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Renuncie a si mesmo! Maria Santíssima não teve ilusões. Na Anunciação, uma vez aceito o convite para ser Mãe do Salvador prometido, ficou só, com as palavras do anjo em seu coração. Não havia nem condições de repartir com outros o mistério que transportava: quem a entenderia?
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Tome a sua Cruz! Na gruta de Belém, sofreu o que tinha para oferecer ao Filho que nascia: um ambiente rústico, uma manjedoura e o silêncio. Surpreendeu-se com a visita dos pastores e guardou em seu coração o que eles falaram. Percebia que tudo estava impregnado de um mistério que era preciso assimilar, penetrar e desvendar.
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Siga-me! Humilde e obediente, apresentou o filho no Templo. Surpreendeu-se com as palavras que ouviu: “Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma”.
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Era-lhe difícil imaginar que a presença da criança que tinha nos braços causaria tantas alegrias e, especialmente, tantos problemas aos homens. Depois a perda do Filho na viagem a Jerusalém, a angústia da procura e a surpresa das palavras trocadas no encontro:
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“Meu Filho o que nos fizestes? Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição”. A resposta do Filho, como entendê-la? “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas do meu Pai?”
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Não sabíeis? Não, ela não sabia. Ou, ao menos, não compreendia. Melhor mesmo era guardar isso em seu coração, para uma meditação posterior. Também não entenderia mais tarde a ingratidão de que seu Filho será alvo.
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Compreenderá menos ainda o caminho do Calvário. Compreenderia apenas, o amor de seu Filho pelos homens. E, por isso, se uniu a Ele até o fim, até sua crucifixão e morte. Bem mereceu de seus filhos, o nome de Mãe das Dores.
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30/08/2008
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