Processamento e Manufatura de Metais 1 Prof. Dr. Lucas Freitas Berti Engenharia de Materiais - UTFPR 1
Aula 5 Processos Siderúrgicos 29/05/2013
Processamento e Manufatura de Metais 1 Presença Cobrança da presença 3
Processamento e Manufatura de Metais 1 Sumário da aula Secagem; Calcinação; Aglomeração; Coqueificação. 4 Ementa
Processamento e Manufatura de Metais 1 5 Revisão MetalMinériosBeneficiamento do minérioRedução primáriaRefinoImpurezas Ferro Hematita Magnetita Britagem e seleção Sinterização Pelotização Altos-fornos com coque e fundentes Conversores de oxigênio C e Si AlumínioBauxita Refino da Bauxita para produção de alumina Em cubas eletrolíticas com fundentes e criolita ou ciolita EletrolíticoFe e Cu Cobre Bornita Calcopirita Calcosita Cuprita Malaquita Concentração Ustulação Calcinação Lixiviação Redução eletrolitica Cementação redutora Pirometalurgia EletrolíticoFe e O ZincoBlendaUstulaçãoRedução eletrolíticaEletrolíticoFe, Cu e Si EstanhoCassiteritaConcentraçãoEm fornos de pirólise Liqüação Solubilização Oxidação eletrolítco Fe, Cu, Pb, As, Sb, Al, Ti e Bi
Processamento e Manufatura de Metais 1 6 Blenda Minério de Zn
Processamento e Manufatura de Metais 1 7 Secagem Iron Ore Limestone Coal Pellets Sinter Crushed Coke Ovens Blast Furnace Slag Molten Iron Scrap Lime & Flux Oxygen Electric Furnace Basic Oxygen Furnace
Processamento e Manufatura de Metais 1 8 Tratamento minérios Adequar para a utilização; ▫ Umidade; ▫ Remoção compostos; ▫ Ajuste de propriedades;
Processamento e Manufatura de Metais 1 Secagem 9 Eliminação de umidade
Processamento e Manufatura de Metais 1 Secagem Eliminação de umidade ▫ Superficial e em porosidades; ▫ Não a de ligação; ▫ Evitar incorporação de hidrogênio; ▫ Geração excessiva de gases; ▫ Crepitação (tricamento do minério); ▫ Evitar explosões (evolução vapor d'água); ▫ Redução de custo de transporte; 10
Processamento e Manufatura de Metais 1 Secagem Reação endotérmica (44,5 kJ/mol); Temperaturas acima de 100°C ▫ Normalmente entre 200 e 300°C; Pode ser realizada com menor temperatura de saturação. ▫ Redução de oxidação; ▫ Perigo de explosão; ▫ Auto-combustão; 11
Processamento e Manufatura de Metais 1 Secagem 12 T evap (p) ▫ Manipulação da temperatura de evaporação em função da pressão
Processamento e Manufatura de Metais 1 Calcinação 13 Remoção de compostos
Processamento e Manufatura de Metais 1 Calcinação Remoção de composto ▫ O processo deriva da reação de decomposição do CaCO 3 ; ▫ Entretanto, o termo é de maior abrangência; Remoção de carbonatos, e.g. dolomita e magnesita; Eliminação de água de hidratação, e.g. alumina e cal hidratada; 14
Processamento e Manufatura de Metais 1 Calcinação Processo ainda mais endotérmico que a secagem; Temperaturas maiores, em torno de 600 a 1100°C 15
Processamento e Manufatura de Metais 1 Calcinação 16 O processo depende da T°C; Reação ocorre da superfície para o interior; Menores granulometrias mais eficiente; ▫ Cuidado com o arraste e a permeabilidade 1 Atm
Processamento e Manufatura de Metais 1 Secagem Parâmetros de controle: ▫ Umidade inicial; ▫ Umidade final; ▫ Transmissão térmica; ▫ Velocidade de secagem; ▫ Temperaturas envolvidas, ▫ Pressões parciais; ▫ Balanços térmicos. 17
Processamento e Manufatura de Metais 1 Calcinação Parâmetros de controle: ▫ Perfil de temperatura; ▫ Balanço térmico estagiado (combustão, superaquecimento e calcinação); ▫ Granulometria; ▫ Fração não calcinada; ▫ Reatividade do produto 18
