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A RESTAURAÇÃO DA BIODIVERSIDADE COMO ALTERNATIVA AO MERCADO DE CARBONO: O EXEMPLO DO PARQUE ESTADUAL DO MONGE – LAPA/PR BRASIL Maria do Rocio Lacerda Rocha,

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Apresentação em tema: "A RESTAURAÇÃO DA BIODIVERSIDADE COMO ALTERNATIVA AO MERCADO DE CARBONO: O EXEMPLO DO PARQUE ESTADUAL DO MONGE – LAPA/PR BRASIL Maria do Rocio Lacerda Rocha,"— Transcrição da apresentação:

1 A RESTAURAÇÃO DA BIODIVERSIDADE COMO ALTERNATIVA AO MERCADO DE CARBONO: O EXEMPLO DO PARQUE ESTADUAL DO MONGE – LAPA/PR BRASIL Maria do Rocio Lacerda Rocha, M.Sc. Engenheira Florestal Instituto Ambiental do Paraná Brasil

2 OBJETIVOS Efetuar a avaliação da fixação de carbono (C) na biomassa de floresta plantada sobre afloramento rochoso no Parque Estadual do Monge – Lapa, PR, Brasil. Efetuar levantamento fitossociológico de floresta nativa remanescente em ambiente similar como subsídio à discussão da inserção da biodiversidade no mercado de carbono. Discutir a importância da fixação de carbono e da valoração dos serviços ambientais no processo de restauração ecológica de ambientes degradados por reflorestamentos com espécies exóticas invasoras

3 Parque Estadual do Monge (PEM):
Unidade de Conservação de Proteção Integral; Lapa, PR, Brasil - 297,83 ha; Bacia hidrográfica do Rio Iguaçu; Tipologia florestal: Floresta Ombrófila Mista Montana e transição Montana/Altomontana e campos de altitude; Também Denominada de“Mata de araucária ou pinheiral”, vegetação do planalto meridional, composição florística: Drymis, Araucaria e Podocarpus (gêneros primitivos) (IBGE, 1992); Área original: km2 (36,97% do Paraná em 1895); Remanescentes: km2 (0,59% em 1994) (SANQUETTA; TETTO, 2000), 0,8% em 2004 (JACOBS, 2004). Solos rasos e pobres: origem arenítica;

4 Inserção do Parque Estadual do Monge na Fitogeografia do Estado do Paraná. (Fonte: IAP, 2002)
Escarpa Oeste do Parque Estadual do Monge. (Fonte:E. Oliveira, 2002) Zona de Recuperação do Parque Estadual do Monge, Lapa, PR, Brasil. (Fonte: IAP, 2002)

5 LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO
Afloramento rochoso da Floresta Ombrófila Mista Montana; Entre 930 e 980m s.n.m.; acima de 1000m s.n.m. ocorrem campos 12 parcelas de 5 x 10m, distribuídas aleatoriamente; Suficiência amostral; Material foi coletado, herborizado e encaminhado ao Museu Botânico Municipal (MBM) de Curitiba; Análises fitossociológicas (densidade, dominância, frequência, valor de importância e cobertura e índices de diversidade - EXCEL®).

6 Localização das 12 parcelas onde foi realizado o levantamento fitossociológico:

7 Quantificação da biomassa
Amostragem preliminar (delimitação de seis parcelas de 10 x 30m); Escolha das árvores: classes de diâmetro (1 - DAP de 20,01 a 25,0 cm; 2 - DAP de 25,01 a 30,0 cm; 3 - DAP de 30,01 a 35,0 cm; 4 - DAP de 35,01 a 40,0 cm e 5 - DAP de 40,01 a 45,0 cm); Corte e pesagem da biomassa: 12 árvores de Pinus spp. distribuídas pelas classes diamétricas definidas e separadas em duas áreas, 1 (6 amostras) e 2 (6 amostras);

8 Localização das áreas 1 e 2 onde foram amostrados os Pinus spp
Localização das áreas 1 e 2 onde foram amostrados os Pinus spp. para análise de carbono:

9 Quantificação da biomassa
Separação do fuste dos galhos e acículas; Pesagem dos elementos separadamente em balança mecânica; Separação das amostras; Pesagem do fuste com a casca em balança mecânica. Amostras do fuste na base, a meia altura e no ápice da árvore.

