Sistema CELOS de manejo

Sistema CELOS de manejo
Universidade Federal do Acre Centro de Ciências Biológicas e da Natureza Curso de Engenharia Florestal Manejo de Florestas Tropicais Sistema CELOS de manejo Discentes: Clara Grazielly Daniele Tuponi James Renato Marcelo Alves Priscila Figueiredo

1-Introdução Manejo Florestal é a parte da ciência florestal que trata do conjunto de princípios, técnicas e normas, que tem por fim organizar as ações necessárias para ordenar os fatores de produção e controlar a sua produtividade e eficiência, para alcançar objetivos definidos. (Higuchi, 1991)

1-Introdução Como fazer o manejo? O bom manejo inclui: Exploração cuidadosa; Aplicação de tratamentos silviculturais a floresta para regenerar e fazer crescer outra colheita; Monitoramento para ajudar o manejador na tomada de decisões técnicas administrativas

1-Introdução A Silvicultura deve ser entendida como parte da ciência florestal que trata do estabelecimento, condução e colheita de árvores, tanto nativas, quanto plantadas

1-Introdução Sistemas Silviculturais De acordo com Troup, pode ser definido como um processo qual uma cultura, que forma uma floresta, é tratada, removida substituída por outra cultura, produzindo madeira de modo distinto. Exemplos: Sistema de regenaração natural; Sistema de plantio com cobertura; Sistema agroflorestal, Sistema silvopastoril ou silvozootécnico

1-Introdução Artigo: Afinal é possível ou não a chamada produção sustentável em florestas tropicais? 19/01/2012 José Natalino Macedo Silva

1-Introdução Artigo: Afinal é possível ou não a chamada produção sustentável em florestas tropicais? A Silvicultura Tropical não é uma atividade recente. Remonta há mais de 300 anos. Dawkins & Philip (1998) em seu livro “Silvicultura e Manejo de Florestas Úmidas Tropicais: uma história de sucessos e fracassos” nos ensinam que os sucessos sempre foram esquecidos em oposição aos fracassos, esses sempre lembrados.

1-Introdução Artigo: Afinal é possível ou não a chamada produção sustentável em florestas tropicais? A sociedade não está devidamente informada, mas há inúmeros exemplos no mundo tropical de florestas bem manejadas tanto no passado, como no presente. .

1-Introdução Artigo: Afinal é possível ou não a chamada produção sustentável em florestas tropicais? A chave para o sucesso é a obediência às prescrições técnicas. Onde isso ocorreu houve sucesso. Na América Tropical o exemplo mais citado de floresta bem manejada é o Sistema Celos desenvolvido e aplicado no Suriname,

1-Introdução Artigo: Afinal é possível ou não a chamada produção sustentável em florestas tropicais? Sistema Celos que é um sistema de corte seletivo, ou sistema de manejo seletivo, o mesmo pesquisado há mais de 30 anos no Brasil.

1-Introdução Artigo: Afinal é possível ou não a chamada produção sustentável em florestas tropicais? Esse sistema combina uma exploração bem planejada com silvicultura pós-colheita para garantir a sustentabilidade da produção volumétrica.

1-Introdução Artigo: Afinal é possível ou não a chamada produção sustentável em florestas tropicais? No caso brasileiro, os resultados das pesquisas contribuíram decisivamente com a base técnica para a regulamentação do manejo florestal e foram incorporados à legislação ambiental (Instrução Normativa 5 de 11/12/2006 e Resolução 406 do CONAMA de 2/2/2009).

É uma sistema silvicultural baseado na sucessão dirigida da regeneração natural. Foi desenvolvido nas florestas tropicais do Suriname e teve início em 1965.

Desde 1967 os pesquisadores tanto do Centro para a Investigação Agrícola em Suriname (CELOS) e Wageningen Agricultural University (WAU) na Holanda desenvolveu o CMS, uma combinação de dois sub-sistemas: O Sistema Celos silvicultural (CSS) e O sistema de colheita Celos (CHS) .

