“ O JUSTO VIVERÁ PELA FÉ” Habacuque 1: 1 a 7 e 13; 2: 1 a 5; 3: 17 a 19 Destaques: v. 6 v. 4 v. 18 e 19 Autor do estudo: Rev. Sérgio Paulo de Almeida Pastor.

Apresentação em tema: "“ O JUSTO VIVERÁ PELA FÉ” Habacuque 1: 1 a 7 e 13; 2: 1 a 5; 3: 17 a 19 Destaques: v. 6 v. 4 v. 18 e 19 Autor do estudo: Rev. Sérgio Paulo de Almeida Pastor."— Transcrição da apresentação:

1 “ O JUSTO VIVERÁ PELA FÉ” Habacuque 1: 1 a 7 e 13; 2: 1 a 5; 3: 17 a 19 Destaques: v. 6 v. 4 v. 18 e 19 Autor do estudo: Rev. Sérgio Paulo de Almeida Pastor Jubilado da IPIB 25.05.2012

2 1)AUTOR: Nada sabemos a respeito de Habacuque além das informações contidas em seu livro. Mesmo aqui ele não nos fornece sua genealogia e quando profetizou. Seu nome, segundo Jerônimo, deriva de uma raiz hebraica que significa “segurar”, e disse que: “ele é chamado “abraço” por causa de seu amor ao Senhor ou porque (abraçado) lutava contra Deus”. Lutero e outros comentadores modernos concordam com Jerônimo. Por quê? Porque neste pequeno livro vemos um homem, em ânsia mortal, em luta com um grande problema: a justiça divina em um mundo desordenado. A mesma espécie de conflito do livro de Jó.

3 Habacuque foi o primeiro profeta a impugnar não a Israel, porém a Deus. O livro contém um monólogo entre ele mesmo e o Todo-Poderoso. O que o deixava perplexo era a aparente discrepância entre a revelação de Deus e a sua experiência no dia a dia. Ele procurava explicação para isso. Nenhuma resposta direta é dada à sua interrogação, mas lhe é assegurado que a Fé paciente terminará vencedora (ver Hc 2: 1 a 4).

4 2) DATA E OCASIÃO Em Hc. 1: 6... Deus estava levantando os caldeus ou babilônicos como um instrumento de castigo: “... eu suscito (levanto) os caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcham pela largura da terra para apoderar-se de moradas que não são suas. Eles são pavorosos e terríveis, e criam eles mesmos o seu direito e a sua dignidade. Os seus cavalos são mais ligeiros... os seus cavaleiros mais ferozes que os lobos ao anoitecer, se espalham por toda parte. Vêm para fazer violência; reunem os cativos como areia; escarnecem dos reis; os príncipes são objeto do seu riso; riem-se de todas fortalezas e as tomam. Então, passam como passa o vento e seguem; fazem-se culpados estes cujo poder é o seu deus”.

5 O Império Babilônico ou Caldeu foi revivificado. Tornou-se poderoso. Derrubou o enfraquecido Império Assírio no fim do séc. 5º a.C. Nínive, sua capital, foi destruída em 612 a.C. e, Nabucodonosor, rei da Babilônia, derrotou também, o faraó Neco, do Egito em 605 a.C. E olha que este faraó Neco do Egito, 3 anos antes, havia matado o rei Josias de Judá (II Reis 23: 29 e 30 e II Crônicas 35: 20 e segs) e estabeleceu reis bonecos em Judá para fazerem sua vontade. Porém, nem Neco, nem esses reis de Judá, eram adversários para o crescente poder da Babilônia. Deus estava certo: “eu suscito (levanto) nação amarga e impetuosa”. E Judá ficou sob o domínio Caldeu durante 20 anos e foi finalmente levado em cativeiro em 586 a. C. As profecias de Habacuque se referem a esse período. Habacuque teria sido Contemporâneo de Jeremias (627 – 586 a. C.)

6 3) A MENSAGEM DO PROFETA : Clama a Deus por causa da iniqüidade que vê ao seu redor. Até quando ela continuará? E se Deus é Santo, como pode Ele permitir a brutal desumanidade e idolatria dos caldeus, cujas atrocidades são piores que os males de Judá que serão enviados a punir? Enfim, uma unidade de tema pode ser observada através do livro inteiro.