10 Quantificação da serrapilheira
Amostra de 50 X 50 cm; Quatro pontos diferentes ao longo das áreas 1 e 2; Pesadas e amostradas; Demonstração da retirada de amostra de serrapilheira (Área 1). Serrapilheira sobre afloramento rochoso. Profundidade de serrapilheira.

11 Quantificação de carbono
Secagem em estufa de circulação de ar forçada Universidade Positivo (UP) e Universidade Federal do Paraná (UFPR); Pesagem em balança analítica até atingirem peso seco constante (quatro pesagens); Fator Carbono: Laboratório de Inventário Florestal da Universidade Federal do Paraná - Leco – C144 (116 amostras). Amostras para teor de carbono.

12 LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO
RESULTADOS LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO

13 RESULTADOS O comportamento da curva espécie/área indica que a partir de 600m2 de área amostrada (12 parcelas), não houve o ingresso significativo de novas espécies para o ambiente estudado; Trecho da área de Floresta Ombrófila Mista, onde foi realizado o levantamento fitossociológico. Curva espécie/área representando o ingresso de espécies por parcelas (área amostrada) no PE do Monge, Lapa. PR, Brasil.

14 RESULTADOS Levantamento fitossociológico:
Composição florística: 34 espécies arbóreas, 272 indivíduos, 19 famílias; Porcentagem das famílias encontradas na área amostrada do PE do Monge, Lapa, PR, Brasil.

15 IVI das espécies amostradas

16 Espécies amostradas com o maior IVI
ni - número de indivíduos de cada espécie, H – altura, DA - Densidade absoluta, DR - Densidade relativa, FA Frequência absoluta, FR - Frequência relativa, DoA - Dominância absoluta, DoR - Dominância relativa, IVC – Índice de valor de cobertura e IVI - Índice de valor de importância. Espécie ni DA DR(%) H(m) FA FR(%) DoA DoR(%) IVI IVC Myrcia fallax 34,00 567 12,50 12,97 75,00 7,09 3469,34 54,97 74,55 67,47 Coussarea contracta 43,00 717 15,81 8,73 100,00 9,45 788,25 12,49 37,75 28,30 Mortas 37,00 617 13,60 0,00 91,67 8,66 22,26 Myrcia rostrata 19,00 317 6,99 11,11 58,33 5,51 384,54 6,09 18,59 13,08 Psychotria longipes 7,11 83,33 7,87 138,26 2,19 17,05 9,18 Ocotea bicolor 9,00 150 3,31 14,00 41,67 3,94 426,79 6,76 14,01 10,07

17 Valores de IVI e IVC para as famílias encontradas

18 Índice sociabilidade Espécie IS Myrcia fallax 3,78 Coussarea contracta
3,58 Mortas 3,36 Eugenia cereja 3 Psychotria suterella Sebastiania commersoniana 2,75 Myrcia rostrata 2,71 Roupala montana 2,5 Nectandra megapotamica 2 Psychotria longipes 1,9 Mollinedia clavigera 1,8 Ocotea bicolor Cabralea cangerana 1,5 Ilex theezans Mart. Ocotea odorifera Zanthoxyllum sp Myrcia hatschbachii 1,4 Espécie IS Gordonia fruticosa 1,33 Maytenus gonoclada Podocarpus lambertii 1,25 Myrsine venosa 1,17 Alchornea iricurana 1 Araucaria angustifolia Campomanesia xanthocarpa Casearia decandra Casearia sylvestris Cordiera concolor Endlicheria paniculata Guatteria dusenii Piptocarpha angustifolia Psidium cattleyanum Rollinia sericea Sloanea monosperma Syagrus romanzoffiana Vernonia discolor

19 Índice de diversidade Espécies Família Shanon-Weaver Simpson 3,85
0,921 2,83

20 QUANTIFICAÇÃO DE CARBONO NA BIOMASSA DA FLORESTA PLANTADA
RESULTADOS QUANTIFICAÇÃO DE CARBONO NA BIOMASSA DA FLORESTA PLANTADA

