Hist ó ria da M ú sica III CMU 350 M ó dulo XIV George Friderick Handel (1685-1759)

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Transcrição da apresentação:

Hist ó ria da M ú sica III CMU 350 M ó dulo XIV George Friderick Handel ( )

Aprendizado na Alemanha (termina em 1706) Nasce em Halle; –Recebe uma educação tradicional baseada no contraponto Desenvolve carreira como instrumentista, tocando órgão (conhecido como improvisador), violino e oboé Primeiro professor: Zachow Atraído desde o início para o estilo italiano de contraponto –Sonatas para Flauta e Continuo (Op. 1), e violino e contínuo sugere a influência do estilo de concerto italiano, mas também revela, pela utilização da reiteração de padrões rítmicos, a absorção da tradição alemã.

Primeiras obras vocais Paixão segundo São João (1704) –Combinação de estilos antigos e modernos Concertato corais no estilo antigo Recitativo secco e accompagnato, conjuntos e árias mostram influências do estilo italiano. Almira (1705), primeira ópera que nos chegou –Reflete o estilo italiano como usado pela antiga geração (por ex. Keiser), ou o estilo usado nas cortes alemãs (Steffani) –Handel tem especial interesse em demonstrar a tendência das modernas das óperas italianas, como se pode perceber nas árias (motto) e acompanhamento obligatto em estilo de concerto Mas sempre aparece a tendência da repetição do padrão rítmico, assim como a ausência dos extensos melismas. Tal característica atende a sua formação no estilo alemão –Handel busca sempre equiparar-se ao estilo da Opera Séria italiana, usando como base os modelos dos libretos de Metastasio e Zeno Os libretos de Metastasio e Zeno reagem contra a desorganização do enredo da ópera italiana do barroco médio, o novo tipo de libreto era estritamente organizado e formalmente previsível: cada cena consistia de uma série de recitativos e árias (usualmente árias da capo). A saídas dos principais personagens era sempre marcadas por brilhantes árias O recitativo era o veículo da ação enquanto as árias eram utilizadas para refletir o estado emocional dos personagens Ocasionalmente ocorriam conjuntos, coros raramente.

O período italiano (1706 – 1710) Absorve completamente o estilo italiano, convertendo sua música numa textura mais lírica e menos mecânica (padrões rítmicos reiterativos) –Embora conserve algumas características do estilo alemão: o contraponto mais elaborado, escrita coral e complexa estrutura orquestral Compõe cantatas seculares, música religiosa católica, oratórios e óperas (mesmo sendo a ópera proibida nos domínios do vatcano, naquele tempo) –Agrippina (1709, Veneza) Consolida sua fama A partitura mostra a utilização considerável de material de antigos trabalhos, principalmente de Rodrigo, assim como de cantatas, oratorios; também empresta material de outros compositores Variedade de estilos: árias coloratura, árias unisono, recitativo secco e accomp.., canções no estilo “popular com pés métricos de dança bem definidos (trabalho resultante de pesquisas de Haendel) Retorna rapidamente para Alemanha (Hanover) como sucessor de Steffani, em1710 –Compõe cantatas e outras música vocais no estilo italiano; – Também o Oratório da Paixão (baseado em um poema de Brocke)

