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PublicouRyan Santa Ana Alterado mais de 9 anos atrás
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Sutis Como Passarinhos Alberto Cohen
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Vê que a vida é carcereira, mas os versos são ariscos. Esperam um descuido, uma janela aberta, uma porta encostada, recolhem o não dito, o quase esquecido, e vão à rua visitar conventos,
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beber em tabernas, derramar-se em tinta numa toalha de mesa, num lenço de papel, em paredes e muros, no coração da mulher mais amada..
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Vê que os dias são rotina, mas os versos são mutantes. Disfarçam-se de flores, asas de borboletas, promessas de amantes, as mais absurdas promessas de amantes,
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e aguardam a chegada do assobio, do sorriso enorme, da estrela cadente, do pressentimento, que saibam decifrá-los e encantar-se com eles.
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Vê que os anos são da terra, mas os versos são dos tempos e voam como pássaros selvagens que fazem seus ninhos, com futuro e passado, nas mais altas montanhas do momento de agora.
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Mesmo sendo livres, eles têm que pousar, um dia numa fonte, um dia numa crença, um dia num pecado, um dia nas mãos solitárias de um poeta.
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Sutis Como Passarinhos Poema de Alberto Cohen Formatação: Cláudia L. Moraes Imagens: Internet Música: Chopin – Noturno em Fá Maior Op. 15
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