21 Teor de Matéria Seca por parte da planta
Árvore TMS fuste (%) TMS casca (%) TMS galhos (%) TMS folhas (%) TMS raízes (%) 1/1/1 64,19 58,4 46,28 39,18 45,35 2/1/2 53,99 50,75 44,69 36,67 39,93 3/1/3 62,82 58,18 47,71 35,73 46,11 4/1/4 65,41 61,28 45,8 36,59 53,89 5/1/5 63,31 56,02 46,53 37,3 1/1/6 66,7 59,44 44,49 36,36 45,27 1/2/1 62,35 56,06 46,14 35,17 56,39 2/2/2 59,69 53,45 44,5 41,77 66,59 3/2/3 62,25 57,21 42,66 39,49 59,87 4/2/4 58,11 54,78 41,96 50,99 3/2/5 56,79 53,14 44,72 40,2 52,63 1/2/6 61,11 56,65 42,69 42,65 62,3 Média 61,39 56,29 44,9 38,59 52,12

22 Percentagem de carbono encontrado nas diferentes partes das árvores amostradas e respectivos valores médios (%) (-) = amostras não identificadas; s/misc = inexistência de miscelânea Árvore Casca Raiz Acículas Galhos Fuste Miscelânea Média 1/1/1 51,393 47,068 48,623 47,805 45,560 s/misc 48,090 2/1/2 52,076 47,569 47,552 47,035 45,256 47,898 3/1/3 52,071 48,648 47,368 47,084 45,938 48,222 4/1/4 50,813 47,972 47,711 47,015 46,722 47,039 47,879 5/1/5 50,498 - 49,711 45,296 46,307 49,091 48,181 1/1/6 51,610 47,307 48,592 45,648 45,357 47,703 1/2/1 51,692 45,068 46,942 46,539 45,217 47,092 2/2/2 54,809 48,023 47,010 45,198 47,414 48,491 3/2/3 50,710 48,200 46,684 45,381 43,120 47,828 46,987 4/2/4 50,805 47,240 49,979 45,656 46.349 48,859 48,148 3/2/5 50,251 46,818 45,633 44,954 45,626 49,190 47,080 1/2/6 51,587 47,054 47,172 45,222 45,701 47,653 47,398

23 Idade das árvores amostradas obtida através da medição dos anéis de crescimento
DAP (cm) h (m) Idade (anos) 1/1/1 20,70 17,50 30 2/1/2 29,30 19,60 41 3/1/3 32,78 20,20 4/1/4 35,01 21,40 43 5/1/5 40,20 20,65 42 1/1/6 24,70 18,80 1/2/1 23,90 19,00 27 2/2/2 3/2/3 31,19 20,50 35 4/2/4 37,53 19,90 36 3/2/5 34,38 18,24 1/2/6 21,96

24 Biomassa aérea e raízes biomassa aérea e raízes
Valores totais de carbono armazenado e CO2 total removido Área Idade do povoamento (anos) t C ha-1 Biomassa aérea e raízes Serrapilheira TOTAL t C ha-1 t CO2 ha-1 biomassa aérea e raízes t C área total t CO2 área total 1 43 128,03 32,98 161,01 469,48 7.976,27 29.248,98 2 36 196,29 83,01 279,30 719,79 12.228,87 44.843,26

25 Beneficiamento da madeira extraída:
Madeireira Eldorado Ltda., Bocaiúva do Sul, PR, Brasil; Indústria moveleira e na construção civil; Possíveis emissões: nulas; Emissão é compensada pelas árvores no seu crescimento. Madeira serrada proveniente das árvores extraídas do PE do Monge, Lapa, PR, Brasil localizadas na Madeireira Eldorado Ltda., Bocaiúva do Sul, PR, Brasil. Diagrama do beneficiamento da madeira de Pinus spp. Após a retirada do Parque Estadual do Monge, Lapa,PR, Brasil.

