A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Histórico de luta dos trabalhadores metalúrgicos da COSIPA

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Histórico de luta dos trabalhadores metalúrgicos da COSIPA"— Transcrição da apresentação:

1 Histórico de luta dos trabalhadores metalúrgicos da COSIPA

2 Santos Cidade Vermelha Santos, porta de entrada das idéias libertárias através dos imigrantes europeus e por isso, a cidade sobressai pelo seu histórico de luta política e sindical desde o século IXX. Foi chamada por Jorge Amado de a Cidade Vermelha. O golpe militar de 1964 invadiu o nosso sindicato e prendeu inúmeros militantes e para impedir o ressurgimento do movimento de luta estabeleceu uma política de arrocho salarial e decretou leis antigreves: Lei nº de 01/06/1964 e Decreto Lei nº de 04/08/1978 e que foram somente revogados em 1989 com a Lei 7.783/89.

3 Nova forma de organização Diante disso o movimento de luta se recicla e reformula a sua forma de organização: a greve não mais parte do exterior da fábrica através de piquete e sim do interior da fábrica, exigindo com isso maior organização dentro da fábrica através de Comissões de Fábrica com a participação de todos sindicalizados ou não. A bandeira de luta passa a ser a derrubada do arrocho salarial, as liberdades democráticas e a liberdade sindical. O confronto com a ditadura está estabelecido.

4

5 Trabalhador e Processo Produtivo Nós trabalhadores da COSIPA na época envolvidos pelas afirmações de Gramsci: “Sempre o homem indivíduo é um homem massa enquanto participa inconscientemente de uma cultura e de determinadas relações sociais; e a passagem do individualismo para consciência pessoal e de grupo leva conscientemente à realização histórica de uma vontade coletiva capaz de fazer e refazer o mundo”. “E o processo de metamorfose passa pela ampliação da consciência social operária, a partir do seu “lugar” de alfinete até a compreensão do sistema de relações econômicas e política.”

6 E foi dentro dessa perspectiva que a partir de 1977 criamos o Centro Educacional dos Metalúrgicos (CEMETAL), um departamento do Sindicato dos Metalúrgicos, que, com apoio do Centro Educacional Popular do Instituto Sedes Sapientiae, na época ligado a PUC de São Paulo, que nos assistia pedagogicamente. Uma escola que ensinava 1º e 2º grau (hoje fundamental e médio) dentro de uma metodologia que permitia os trabalhadores da COSIPA (em torno de 1000 alunos, em três turnos) a partir da sua realidade concreta: a fábrica, o sindicato, a cidade e a Nação ampliar sua visão de mundo e perceber o quanto estava sendo explorado e o quanto à ausência de liberdade democrática impedia seus direitos.

7

8 SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÕES PEDIDO DE BUSCA N
SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÕES PEDIDO DE BUSCA N.3619/ 119 / 1977/ ASP / SNI DATA: 11 de julho de ASSUNTO: ATIVIDADES SUBVERSIVAS NO SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE SANTOS REFERÊNCIA: SP ORIGEM: DIFUSÃO: DOPS/SP – II Ex. - PMESP ANEXO(S): 1. DADOS CONHECIDOS a. Estaria sendo desenvolvido intenso proselitismo esquerdista no Centro Educacional dos Metalúrgicos - CEMETAL, principalmente através das aulas de Educação Moral e Cívica e Organização Social e política do Brasil. b. O CEMETAL é órgão do Sindicato dos Metalúrgicos de Santos/SP. DADOS SOLICITADOS a. O que consta sobre o CEMETAL. b. Antecedentes dos elementos nominados. c. Atividades contestatórias e subversivas desenvolvidas no Sindicato dos Metalúrgicos de Santos/SP.

9 As lutas e as greves na COSIPA A partir daí surge a Oposição Sindical Metalúrgica que, se colocando como alternativa de luta, fortalece a luta desencadeando seis greves num espaço de tempo de apenas quatro anos tendo como fundamento a luta pela derrubada do arrocho salarial, as liberdades democráticas e a liberdade sindical.

