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Senhoras e senhores internautas-espectadores Este programa não possui censura, é livre e foi feito especialmente para você!

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Apresentação em tema: "Senhoras e senhores internautas-espectadores Este programa não possui censura, é livre e foi feito especialmente para você!"— Transcrição da apresentação:

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2 Senhoras e senhores internautas-espectadores Este programa não possui censura, é livre e foi feito especialmente para você!

3 Este programa foi originalmente produzido em preto e branco…

4 Novela de Benjamin Baseada na obra de Guilherme Figueiredo Tratado Geral dos Chatos Direção: Daniele Rodrigues

5 A primeira novela das 8 saudável, inteligente, útil e sem intervalo comercial !

6 Trilha sonora original Ludwig Van Beethoven

7 O GEH Respeitosamente Apresenta

8 O Globo dos Chatos

9 2º Capítulo

10 ORIGEM, EVOLUÇÃO, TIRADAS FILOSÓFICAS E OUTRAS CHATEAÇÕES Qualquer que seja a doutrina cosmogônica, posição filosófica, prisma religioso ou hipótese adotada pelo estudioso, reconhece-se que o chato surgiu com o aparecimento do ser vivo, e que o ser que tomou consciência do chato foi o homem (e a mulher). No princípio era o Caos, diz o Gênesis – e no entanto o homem não conseguiu, através dos milênios, mais do que organizar o caos, isto é, torná-lo chato. Ou, a se admitir o primeiro pecado, causador da expulsão do homem dum lugar não-chato (o Paraíso), pode o espectador decidir quem tenha sido o chato do conflito inicial.

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12 Conjeturas à parte, o que cabe à ciência é constatar a existência do chato sob suas diversas formas; e, tanto quanto podem ser confiáveis as fontes históricas, não houve um só período da humanidade em que o chato não estivesse presente e atuante. O uso do tacape na era das cavernas prova que o homem sempre desejou achatar o chato! A figura de Morfeu nos tempos mitológicos indica que já então se conhecia o tédio do chato. Os poetas moralistas da Grécia, Hesíodo em Trabalhos e os dias, Pitágoras em seus Versos de ouro, e Teognis, nas elegias em que aconselha Cirmos, mostram certa ocupação em evitar que seus leitores se tornem chatos: os comediógrafos gregos e romanos, Aristófanes, Plauto e Terêncio, apenas incidentalmente retratam a chateação, talvez por medo de cair nela; longo exemplo da dita é o método socrático registrado por Platão nos Diálogos, infindável questionário para demonstrar que ninguém sabe nada. (Dura veritas sed veritas…)

13 Mas foi Petrônio, no Satiricon, quem primeiro descreveu um chato de linguagem estereotipada e cheia de provérbios, fato que o levou a exclamar a seu amigo Agamêmnon: “Quid iste non loquis!” (O que esse não fala!), acusando-o de estar entupido de literatura “Scimus te prae litteris fatuum esse” (Sabemos que muita palavra em ti é tola) Contudo, cabe a Cícero a glória de insinuar uma primeira definição do chato ao invectivar Catilina, o que permite inferir que o grande orador poderia ter dito: Plattus est qui patientia nostra abutat! (Chato é quem abusa de nossa paciência!) Na Idade Média ninguém se preocupou com a chatice. Isto porque nessa época todos eram chatos – com exceção de um pré- renascentista, Dante, um humanus, que afinal não soube onde colocar os chatos, se no Inferno, no Purgatório, ou no próprio Céu.

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15 Sonetistas conceituosos do Renascimento, como Du Bellay e Christophe Plantin, talvez porque já conscientes da chateação medieval, colocaram em versos rimados a satisfação de não serem chateados. Pregador da tolerância, Montaigne, quando trata dos pedantes, da moderação da vaidade das palavras, das sutilezas vãs, dos presunçosos, retrata os chatos de seu tempo e do passado, neles descobrindo que a maneira de ser dos mesmos resulta de s’estimer trop, et de n’estimer pas assez autrui. (de estimar-se demais e de não estimar suficientemente os outros).