26 DENDROCRONOLOGIA No período de 2003 a 2009 houve incremento médio de crescimento de 4% (medição e contagem dos anéis de crescimento); Área 1 : povoamento com 43 anos (plantio em 1966) e na Área 2 com 36 anos; (plantio em 1973) Algumas árvores amostradas foram oriundas de replantio; Área % do crescimento em biomassa das árvores nos primeiros 10 anos (51,21 t C ha-1); 35% entre anos (44,81 t C ha-1); 15% entre anos e os restantes 10% nos demais anos, atestando declínio de crescimento a partir dos 22 anos; Na Área 2 o crescimento foi de 39% nos primeiros 10 anos (76,55 t C ha-1); 33% entre anos (64,78 t C ha-1); 24% entre 23 – 30 anos e 4% nos restantes 5 anos atestando um comportamento semelhante entre ambas as áreas;

27 CARBONO ARMAZENADO NA FLORESTA PLANTADA
Área 1 : Fixação de 128,03 t C ha- 1 na biomassa aérea e raízes e 32,98 t C ha-1 na serrapilheira, totalizando 161,01 t C ha-1; 7.976,27 t C para área total e ,92 t C, se considerar-se a serrapilheira; Área 2: Fixação de 196,29 t C ha-1 e 83,01 t C ha-1 na serrapilheira, totalizando 279,30 t C ha-1;12.228,87 t C e ,39 t C para área total respectivamente; Se em 1989 (elegibilidade ao MDL), (23 anos de plantio) houvesse substituição por floresta nativa, poder-se-ia ter atualmente 97,75 t C ha-1 fixado de acordo com referência em literatura para Floresta Ombrófila Mista Montana; Até 1989 a floresta plantada fixou 96,02 t C ha-1 (Área 1) e 141,33 t C ha-1 (Área 2). Somando-se chega-se a um valor de 193,77 t C ha-1, e 239,08 t C ha-1 sem considerar o carbono armazenado na serrapilheira e solo;

28 CONCLUSÕES Valores obtidos para as Áreas 1 e 2 foram diferentes em razão das variações de idade (43 e 36 anos), devendo-se ser intensificadas as amostragens para quantificação de serrapilheira e efetuada quantificação de carbono estocado no solo; O maior incremento de biomassa se deu nos primeiros 23 anos da idade dos povoamentos, denotando-se uma estagnação de crescimento a partir desta idade; Os valores totais de carbono fixado pela floresta plantada até sua erradicação (2010/2011) foram inferiores aos valores estimados de fixação de carbono considerando um processo de restauração florestal à partir de 1990, sem considerar o carbono estocado na serrapilheira e solo;

29 Para as raízes houve variação de 10 a 42% do total, importância desse compartimento na quantificação da biomassa florestal; O levantamento fitossociológico deste estudo permite construir uma referência para os processos de restauração ecológica das áreas degradadas pelo reflorestamento com espécies exóticas durante 46 anos; Desenvolver metodologias para a agregação de valores dos serviços ambientais da floresta nativa, especialmente a restauração de processos ecológicos e da biodiversidade; A fixação de carbono ecossistêmico pode ser vista pelo mercado de carbono como uma oportunidade; Intensificar estudos em ecossistemas florestais naturais, no tocante à quantificação do carbono estocado na biomassa acima do solo, abaixo do solo e no solo; O solo deve ser considerado por representar um potencial reservatório de carbono.

30 CONSIDERAÇÕES As florestas plantadas são importantes fixadoras de carbono, porém, não devem ser elegíveis projetos que estejam inseridos em Zonas definidas como Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade.  A recuperação da floresta nativa em ambiente degradado reiniciará um processo de fixação de carbono florestal e reabilitação dos solos orgânicos típicos das regiões de altitude; Deve ser reconhecida a adicionalidade de projetos de restauração e da inserção de serviços ambientais no mercado de carbono, especialmente em áreas reconhecidas como Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade.

31 RECOMENDAÇÕES Reconhecer a elegibilidade de projetos florestais que visem à restauração da biodiversidade e dos demais serviços ambientais no mercado de carbono em áreas prioritárias para este fim, desde que se comprove a linha de base; Intensificar estudos de quantificação de carbono estocado em ecossistemas naturais para referenciar a linha de base A capacidade da serrapilheira e dos solos em armazenar carbono deve ser reconhecida, devendo ser incorporada nos projetos florestais a quantificação destes componentes; Métodos destrutivos devem ser evitados em Unidades de Conservação, portanto devem ser viabilizadas áreas experimentais nos ambientes similares da Floresta Ombrófila Mista; Necessidade de maiores estudos científicos devido à escassez de informações;

32

33 Obrigada!


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