O fim da Idade Média e o Renascimento Comercial e Urbano A Crise do Sistema Feudal: O fim da Idade Média e o Renascimento Comercial e Urbano 27/04/2017 www.nilson.pro.br
“O homem medieval não tinha nenhum sentido de liberdade segundo a concepção moderna. Para ele, a liberdade era o privilégio, e a palavra era usada frequentemente no plural. (...) O homem livre era aquele que tinha um senhor poderoso. Quando, na época da Reforma Gregoriana, os clérigos reclamavam a ‘liberdade da Igreja’, entendiam por isso subtrair-se a dominação dos senhores terrenos para exaltar diretamente apenas o senhor mais alto, Deus.” Jacques Le Goff, em A Civilização do Ocidente Medieval. O homem Medieval 27/04/2017 www.nilson.pro.br
As Cruzadas O embate entre muçulmanos e cristãos na “Terra Santa” 27/04/2017 www.nilson.pro.br
Afinal, o que foram as cruzadas. Um ato de fé e heroísmo Afinal, o que foram as cruzadas? Um ato de fé e heroísmo? Um massacre covarde? “Não faz sentido buscar hoje bandidos e mocinhos”, diz o holandês Peter Demant, historiador da USP. “As batalhas tiveram significados diferentes para o Ocidente e o Oriente”. São olhares diferentes que ajudam a entender por que, nove séculos depois, o assunto continua fascinando – e causando polêmica – nos dois lados do mundo. Visões diferentes 27/04/2017 www.nilson.pro.br
A herança para o Ocidente Houve a separação da Igreja do Ocidente e do Oriente e um rastro de violência que fez aumentar a desconfiança entre cristãos e muçulmanos nos anos seguintes. Em compensação, é inegável que a Europa, apesar de não ter conquistado seus objetivos, saiu fortalecida. As cruzadas reforçaram a autoridade dos reis, abrindo caminho para a criação dos Estados Nacionais. Elas também impulsionaram o comércio com o Oriente, enriquecendo as cidades italianas que teriam papel fundamental na sofisticação das transações financeiras até resultar na criação do sistema bancário. A herança para o Ocidente 27/04/2017 www.nilson.pro.br
Além disso, reforçaram a identidade cristã no Ocidente Além disso, reforçaram a identidade cristã no Ocidente. Apresentaram os costumes orientais aos ocidentais, dos tapetes às especiarias. Essas novidades gerariam curiosidade na Europa, o que impulsionaria a busca por outras terras, como o Brasil. 27/04/2017 www.nilson.pro.br
O excedente da produção facilitou o crescimento demográfico da população medieval, incentivou o comércio, dinamizou a economia e promoveu a urbanização na Europa. O progresso agrícola 27/04/2017 www.nilson.pro.br
A Burguesia 27/04/2017 www.nilson.pro.br
Um mundo em transformação Lentamente um novo mundo começou a ser construído: o mundo dos negócios. A burguesia estava preocupada em poupar, investir, em obter lucro e administrar seus interesses com mais autonomia. Um mundo em transformação 27/04/2017 www.nilson.pro.br
A mentalidade econômica “A fraqueza das técnicas de produção reforçada pelos hábitos mentais condenava a economia medieval à estagnação; a satisfazer apenas a subsistência, e os gastos com produtos de luxo de uma minoria.” Jacques Le Goff, ao comentar sobre a vida material dos feudos. A mentalidade econômica 27/04/2017 www.nilson.pro.br
As Guildas ou Corporações de Ofício Não haverá incentivo à competitividade. Portanto, era bastante diferente de hoje, em que a concorrência prevalece e cada empresa faz aquilo que crê ser melhor para seu crescimento. “Era normal que esta indiferença e mesmo hostilidade ao crescimento econômico se refletisse no setor de economia monetária e opusesse forte resistência ao desenvolvimento de um espírito de lucro de tipo pré-capitalista.” (Le Goff) 27/04/2017 www.nilson.pro.br
Mestres de Artes e Ofícios, Jornaleiros e Aprendizes 27/04/2017 www.nilson.pro.br
