PRÉ-PRODUÇÃO CURTA- METRAGEM Disciplina: Filosofia da Arte_Estética Profa. Leila Rosa www.profleilarosa.com.

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1 PRÉ-PRODUÇÃO CURTA- METRAGEM Disciplina: Filosofia da Arte_Estética Profa. Leila Rosa www.profleilarosa.com

2 A pré-produção é a primeira etapa do processo para fazer um filme. Os profissionais envolvidos trabalham basicamente para tornar uma ideia em algo concreto, desenvolvendo-a criativamente (roteiro e design de produção) como viabilizando-a financeiramente, levantando recursos, adquirindo equipamento e resolvendo toda a burocracia. Tempo de duração: 1º trimestre

3 Etapas a serem seguidas: 1.Noções de roteiro (1º trimestre) 2. Noções de design de produção (1º trimestre) 3. Orientações para a pré-produção e produção do curta- metragem (2º trimestre) 4. Produção do curta-metragem; Bibliografia e Referências (3º trimestre)

4 1.Roteiro O roteiro é, para todos os efeitos, o esqueleto de um filme. Não há um esquema único para a criação de um roteiro. É possível que o roteiro tenha sido uma ideia original do roteirista, que o desenvolveu sozinho e o apresentou pronto. Estabelecido o roteiro, o diretor pode, a partir dele, criar o storyboard. Trata-se de uma decupagem imagética, funcionando como uma história em quadrinhos. É importante saber que um roteiro pode não estar finalizado até o momento em que não se tem mais o que filmar e deve-se montar o filme.

5 2. Inspiração “(...) 'Eu [Peter Fonda] estava meio doidão e olhei para... uma foto de Anjos Selvagens, eu e Bruce Dern numa moto', ele recorda. 'E de repente eu pensei: é isso aí, esse é o western moderno, dois caras atravessando o país de moto... e talvez eles tenham feito uma supertransação e estejam cheios de grana. E eles atravessam o país e vão se aposentar na Flórida... Mas aí dois caçadores de pato num caminhão acabam com eles só porque não gostam do visual deles.' Eram quatro e meia da manhã [em Toronto] e a única pessoa doida o bastante para entender a ideia era Dennis Hopper. Embora brigassem o tempo todo, Hopper e Fonda eram grandes amigos. Era uma e meia da manhã em Los Angeles quando Fonda ligou para Hopper e acordou-o dizendo: 'Bicho, escuta só...'” BISKIND, Peter. Easy Riders, Raging Bulls: How the sex-drugs-and-rock'n'roll generation saved Hollywood, p. 44. Editora Intrínseca, 2009 (64: Lawrence Linderman, Playboy, 9/70). "Sem Destino" (Easy Rider, dir. Dennis Hopper, 1969)

6 3. Construção de personagens Para o dramaturgo Henrik Ibsen, no século XIX, diz: “os personagens bem construídos são capazes de gerar drama por si só.” A composição do personagem é uma etapa complexa da construção do roteiro, e na verdade é muitas vezes à parte deste. A lógica de Aristóteles, entretanto, é mais utilizada. Nela, comumente os personagens obedecem a arquétipos, seja um vilão, um herói, revolucionário etc. A estrutura principal de um filme é a “curva dramática”

7 Na Ilustração, podemos ver a curva dramática básica, composta de três Atos, Exposição (onde são estabelecidos os principais personagens, sua situação inicial, locações importantes), Complicação (corpo do filme, que mostra as consequências de alguma modificação na situação inicial) e Resolução (o final, que mostra anova situação), separados por dois Pontos de Virada, o Ataque (modificação na situação inicial) e o Clímax (ponto de tensão máxima entre os lados opostos de uma trama). Muitos autores descrevem curvas dramáticas ligeiramente diferentes, mais complexas (e algumas nem sequer “curvas”, chamadas “progressão”), acrescentando, por exemplo, o Ponto Central (dividindo o filme em duas Partes, ao invés dos Atos), mas a ideia básica é a mesma.