DIAGNÓSTICO E MANEJO AMBIENTAL DE ÁREA URBANA OCUPADA POR EUCALIPTO (PUIC), Área de conhecimento: Ciências Florestais Jasper José Zanco (Orientador, PUIC,

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DIAGNÓSTICO E MANEJO AMBIENTAL DE ÁREA URBANA OCUPADA POR EUCALIPTO (PUIC), Área de conhecimento: Ciências Florestais Jasper José Zanco (Orientador, PUIC, Agronomia, Campus de Tubarão) e Leôncio de P. Koucher (Acadêmico, PUIC, Agronomia, Campus de Tubarão) Introdução A função das florestas urbanas e os serviços ambientais prestados é bem justificada por FRASER & KENNEY (2000) quando alertam para os seguintes pontos: as florestas reduzem das temperaturas de verão e diminuem a poluição atmosférica; oferecem habitat para animais silvestres; protegem a diversidade de espécies em área urbana e limitam a ocupação desordenada, mesmo considerando que grande proporção de árvores urbanas crescem em propriedades privadas. Segundo CALIJURI et al. (2007), a ocupação desordenada e sem um planejamento prévio ou, desconsiderando a capacidade de suporte do meio físico, é um dos principais problemas. Assim, a fragilidade ambiental associado ao meio físico e, aliada à falta de estratégias de manejo conservacionista, tem acelerado o processo de perda do solo superficial, comprometendo a sustentabilidade, a quantidade e a qualidade dos recursos hídricos, envolvendo, dessa forma, toda a sociedade nessa problemática. Medir a fragilidade e a capacidade de suporte pode demandar tempo e recursos bastante grandes. Geralmente esse tipo de avaliação requer modelos multicriteriais com equipes multidisciplinares. BRÉDA (2003) ressalta que para melhorar medida de IAF deveriam ser a identificadas claramente as causas de sua variação. A determinação de variação de IAF ainda é um tópico pouco abordado. A área foliar é uma importante característica estrutural das florestas devido ao fato do dossel florestal se tratar de um local de processos significativos dentro do ecossistema, tais como a transpiração, interceptação de chuva, fotossíntese e fornecer material orgânico para a serrapilheira. GARCIA et al. (2007), utilizando fotografias hemisféricas, encontrou uma relação bastante significativa entre o índice de área foliar e o total de radiação fotossinteticamente ativa direta somada à difusa transmitida através do dossel (RFA total mol /m2/ dia) em mata remanescente. Objetivos 1)Diagnosticar a floresta de eucalipto a partir da análise do índice de cobertura de dossel (ICD) e o índice de área foliar (IAF); 2)Estimar o índice de área foliar a partir de fotografias hemisféricas do dossel da vegetação; 3)Comparar os dois índices: IAF e ICD. Metodologia O eucaliptal apresenta cerca de 4,3 hectares e três espécies predominantes: Eucalyptus saligna Sm., Eucalyptus camaldulensis Dehnh e Eucalyptus resinifera Sm. Devido a forma de plantio e o tempo decorrido desde então (cerca de 27 anos), as árvores estão distribuídas desuniformes formando sub-dossel de vegetação nativa. O solo, segundo IGASHI (2008), pertence a classificação Gsq (Glei com Substrato de Sedimentos Quaternários). Para o Glei, que é um solo hidromórfico argiloso mole, o parâmetro ângulo de atrito é desprezado. A maior parte é Cambissolo (Cde). Para análise do dossel foi utilizado o método de Fotografias hemisféricas através da utilização de dois softwares para comparação, o Gimp (GNU Image Manipulation Program) e o software livre GAL 2.0 (Gap Ligth Analyser) o qual processa as imagens com algoritmos próprios e estima o Índice de Área Foliar. Para a aquisição das imagens cuidados foram tomados no posicionamento da câmera e na hora do dia (próximo às 14:00h) a fim de possibilitar um contraste maior entre a copa e o céu. Para essa pesquisa utilizamos uma máquina fotográfica da Sony (DCR-SR45) com distância focal de 1,9 a 76 mm. O tratamento matemático das imagens foi feito com GAL 2.0 e com