10 1ª Greve de 1984 (Ocupação da Usina) de 28, 29 de fevereiro e 01 de março de º Greve de 1984 (de 15 horas) de 19 de setembro até 20 de setembro de ª Greve de 1985 (Ocupação e Conflito na Aciaria) de 05 de novembro até 07 de novembro de 1985, nesta greve somente não houve morte porque não seriam poucos os mortos de ambos os lados ª Greve de 1986 (Manutenção) de 23 de setembro até 26 de setembro de ª Greve de 1987 (Tomada da fábrica de oxigênio) de 11 de fevereiro até 16 de fevereiro de 1987, quase nada faltou para uma grande explosão da fábrica de oxigênio ª Greve de 1987 de 01 de dezembro até 12 de dezembro de 1987, a greve que demite diversos ativistas, após cuidadosa seleção.

11

12

13 O Estado também aparece na repressão deflagrada na greve de 1987 pois contou com a participação efetiva das Forças Armadas, com a presença de efetivos armados do Exército, como está descrevendo a reportagem do jornal “O Estado de São Paulo” de 06/12/ Tropas da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que à época estava sob controle do Ministério do Exército, ingressaram nas dependências da Cosipa conforme notícias desse mesmo jornal, que se encontram nos autos.

14 A Intervenção na COSIPA A partir da 1ª greve de 1984 com total ocupação da Usina e da 3ª greve de 1985 quando surge o conflito com a Polícia Militar na aciaria ocupada. E ainda da 5ª greve (que foi a primeira greve de 1987), estando a fábrica de oxigênio ocupada pelos grevistas em profundo estado de tensão, a mesma ampliada pelo eminente risco de conflito com a polícia militar, respaldada pelo exército que se encontrava estrategicamente instalado em torno da usina. Estavam os grevistas convictos de seus direitos inalienáveis e dispostos a irem até o fim, utilizando se necessário o que tinham como grande arma, a possibilidade de arrasar total e definitivamente as instalações do complexo siderúrgico e eles mesmos, com uma explosão de dimensões inimagináveis.

15 Esses acontecimentos leva a Siderbrás (Holding estatal das Siderúrgicas) a decretar em seguida, ainda em 1987, a intervenção nomeando o Sr. Oscar Leite de Alvarenga como presidente da junta interventora. O interventor era auxiliado pelo Coronel Leal Nogueira e outros auxiliares do Serviço de Inteligência, que representava os órgãos de segurança do governo que tinha “informação” completa de cada um dos ativistas, como hoje se pode verificar consultando a ABIN.

16 Demissões: conseqüência da Intervenção É necessário destacar que a COSIPA estava sob intervenção quando ocorreu a greve de 1987 que teve a participação de funcionários, mas somente os líderes foram demitidos. A própria COSIPA afirma em seus telegramas enviados a cada demitido que a demissão foi motivada pelo seu envolvimento, participação e incentivo do movimento paredista, iniciado em 01/12/ Constata-se a motivação política seja pelo fato de terem sido demitidos por incentivar a participação de terceiros no movimento grevista, seja pelo fato de que o restante dos participantes do movimento não sofreu nenhuma reprimenda e em decorrência do cenário político vivido no Brasil naqueles tempos de início de abertura.

17

18 A COSIPA, por ser uma empresa de economia mista, ou seja, estatal subordinada ao Ministério de Indústria e Comércio, se enquadrava como serviço público essencial, portanto, Área de Segurança Nacional, conforme o próprio Decreto Lei definia. Tanto a Lei como o Decreto 1.632, foram revogados em 1989 com a Lei 7.783/89 permitindo, segundo a visão da Cosipa, o arbítrio da demissão, pois havia uma contestação das leis da Ditadura.

19

20 Quadro Geral dos Processos
a)Do total dos requerimentos de anistia 70% foram deferidos pelo o Ministério do Trabalho e Ministério da Justiça. b)Hoje, somente 30% do total dos requerentes, aguardam o deferimento e concessão da anistia.

21 Portanto, somente 60 requerentes da Cosipa aguardam julgamento.
A Coordenação dos Anistiados e Anistiando da Baixada Santista

22


Carregar ppt "Histórico de luta dos trabalhadores metalúrgicos da COSIPA"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google