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PublicouRuy Maranhão das Neves Alterado mais de 8 anos atrás
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Deixaste o teu Cais Abandonaste assim sem mais Largaste tudo e muito mais Aquilo tudo que era teu Encaraste a força das marés
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Meteste teus peitos ao imprevisível Com a tal coragem destemida Te arriscaste e levaste o teu navio Sem pensar, sem hesitar Não cruzaste com nehuma embarcação
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Pois nenhuma se arriscou a fúria do mar Mas tu ousaste contra o perigo Sabendo que não serias visto Procuraste tua liberdade com o pecado do proibido E em alto mar foste em busca de teus desejos e prazeres
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Sem a Rosa dos Ventos Navegastes aos maus tempos Sem os Pontos Cardeais Te jogastes ao grande oceano Sem Bússola, sem orientação
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Pegastes todos os temporais Sem medo por ser tão pretencioso Por achar ser o Dono do Mundo Por achar saber tudo Por ser o Dono da razão
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Hoje és um navio encalhado Levado pelo teus erros Trazido pelas marés Marés que não perdoam Por isso içaste tuas Velas
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Com medo de naufragar Com os ventos e os temporais Totalmente impedido de navegar Por teres te arriscado sem pensar em ninguém Ficarás enterrado no banco de areia com tua solidão
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Tanto vives amedrontado, agarrado no mastro Escondes nos porões tuas culpas e remorsos Com a vergonha na cara Do teu abandono e das tuas traições És um navio que nunca mais voltará ao teu Cais!...
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Texto de Maysa Barbedo. Copyright © 2006. Todos os direitos reservados Lu Slides. Luciana.vergas@bol.com.br Musica de fundo- Leila Pinheiro- Oceano 29/04/2007 Lu_guerreira
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