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MUSICALIDADE NO POEMA RITMO SONORIDADE.

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Apresentação em tema: "MUSICALIDADE NO POEMA RITMO SONORIDADE."— Transcrição da apresentação:

1 MUSICALIDADE NO POEMA RITMO SONORIDADE

2 cola beba coca cola babe cola beba coca babe cola caco caco
c l o a c a Décio Pignatari

3 Tensão com can som tem con ten tam tém são bém tom sem bem som Augusto de Campos

4 Trem de ferro Café com pão Café com pão Café com pão Virge Maria que foi isso maquinista? Agora sim Café com pão Agora sim Voa, fumaça Corre, cerca Ai seu foguista Bota fogo Na fornalha Que eu preciso Muita força Muita força Muita força (trem de ferro, trem de ferro) Oô... Foge, bicho Foge, povo Passa ponte Passa poste Passa pasto Passa boi Passa boiada Passa galho Da ingazeira Debruçada No riacho Que vontade De cantar! Oô... (café com pão é muito bom)

5 Quando me prendero No canaviá Cada pé de cana Era um oficiá Oô
Quando me prendero No canaviá Cada pé de cana Era um oficiá Oô... Menina bonita Do vestido verde Me dá tua boca Pra matar minha sede Oô... Vou mimbora vou mimbora Não gosto daqui Nasci no sertão Sou de Ouricuri Oô... Vou depressa Vou correndo Vou na toda Que só levo Pouca gente Pouca gente Pouca gente... (trem de ferro, trem de ferro) Manuel Bandeira. Estrela da Manhã (1936)

6 Berimbau Os aguapés dos aguaçais Nos igapós dos Japurás Bolem, bolem, bolem. Chama o saci: – Si si si si! - Ui ui ui ui ui! Uiva a iara Nos aguaçais dos igapós Dos Japurás e dos Purus. A mameluca é uma maluca. Saiu sozinha da moloca – O boto bate – bite bite ... Quem ofendeu a mameluca? – Foi o boto! O Cussaruium bota quebrantos. Nos aguaçais os aguapés – Cruz, canhoto! – Bolem ... Peraus dos Japurás De assombramentos e de espantos! ...

7 O ritmo espontâneo (da fala) no poema arcaico
Os pés na tradição grega : jâmbico ( - /) troqueu (/ - - ) anapesto (- - /) etc. Exemplo de seqüência trocaica: Fátima diz que não toma nem pílula A tradição renascentista: a métrica silábica Exemplos: redondilha maior (Casas entre bananeiras) redondilha menor (Lutar com palavras) octossílabo (A mameluca é uma maluca) decassílabo (Amor é fogo que arde sem se ver) alexandrino (Ah! Quem há-de exprimir, alma impotente e escrava)

8 Métrica e cadência: a tradição renascentista
Lu tar com pa la (vras ) éa lu ta mais vã En tan to lu ta (mos) mal rom pea ma nhã A mor é fo go quear de sem se ver O céu mo lha do co mo mar es cu (ro)

9 SONETO De quantas graças tinha, a Natureza Fez um belo e riquíssimo tesouro. E com rubis e rosas, neve e ouro, Formou sublime e angélica beleza. Pôs na boca os rubis, e na pureza Do belo rosto as rosas, por quem mouro; No cabelo o valor do metal louro; No peito a neve em que a alma tenho acesa. Mas nos olhos mostrou quanto podia, E fez deles um sol, onde se apura A luz mais clara que a do claro dia. Enfim, Senhora, em vossa compostura Ela a apurar chegou quanto sabia De ouro, rosas, rubis, neve e luz pura. (Camões)

10 De quan tas gra ças ti nha, a Na tu re
Fez um be lo e ri quí ssi mo te sou E com ru bis e ro sas, ne ve e ou For mou su bli me e an gé li ca be le Pôs na bo ca os ru bis e na pu re Do be lo ros to as ro sas por quem mou No ca be lo o va lor do me tal lou No pei to a ne ve em que a al ma te nho a ce Mas nos o lhos mos trou quan to po di E fez de les um sol on de se a pu A luz mais cla ra que a do cla ro di En fim Se nho ra em vo ssa com pos tu E la a a pu rar che gou quan to sa bi De ou ro ro sas ru bis ne ve e luz pu

11 Andamento e tom: métricas e cadências idênticas podem produzir ritmos
diferentes em função do andamento e do tom O lutador (frag.) (Drummond ) Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos, mal rompe a manhã. Saudade do tempo (frag.) (Milano) Saudade do tempo Do tempo passado, Do tempo feliz Que não volta mais.

12 Lu tar com pa la (vras ) éa lu ta mais vã En tan to lu ta (mos) mal rom pea ma nhã Sau da de do tem (po) Do tem po pa ssa (do) Do tem po fe liz Que não vol ta mais

13 Embalo da canção Que a voz adormeça que canta a canção! Nem o céu floresça nem floresça o chão. (Só - minha cabeça, só - meu coração. Solidão.) Que não alvoreça nova ocasião! Que o tempo se esqueça de recordação! (Nem minha cabeça nem meu coração. Solidão!) (C. Meireles)

14 Quea voz a dor me ça que can taa can ção Nem o céu flo res ça Nem flo res çao chão Só mi nha ca be ça Só meu co ra ção So li dão Que não al vo re ça no vao ca si ão Queo tem po sees que ça de re cor da ção Nem mi nha ca be ça nem meu co ra ção So li dão

