As tendências culturais em Portugal na 1ª República - entre o Naturalismo e as vanguardas
José Malhoa - "Vou Ser Mãe"- (1923) O gosto português permanecia acomodado ao NATURALISMO, os padrões estéticos herdados da centúria anterior.
José Malhoa, O fado O poder republicano , nacionalista, apreciava as velhas tendências culturais. O povo português, rude e analfabeto , essência do portuguesismo, imortalizado pelos artistas, justificava os esforços de promoção cívica em que a República se empenhava.
O Naturalismo de José Malhoa José Malhoa (1855-1933), As Promessas (1933)
Portugal Modernista Mas a agitação política propiciou os primeiros sinais de mudança. Desde 1911, surge uma série de artistas, os Modernistas, que substituíram o Naturalismo pela procura incessante de novos caminhos na arte. Dordio Gomes - Os banhistas
1º Modernismo- 1911-1918 Ligado a exposições realizadas desde 1911, em Lisboa e Porto. Apresentavam desenhos, muitos deles caricaturas, onde se conseguia uma sátira política, social e até anticlerical.
1º Modernismo- 1911-1918 Pólo de Lisboa – Almada Negreiros , Santa - Rita , Mário de Sá Carneiro e Fernando Pessoa. Revista Orpheu - 1915 Orpheu – Metáfora de uma geração de homens que não olham para trás, que querem esquecer o passado e centrar as suas atenções no futuro. O modernismo português revela assim a sua faceta mais inovadora, polémica e emblemática: a do Futurismo.
O primeiro modernismo A Geração do Orpheu introduziu o Modernismo - movimento estético, em que a literatura surge associada às artes plásticas e é por elas influenciada. O Modernismo em Portugal surge em uníssono com a arte e a literatura mais avançadas da Europa, sem prejuízo, porém, da sua originalidade nacional.
1º Modernismo Pólo do Norte constituído por Amadeo de Souza -Cardoso, Eduardo Viana e o casal Delaunay. Amadeo de Souza Cardoso
1º Modernismo A agitação futurista culminou com publicação do único número da revista “ Portugal Futurista”. Nela aparecem trabalhos de Santa - Rita, Almada, Pessoa, Sá - Carneiro e Souza - Cardoso.
2º Modernismo Nos anos 20 e 30, decorreu um novo ciclo modernista, que continuou a conciliar as letras com as artes plásticas. Destacaram-se escritores com José Régio, João Gaspar Simões e Adolfo Casais Monteiro, além de pintores como Dordio Gomes, Mário Eloy, Sara Afonso, Carlos Botelho, Abel Manta Bernardo Marques e Vieira da Silva. Também Almada e Eduardo Viana têm uma presença proeminente.
2º Modernismo Mais uma vez as revistas assumiram a dinamização literária e artística, sendo de destacar a Contemporânea ( 1922- 26 ) e a Presença ( 1927- 40 ). A rejeição dos organismos oficiais levou a que as obras fossem expostas em exposições independentes, cafés e clubes, além dos periódicos.
Pintores Modernistas
Santa Rita Pintor
Pintores Modernistas Cabeça Futurista - Santa - Rita - 1912
Amadeo de Souza-Cardoso, Procissão de Corpus Christi 1913
Amadeo de Souza-Cardoso, Menina dos Cravos - 1913
Amadeo de Souza-Cardoso Cozinha da Casa de Manhouce 1913
Almada Negreiros Auto-retrato num grupo - 1925
Almada Negreiros – Retrato de Fernando Pessoa ou lendo Orpheu – 1954
Almada Negreiros, A Nau Catrineta - painel das Gares Marítimas de Lisboa
Almada Negreiros, Maternidade - 1935
Eduardo Viana, A revolta das bonecas, 1916
Eduardo Viana, Nu - 1925
Sarah Afonso, Auto - retrato - 1927
Sarah Afonso, Casamento - 1949
Arquitectura 1ºs sinais de modernidade surgem nos anos vinte. Cristino da Silva Cottineli Telmo Cassiano Branco Pardal Monteiro
ARQUITECTURA Sinais de modernidade Uso de betão armado Predomínio da linha recta sobre a curva Despojamento decorativo das paredes Utilização de grandes paredes de vidro Terraços e coberturas planas
Cassiano Branco - Cinema Império
Cassiano Branco
Pardal Monteiro
Pardal Monteiro Igreja de Nossa Senhora de Fátima
Cristino da Silva Cinema - cervejaria Capitólio
Cristino da Silva Cinema - cervejaria Capitólio