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PublicouJuliana de Oliveira Pires Alterado mais de 7 anos atrás
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TÉCNICAS BÁSICAS PARA O EXAME FÍSICO Propedêutica
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O exame físico compreende a inspeção, a palpação, a percussão e a ausculta. Utiliza-se os sentidos, sobretudo a visão, o tato e a audição. Além desses, o olfato é considerado também um sentido importante para buscar dados que subsidiem o raciocínio clínico de enfermagem.
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Inspeção A inspeção é o ato de observar e inspecionar. É um método em que se utiliza o sentido da visão na avaliação do aspecto, cor, forma, tamanho e movimento das diversas áreas corporais. Ela deve ser panorâmica e localizada, investigando-se as partes mais acessíveis das cavidades em contato com o exterior.
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Tipos de inspeção INSPEÇÃO GERAL - No primeiro contato com o paciente faz-se uma inspeção geral, observando o estado aparente de saúde, nível de consciência, estado nutricional e de hidratação, estatura, postura, atividade motora, cor da pele, higiene pessoal, humor e tipo de fala. INSPEÇÃO ESPECÍFICA - A inspeção específica é realizada no exame dos diversos aparelhos.
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CLASSIFICAÇÃO Inspeção Estática – realizada com o paciente em repouso observando os contornos anatômicos. Ex: a observação da forma do tórax. Inspeção Dinâmica – quando se observa os movimentos corporais do paciente e as alterações decorrentes dos mesmos, centrado nos movimentos próprios do segmento inspecionado. Ex: caracterização da amplitude dos movimentos respiratórios.
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Inspeção frontal – é como se designa a técnica de olhar frente a frente a região a ser examinada. Esta é considerada o modelo padrão do procedimento; Inspeção tangencial - nesta técnica, observa-se a região tangencialmente. Esta é a técnica correta para se pesquisar movimentos mínimos na superfície corporal, como, por exemplo, pulsações, abaulamentos, retrações, ondulações.
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RECURSOS - iluminação adequada, de preferência com luz natural; - para a inspeção de cavidades, usar pequena lanterna; - expor apenas no segmento do corpo a ser inspecionado; Obs: Todo o paciente deve ser inspecionado, atendo-se à região de maior queixa.
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Palpação A palpação é uma técnica que permite a obtenção do dado através do tato e da pressão. O sentido do tato leva à obtenção das impressões táteis da parte mais superficial do corpo humano- palpação superficial, enquanto que a pressão permite a obtenção destas impressões de regiões mais profundas do corpo – palpação profunda.
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OBSERVAÇÕES - Palpação lavar as mãos a cada exame; -aquecer as mãos, esfregando-as uma contra a outra; -ter as unhas cortadas e tratadas, evitando traumatismo no paciente- cliente;
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TÉCNICAS de Palpação Palpação com a mão espalmada, usando-se toda a palma de uma mão ou ambas as mãos; Palpação com uma das mãos sobrepondo- se à outra ;
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Palpação com a mão espalmada, usando-se apenas as polpas digitais e a parte ventral dos dedos.
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Palpação usando-se o polegar e o indicador, formando uma pinça; Palpação com o dorso dos dedos e das mãos, para avaliar temperatura.
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Dígito-pressão: realizada com a polpa do polegar ou do indicador, consiste na compressão de uma área, com o objetivo de pesquisar dor, detectar edema e/ou avaliar circulação cutânea.
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Puntipressão: utiliza- se um objeto pontiagudo, não cortante, num ponto do corpo, para avaliar sensibilidade dolorosa Palpação bimanual (uma das mãos aproxima a estrutura a ser examinada e a outra realiza a palpação).
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Percussão Oprincípio da percussão baseia-se nas vibrações originadas através de pequenos golpes realizados em determinada superfície do organismo. A percussão é utilizada principalmente para se delimitar órgãos, detectar coleções de líquido ou ar e perceber formações fibrosas teciduais. O som é influenciado pela espessura da parede e pela natureza das estruturas subjacentes.