As Comunas e as Cartas de Franquia (Forais) Os habitantes dos burgos sentiam necessidade de se libertarem e, para tal, era necessária a compra de uma carta (foral), a qual podia conceder-lhes a libertação total ou parcial do domínio do senhor, dependendo da quantia paga. Surgia assim, o movimento comunal, ou seja, o desejo dos burgueses de obterem liberdade, segurança, isenção de impostos feudais e justiça própria, desejos estes que eram sobretudo resultado do desenvolvimento comercial. Pode-se dizer que este foi o nascimento das comunas. 27/04/2017 www.nilson.pro.br
Sua condenação como uma prática ilícita e pecaminosa tem uma longa tradição na história do pensamento cristão. A começar pelos textos contidos na Bíblia, livro sagrado do cristianismo, onde são explícitas as citações que condenam tal ato, podendo ser citados pelo menos quatro textos do Antigo Testamento e um do Novo Testamento. Textos estes provenientes da versão em latim, conhecida como Vulgata, edição largamente utilizada durante todo o período medieval. A Usura 27/04/2017 www.nilson.pro.br
O século XIV: o século das crises “A fome, a peste e a guerra.” O século XIV: o século das crises 27/04/2017 www.nilson.pro.br
O Sétmo Selo (Ingmar Bergman, 1956) 27/04/2017 www.nilson.pro.br
Os quatro cavaleiros do apocalipse ... 27/04/2017 www.nilson.pro.br
Na época, as cidades medievais agrupavam desordeiramente uma grande quantidade de pessoas. O lixo e o esgoto corriam a céu aberto, atraindo insetos e roedores hospedeiros da peste. Os hábitos de higiene pessoal ofereciam grande risco. Os banhos não faziam parte da rotina das pessoas. (Ver texto em destaque no material didático) A Peste Negra 27/04/2017 www.nilson.pro.br
Misticismo, fanatismo, superstição e crendices. 27/04/2017 www.nilson.pro.br
Auto-flagelação Estudiosos calculam que cerca de 1/3 de toda população européia teria sucumbido ao terror da epidemia. Ao mesmo tempo em que a Peste Negra era compreendida como um sinal de desgraça, indicava o colapso de alguns valores e práticas do mundo feudal. 27/04/2017 www.nilson.pro.br
“Um mundo em equilíbrio marginal”: a fome. A Grande fome de 1315-1317 na Europa foi a primeira de uma série de crises em larga escala que atingiram a Europa no inicio do século XIV, causando milhões de mortes por um grande número de anos, marcando o fim de um período anterior de prosperidade durante o século XIII. Iniciando com um tempo ruim na primavera de 1315, quebras universais de colheitas passaram por 1316 até o verão de 1317. A Europa não se recuperou totalmente até 1322. “Um mundo em equilíbrio marginal”: a fome. 27/04/2017 www.nilson.pro.br
As revoltas camponesas na França e na Inglaterra (Jacqueries e John Ball) 27/04/2017 www.nilson.pro.br
Aconteceu no final da idade média, entre 1337 e 1453, não foram 100, mas sim 116 anos de guerra entre a França e a Inglaterra. Os normandos, que haviam se estabelecido na Inglaterra, tinham coroado sua descendência como monarcas ingleses, estes possuíam na França grandes extensões de terra. Quando, na França, foi extinta a dinastia dos Capetos, o rei Felipe de Valois foi nomeado seu sucessor. A Guerra dos Cem Anos 27/04/2017 www.nilson.pro.br
Evitando certo exagero, é neste episódio que encontramos a participação de Joana D’Arc. Os franceses impuseram seguidas derrotas aos exércitos britânicos. Em 1453, a conquista da cidade de Bordeaux obrigou os ingleses a admitir sua derrota, dando fim à Guerra dos Cem Anos. Depois disso, a monarquia francesa ganhou amplos poderes sob a tutela do rei Carlos VII. Joana D’arc 27/04/2017 www.nilson.pro.br
A Guerra das Duas Rosas Foi uma série de longas e intermitentes lutas dinásticas pelo trono da Inglaterra, ocorridas ao longo de trinta anos de batalhas esporádicas (1455 e 1485). Em campos opostos encontravam-se as casas de York e de Lancaster. As lutas pelo trono de Inglaterra entre famílias rivais dos descendentes de Eduardo III devem o seu nome aos símbolos das duas facções: uma rosa branca para a Casa de York, uma vermelha para a Casa de Lancaster. 27/04/2017 www.nilson.pro.br
