alto gabarito técnico e administrativo à disposição do órgão 24 horas para emergências sanitárias e contenção da disseminação de possíveis doenças no Estado.
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TRÂNSITO Requisitos de trânsito:
Animais provenientes de UF onde foi confirmada a presença do agente devem apresentar exame negativo de mormo para trânsito interestadual(dentro do prazo de validade). TODOS animais que participem de aglomeração animal realizada em UF onde foi confirmada a presença de mormo devem portar exame negativo em teste de FC para a doença(dentro do prazo de validade).
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OBRIGADA! Ana Lúcia Rodrigues R.T. PESE Adapec/TO 3218 2169
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