Cujos os princípios eram: Que após a exploração seletiva da madeira, aproximadamente a metade da biomassa da floresta remanescente é morta pelo envenenamento das árvores não comerciais com diâmetro acima de um certo limite (35 cm no Suriname),

Cujos os princípios eram: Para favorecer o crescimento das árvores comerciais que estão chegando perto do tamanho mínimo para a colheita.

No Brasil vem sendo aplicado em escala experimental por instituições de pesquisa e também em escala empresarial por diversas empresas do setor.

Ajustes devem ser feitos obedecendo a características específicas: Da área de manejo, Das espécies manejadas, Buscando sempre a sustentabilidade da floresta e a economicidade da atividade

Segundo Graaf, (1986) citado em Silva (1997), o sistema de manejo Celos objetiva: Estimular o crescimento das árvores comerciais residuais, de tamanho médio a grande, em florestas que sofreram exploração seletiva, de modo que os próximos cortes possam ser realizados em ciclos de anos.

Segundo Graaf, (1986) citado em Silva (1997), o sistema de manejo Celos objetiva: Promover o recrutamento e crescimento de árvores menores de espécies comercializáveis, mesmo plântulas e jovens, para garantir colheitas futuras.

Esses objetivos são alcançados por matar árvores grandes e médias sem valor comercial e lianas, reduzindo assim a concorrência para as árvores remanescentes de espécies comercializáveis.

Além disso, o tratamento tem também um efeito fertilizante sobre a vegetação remanescente, como os nutrientes armazenados nas árvores e lianas mortas pelo tratamento tornar-se disponível para, gradualmente, a vegetação remanescente.

Três interferências modificadoras florestais estão programados no primeiro ciclo para melhorar o crescimento de árvores bem formadas de espécies comercializáveis.

Estas interferências consistem de: Corte de grandes cipós e Seleção de árvores a serem mortos e (veneno) anelamento dessas árvores.

O SMC é composto pelo: Sistema Celos de Exploração e Sistema Silvicultural Celos.

2.1-O Sistema Celos de Exploração O Sistema Celos de Exploração consiste no: Planejamento e organização da atividade utilizando técnicas de inventários florestais que permitem: A redução dos níveis de danos causados. Eficiência das operações.

2.1-O Sistema Celos de Exploração Como reduzir os danos ? Utilizando técnicas de inventários florestais que permitem : A implantação de parcelas permanentes de amostragem A listagem e mapeamento de árvores potencialmente exploráveis.

2.1-O Sistema Celos de Exploração Mapeamento das áreas de preservação permanente A identificação das árvores matrizes (porta-sementes), que são mapeadas de forma a proporcionar o planejamento e abertura de trilhas para a exploração, reduzindo os danos à floresta remanescente.

2.1-O Sistema Celos de Exploração Planejamento Escolha do sítio. Estimativa da taxa de corte admissível. Projeto das trilhas de extração. Planejamento Operacional.

2.1-O Sistema Celos de Exploração Aspectos práticos: Limitar largura da trilha a menos de 4 metros. Tentar evitar limpar o solo (camada orgânica e vegetação). Evitar abrir trilhas novas enquanto as antigas puderem ser consertadas.

2.1-O Sistema Celos de Exploração Aspectos práticos: Operações de Derrubar a Técnica deve minimizar a formação de clareiras e danos às futuras árvores exploráveis. Necessário um padrão de derrubada ordenado.

2.1-O Sistema Celos de Exploração Aspectos práticos: Exploração seqüencial das seções de manejo (10 ha). Segurança: operar apenas uma equipe por seção. Minimizar tempo entre derrubada, transporte e distância entre as toras - evitar suas deteriorações e outros riscos.

2.2-O Sistema Silvicultural Celos O Sistema Silvicultural Celos, é implementado após a exploração, consiste no uso de tratamentos silviculturais de refinamento visando aumentar o desenvolvimento das espécies comerciais remanescentes.

2.2-O Sistema Silvicultural Celos Princípios Fomento de incremento em volume das espécies desejadas. Regeneração das espécies desejadas e recrutamento de exemplares jovens Equilíbrio da ecologia do povoamento para garantir a produção sustentada.

2.2-O Sistema Silvicultural Celos Efeitos silviculturais do tratamento Aumento da produtividade: volume de até m3/ha/ano. Não perturba sensivelmente as condições de crescimento da população remanescente.

