ASPÉCTOS TÉCNICOS de PSICANÁLISE

Apresentação em tema: "ASPÉCTOS TÉCNICOS de PSICANÁLISE"— Transcrição da apresentação:

1 ASPÉCTOS TÉCNICOS de PSICANÁLISE
Jorge Amaro

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1)A interpretação deve ser feita com palavras simples ,não técnicas, usando o vocabulário do paciente e de maneira que até uma criança entenderia. 2)Não se deve analisar pessoas ou relações entre pessoas, lá fora da sessão analítica, através da narrativa do analisando ,pois não temos elementos de aferição da veracidade e do uso da relação. O melhor é restringir-se ao material e sua função em relação a sessão em si. 3)Não se deve dar reasseguramento. Muitas interpretações podem ser reasseguramentos velados devido à angústia do analista.

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4)Não reforçar a interpretação com demonstrações de onde ela foi tirada, pois isto é angústia do analista frente ao receio de rejeições por parte do analisando. 5)Se usarmos um automóvel como exemplo alegórico podemos dizer que o carro é movido por meio da gasolina.A gasolina faz o carro mover-se .Nestas condições o FATOR que faz o carro mover-se é a gasolina. Podemos conceber que a FUNÇÃO é o ato de mover-se e o FATOR promovente é a gasolina. 6)Paralelamente, ao modelo acima descrito ,podemos conceber que as FUNÇÕES de afastamento ou aproximação(mover-se) tem seus FATORES. Como exemplo de FATOR que aciona o afastamento temos a inveja,a voracidade etc..

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7)A FUNÇÃO pode ser considerada como as DEFESAS na psicodinâmica e os FATORES como o material defendido. 8)Dentro das FUNÇÕES e dos FATORES há uma CONSTRUÇÃO, por parte do analisando, há uma teoria estruturada. 9)Nunca insistir, direta ou indiretamente ,que o paciente aceite a interpretação .Só dê esclarecimentos. 10)Lembrar que sómente a parte saudável do analisando pode receber ajuda pois a parte não saudável necessita manter-se imóvel quanto a mudanças.

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11)Não usar modelos , como pista principal de trabalho, mas sómente como auxiliar durante o trabalho. 12)Disciplina da memória e do desejo para que eles não criem interpretações que nada tem a haver com o que acontece no setting. 13)Estar atento para os mecanismos de PROPICIAMENTO onde o indivíduo, entre diferentes formas de expressão , usa o outro como álibi para expressar relacionamentos psicopatológicos dentro de uma lógica.

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14)Nas falsas reparações o individuo cultiva o papel de submetido,abusado, onde o outro fica continente da destruvidade e da culpa. 15)É necessário o terapeuta estar atento á contratransferência que o faz tentar anestesiar o sofrimento do paciente . 16)A interpretação deve ater-se aos objetos internos e não aos objetos externos do mundo social. 17)Quando o analista experimentar sentimentos fortes dentro de si ,não deve interpretar a sessão naquele momento ,pois provávelmente a contratransfência não está sendo conscientizada.

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18)Deve-se separar os sentimentos inoculados pelo analisando dos do material pessoal da vida do analista. 19)O que o paciente fala e se comporta se baseia numa teoria de vida daquele indivíduo. A interpretação do analista é apenas uma outra teoria que é a versão do terapeuta do acontecido. 20)Evitar dar munições de realidade que propiciam a estruturação dos mecanismos cristalizados pelo analisando.

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21)O psicanalista não pode escapar de sua orientação de concentrar-se sobre a transferencia e a contratransferência pois isto é que o diferencia das outras técnicas psicoterápicas. 22)Lembrar que a função de OMNIPOTÊNCIA ocorre tanto no indivíduo religioso como no aparentemente não religioso.È muito importente examinar como o analisando usa esta função e como ela está estruturada.