Excel A análise do dossel utilizando as imagens digitais (tratadas sem algoritmos, através do software Gimp) permitiu desenvolver o índice de cobertura de dossel (ICD). A mesma metodologia encontrada em MONTE et al. (2007). A amostragem foi realizada somente depois do inventário, obtendo informações do diâmetro a altura do peito (DAP) e da altura das árvores. Para a realização da amostragem foram sorteados pontos e adquiridas as imagens digitais. Agrupamentos arbóreos com DAP menor do que 20 cm foram descartados. Identificaram-se 350 árvores nessa situação. A amostra de 35 pontos se mostrou significativa através da seguinte equação: n = suficiência do número de pontos amostrais N = número de árvores maiores do que 20 cm t = teste de Tukey S x ² = variância E = erro amostral Para a análise de agrupamento dos pontos amostrais foi aplicado o método de Bray-Curtis, a partir de um algoritmo de grupos pareados e teste de significância através do coeficiente de correlação cofenética, de acordo com HAMMER et al. (2009)¹. ¹ HAMMER, Ø., HARPER, D.A.T & RYAN, P.D. PAST: Paleontological statistics software package for education and data analysis. Palaeontologia Electronica 4(1) Apoio Financeiro: Unisul Resultados Figura 2. Presença de vegetação nativa: Myrsine umbelata e Casearia sylvestris. Florianópolis, SC. Fonte: Google Earth (2009) e Zanco & Koucher (2009). Houve diferenças significativas ao nível de 1% de probabilidade entre os tipos de vegetação encontradas no local, com relação ao IAF e o ICD.. Ao mesmo tempo, a diferença entre AIF e ICD, também foi significativa, sendo que o IAF mostrou-se mais eficiente para diagnosticar o ambiente florestal, como mostra a Figura 3, a seguir. Também, a análise de agrupamento mostrou variação entre os pontos amostrais, evidenciando a irregularidade do desenvolvimento da floresta (Figura 4). Conclusões (i) A análise do dossel permitiu concluir da irregularidade estrutural dos eucaliptos devido as diferenças existentes entre os pontos de coleta; (ii) O índice de área foliar calculado foi significativamente diferente do índice de cobertura de dossel; (iii) O método de análise indireta do dossel se mostrou uma técnica de baixo custo e eficiente; (v) Houve diferença significativa entre os diferentes tipos de vegetação quanto ao índice de área foliar, demonstrando que a vegetação nativa possui valores de dossel mais produtivos. Bibliografia BREDA, N.J.J. Ground-based measurements of leaf area index: a review of methods, instruments and current controversies. Jour. of Exp. Botany, Vol. 54, No. 392, pp. 2403±2417, November CALIJURI, M.L ET. AL. Proposta metodológica para geração da carta de fragilidade ambiental, utilizando lógica fuzzy e combinação linear ponderada. Anais XIII Simp. Bras. de Sens. Remoto, Florianópolis, Brasil, abril 2007, INPE, p FRASER, E.D.G. & KENNEY, A. Cultural background and landscapes history as factors affecting perception of the urban forest. Journal of Arboriculture 26(2): March p. GARCIA, L.C. ET AL. Heterogeneidade do dossel e quantidade de luz no recrutamento do sub- bosque de uma mata ciliar no Alto São Francisco, Minas Gerais: análise através de fotos hemisféricas. Rev. Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, supl. 2, p , jul MONTE, M.A. ET AL. Métodos indiretos de estimação da cobertura de dossel em povoamentos de clone de eucalipto. Pesq. Agropec. Bras., Brasília, v.42, n.6, p , jun Figura 1. A área de eucalipto Condomínio Carvoeira (4,3 ha) e amostra de uma imagem digital para análise do dossel. Fonte: Google Earth (2009) e Zanco & Koucher (2009). Figura 3. Diferença entre as médias de IAF e ICD para os tipos de dossel. Florianópolis, SC. Fonte: ZANCO & KOUCHER, Figura 4. Diferença entre as médias de IAF para os tipos de dossel, de acordo com o método Bray-Curtis. Coeficiente Cofenético 0,90. Florianópolis, SC. Fonte: ZANCO & KOUCHER, 2009.