7 Habacuque trata do problema moral do fato de Deus erguer os caldeus, para infligirem juízo contra Judá, quando a impiedade, a crueldade e a barbárie dos caldeus são uma negação da justiça de Deus. “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar; por que, pois, toleras os que procedem perfidamente (traiçoeiramente, deslealmente) e te calas quando o perverso devora aquele que é mais justo do que ele?” (Hc. 1, 13)

8 Depois de questionar a Deus, o profeta espera, na imaginação de sua torre de vigia, para ver se Deus resolverá o dilema. O que Deus dirá e que resposta eu terei à minha queixa. Ler Hc. 2: 2 e 3. São duas as respostas de Deus: a) Hc. 2: 4: “Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé”. Deus afirma que o orgulho dos caldeus será motivo de sua queda. A alma do ímpio não é reta nele. O ímpio, sem saber, está sempre em contradição consigo mesmo. A soberba, a arrogância do homem sem Deus, traz em si mesmo a semente da própria ruína, o ímpio nunca está bem consigo mesmo. Sua alma não tem sossego. Enquanto que o homem fiel, temente a Deus, que confia em Deus, que se sente justificado e perdoado por Deus, goza da intimidade de Deus, tem sossego, vive em paz.

9 Se a alma do ímpio não é reta nele ao ponto de trazer em si mesmo a semente da destruição, no justo ao contrário, sua alma é reta nele. O justo não vive em contradição, em sobressaltos. Sua alma é humilde. Sua fé não está em si mesmo, mas em Deus. O justo não confia nas suas próprias forças. O Senhor Deus é a sua fortaleza. Sua alma está bem nele. Ele vive em paz no seu interior e vive em paz com o seu próximo. O bem interior ele reparte com todos. Hc. 3: 18 diz: “eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação”. Essa alegria real, permanente no coração crente, contagia a todos. “O justo viverá pela sua fé”. Ele sabe que “os caminhos de Deus são eternos” (Hc. 3;6). Quem vive na presença do Eterno, sabe que seus caminhos também o conduzem a eternidade. “todo o que crê não perece, mas tem a vida eterna” (Jo 3:16).

10 O homem fiel, temente a Deus, assegura-se que viverá sempre à luz do favor de Deus. Esta convicção estendeu-se também no Novo Testamento: em Romanos 1: 17, em Gálatas 3: 11 e em Hebreus 10: 38 se repete que “o justo viverá pela sua fé”. Os justos serão preservados no dia da tribulação, visto terem dependido de Deus. “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. (Hb. 11: 6). E qual a retribuição de Deus aos ímpios?

11 b) No texto de Habacuque 2: 6 a 19: há um cântico de zombaria dirigido aos caldeus, que consiste de uma série de cinco “ais” que predizem duras conseqüências contra os caldeus devido aos seus atos de desumanidade pelos quais são responsáveis:

12 1 – Ai daquele que acumula o que não é seu! (v. 6); 2 – Ai daquele que ajunta em sua casa bens mal adquiridos! (v. 9); 3 – Ai daquele que edifica a cidade com sangue e a fundamenta com iniqüidade! (v. 12); 4 – Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro, misturando à bebida o seu furor, e que o embebeda para lhe contemplar as vergonhas! (v. 15); 5 – Ai daquele que diz à madeira: Acorda! E à pedra muda: Desperta! Pode o ídolo ensinar? Eis que está coberto de ouro e de prata, mas, no seu interior, não há fôlego nenhum. (v. 19)

13 A retribuição de Deus aos altivos (arrogantes, ímpios, cruéis) invasores é que compreenderão a inutilidade da tirania e a vaidade da idolatria. A resposta de Deus termina com uma ordem de silêncio universal perante o soberano Senhor: “O Senhor, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra” (Hc. 2: 20). Sendo-lhe assegurado que a justiça triunfará, o profeta Habacuque eleva o seu coração numa oração para que Deus opere novamente uma obra poderosa como a do Êxodo (saída do Egito) e do Sinai (revelação dos mandamentos). Habacuque reafirma sua confiança no Deus de sua salvação: ler 3: 17 a 19. Venha o que vier. Habacuque se regozijará em seu Deus sabendo que em Deus estará a salvo e quando a calamidade passar ou não, o Senhor o levará seguro ao Lar, a morada eterna pelo Senhor seu Deus.

14 CONCLUINDO: ler Jó 2: 9 e 10; 19-25 e Romanos 8: 35 a 39. Jó 2: 9 a 10: “Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre. Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios”. Jó 19 : 25: “Porque eu sei que o meu Redentor (Cristo) vive e por fim se levantará sobre a terra”.

15 Romanos 8: 35 a 39: “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”. Autor do estudo: Rev. Sérgio Paulo de Almeida Pastor Jubilado da IPIB 25.05.2012