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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO MESTRADO EM EDUCAÇÃO – 2008.

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1 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO MESTRADO EM EDUCAÇÃO – 2008 Disciplina: Pesquisa Educacional Professor Drª. Vera Jacob Mestranda: Vilma Brício. SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. 5ª edição. São Paulo: Cortez, 2008. SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. 5ª edição. São Paulo: Cortez, 2008.

2 Um discurso sobre as ciências Objetivo da obra de Boaventura: discutir a situação presente das ciências no seu conjunto. Para isso ele se questiona:Objetivo da obra de Boaventura: discutir a situação presente das ciências no seu conjunto. Para isso ele se questiona: Quais as relações existem entre ciência e virtude (se é que elas existem)?Quais as relações existem entre ciência e virtude (se é que elas existem)? Que valor atribuímos ao conhecimento dito ordinário ou vulgar que nós, sujeitos individuais ou coletivos, criamos para dar sentido às nossas práticas e que a ciência teima em considerar irrelevante, ilusório e falso? Que valor atribuímos ao conhecimento dito ordinário ou vulgar que nós, sujeitos individuais ou coletivos, criamos para dar sentido às nossas práticas e que a ciência teima em considerar irrelevante, ilusório e falso? Qual o papel de todo esse conhecimento cientifico acumulado no enriquecimento e no empobrecimento prático de nossas vidas?Qual o papel de todo esse conhecimento cientifico acumulado no enriquecimento e no empobrecimento prático de nossas vidas?

3 Um discurso sobre as ciências Para responder a tais questões Boaventura assume 5 hipóteses:Para responder a tais questões Boaventura assume 5 hipóteses: 1.Supõe que não faz sentido distinguir as ciências naturais das ciências sociais; 2.Pressupõe que a síntese entre elas deve ter as ciências sociais como pólo catalisador; 3.As ciências sociais terão que recusar todas as formas de positivismo lógico ou empírico, ou de mecanicismo materialista ou idealista; 4.A síntese não como uma ciência unificada nem como uma teoria geral, mas como um conjunto de galerias temáticas; 5.A medida que esse síntese for se desenvolvendo, tenderá a desaparecer a distinção hierárquica entre conhecimento científico e conhecimento vulgar e a prática será o fazer e o dizer da filosofia da prática.

4 Um discurso sobre as ciências O paradigma dominanteO paradigma dominante No desenvolvimento de suas hipóteses, Boaventura faz inicialmente um crítica ao modelo de racionalidade que preside a ciência moderna e que se tornou, ao longo da história, um modelo global de racionalidade científica que se distingue e se defende tanto do senso comum como das humanidades;No desenvolvimento de suas hipóteses, Boaventura faz inicialmente um crítica ao modelo de racionalidade que preside a ciência moderna e que se tornou, ao longo da história, um modelo global de racionalidade científica que se distingue e se defende tanto do senso comum como das humanidades; Aponta esse modelo como totalitário, ao negar a racionalidade de outros modos de conhecer e assumir-se como única forma de conhecimento verdadeiro caracterizando-se como uma nova visão de mundo e de vida, que desconfia sistematicamente das evidências da experiência imediata, que estando na base do conhecimento vulgar, passam a ser tidas como ilusóriasAponta esse modelo como totalitário, ao negar a racionalidade de outros modos de conhecer e assumir-se como única forma de conhecimento verdadeiro caracterizando-se como uma nova visão de mundo e de vida, que desconfia sistematicamente das evidências da experiência imediata, que estando na base do conhecimento vulgar, passam a ser tidas como ilusórias

5 Um discurso sobre as ciências A crise do paradigma dominanteA crise do paradigma dominante Essa crise é não só profunda como irreversível;Essa crise é não só profunda como irreversível; Estamos a viver um período de revolução científica que se iniciou com Einsten e a mecânica quântica e não se sabe ainda quando acabará;Estamos a viver um período de revolução científica que se iniciou com Einsten e a mecânica quântica e não se sabe ainda quando acabará; Os sinais nos permitem tão-só especular acerca do paradigma que emergirá deste período revolucionário mas que, desde já, se pode afirmar com segurança que colapsarão as distinções básicas em que se assenta o paradigma dominante;Os sinais nos permitem tão-só especular acerca do paradigma que emergirá deste período revolucionário mas que, desde já, se pode afirmar com segurança que colapsarão as distinções básicas em que se assenta o paradigma dominante; Resultado interativo de uma pluralidade de condições.Resultado interativo de uma pluralidade de condições.

6 Um discurso sobre as ciências Condições da crise:Condições da crise:  Teóricas (concepção moderna de conhecimento): 1.Em 1º lugar identifica no próprio aprofundamento do conhecimento científico a origem da percepção da fragilidade de seus pilares fundadores. O pensamento de Einstein (no domínio da astrofísica)constituiu a 1º rombo no paradigma da ciência moderna, ao suprimir do universo das verdades científicas o espaço e o tempo absolutos de Newton ao considerar o caráter local das medições e do rigor científico de seus resultados; 2.Surge a partir da Mecânica Quântica, pois Heisenberg e Bohr demonstram que não é possível observar ou medir um objecto sem interferi nele, sem o alterar. Portanto, a interferência estrutural do sujeito no objeto observado, nos leva a aspirar apenas resultados aproximados, a inviabilizar o determinismo mecanicista e a perceber a complexidade da distinção sujeito/objecto.

