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PublicouCarmem de Paiva Quintão Alterado mais de 9 anos atrás
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Brasil Império José Murilo de Carvalho
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Introdução A grande diferença verificada na evolução das colônias espanholas e portuguesas Político: manutenção da unidade política na América Portuguesa e fragmentação na América Espanhola
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Explicações Estilo de administração das colônias? Vinda da família real para o Brasil? Razões econômicas?
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Modelo explicativo “As possibilidades de êxito para impor uma ordem nacional estiveram condicionados tanto pela ‘situação de mercado’, regida pelo grupo que controlava as exportações – monopólio dos portos, domínio do setor produtivo fundamental, etc -, como pela capacidade de alguns setores das classes dominantes consolidar um sistema político de domínio” Cardoso e Faleto
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Abordagem teórica Atribuir a influência à atuação de elites políticas significa apenas negar o determinismo de fatores não-políticos, sobretudo econômicos, nas decisões políticas
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Origem e formação de elites políticas “quanto maior o êxito e a nitidez da revolução burguesa, tanto menor o peso do Estado como regulador da vida social e, portanto, tanto menor o peso do funcionalismo público” Portugal : revolução burguesa abortada, predomínio do elemento burocrático Nos EUA o emprego público era um mau negócio: além de ser malvisto pela população as oportunidades do mercado eram muito maiores e mais compensadoras do que as da burocracia
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José Murilo de Carvalho “a manutenção da unidade política da ex-colônia foi em grande medida consequência do tipo de elite política existente à época da Independência” “Essa elite se caracterizava sobretudo pela homogeneidade ideológica e de treinamento” “Essa homogeneidade era fornecida sobretudo pela socialização da elite (educação,ocupação,carreira política)”
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Ideologia homogênea Formação jurídica Universidade de Coimbra Pernambuco e São Paulo
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Iluminismo em Portugal? Portugal: lenda negra Inquisição portuguesa Estrangeirados Imprensa portuguesa Proibição de livros e pensamentos revolucionários (Rousseau)
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Universidade de Coimbra Criada em 1290 Juristas de Bolonha 1537 até 1759 domínio dos jesuítas Escolástica Iluminismo Católico Luiz Antônio Verney
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Uma ilha de letrados num mar de analfabetos O governo português nunca permitiu a instalação de estabelecimentos de ensino superior nas colônias Capitania de Minas Gerais 1768 Um dos mais fortes vínculos que sustentava a dependência das colônias era a necessidade de vir estudar em Portugal (Universidade de Coimbra)
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Analfabetismo De acordo com o Censo de 1872, somente 16,85% da população entre seis e 15 anos frequentava a escola 30 anos mais tarde, em 1920, os analfabetos representavam 76% da população total menos de 12.000 alunos matriculados nas escolas secundárias numa população livre de 8.490.910 habitantes
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América Espanhola A Espanha permitiu desde o início a criação de Universidades em suas colônias Em 1551 Universidade do México e do Peru, mais tarde Cuba(Havana), Nicarágua (león), Panamá (Panamá), Colômbia (Bogotá), Venezuela (Caracas,Mérida), Equador (Quito), Peru (lima, Cuzco, Huamanga), Bolívia (Charcas), Chile (Santiago), Argentina (Córdoba) Até o final do período colonial umas 150.000 pessoas formaram-se nas Universidades da América Espanhola
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No Brasil 1828 Curso de Direito em Olinda e em São Paulo Escola Militar em 1810 – matemática e engenharia Escola de Medicina do Rio de Janeiro e Salvador (1813 e 1815) Escola de Minas em Ouro Preto (1876)
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Local de Educação Superior dos Ministros (1822-1889) 1822-31 1831-40 1840-53 Coimbra 71,80% 66,68% 45% Outro* 28,20% 16,67% - -------------------------------------------------------- * indica quase sempre formação em escolas militares de Portugal ou do Brasil
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Bacharelismo Segundo relatório de um ministro do império: “A experiência tem demonstrado que a existência de dois Cursos Jurídicos dá um número de pessoas habilitadas muito superior ao que as necessidades do país exigem”
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Cidadania “O domínio de funcionários públicos na elite política significava na verdade que os representantes da sociedade eram ao mesmo tempo representantes do Estado”
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Unificação da Elite Educação Superior Coimbra Formação Jurídica “a elite era uma ilha de letrados num mar de analfabetos”
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A caminho do clube Longas carreiras políticas Faziam circular os administradores por vários postos e regiões Evitavam que os funcionários se identificassem com os interesses das colônias e desenvolvessem idéias subversivas Alguns chegavam a administrar 8 províncias diferentes
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Numero de Presidentes de Província e tempo médio no cargo, 1824-1889 1824-31 1831-40 1840-89 Presidentes 60 114 748 Efetivos Tempo 2 1,3 1,2 no cargo
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Manutenção da Unidade “Num país geograficamente tão diversificado e tão pouco integrado, onde pressões regionalistas se faziam sentir com frequência, a ampla circulação geográfica da liderança tinha um efeito unificador poderoso” Durante os 67 anos de duração do Império, o total de 526 cargos foram preenchidos por apenas 342 pessoas
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Comparação com o Império Chinês Os mandarins chineses se preparavam durante 35 anos para um exame que durava 160 dias O Império Brasileiro durou 67 anos, só a dinastia Ching durou mais de 250 anos e o sistema de exame chinês durou em torno de 1300 anos O sistema competitivo de exames era um meio excelente para doutrinar os plebeus ambiciosos e obrigar os filhos talentosos de funcionários e famílias burocráticas nobres a submeterem-se a uma formação ideológica profissional extraordinariamente completa
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