15 SONETO I Horizonte cerrado, baixo muro, A névoa como uma montanha andando, O céu molhado como mar escuro. Por muito tempo ainda fiquei olhando A terra transformada num monturo. Por muito tempo ainda ficou ventando. Cravei no espaço lívido o olhar duro E vi a folha no ar gesticulando, Ainda agarrada ao galho, antes do salto No abismo, a debater-se contra o assalto Do vento que estremece o mundo, e então Sumir-se em meio àquele sobressalto, Depois de muito sacudida no alto E de muito arrastada pelo chão ... (Dante Milano)

16

17 Sonoridade no poema: valor expressivo dos fonemas
Takete e Maluma Tumba escura e Luz diurna Sugestões sensoriais e sugestões emotivas Assonâncias, aliterações, paronomásias, rimas

18 O VALOR EXPRESSIVO DOS SONS: ASSONÂNCIA E ALITERAÇÃO
( exemplos citados por Nilce Martins) E minha alma, salva, ficará mais alva do que a estrela d’alva. C.Ricardo Cantos bárbaros de pajés em poracés batendo os pés. Na gaiola de ouro um canário pálido trila um pio fino frio como um fio de ouro. G.de Almeida Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro, Ó ser humilde entre os humildes seres, Embriagado, tonto dos prazeres, O mundo para ti foi negro e duro. Cruz e Sousa

19 A neblina, roçando o chão, cicia, em prece,
Como uma procissão espectral que se move Bilac Ah! Quem há-de exprimir, alma impotente e escrava, O que a boca não diz, o que a mão não escreve? – Ardes, sangras, pregada à tua cruz, e, em breve, Olhas, desfeito em lodo, o que te deslumbrava ... Quando os sons dos violões vão soluçando, quando os sons dos violões nas cordas gemem, e vão dilacerando e deliciando, rasgando as almas que nas sombras tremem. Cruz e Sousa

20 Canção do vento e da minha vida (M. Bandeira)
O vento varria as folhas, O vento varria os frutos, O vento varria as flores ... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De frutos, de flores, de folhas. O vento varria as luzes, O vento varria as músicas, O vento varria os aromas... De aromas, de estrelas, de cânticos. O vento varria os sonhos E varria as amizades... O vento varria as mulheres. De afetos e de mulheres. O vento varria os meses E varria os teus sorrisos... O vento varria tudo! De tudo.

21 Vazio O pensamento à-toa Que se perde no espaço. E além, sem deixar traço De si, o olhar que voa. Um invisível fio. O equilíbrio de uma ave Na vertigem suave Do vôo no vazio. Sob a aparente calma, Esta inquieta, esta aflita Vacuidade infinita Para o respiro da alma... (Dante Milano)

22 Epígrafe (M.Bandeira) Sou bem-nascido. Menino, Fui, como os demais, feliz. Depois, veio o mau destino E fez de mim o que quis. Veio o mau gênio da vida, Rompeu em meu coração, Levou tudo de vencida, Rugiu como um furacão, Turbou, partiu, abateu, Queimou sem razão nem dó - Ah, que dor! Magoado e só, Só - meu coração ardeu: Ardeu em gritos dementes Na sua paixão sombria ... E dessas horas ardentes Ficou esta cinza fria. - Esta pouca cinza fria.

23 Sonoridade no poema: valor expressivo dos fonemas
Takete e Maluma Tumba escura e Luz diurna Sugestões sensoriais e sugestões emotivas Assonâncias, aliterações, paronomásias, rimas

24 O VALOR EXPRESSIVO DOS SONS: ASSONÂNCIA E ALITERAÇÃO
( exemplos citados por Nilce Martins) E minha alma, salva, ficará mais alva do que a estrela d’alva. C.Ricardo Cantos bárbaros de pajés em poracés batendo os pés. Na gaiola de ouro um canário pálido trila um pio fino frio como um fio de ouro. G.de Almeida Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro, Ó ser humilde entre os humildes seres, Embriagado, tonto dos prazeres, O mundo para ti foi negro e duro. Cruz e Sousa

25 A neblina, roçando o chão, cicia, em prece,
Como uma procissão espectral que se move Bilac Ah! Quem há-de exprimir, alma impotente e escrava, O que a boca não diz, o que a mão não escreve? – Ardes, sangras, pregada à tua cruz, e, em breve, Olhas, desfeito em lodo, o que te deslumbrava ... Quando os sons dos violões vão soluçando, quando os sons dos violões nas cordas gemem, e vão dilacerando e deliciando, rasgando as almas que nas sombras tremem. Cruz e Sousa

26 Canção do vento e da minha vida (M. Bandeira)
O vento varria as folhas, O vento varria os frutos, O vento varria as flores ... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De frutos, de flores, de folhas. O vento varria as luzes, O vento varria as músicas, O vento varria os aromas... De aromas, de estrelas, de cânticos. O vento varria os sonhos E varria as amizades... O vento varria as mulheres. De afetos e de mulheres. O vento varria os meses E varria os teus sorrisos... O vento varria tudo! De tudo.

27 Vazio O pensamento à-toa Que se perde no espaço. E além, sem deixar traço De si, o olhar que voa. Um invisível fio. O equilíbrio de uma ave Na vertigem suave Do vôo no vazio. Sob a aparente calma, Esta inquieta, esta aflita Vacuidade infinita Para o respiro da alma... (Dante Milano)

28 Epígrafe (M.Bandeira) Sou bem-nascido. Menino, Fui, como os demais, feliz. Depois, veio o mau destino E fez de mim o que quis. Veio o mau gênio da vida, Rompeu em meu coração, Levou tudo de vencida, Rugiu como um furacão, Turbou, partiu, abateu, Queimou sem razão nem dó - Ah, que dor! Magoado e só, Só - meu coração ardeu: Ardeu em gritos dementes Na sua paixão sombria ... E dessas horas ardentes Ficou esta cinza fria. - Esta pouca cinza fria.


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