Período Inglês (1711 – 1737) Viaja para a Inglaterra como representante da arte italiana Carreira focaliza e oscila na comercialização de óperas italianas –Entre : 4 operas; : nenhuma –1720: Se envolve com Ariosto e Bononcini na fundação da Royal Academy of Music (fundada para produzir ópera italiana) v Colapsou em 1728 por causa de brigas com os co-fundadores, principalmente na determinações dos papéis de prima-donna O sucesso de The Beggar's Opera (Gay-Pepusch, 1728), que fazia paródias da ópera italiana, também contribuiu para a falência de Haendel –Em 1729, fundou a New Royal Academy A nova companhia competia pelos contratos com os melhores cantores com a Ópera da Nobreza, de Porpora e Hasse. Sucesso leva Haendel a desenvolver grande interesse por formas preferidas da música inglesa, como o Oratório (em inglês com grandes corais) e a Ode Coral Principais Operas: Ottone (1723), Giulio Cesare (1724), Tamerlano (1724), Rinaldo (rev. 1731) –Estilo: Arias –Variedade de formas: maioria da capo (algumas com recitativo no seção central), bipartite, algumas com contraste de tempo, árias em forma de rondo, arias baseadas na reiteração rítmica do baixo –Algumas árias no antigo estilo contrapontístico com acompanhamento orquestral elaborado, assim como o uso de instrumentos obligattos, como no estilo concerto –Algumas árias usam o estilo monofônico, que então se estabelecia como moderno. –Árias freqüentemente baseadas na distinção dos padrões rítmicos: p.ex., pautas de danças: sarabanda, minueto, bouree, allemande, courante; ou figuras rítmicas abstraídas –Algumas melodias com longas frases, usando o estilo bel canto, especialmente aquelas que usam o ritmo siciliano ou baseadas na métrica ternária como a sarabanda ou minueto. e or minuet rhythms –Aparecem já algumas em estilo galante, com simplicidade melódica e pequenas frases –Algumas empregam a “Grand Scena": seção musicalmente contínua na qual o recitativo, o arioso e a ária aparecem numa sucessão livre (esse esquema flexibilizava o padrão da ópera séria italiana)

Oratórios Essa prática deveu-se a uma estratégia comercial –A nobreza inglesa não absorveu duas companhias de ópera especializadas em ópera italiana. Enquanto isso, a classe média demonstrava um grande interesse em oratórios, em inglês, que tratassem de temas seculares (principalmente relacionados com histórias do Antigo Testamento) Depois do sucesso de O Messias (1742, Dublin), intensificou sua produção. –Handel desenvolveu grande destreza na escrita coral observando o estilo do gosto inglês, e suas odes corais, hinos e peças típicas da Igreja Anglicana. –Principais obras neste gênero: Chandos Anthems, Coronation Anthems –Três maiores tipos de oratórios: Opera coral : baseados freqüentemente na mitologia clássica, se sacra, os personagens são tratados individualmente como numa ópera e, conseqüentemente, o números de árias fica preso à importância dentro do enredo (Exemplos: Susanna, Theodora) Cantata Coral : fecha a ode inglesa; temas alegóricos sem ação dramática (Ex.: O banquete de Alexander, Triunfo do Tempo e A Verdade) Drama Coral : mais comum; conceito da tragédia grega: coro como protagonista da ação dramática. –Corais dramáticos, assim como algumas árias –Exemplos: Saul, Israel no Egito, Sansão, Judas Maccabaeus, Salomão, Jephtha –O Messias é única entre os oratórios: destituída de ação dramática externa, pela ênfase na contemplação devocional.

Estilo dos oratórios Em muitos aspectos, relaciona-se com a ópera, mas algumas fórmulas de árias destoam e provocam a singularidade do oratório –Existem teses que apontam para uma menor ênfase na virtuosidade vocal. A fórmula do recitativo é similar à ópera, embora algumas vezes mais cuidadoso –O movimento nunca é tão rápido como era característico no estilo secco, sempre quando acompanhado por cravo. –No oratório, os corais assumem maior importância Grande variedade nas texturas e estilos dos corais –Alguns desenvolvem a forma da ária da capo –Outros, menores, estão baseados em ritmos de dança –Usa o antigo estilo policoral do canto à capela –Uso do contraponto: freqüentemente pouco, principalmente para distingüir motivos, acompanhando-os por pequenos contrasujeitos (p. ex., Halleluia Chorus) O contraponto de Handel é usado como textura principalmente associado no contraste com uma passagem homofônica, provocando um efeito poderoso dramático

Música Instrumental 4 coleções para teclado: –Usa formas variadas: sonatas de Igreja, variações, chacones, aberturas francesas, danças etc. Concertos –Op. 3: 6 para sopros e cordas –Op. 6: 12 para cordas –Op. 4, Op. 7 concertos para órgão Concertos solos –Escreve seis só para oboé Música aquática (para a real fetsa aquática do Tamis) Música para os Reais fogos de artifício (música para o ar livre: suíte tocada para celebrar a paz de Aix-La- Chapelle)