7 Um discurso sobre as ciências 3.O terceiro problema relaciona-se com o veículo formal de expressão das medições, ou seja, remete em questão o rigor da Matemática. Gödel com o teorema da incompletude e os teoremas sobre a impossibilidade permite perceber que mesmo seguindo à risca as regras da lógica dentro da matemática, é possível formular proposições indecidíveis, que não se podem demonstrar nem refutar, pois o rigor da matemática carece ele próprio de fundamento; 4.É constituída pelos avanços científicos recentes, nos domínios da microfísica, da química e da biologia. Os diferentes avanços vem solapando das mais diferentes formas e nos mais variados campos a credibilidade e a legitimidade do cientificismo moderno. A imprevisibilidade do comportamento do sistema, os mecanismos não- lineares que presidem sua transformação e a irreversibilidade desta última serão os argumentos em prol da formação de um paradigma científico: “ Em vez de eternidade, a história; em vez do determinismo, a imprevisibilidade; em vez do mecanicismo, a interpenetração, a espontaneidade e a auto-organização; em vez da reversibilidade, a irreversibilidade e a evolução; em vez da ordem, a desordem; em vez da necessidade, a criatividade e o acidente”.

8 Um discurso sobre as ciências Sociológicas: As condições teóricas da crise do paradigma dominante têm vindo a propiciar uma profunda reflexão epistemológica sobre o conhecimento científico:Sociológicas: As condições teóricas da crise do paradigma dominante têm vindo a propiciar uma profunda reflexão epistemológica sobre o conhecimento científico: 1.Os próprios cientistas teriam desenvolvido competência e interesse filosóficos para problematizar a sua prática científica; 2.A análise das condições sociais, dos contextos culturais, dos modelos organizacionais da investigação científica.

9 Um discurso sobre as ciências Como condições sociais da crise Boaventura aponta: A perda progressiva da capacidade de auto- regulação na medida do avanço do rigor científico;Como condições sociais da crise Boaventura aponta: A perda progressiva da capacidade de auto- regulação na medida do avanço do rigor científico; O fenômeno global da industrialização da ciência fez cair por terra a idéia de autonomia da ciência e do desinteresse do conhecimento científico:O fenômeno global da industrialização da ciência fez cair por terra a idéia de autonomia da ciência e do desinteresse do conhecimento científico: 1.a estratificação da comunidade científica 2.o acesso ao grande capital e aos equipamentos que ele permite comprar o fosso dos diferentes níveis de desenvolvimento tecnológico entre os países centrais e periféricos;

10 Um discurso sobre as ciências O paradigma emergenteO paradigma emergente Boaventura esclarece que a configuração desse paradigma só pode ser obtida por via especulativa. E que este paradigma não pode ser apenas científico, na medida em que emergirá no contexto de uma sociedade revolucionada pela ciência; precisará ser também social, ou seja, um paradigma de um conhecimento prudente para uma vida decente.Boaventura esclarece que a configuração desse paradigma só pode ser obtida por via especulativa. E que este paradigma não pode ser apenas científico, na medida em que emergirá no contexto de uma sociedade revolucionada pela ciência; precisará ser também social, ou seja, um paradigma de um conhecimento prudente para uma vida decente.

11 Um discurso sobre as ciências 1ª Tese: todo conhecimento científico-natural é científico-social A discussão dicotômica entre ciências naturais e sociais deixou de ter sentido e utilidade, e a superação dela tende a tornar o conhecimento do paradigma emergente não-dualista, fundado na superação das distinções entre natureza e cultura, natural e artificial, vivo e inanimado, mente e matéria, observador e observado, subjetivo e objetivo, coletivo e individual, animal e pessoa;A discussão dicotômica entre ciências naturais e sociais deixou de ter sentido e utilidade, e a superação dela tende a tornar o conhecimento do paradigma emergente não-dualista, fundado na superação das distinções entre natureza e cultura, natural e artificial, vivo e inanimado, mente e matéria, observador e observado, subjetivo e objetivo, coletivo e individual, animal e pessoa; Crescentemente as ciências naturais vêm se apropriando dos conceitos e dos modelos explicativos da ciências sociais, portanto se aproximando das humanidades. Nessa fusão é necessário colocar além da pessoa no centro do conhecimento, a natureza no centro da pessoa. Nesse sentido, a ciência pós-moderna é uma ciência analógica, na qual as analogias entre o mundo, o jogo, o texto ou o palco ou a biografia permitirão desvelar diferentes pontas do mundo.Crescentemente as ciências naturais vêm se apropriando dos conceitos e dos modelos explicativos da ciências sociais, portanto se aproximando das humanidades. Nessa fusão é necessário colocar além da pessoa no centro do conhecimento, a natureza no centro da pessoa. Nesse sentido, a ciência pós-moderna é uma ciência analógica, na qual as analogias entre o mundo, o jogo, o texto ou o palco ou a biografia permitirão desvelar diferentes pontas do mundo.