16 Cabe, porém, a Molière, a glória de observar que os fâcheux (chatos) são de várias espécies: Et j’en vois chaque jour quelque nouvelle espèce! (Eu vejo a cada dia uma nova espécie deles!) e a arriscada proeza de fixá-las numa comédia sem que esta se tornasse chata. Chefe de um grupo teatral ambulante, às voltas com o dinheiro curto, perseguido e preso por dívidas, protegido do rei a quem devia adular, caluniado em sua honra pelos invejosos, assaltado pelas cabalas que pretendiam liquidá-lo como autor, ator e valido, Molière atribui a Éraste o seu próprio grito: Sous quel astre, bon Dieu, faut-il que je sois né, pour être de fâcheux toujours assassiné? (Sob qual astro, bom Deus, é preciso que eu nasça para ser sempre assassinado por chatos?)

17 Se os clássicos se ocupam com os chatos, os românticos não lhes deram importância, tão preocupados estavam consigo mesmos e tamanho era o prazer que sentiam em sofrer a vida e a chateação da vida. Foi um realista, Balzac, quem, voltando à realidade, voltou aos chatos, nas Scènes de la vie politique (Cenas da vida política), ao retratar um certo Simon Giquet, no Le Deputé d’Arcis (O deputado d’Arcis), pobre rapaz pertencente a essa espécie de maçador que pretende tudo explicar, mesmo as coisas mais simples: a chuva, as causas da Revolução de Julho, as coisas impenetráveis, a Campanha, 1789, a tarifa das alfândegas, os humanitários, o magnetismo, a gripe, a germinação da semente, o perfume da rosa e a economia da lista civil.

18 Esta espécie sente e provoca GRANDE ansiedade

19 Sim! A Ansiedade, pintura expressionista de Edvard Munch necessariamente precisa de cor para provocar o seu efeito. Por isso a exceção, além do fato que o elemento surpresa é um antídoto contra a chatice. COR?!

20 Gostei!!!

21 O realismo e o naturalismo, na ficção e no palco, voltaram a focalizar o chato, mas sempre em pequenas doses, como personagem passageira: o Vieirinha de As asas de um anjo de José de Alencar, que Machado de Assis, como bom chato-literário, glosou chamando-lhe “o vampiro da paciência humana”; o major Lopo Alves de A chinela turca; Claudina e Rosa de As primas da Sapucaia, estes de Machado de Assis; antes mesmo de Alencar e Machado, Martins Pena já fixara um chato, o melômano, em O diletante; e depois deles, Artur Azevedo, naquele sogro de O dote, que pergunta sempre: “Como direi?”

22 Tivemos, porém, um analisador de chatos que é mais que um simples retratista: França Júnior que, nos “Folhetins”, dedicou um estudo aos “maçantes” no qual diz: “Há na sociedade uma classe perigosa de homens, cujos atos escapam à ação da justiça, que cometem verdadeiros crimes protegidos pelas leis, quando de há muito deviam estar até fora do direito comum”; e continua ele: “Não há exemplos em nossos anais judiciários de processos contra maçantes. Já porventura alguém viu sentado no banco dos réus um só desses indivíduos?

23 Como se vê, os chatos e a chatice chamam a atenção e são alvo de estudos e pesquisas desde os tempos mais remotos…

24 Embora os seres humanos nasçam sempre chatos, um número alentador é recuperável, e outro, bastante grande, não consegue qualquer cura desenvolvida pela própria inteligência humana. O fato, porém, de não se observar uma hereditariedade constante na chateação, e o fato de existirem curas até agora espontâneas, nos conduzem a reconhecer que a humanidade não deve desesperar.

25 !!!

26 Não perca no próximo capítulo:

27 CONTINUAÇÃO DE ORIGEM, EVOLUÇÃO, TIRADAS FILOSÓFICAS E OUTRAS CHATEAÇÕES

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