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Hartmann III Possível, necessário, contingente. Hartmann começa examinando os vários significados de: –Contingente –Necessário –Possível.

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Apresentação em tema: "Hartmann III Possível, necessário, contingente. Hartmann começa examinando os vários significados de: –Contingente –Necessário –Possível."— Transcrição da apresentação:

1 Hartmann III Possível, necessário, contingente

2 Hartmann começa examinando os vários significados de: –Contingente –Necessário –Possível

3 Impossível?

4 O significado filosófico fundamental de contingente é o seguinte: Negativamente contingente é: –“O não-necessário”. Positivamente contingente é: –“Aquilo que é por si do modo como é”. Concebido assim, o contingente não apresenta nenhuma contradição intrínseca.

5 O significado filosófico fundamental de necessário é o seguinte: Necessário é: –Aquilo que não pode ser de outro modo; –Aquilo que é determinado, mas determinado por outros. Consequências: –A necessidade absoluta é uma contradição em termos: »Se necessário significa dependente, determinado por outro, compreende-se que a necessidade implicará sempre ‘relação’ com o outro do qual depende; »Ora, nas relações de dependência não se pode ir até o infinito, portanto, deverá existir um princípio não fundado, não dependente e por isso não necessário e portanto contingente. »Todo necessário remete a um contingente.

6 Afirma Hartmann: –“ Devem existir coisas primeiras que são realmente contingente... O primeiro ente, o Princípio ou o Todo são subtraídos da relação na qual só pode consistir a necessidade no ser real ”.

7 O significado filosófico fundamental de possibilidade é o seguinte: Também a possibilidade, quando se entende não a simples possibilidade lógica, a ausência de contradição, mas a possibilidade real, implica sempre relação: –Não basta que uma coisa seja não- contraditória para que seja também realmente possível; Somente é realmente possível aquilo cujas condições necessárias à sua existência se realizam.

8 Eis que se manifesta o conceito de relação, implícito no de possibilidade: –Se são necessárias condições para que uma coisa seja realmente possível, a possibilidade indica justamente a relação como essas condições. Não há, portanto, nada de absolutamente possível, assim como não há nada de absolutamente necessário: –Uma coisa é possível ou é necessária sempre com base em alguma coisa.

9 Observações importantes: Se considerarmos assim a possibilidade, deveremos concluir que a possibilidade real jamais é possibilidade disjuntiva: –Ou seja, possibilidade de ser e não ser, porque as condições que tornam uma coisa possível positivamente (pelas quais a coisa pode ser) não são as mesmas pelas quais a coisa pode não ser: A existência de certos minerais no solo, que é a condição que permite uma cultura de trigo, não é também a condição pela qual a cultura de trigo pode não ser feita; A razão pela qual a possibilidade positiva (possibilidade de ser) e a possibilidade negativa (possibilidade de não ser) se confundem está no fato de que nós nunca conhecemos todas as condições da possibilidade de uma coisa, mas apenas de algumas

10 No exemplo citado acima, a presença de certos minerais no solo pode ser condição da possibilidade de uma cultura de trigo e também de outra cultura (portanto da possibilidade de que o trigo não seja cultivado) porque não é a condição suficiente de tal possibilidade. –Além do solo adequado, será necessária também a vontade de um produtor. Mas, dadas todas as condições para a possibilidade de uma cultura de trigo, nessas mesmas condições não será possível também o não ser dessa cultura. E, por outro lado, enquanto não se realizam todas as condições, não se pode dizer que uma coisa seja realmente possível.

11 Possibilidade se identifica com Atualidade Quando se dão todas as condições necessárias para que uma coisa seja, a coisa é atualmente, e enquanto falta uma única condição, a coisa sequer é possível. –Além disso: Quando se dão todas as condições para o ser de uma coisa, a coisa não pode não ser, portanto, a realidade atual é também necessária.

12 Ser “atual” em relação ao ser “necessário” A atualidade e a não-atualidade, ao contrário da possibilidade e da necessidade, são modos absolutos: –O que é real pode efetivamente ser causado por um outro e portanto ter relação com outro, mas o fato de ter relação com outro não é consequência de seu ser atual; –A atualidade apenas diz o ser, o ser desse modo e não de outro, não diz relação a outro; –A atualidade é o modo mais difícil de determinar e descrever... Mas é o modo que é experimentado, que é dado da maneira mais drástica; –Ao ser atual pertencem os dados dos atos emocionais: A dura realidade dos acontecimentos, do destino, dos obstáculos...

13 “Modos absolutos” e “modos relativos” Atualidade e inatualidade são modos absolutos; Possibilidade e necessidade são modos relativos

14 Dificuldade: Hartmann, com base em seu conceito de possibilidade, concluiu que o que é possível é atual e o que é atual é também necessário: –Problema: Nesse caso, um modo absoluto coincidiria com um modo relativo: (atualidade e necessidade) –A dificuldade estará resolvida se se levar em conta que o atual é também necessário quando se trata de um ente condicionado, de um membro de uma série. –O incondicionado ou absoluto, seja ele concebido como o Primeiro ente, origem da série ou como a totalidade dos condicionamentos, é atual mas não necessário; é contingente. »Contingente é, de fato, o simples ser ou não ser de uma coisa; »A contingência é pois um modo absoluto, é o modo de ser característico do absoluto.

15 Hartmann formula um princípio que é exatamente o oposto do princípio de razão suficiente: –“Não há necessidade sem contingência, mas pode haver contingência sem necessidade” Ainda mais paradoxal: –‘Deus, enquanto ente absolutamente necessário, é antes o ente absolutamente contingente’.

16 Observe ainda: Aplicado ao absoluto, o modo de ser contingente readquiriu seu significado tradicional: –‘contingente não é mais simplesmente aquilo que é por si do modo como é, mas também aquilo que é e entretanto poderia não ser’. Portanto: –O princípio, o fundamento da realidade, é irracional »Desse modo, a ontologia hartmanniana desemboca em uma metafísica.


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