“Enfim, penso que ao se esforçar para descrever e explicar a civilização medieval, convém não esquecer duas realidades essenciais. A primeira relaciona-se com a própria natureza do período. A Igreja desempenhou aí um papel central, fundamental. Mas é preciso ver que o Cristianismo aí funcionou em dois níveis: como ideologia dominante, apoiada num poder temporal considerável, e como religião propriamente dita. Negligenciar um desses papéis levaria à incompreensão e ao erro.” Jacques Le Goff A Idade da Fé 27/04/2017 www.nilson.pro.br
Oi! Eu sou a morte. Você está preparado? 27/04/2017 www.nilson.pro.br
RENASCIMENTO COMERCIAL E RENASCIMENTO URBANO CAP. 8 E 9 27/04/2017 www.nilson.pro.br
Expansão do comércio Possibilidade de nova ocupação Alta Idade Média – agricultores preparando a terra para o cultivo Baixa Idade Média – tintureiros trabalham sob o olhar de um fiscal 27/04/2017 www.nilson.pro.br
Camponeses fugiam dos feudos COMÉRCIO Camponeses fugiam dos feudos em busca de melhores oportunidades nas cidades Servos que ficaram nos feudos passaram a lutar por seus direitos Obrigou os nobres a disporem de parte da riqueza acumulada Banqueiros emprestando dinheiro a juros incentivaram os negócios Mercadores passaram a enriquecer cada vez mais Fim da sociedade estamental 27/04/2017 www.nilson.pro.br
ABERTURA DAS ROTAS COMERCIAIS DO MAR MEDITERRÂNEO PARA OS EUROPEUS Fator positivo das CRUZADAS MAIORES CENTROS ATACADISTAS DA EUROPA – A partir do século XI FLANDRES – parte da Bélgica e Holanda GÊNOVA e VENEZA – sul da Itália CHAMPAGNE – região que unia a Itália a Flandres 27/04/2017 www.nilson.pro.br
Gênova grande centro fornecedor de produtos orientais 27/04/2017 www.nilson.pro.br
RENASCIMENTO URBANO Necessidade de novos espaços para negócios EXPANSÃO DO COMÉRCIO Áreas descampadas dos feudos Pontos de parada de caravanas Abrigos de comerciantes na estradas Antigas cidades do final do Império Romano RENASCIMENTO URBANO 27/04/2017 www.nilson.pro.br
OS HABITANTES DOS BURGOS ERAM CHAMADOS BURGUESES IMPORTANTE PARA CONSTRUIR NOVAS CIDADES, OS COMERCIANTES TINHAM QUE PAGAR IMPOSTOS AOS NOBRES PARA PROTEGER AS CIDADES OS COMERCIANTES CONSTRUIAM MURALHAS – BURGOS (FORTALEZAS) OS HABITANTES DOS BURGOS ERAM CHAMADOS BURGUESES 27/04/2017 www.nilson.pro.br
“ O ar da cidade torna o homem livre” Os nobres abriam mão de seus direitos sobre determinada área diante o pagamento de um determinado valor pela burguesia que passava a usar a área para comércio, livre das regras feudais CARTA DE FRANQUIA “ O ar da cidade torna o homem livre” ditado alemão do século XII Moradores poderiam exercer diferentes atividades A prosperidade e a riqueza eram possíveis 27/04/2017 www.nilson.pro.br
Renascimento Comercial Renascimento Urbano 27/04/2017 www.nilson.pro.br
RENASCIMENTO COMERCIAL Rotas Comerciais: Marítimas: Mar do Norte Mar Báltico Terrestres : Champagnhe Flandres Caravanas Comércio nos Nós de Trânsito Feiras: # Comércio dos Produtos # Trocas, letras, moedas, bancos # Aumento da circulação monetária # Sedentarização do Comércio # Impostos p/ donos da terra. 27/04/2017 www.nilson.pro.br
Rotas Comerciais 27/04/2017 www.nilson.pro.br
RENASCIMENTO URBANO Problemas das Feiras: # Somente 7 ou 15 dias # Itinerantes # Assaltos # Estradas Ruins # Inverno Criação dos Burgos (Favorece sedentarização do comércio) * BURGUESIA * Burgo: Terras do Senhor Feudal Problemas: # Impostos # Senhor feudal = justiça # Pesos e medidas variadas 27/04/2017 www.nilson.pro.br
RENASCIMENTO URBANO Comunas: Junção dos burgueses para libertação do Burgo e conquista do direito de Auto-Governo! Carta de Franquia: Compra ou Guerras Burgueses conseguem apoio do Rei contra Senhores Feudais Cidades = Centros de Comércio Divisão do Trabalho: # Mestres # Oficiais # Aprendizes # Jornaleiros 27/04/2017 www.nilson.pro.br
Cidade - Baixa Idade Média 27/04/2017 www.nilson.pro.br
RENASCIMENTO URBANO Organização e Fiscalização: Corporações de Ofício (Artesãos): # Qualidade # Quantidade # Preços # Justiça/ Trabalho. Guildas (comerciantes) Hansas (intermunicípio) Confrarias (Festas Religiosas) 27/04/2017 www.nilson.pro.br