Hidrodinâmica Aula 08 (1 0 Sem./2016) 1. A viscosidade e a Equação de Navier-Stokes 2.

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Transcrição da apresentação:

Hidrodinâmica Aula 08 (1 0 Sem./2016) 1

A viscosidade e a Equação de Navier-Stokes 2

3 A viscosidade é uma propriedade do fluido; no escoamento é análogo ao atrito entre superfícies sólidas. Poise – em homenagem ao francês Jean-Louis-Marie Poiseuille ( ) que foi o primeiro a investigar e escoamento de fluidos viscosos no interior de tubos com o objetivo de entender a circulação sangüínea. Fluidos Newtonianos: (8.1) A relação (8.1) é uma relação experimental, empírica. Nem todos os fluidos satisfazem essa relação.

4

5 O tensor tensão em três dimensões Resultante das forças segundo o eixo - x Tensão sobre a face perpendicular ao eixo - x

6 Como admitimos um fluido real, um fluido com viscosidade, podemos encontrar que a tensão tenha componentes tangenciais. No fluido ideal só existem tensões normais, as quais chamamos de pressão. Assim sendo, Direção da normal ao plano considerado Direção da força  ij, i  j, são tensões de cisalhamento.

7 Podemos agrupar as três componentes da resultante de forças, (8.1b)

8 Podemos usar o resultado expresso pela equação (8.1b) para reescrever a equação de movimento de um elemento qualquer do fluido, levando em consideração a presença de tensões de cisalhamento devido a viscosidade. Esse procedimento é análogo ao que fizemos na dedução da equação de Euler: ou (8.1c) Essas equações aplicam-se em qualquer em qualquer meio contínuo, sólido ou fluido. Essas equações, muito gerais, são algumas vezes denominadas equações de movimento de Cauchy.

9 As nove componentes  ij formam o tensor tensão Direção da normal ao plano considerado Direção da força em alguns textos, a convenção é o contrário!

10 1. As componentes de T 1,  21 e  31 são tensões de atrito viscoso e dependem diretamente da viscosidade . Em geral, as componentes  ij, com i  j, dependem da viscosidade. As componentes  ii são normais à superfície e dependem da pressão hidrostática. Para um fluido ideal, isto é, sem viscosidade devemos ter: Já encontramos essa componente de força na equação de Euler! (8.1d)

11 Se substituímos (8.1d) em (8.1c), obtemos, Equação de Euler

12 2. Como vimos no eslaide 2, as forças de atrito viscoso são proporcionais ao gradiente de velocidade. Os fluidos que assim se comportam são chamados de fluidos newtonianos: 3. Para um caso geral podemos escrever, onde  ’ ij = 0 se  = Um fluido isotrópico é aquele para o qual  ’ ij =  ’ ji. Vamos ver no próximo eslaide como podemos utilizar a relação empírica (8.1) para correlacionar a tensão de cisalhamento com o movimento de um elemento do fluido. (8.1)

13 Por simplicidade, vamos considerar um fluido newtoniano bidimensional. A força de atrito sobre o lado AB, de comprimento dx é: (8.2a – equivalente bidimensional de 8.1) Desde que a velocidade no lado CD é, a força de atrito no lado CD é, analogamente, (8.2b)

14 Essas forças atuam em sentidos opostos. Se a força devido a partícula GHCD atua na direção X sobre o lado CD de ABCD, a força devido a partícula ABCD atuará na mesma direção sobre o lado AB da partícula ABFE, produzindo uma força de reação, igual e contrária, na direção –X de ABCD. A força de cisalhamento total sobre ABCD será então dado por (8.2b) – (8.2a): (8.3) A relação (8.3) é a expressão da relação empírica (8.1) para uma partícula do fluido, em termos das quantidades usuais. Podemos generalizar esse resultado para o caso tridimensional seguindo essa mesma de raciocínio e assumindo um fluido incompressível. O resultado está no eslaide seguinte.

15 Esse resultado pode ser escrito vetorialmente como, (8.4) Para um fluido incompressível,

As Equações de Navier-Stokes 16

17 Podemos usar as equações (8.4) para escrever a equação de movimento de um fluido newtoniano incompressível: Considerando-se que f seja o peso por unidade de volume e a convenção do somatório, as equações acima podem ser escrita como: (z  x 3 )

18 Podemos ainda escrever as seguintes equações vetoriais: No caso de força externas conservativas, ou, Observe que as equações acima se reduzem a equação de Euler quando tomamos  =0. (fluido incompressível)

Relações constitutivas 19

20 Como vimos, para um fluido viscoso e incompressível é possível mostrar que, As tensões de cisalhamento por sua vez são iguais a,

21 Por sua vez, para um fluido viscoso e também compressível é possível mostrar que as componentes normais são dadas por, Com expressões análogas para as componentes y e z. A constante é chamada de segundo coeficiente de viscosidade. Da teoria cinética dos gases podemos mostrar também que para um gás Ideal monoatômico  = 0. Na prática essa relação é considerada acurada para qualquer espécie de gás. Em síntese podemos mostrar que,

Função Dissipação 22

23 A energia transformada em energia térmica (calor) pela variação de volume ou pelo atrito, pode ser obtida calculando-se o trabalho realizado por todas as forças externas. A contribuição ao longo do eixo – x, devido a pressão é,

24 Devido ao atrito viscoso ao longo do eixo -x, temos: O trabalho total por unidade de volume e por unidade de tempo que resulta em transformação da energia mecânica em energia interna é a função dissipação, dada por,

25 Vemos que a função dissipação é função das taxas de deformação linear e angular e o primeiro termo é nulo para um fluido incompressível. Exercício: usando os valores de τ ij deduza a relação acima.

Equação da vorticidade com a incorporação da viscosidade 26

27 Se tomamos o rotacional em ambos os lados da equação de Navier-Stokes para um fluido incompressível, tal como fizemos anteriormente (Aula 07) com a equação de Euler, obtemos, onde usamos a identidade  x(  2 u ) =  2 (  x u). Como exercício, mostre que:

FIM 28