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Percussão direta È realizada golpeando-se diretamente com as pontas dos dedos e da região-alvo. Os dedos devem estar fletidos, imitando a forma de um martelo, e os movimentos de golpear são feitos pela articulação do punho.
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Percussão dígito-digital É realizada golpeando-se com um dedo a borda ungueal ou a superfície dorsal da segunda falange do dedo médio ou indicador da outra mão, que encontra-se espalmada e apoiada na região de interesse.
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Punho-percussão e percussão com a borda da mão São utilizadas com o objetivo de buscar sensação dolorosa nos rins. Os golpes são dados na área de projeção deste órgão, nas regiões lombares. Na punho-percussão, a mão deve ser mantida fechada; golpeia-se a área com a borda cubital. Na percussão com a borda da mão, os dedos ficam estendidos e unidos; golpeia-se a região desejada com a borda ulnar.
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Percussão por piparote É utilizada para pesquisar ascite: com uma das mãos, o examinador golpeia o abdome com piparotes, enquanto que a outra mão, espalmada na região contralateral, capta ondas líquidas que se chocam com a parede abdominal.
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TIPOS DE SONS NA PERCUSSÃO Maciço: obtém-se percutindo regiões desprovidas de ar (músculo, fígado, coração). Este som transmite a sensação de dureza e resistência. Submaciço: variação do maciço, é a presença de ar em pequena quantidade que lhe confere esta característica peculiar (região de transição entre o parênquima pulmonar e um órgão sólido). Timpânico: obtido em regiões que contenham ar, recobertas por membrana flexível, como o estômago. A sensação obtida é a de elasticidade. Claro pulmonar: obtém-se quando se percute especificamente a área dos pulmões. E dependente da presença de ar dentro de alvéolos e demais estruturas pulmonares.
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Ausculta Consiste na aplicação do sentido da audição para ouvir sons ou ruídos produzidos pelos órgãos. Esses sons são decorrentes da vibração das estruturas entre sua origem e a superfície corporal. É um procedimento através do qual, utilizando-se um estetoscópio, obtêm-se ruídos considerados normais ou patológicos, no exame de vários órgãos, como os pulmões, coração, artérias e intestino. Ausculta direta : vibração sonora captada diretamente pelo ouvido. Ausculta indireta : vibração sonora captada pelo estetoscópio.
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TIPOS DE SONS - NA AUSCULTA 1.Pulmões: murmúrio vesiculares, roncos, sibilos ou ruídos adventícios; 2.Coração: bulhas cardíacas e suas alterações, para reconhecer sopros ou outros ruídos. 3.Intestino: ruídos hidroaéreos; 4.Vasos sanguíneos: sopros.
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OBSERVAÇÕES D eve ser realizada em ambiente silencioso; O paciente deve estar relaxado na posição recomendada (deitado, para ausculta do trato gastrintestinal, sentado ou em pé para ausculta do tórax); A área a ser auscultada deve estar descoberta ou coberta com tecido fino para evitar ruídos adventícios; C omparar as regiões simétricas e, após uma ausculta geral, focalizar nos locais de sinais auscultatórios anormais; N a ausculta pulmonar, especificamente, o paciente deve respirar com a boca entreaberta, sem produzir ruídos audíveis e com movimentos respiratórios regulares e de mesma amplitude inspiratória e expiratória.
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BIBLIOGRAFIA BEVILACQUA, Fernando; BENSOUSSAN, Eddy; JANSEN, José Manoel; SPÍNOLA E CASTRO, Fernando. Manual do Exame Clínico. 12 ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2001. POSSO, Maria Belén Salazar. Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2003. POTTER, Patrícia A; PERRY, Anne G. Enfermagem Prática. 3 ed. São Paulo: Santos, 1998.
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