ECOLOGIA Scheilla Bastos

Estuda a população, a comunidade, o ecossistema, e a biosfera. CONCEITO A palavra ecologia deriva de duas palavras gregas: oikós (= “casa”) e logos (= “estudo”). Assim, ecologia significa, literalmente, o “estudo da casa” , podendo considerar o termo “casa” como todo o ambiente terrestre  ecologia : “estudo do ambiente”. Esse termo foi utilizado pela primeira vez em 1870, pelo biólogo Ernest Haeckel, para designar o estudo das interações dos organismos entre si e com o meio ambiente. Estuda a população, a comunidade, o ecossistema, e a biosfera.

O termo comunidade ou biocenose ( bios, vida, e koinos, comum, público) refere-se ao conjunto de todas as populações que vi- vem em uma mesma área. Sobre uma comunidade atuam permanentemente vários fatores físicos e químicos do ambiente, como a luz, a umidade, a temperatura, os nutrientes. Esse fatores são chamados de fatores abióticos ou biótopo ( bios, vida, e topo, lugar)  local onde vive a biocenose Os fatores abióticos, atuando sobre as comunidades (biocenose), formam um sistema ecológico ou ecossistema.

A palavra ecossistema é, assim, um termo técnico para “natureza”. O conjunto de todos os ecossistemas da Terra, ou seja, a camada da Terra que contém vida, forma a biosfera. A Ecologia é uma ciência que tem se desenvolvido muito e se torna cada vez mais importante nos dias atuais, uma vez que tem aumentado consi- deravelmente a interferência do homem sobre os ecossistemas. Provocando sérios desequilíbrios eco- lógicos.

Os ecossistemas são constituídos por dois tipos de componentes: Abióticos: tudo aquilo que faz parte do ambiente e não possui vida: ambiente físico (ar, água, solo), fatores físicos (radiação solar, temperatura, luz, umidade, ventos), ou químicos (elementos químicos presentes na água e no solo). A radiação solar é um dos principais fatores físicos, através dela que as plantas realizam fotossíntese  liberando O2 para a atmosfera, transformando a energia luminosa em energia química, única forma de energia que pode ser aproveitada pelos demais seres vivos.

Além disso, a radiação solar, interagindo com a atmosfera e a superfície terrestre, interfere em outros fatores físicos como temperatura, umidade e pluviosidade de uma região.

Os componentes bióticos podem ser de dois tipos: Bióticos: representados pelos seres vivos que compõem a comunidade biótica. Os componentes bióticos podem ser de dois tipos: os organismos autótrofos: que sintetizam seus próprios alimentos. os organismos heterótrofos: que não são capazes de sintetizar seus próprios alimentos.

Autótrofos Os organismos autótrofos são chamados produtores. Dentre eles, os mais importantes em termos ecológicos são os organismos que realizam a fotossíntese (algas, plantas e certas bactérias). Através desse processo, moléculas de gás carbônico e de água reagem em presença de energia luminosa, dando origem a moléculas orgânicas (alimento). Assim, a energia luminosa é transformada em energia química, que fica armazenada nas moléculas orgânicas.

Parte dessas moléculas é utilizada pelo próprio organismo fotossintetizante como matéria-prima para formar o seu corpo e obter energia para seus processos vitais. Outra parte fica disponível como alimento para os heterótrofos Existem, ainda, alguns poucos seres autótrofos que fazem quimiossínetese, a produção de compostos orgânicos (alimento) se dá a partir da energia liberada da oxidação de compostos inorgânicos.

Heterótrofos Utilizam, rearranjam ou decompõem a matéria orgânica sintetizada pelos autótrofos (produtores), obtendo a matéria-prima para seu crescimento, sendo, a energia necessária para a realização de seus processos vitais. Os heterótrofos podem ser:   consumidores decompositores

Consumidores Organismos que se alimentam de outros organismos, ou seja, todos os animais são consumidores. Os animais que se alimentam de produtores são chamados de consumidores primários ( herbívoros, animais que se alimentam de plantas). Os animais que se alimentam dos herbívoros são consumidores secun- dários; Os que se alimentam de consumidores secundários são consumidores terciários, e assim por diante.

Decompositores Ao morrer, tanto os produtores como os consumidores servem de alimento a certos fungos e bactérias. Eles degradam a matéria orgânica contida em produtores e em consumidores, liberando para o meio ambiente minerais e outras substâncias, que podem ser novamente utilizados pelos produtores. Esses organismos são também chamados de saprófitas ou sapróbios

CADEIAS E TEIAS ALIMENTARES Em um ecossistema, uma determinada seqüência de alimentação é denominada cadeia alimentar. CAPIM  GAFANHOTO  PÁSSAROS  COBRAS  FUNGOS e BACTÉRIAS Uma cadeia alimentar completa como essa apresenta três categorias de organismos, que constituem seus níveis tróficos ( do grego trofos, alimentação, nutrição): o nível dos produtores (capim), o nível de consumidores (gafanhotos, pássaros, cobras) e o nível dos decompositores (fungos e bactérias)

Portanto, nível trófico é a posição que uma determinada espécie ocupa na teia alimentar. As relações alimentares de um ecossistema, se observadas em conjunto, formam um intricado esquema, a teia ou rede alimentar. Considera vários caminhos e é constituído de várias cadeias alimentares. A perda de energia ocorre a longo de sua transferência, logo a maior quantidade de energia disponível está diretamente relacionada com a proximidade de um consumidor em relação ao produtor.

HÁBITAT E NICHO ECOLÓGICO O lugar que um organismo ocupa no ecossistema é o seu hábitat (“sua casa”, “seu endereço” ODUM, ecólogo americano); Assim, em um ecossistema represen- tado por uma lagoa, o hábitat de uma alga microscópica é a água superficial. O nicho ecológico compreende no papel de um ser no ecossistema (é sua “profissão” ODUM)  As algas realizam fotossíntese, necessitam de luz, de nutrientes minerais e de temperatura adequada para seu crescimento e reprodução, e servem de alimento para alguns animais.

FLUXO DE ENERGIA Todos os seres vivos necessitam de matéria-prima e energia para realização de processos vitais, tais como: crescimento, reprodução, desenvolvimento e reparação de perdas. Essas necessidades são supridas pelo alimento orgânico. Os seres autótrofos sintetizam seus próprios alimentos através da fotossíntese (grande importância) ou da quimiossíntese. O alimento produzido pelos autótrofos é utilizado por eles mesmos e pelos organismos heterótrofos.

A energia luminosa do Sol é fixada pelo autótrofo e transmitida, sob a forma de energia química, aos demais seres vivos. Essa energia, no entanto, diminui à medida que passa pelos consumi- dores, pois parte dela é utilizada pa- ra a realização dos processos vitais do organismo e outra perde-se sob a forma de calor; Sempre restará, portanto, apenas uma parcela menor de energia disponível para o nível seguinte.

Como na transferência de energia entre os seres vivos não há reaproveitamento da energia liberada, diz-se que essa transferência é unidirecional (uma só direção) e se dá como um fluxo de energia. Sempre tem início com a captação de energia luminosa pelos produtores e termina pela ação dos decompositores.