2.2-O Sistema Silvicultural Celos Primeiro Refinamento Previsto para o segundo ano após o corte. Significa a eliminação, geralmente por anelamento com arboricida, das espécies indesejadas acima de um certo limite. Inclui o corte de cipós de diâmetro mais elevado.

2.2-O Sistema Silvicultural Celos Segundo Refinamento Efetuado depois de 8 a 10 anos. Deve ser feito porque a biomassa viva está ocasionando competição muito intensa por água e luz.

2.2-O Sistema Silvicultural Celos Segundo Refinamento Função: mitigar a competição sofrida por mudas, varas e varejãos de espécies comerciais.

2.2-O Sistema Silvicultural Celos Terceiro Refinamento Deve ocorrer após o ano 16 de exploração e alguns anos antes de se iniciar a segunda exploração. Tratamento suave.

2.2-O Sistema Silvicultural Celos Terceiro Refinamento Mesmo caráter do segundo refinamento, mas com maior ênfase ao corte de cipós. Tomar medidas visando minimizar os danos (futuros) da exploração.

Vantagens do SCM O risco de incêndios é reduzido, pois há poucos resíduos secos. Pragas e moléstias afetam poucas espécies simultaneamente. Mudanças são menos destrutivas para a fauna e flora.

Vantagens do SCM O estoque de nutrientes na biomassa e a função de filtro só são parcialmente perturbados. Modificações no regime hídrico e evapotranspiração são reduzidos. Muitos produtos florestais não madereiro continuam podendo ser produzidos.

Um futuro para o Sistema de Gestão da CELOS Em 1996, Schmidt & Hendrison declarou: "O Sistema de Gestão da CELOS (CMS) tem especial características que o tornam adequado para a gestão sustentável das florestas tropicais.

Um futuro para o Sistema de Gestão da CELOS Em 1996, Schmidt & Hendrison declarou: Sendo um dos poucos sistemas de gestão com base em pesquisas relativamente a longo prazo e testado em operações de semi-práticos, trata-se ecológica, silvicultural e operacional aspectos.

Um futuro para o Sistema de Gestão da CELOS Em 1996, Schmidt & Hendrison declarou: “O sistema é suficientemente desenvolvido para controlar as operações de exploração comercial, para reduzir os danos e de conduzir a regeneração da floresta remanescente, assim encaixando com as percepções atuais de gestão dos recursos naturais e sustentáveis desenvolvimento.

Um futuro para o Sistema de Gestão da CELOS Em 1996, Schmidt & Hendrison declarou: Ele oferece perspectivas promissoras para o Suriname e em outros países tropicais(...)

Assim, surge a pergunta “Pode o Sistema de Gestão CELOS contribuir para uma melhor gestão das florestas tropicais? “

Referências bibliográficas Boxman, O., N.R. de Graaf, J. Hendrison, W.B.J. Jonkers, R.L.H. Poels, P. Schmidt & R. Tjon Lim Sang Towards sustainable timber production from tropical rain forests in Suriname. Trabalho apresentado no "9th World Forestry Congress", Cidade de México, 01‑12 de julho de Manuscrito. 14 p. Carvalho, J.O.P. de Manejo de regeneração natural de espécies florestais. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA)‑Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Úmido (CPATU) Documentos No. 34. EMBRAPA‑CPATU, Belém. 22 p. Hartshorn, G.S., R. Simeone & J.A. Tosi Jr Manejo para rendimiento sostenido de bosques naturales: Un sinopse del proyecto de desarrollo del Palcazú en la selva central de la Amazonia Peruana. Trabalho apresentado no "1º Simposio Internacional sobre Manejo em Floresta Tropical", Serra dos Carajás & São Luis, 28 de janeiro - 01 fevereiro de Manuscrito. 13 p.

Referências bibliográficas Pandolfo, C A Floresta Amazônica Brasileira: Enfoque Econômico-Ecológico. Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), Belém. 118 p. Schmitt, L. s/d. (1984). Principes et bases d'une recherche en matière de sylviculture en forêt dense humide de Guyane Française. Centre Technique Forestier Tropical, Kourou, Guian

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