Aulas Multimídias – Santa Cecília Profº André Araújo.

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MODERNISMO (2 a FASE): POESIA – DRUMMOND O que você deve saber sobre O poeta mais importante da segunda fase da poesia modernista brasileira é Carlos Drummond de Andrade. Em 1928, o autor mineiro causou polêmica ao publicar, na Revista de Antropofagia, o poema “No meio do caminho”. Gauche, crítico social feroz, lírico, reflexivo, pessimista, investigador do fazer poético, Drummond trilhou muitos caminhos em sua vasta produção literária.

Carlos Drummond de Andrade ( )  Nasceu em Itabira do Mato Dentro, Minas Gerais.  Ingressou, em 1918, no Colégio Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, sendo expulso por “insubordinação mental”.  Voltando a Belo Horizonte, conheceu pessoas importantes ao Modernismo brasileiro: Aníbal Machado, João Alphonsus, Emílio Moura e Pedro Nava. Casa onde nasceu Drummond, em Itabira, Minas Gerais. ROGÉRIO REIS/PULSAR IMAGENS MODERNISMO (2 a FASE): POESIA – DRUMMOND

Carlos Drummond de Andrade ( )  Em 1924, convive com Tarsila do Amaral, Oswald e Mário de Andrade com quem se correspondeu até  Em 1925, fundou A Revista.  Em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro e ocupou o cargo de chefe de gabinete do ministro da Educação e Saúde até 1945; paralelamente à carreira pública, dedicou-se ao jornalismo no Correio da Manhã.  Críticos o consideram o mais importante poeta brasileiro do século XX. De 1989 a 1992, cédulas de 50 cruzados novos estamparam a imagem do poeta. MARCELO CARNAVAL/EDITORA ABRIL MODERNISMO (2 a FASE): POESIA – DRUMMOND Escultura de autoria do mineiro Leo Santana CÁSSIO VASCONCELLOS/SAMBAPHOTO

Carlos Drummond de Andrade ( ) Sujeito em descompasso (o gauche) Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934)  Reminiscências familiares  Lembranças de Itabira do Mato Dentro  Poemas-piada  Metalinguagem, ironia, humor, pessimismo, coloquialismo  Desencanto com a existência e “inexperiência do sofrimento”  Sensação de isolamento  Reificação da sociedade burguesa  Impossibilidade de comunicação MODERNISMO (2 a FASE): POESIA – DRUMMOND

Carlos Drummond de Andrade ( ) Preocupações sociais Sentimento do mundo (1940), José (1942) e A rosa do povo (1945)  Nazismo  Fascismo  Segunda Guerra  Ditadura de Getúlio Vargas  Alienação das elites  Comunismo  Necessidade de união MODERNISMO (2 a FASE): POESIA – DRUMMOND

Carlos Drummond de Andrade ( ) Metafísica Claro enigma (1951), Fazendeiro do ar (1955) e Vida passada a limpo (1959) Uso de recursos clássicos: sonetos e versos regulares Temas metafísicos, universais: morte, tempo e amor Alcides Villaça: Drummond encontra-se no contexto da Guerra Fria, “esvaziado da utopia” presente na fase social. MODERNISMO (2 a FASE): POESIA – DRUMMOND

Carlos Drummond de Andrade ( ) Experimentação Em Lição de coisas (1962), as experimentações são explicadas por críticos como ligadas ao concretismo da década de 1950 e O padre e a moça, 1965, do diretor Joaquim Pedro de Andrade, baseado no poema homônimo presente em Lição de coisas REPRODUÇÃO MODERNISMO (2 a FASE): POESIA – DRUMMOND

Carlos Drummond de Andrade ( ) Passado revivido Nas décadas de 1970 e 1980, retomou suas lembranças da infância e da cidade natal, reinterpretando o passado nos livros Boitempo (1968), As impurezas do branco (1973), A paixão medida (1980) e Corpo – novos poemas (1984). Erotismo A temática erótica aparece de forma sutil em sua obra, mas, em O amor natural (1992), esse aspecto é explícito, associado ao amor e ao místico. MODERNISMO (2 a FASE): POESIA – DRUMMOND

Crítica Alfredo Bosi defende que, a partir da publicação de Claro enigma, o autor compõe seus poemas de dois modos:  Escavação do “real mediante um processo de interrogações e negações que acaba revelando o vazio à espreita do homem no coração da matéria e da História”. (História concisa da literatura brasileira. 3. ed. São Paulo: Cultrix, p. 441.)  Adoção de uma “poesia objectual”, em que a metafísica cede espaço à linguagem nominal e concreta, “dando atenção mais ao substantivo que ao adjetivo” (nas palavras do próprio poeta). MODERNISMO (2 a FASE): POESIA – DRUMMOND Carlos Drummond de Andrade ( )

Jorge de Lima misticismo. Da primeira fase, destaca-se o soneto O Acendedor de Lampiões. Ao aderir ao Modernismo, sua poesia revela temas telúricos de origem popular e africana. O ponto alto dessa "fase negra" ou "nordestina" é o poema Essa Negra Fulô (1928). Depois, na "fase religiosa", seus poemas apresentam traços de religiosidade, manifestados em Poemas (1927). Em Poema do Cristão, emprega paradoxos, evocações e enumerações que dão à linguagem força bíblica, atingindo dimensões místicas.

