VIRGINIA SATIR O Terapeuta deve especular sobre a relação do casal. Esta é a 1ª coisa que o terapeuta deve verificar, pois para ela a terapia de família é no fundo uma terapia conjugal
Como fazer isto: 1) Procurar entender como se conheceram. Isto vai levar a perceber o primeiro padrão de relação 2) O modo pelo qual se escolheram. Tem a ver com o desapontamento que tem em relação ao outro 3) O modo como expressam o desapontamento. Pode ter a ver com o modo como o PI expressa o desapontamento
O indivíduo disfuncional: Utilizará mensagens em níveis de comunicação diferentes com sinais diferentes O indivíduo disfuncional não contextualiza no presente suas interpretações O indivíduo disfuncional não é capaz de verificar suas percepções A dificuldade de comunicação do indivíduo disfuncional está ligada a sua auto-imagem e auto-estima
– O terapeuta deve dar exemplo de uma comunicação clara e ensinar aos pacientes a fazê-la: A) Apresentar as regras que permitem a comunicação. Enfatizar a necessidade de verificar o significado transmitido com o recebido. Cuidar para que o paciente preserve as seguintes Imagens de Espelho:
a.1) Idéia do Self: “como eu me vejo?” a.2) Idéia do Self acerca do outro: “como eu vejo você?” a.3) Idéia do Self acerca da idéia que o outro faz do Self: “como eu vejo você me vendo?” a.4) Idéia do Self acerca da idéia que o outro faz sobre a idéia que o Self faz do outro: “como eu vejo você vendo ver você?”
B) Ajudar o paciente a tomar consciência das mensagens que são incongruentes, confusas ou veladas C) Mostrar ao paciente como verificar suposições não válidas que são usadas como fato: “O que você disse; O que você escutou eu dizer; O que você viu ou ouviu que o tenha levado a tirar tal conclusão; Que mensagem você queria transmitir; Como é que você sabe e o que pode descobrir?”
D) Deverá ser claro, repetindo, reafirmando e enfatizando suas observações e as dos membros da família. Cuidar para que o paciente entenda a lógica de suas conclusões
- Terapia: - Idade: menos de 4 anos – duas sessões; mais de 4 anos – farão parte de quase todas as sessões - Perguntar aos pais como eles planejam informar seus filhos sobre as sessões terapêuticas das quais eles deverão participar: o modo pelo qual comunicam seus planos aos filhos pode preparar o terreno para uma exploração posterior do grau de clareza com que eles conseguem transmitir mensagens na família (posteriormente perguntar as crianças o porquê de estar naquele local)
1 – Ninguém (inclusive os pais) tem permissão para falar em nome de outros 2 – Não “mexer” ou quebrar as coisas, riscar, rasgar... 3 – Todos deverão falar de modo a poderem ser ouvidos com clareza 4 – Todos deverão cooperar de modo a ser possível que os outros possam ser ouvidos 5 – Controlar o número de vezes que uma criança pode ausentar da sala de terapia 6 – Reduzir o tempo de sessão para ajustá-lo às idades das crianças 7 – O terapeuta dá claramente a entender logo de início que tem um objetivo a alcançar
- Introduzir a idéia de individualidade: cumprimentar cada criança separadamente, chamando pelo nome; repetir o que cada um diz, para demonstrar que está prestando atenção; dar valor a todas as perguntas que as crianças fazem para demonstrar que perguntas não trazem problemas e não são ilegítimos, que as pessoas podem fazer perguntas e saber o que não sabem
- O filho precisa desenvolver auto- estima em duas áreas: 1 – Pessoa de Domínio: capaz de resolver seus próprios problemas Um dos pais validarem seu crescimento e desenvolvimento: tomar decisões; raciocinar; criar; planejar; tolerar fracasso e desapontamentos; sincronizar as necessidades com relação à realidade Validação e restrições não se opõem
2 – Pessoa Sexuada: O filho somente desenvolverá estima em relação a si mesmo, na condição de pessoa sexuada, se ambos os pais validarem sua sexualidade Identificar-se com o próprio sexo e aceitação do outro sexo: como o tratam e que o relacionamento homem-mulher é gratificante;
Perguntas para uma base de identificação sexual: “Como é que o pai (homem grande) trata a mãe (mulher grande)?” “Como é que o pai me trata (homem pequeno)?” “Como é que o pai diz que trata minha mãe?” “Como é que a mãe (mulher grande) trata o pai (homem grande)?” “Como é que a mãe me trata (homem pequeno)?” “Como é que a mãe quer que eu trate meu pai?”
“Seu fracasso em validar constitui mais um ato de omissão do que de comissão. Eles desejam desesperadamente ser bons pais” (Virginia Satir)