Processamento e Manufatura de Metais 1 Aglomeração 19 Obtenção de finos em aglomerados que viabilizem o processo metalúrgico
Processamento e Manufatura de Metais 1 Aglomeração Origem dos finos ▫ Extração de minério granulado (bitolado); ▫ Cominuição durante a concentração do minério; ▫ Cominuição para ajuste de granulometria de minério; 20
Processamento e Manufatura de Metais 1 Aglomeração Os processos surgiram para: ▫ Aproveitamento de finos; ▫ Reaproveitamento de minérios pobres em ferro; Com a melhor eficiência, em relação aos bitolados, os minérios começaram a ser aglomerado; Principais processos: ▫ Sinterização e pelotização; 21
Processamento e Manufatura de Metais 1 Sinterização de minério Consiste em aglomerar por fusão incipiente: ▫ Finos, coque ou carvão vegetal, fundentes, sínter de retorno e água; Calor necessário vem do coque ou carvão contido na carga; 22
Processamento e Manufatura de Metais 1 Sinterização de minério Mecanismos básicos: ▫ Combustão dos finos fera calor, 1300 – 1400°C o FeO e CaO formam ferritas de cálcio que dissolvem componentes silicosos; Formação de fases vítreas contendo óxidos de Si, Al, Fe e Ca; ▫ O ar consumido gera porosidade interconectada; 23
Processamento e Manufatura de Metais 1 Sinterização de minério Mecanismos básicos: ▫ Para uma boa redutibilidade é interessante a formação de ferritas de cálcio; Para isso é necessário uma composição de Cao/SiO 2 > 1,8 ▫ Temperaturas elevadas produzem maior resistência mecânica, mas reduzem a Fe de Cálcio e a produtividade por reduzir a permeabilidade; 24
Processamento e Manufatura de Metais 1 Sinterização de minério Mecanismos básicos: ▫ A produtividade é função do perfil térmico e velocidade de avanço; Tamanho de partículas, reatividade do combustível e permeabilidade da mistura; 25
Processamento e Manufatura de Metais 1 Sinterização de minério 26 Mecanismos básicos: ▫ Desejável um perfil de alta temperatura e estreito Queima combustível entre 1 – 3 minutos;
Processamento e Manufatura de Metais 1 Sinterização de minério Mecanismos básicos: ▫ Apesar de o perfil entre 1,5 – 2,5 mm apresentar melhores resultados, é aceitável entre 0,3 a 3,0 mm; ▫ Tamanhos maiores aumentam o tempo de queima e alargam o perfil térmico; ▫ Tamanhos menores fazem que a frente de combustão avance com maior velocidade que a transmissão térmica; 27
Processamento e Manufatura de Metais 1 Sinterização de minério Mecanismos básicos: ▫ A permeabilidade é essencial para uma manutenção do perfil térmico; 28
Processamento e Manufatura de Metais 1 altura temperatura altura Sinterização de minério 29 Processo Dwigth-Lloyd
Processamento e Manufatura de Metais 1 Sinterização de minério 30
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Processamento e Manufatura de Metais 1 Sinterização de minério 32
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Processamento e Manufatura de Metais 1 Sinterização de minério 34 Controle de permeabilidade da carga Por isso a água é adicionada para aderir as partículas pequenas nas maiores poro partícula de minério finos de minério
Processamento e Manufatura de Metais 1 Sinterização de minério 35 poro Partícula de minério Material fundido (fundente)
Processamento e Manufatura de Metais 1 Sinterização de minério 36
Processamento e Manufatura de Metais 1 Sinterização de minério Granulometria desejada: ▫ Minério 0,5 a 7,0 mm; ▫ Coque 1,0 a 3,0 mm; Coque 4% da carga; Máxima temperatura; ▫ 1300 a 1400°C; Baixas temperaturas, baixa resistência. 37