Essa negra fulô Ora, se deu que chegou (isso já faz muito tempo) no bangüê dum meu avô uma negra bonitinha, chamada negra Fulô. Essa negra Fulô! Essa negra Fulô! Ó Fulô! Ó Fulô! (Era a fala da Sinhá) — Vai forrar a minha cama pentear os meus cabelos, vem ajudar a tirar a minha roupa, Fulô! Essa negra Fulô! Essa negra Fulô! (Jorge de Lima)

2 EXERC Í CIOS ESSENCIAIS (Fuvest-SP) Procura da Poesia Não faças versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia. Diante dela, a vida é um sol estático, [não aquece nem ilumina. (...) Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. (...) ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. MODERNISMO (2 a FASE): POESIA – DRUMMOND — NO VESTIBULAR

2 EXERC Í CIOS ESSENCIAIS RESPOSTA: D No contexto do livro, a afirmação do caráter verbal da poesia e a incitação a que se penetre “no reino das palavras”, presentes no excerto, indicam que, para o poeta de A rosa do povo, a) praticar a arte pela arte é a maneira mais eficaz de se opor ao mundo capitalista. b) a procura da boa poesia começa pela estrita observância da variedade padrão da linguagem. c) fazer poesia é produzir enigmas verbais que não podem nem devem ser interpretados. d) as intenções sociais da poesia não a dispensam de ter em conta o que é próprio da linguagem. e) os poemas metalinguísticos, nos quais a poesia fala apenas de si mesma, são superiores aos poemas que falam também de outros assuntos. MODERNISMO (2 a FASE): POESIA – DRUMMOND — NO VESTIBULAR

5 EXERC Í CIOS ESSENCIAIS RESPOSTA: B (Ufac) A poesia de Carlos Drummond de Andrade se caracterizou desde o início por uma postura de deslocamento em relação ao mundo. No poema “José”, é inevitável a percepção de um esgotamento, de uma finitude de valores vivida ao extremo (E agora José?), porque nesse caso: a) o sujeito lírico ordena uma série de resoluções que se não forem cumpridas pelo personagem fará com que ele perca irremediavelmente a sua condição humana. b) o sujeito lírico imprime no personagem uma marca de universalidade que representará os limites do homem num mundo de forças inexoráveis. c) o sujeito lírico permite uma distância entre o personagem e o mundo de tal maneira que eles não se contaminem. d) o sujeito lírico conhece intimamente o personagem porque exagera nos seus defeitos e os sabe de antemão condenado por eles. e) o sujeito lírico não mostra nenhuma consideração pelo personagem na sua representatividade exemplar do fracasso humano. MODERNISMO (2 a FASE): POESIA – DRUMMOND — NO VESTIBULAR

7 EXERC Í CIOS ESSENCIAIS RESPOSTA: Espera-se que o aluno identifique uma das analogias: “verso” / “arabesco”, “rosto” / “espelho”. Em seguida deverá atribuir sentidos como: poesia e realidade, linguagem poética e essência da poesia, fragilidade do homem, do verso, da palavra em face da captação da essência das coisas. (UFBA) Fragilidade Este verso, apenas um arabesco em torno do elemento essencial – inatingível. Fogem nuvens de verão, passam aves, navios, ondas, e teu rosto é quase um espelho onde brinca o incerto movimento, ai! já brincou, e tudo se fez imóvel, quantidades e quantidades de sono se depositam sobre a terra esfacelada. Não mais o desejo de explicar, e múltiplas palavras em feixe subindo, e o espírito que escolhe, o olho que visita, a música feita de depurações e depurações, a delicada modelagem de um cristal de mil suspiros límpidos e frígidos: não mais que um arabesco, apenas um arabesco abraça as coisas, sem reduzi-las. ANDRADE, Carlos Drummond de. Em: COUTINHO, Afrânio (Org.). Carlos Drummond de Andrade: obra completa: poesia. Rio de Janeiro: Aguilar, p Na seleção dos signos verbais, o sujeito poético cria metáforas estabelecendo analogias entre elementos distintos. Na linguagem de Drummond, “isso é aquilo”. Identifique e transcreva uma das analogias referidas, explicando-a com base no contexto do poema. MODERNISMO (2 a FASE): POESIA – DRUMMOND — NO VESTIBULAR

10 EXERC Í CIOS ESSENCIAIS RESPOSTA: B (Fuvest-SP) Entre os seguintes versos de Alberto Caeiro, aqueles que, tomados em si mesmos, expressam ponto de vista frontalmente contrário à orientação dominante que se manifesta em A rosa do povo, de Carlos Drummond de Andrade, são os que estão em: a) “Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho: / O valor está ali, nos meus versos.” b) “Eu nunca daria um passo para alterar / Aquilo a que chamam a injustiça do mundo.” c) “Como o campo é grande e o amor pequeno! / Olho, e esqueço, como o mundo enterra e as árvores se despem.” d) “Quando a erva crescer em cima da minha sepultura, / seja esse o sinal para me esquecerem de todo.” e) “Quem me dera que eu fosse o pó da estrada / E que os pés dos pobres me estivessem pisando…” MODERNISMO (2 a FASE): POESIA – DRUMMOND — NO VESTIBULAR