Nos primeiros tempos da humanidade o Homem para se abrigar utilizou as cavernas naturais. Com a evolução do tempo começou a construir os seus abrigos com materiais rudimentares, como por exemplo: pele dos animais, folhas, colmo e madeira.
Nos primeiros tempos da humanidade o Homem para se abrigar utilizou as cavernas naturais. Com a evolução do tempo começou a construir os seus abrigos com materiais rudimentares, como por exemplo: pele dos animais, folhas, colmo e madeira. Mais tarde ao utilizar materiais mais duráveis e processos construtivos adequados à resolução dos problemas de suporte, surgiu o arco, que por sua vez, conduziu ao aparecimento da abóbada.
À altura do arco chama-se flecha e à largura vão. O arco é uma estrutura arquitectónica, cuja função é a de suporte. Dá estabilidade ao peso sustentado que, por sua vez, é distribuído pelos dois pilares onde assenta.
Através dos tempos e com o desenvolvimento das civilizações, vemos este processo construtivo passar por várias formas, surgindo assim: arco romano arco árabe arco ogival arco contracurvado arco abatido arco aviajado ou esconso.
Arco de volta inteira ou romano - Presume-se que este arco remonte à Mesopotâmia, tendo sido assimilado e aperfeiçoado pelos romanos e posteriormente transmitido a outros povos.
Arco árabe ou ultrapassado - Já utilizado pelos Visigodos nas suas construções, foi contudo aperfeiçoado pelos árabes e divulgado através dos seus monumentos.
Este arco cuja forma foi evoluindo em altura, pode apresentar três aspectos: ogiva perfeita ogiva encurtada ogiva alongada. Na Idade Média, o arco ogival ou arco em ogiva possibilitou a elevação da flecha (altura) dos arcos, permitindo, ao mesmo tempo, suportar melhor as cargas a que estavam sujeitos. Na arquitetura gótica, vamos encontrar a utilização deste arco nos monumentos, imprimindo-lhes características de verticalidade.
Os processos construtivos do arco foram evoluindo através dos tempos e consequentemente, a sua forma alterou-se dando lugar a um novo estilo decorativo. Assim, no final da Idade Média, surge o arco contracurvado ou em quilha que marcou o final do estilo gótico. Em Portugal, foi utilizado, frequentemente em construções de estilo manuelino.
Com a saturação e declínio da arte gótica houve um regresso à horizontalidade, assim no renascimento, a preocupação de fazer ressurgir os ideais da cultura clássica, levou os arquitetos à procura de novas formas, como o arco abatido.
Com a abertura de espírito e a procura de novas formas para outras soluções, surge o arco aviajado ou esconso.
Educação Visual Prof.ª Cristina Santos