Processamento e Manufatura de Metais 1 Sinterização de minério Faixa de temperatura; ▫ 1300 a 1400°C; Baixas temperaturas, baixa resistência. Altas temperaturas, formação de fase líquida reduzindo a permeabilidade do sínter, além de maiore quantidade de material vítreo, os quais são menos redutíveis 38
Processamento e Manufatura de Metais 1 Sinterização de minério Faixa de temperatura; ▫ 1300 a 1400°C; Baixas temperaturas, baixa resistência. Altas temperaturas, formação de fase líquida reduzindo a permeabilidade do sínter, além de maiore quantidade de material vítreo, os quais são menos redutíveis 39
Processamento e Manufatura de Metais 1 Pelotização de minério 40
Processamento e Manufatura de Metais 1 Pelotização de minério 41 Consiste na aglomeração de finos na forma de esferas da ordem de 10 a 15 mm. ▫ Operação realizada em discos ou tambores rotatórios
Processamento e Manufatura de Metais 1 Pelotização de minério 42 Esse processo depende da força capilar
Processamento e Manufatura de Metais 1 Pelotização de minério Materiais hidrofílicos são facilmente pelotizados pela maior força capilar; Maiores áreas superficiais maior a força capilar, ▫ Partículas com tamanhos de 0,15mm com porosidade; Cal é aglomerante e facilita o processo; 43
Processamento e Manufatura de Metais 1 Pelotização de minério A pelota obtida é designada “pelota verde” ou “crua” Resistência mecânica baixa; ▫ Dificuldade de transporte por longos trajetos; Necessita de tratamento térmico, o qual eleva a resistência em 20 vezes, i.e. 3000N, ▫ Realizado a temperatura de 1300°C 44
Processamento e Manufatura de Metais 1 Pelotização de minério 45 Após queima tem porosidade de 22 a 30%
Processamento e Manufatura de Metais 1 Pelotização de minério 46
Processamento e Manufatura de Metais 1 Pelotização de minério 47
Processamento e Manufatura de Metais 1 Coqueficação 48
Processamento e Manufatura de Metais 1 Coqueificação O coque deve apresentar: ▫ Alta resistência (degradação dentro do forno); ▫ Baixa reatividade (reação com CO 2 ); ▫ Baixo teor de enxofre; 49
Processamento e Manufatura de Metais 1 Coqueificação O coque metalúrgico ▫ Produto da destilação do carvão mineral (1000°C); Maiores temperaturas ou tempo de coqueificação produzem reatividades muito baixas; ▫ Deve tornar-se plástico; ▫ Após volatilização, deve solidificar-se em uma nova estrutura 50
Processamento e Manufatura de Metais 1 Coqueificação O coque metalúrgico ▫ Baixos voláteis tendem a inchar ao formar a fase plástica; ▫ Conteúdos de 23 a 35% de baixos voláteis são utilizados; 51
Processamento e Manufatura de Metais 1 Coqueificação O coque metalúrgico brasileiro ▫ Apresenta alto teor de enxofre; ▫ Necessita cominuição intensiva para remoção da pirita 52
Processamento e Manufatura de Metais 1 Coqueificação 53 Bateria contendo retortas
Processamento e Manufatura de Metais 1 Coqueificação 54
Processamento e Manufatura de Metais 1 Coqueificação 55
Processamento e Manufatura de Metais 1 Coqueificação 56 O coque metalúrgico ▫ Gera subprodutos Hidrocarbonetos; Gás de coqueria; Metano; Hidrogênio; Monóxido de carbono; Gás de coqueria ▫ 18MJ/Nm³ Gás natural 35; GLP 3,6.
Processamento e Manufatura de Metais 1 Coqueificação 57 Principais produtos da destilação do carvão
Processamento e Manufatura de Metais 1 Alto-forno 58