12 Um discurso sobre as ciências 2ª Tese: Todo conhecimento é local e total O conhecimento total, mas sendo total é também local;O conhecimento total, mas sendo total é também local; Se constitui em torno de temáticas, entendidas como galerias por onde os conhecimentos progridem ao encontro uns dos outros. O conhecimento avança à medida que seu objeto se amplia, pela diferenciação e pelo alastramento de suas raízes em busca de novas e mais variadas interfaces; Se constitui em torno de temáticas, entendidas como galerias por onde os conhecimentos progridem ao encontro uns dos outros. O conhecimento avança à medida que seu objeto se amplia, pela diferenciação e pelo alastramento de suas raízes em busca de novas e mais variadas interfaces; Na medida em que se organiza em torno de temas estruturados em função de sua adoção por grupos sociais concretos, como projetos de vida locais, o conhecimento pós-moderno é local, mas é também total porque salienta a exemplaridade dos projetos cognitivos locais;Na medida em que se organiza em torno de temas estruturados em função de sua adoção por grupos sociais concretos, como projetos de vida locais, o conhecimento pós-moderno é local, mas é também total porque salienta a exemplaridade dos projetos cognitivos locais; Também é uma ciência tradutora, por incentivar os conceitos e teorias desenvolvidos localmente a emigrarem para outros lugares cognitivos, de modo a poderem ser utilizados fora de seu contexto de origem;Também é uma ciência tradutora, por incentivar os conceitos e teorias desenvolvidos localmente a emigrarem para outros lugares cognitivos, de modo a poderem ser utilizados fora de seu contexto de origem; O conhecimento pós-moderno, sendo total, não é determinístico, sendo local, não é descritivista. É um conhecimento sobre as condições de possibilidade da ação humana projetada no mundo a partir de um espaço-tempo local. Por isso é um conhecimento imetódico, constitui-se a partir de uma pluralidade metodológica, o que impulsiona para uma maior personalização do trabalho científico.O conhecimento pós-moderno, sendo total, não é determinístico, sendo local, não é descritivista. É um conhecimento sobre as condições de possibilidade da ação humana projetada no mundo a partir de um espaço-tempo local. Por isso é um conhecimento imetódico, constitui-se a partir de uma pluralidade metodológica, o que impulsiona para uma maior personalização do trabalho científico.

13 Um discurso sobre as ciências 3ª Tese: Todo conhecimento é auto-conhecimento A ciência moderna consagrou o homem enquanto sujeito epistêmico, mas expulsou-o enquanto sujeito empírico;A ciência moderna consagrou o homem enquanto sujeito epistêmico, mas expulsou-o enquanto sujeito empírico; Parafraseando Clausewitz, afirma que o objeto é a continuação do sujeito por outros meios;Parafraseando Clausewitz, afirma que o objeto é a continuação do sujeito por outros meios; Nossas trajetórias de vida, nossos valores e nossas crenças são a prova íntima do nosso conhecimento, o que permite afirmar que os sentidos atribuídos ao conhecimento vinculam-se a nossa história;Nossas trajetórias de vida, nossos valores e nossas crenças são a prova íntima do nosso conhecimento, o que permite afirmar que os sentidos atribuídos ao conhecimento vinculam-se a nossa história; Hoje é necessário um conhecimento compreensivo e íntimo que não nos separe e antes nos una pessoalmente ao que estudamos;Hoje é necessário um conhecimento compreensivo e íntimo que não nos separe e antes nos una pessoalmente ao que estudamos; Ressubjetivado, o conhecimento científico ensina a viver e traduz-se num saber prático.Ressubjetivado, o conhecimento científico ensina a viver e traduz-se num saber prático.

14 Um discurso sobre as ciências 4ª Tese: Todo conhecimento científico visa constituir-se em senso comum A ciência moderna produz conhecimentos e desconhecimentos. Se faz do cientista um ignorante especializado faz do cidadão comum um ignorante generalizado;A ciência moderna produz conhecimentos e desconhecimentos. Se faz do cientista um ignorante especializado faz do cidadão comum um ignorante generalizado; A ciência pós-moderna sabe que nenhuma forma de conhecimento é, em si mesma, racional; só a configuração de todas elas é racional;A ciência pós-moderna sabe que nenhuma forma de conhecimento é, em si mesma, racional; só a configuração de todas elas é racional; A ciência pós-moderna procura reabilitar o senso comum por reconhecer nesta forma de conhecimento algumas virtualidade para enriquecer nossa relação com o mundo, pois tem uma dimensão utópica e libertadora que pode ser ampliada através do diálogo com o conhecimento científico;A ciência pós-moderna procura reabilitar o senso comum por reconhecer nesta forma de conhecimento algumas virtualidade para enriquecer nossa relação com o mundo, pois tem uma dimensão utópica e libertadora que pode ser ampliada através do diálogo com o conhecimento científico; O conhecimento científico pós-moderno só se realiza na medida em que se converte em senso comum.O conhecimento científico pós-moderno só se realiza na medida em que se converte em senso comum.


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