Tuberculose Atenção Farmacêutica – Noturno Amaury Kakazu Breno Nascimento Danilo Badaró Fernando Pereira Johnny Silva

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Transcrição da apresentação:

Tuberculose Atenção Farmacêutica – Noturno Amaury Kakazu Breno Nascimento Danilo Badaró Fernando Pereira Johnny Silva

Paciente Aurélio Pereira Criança 7 anos 23 Kg Baixa renda Mora na periferia da capital paulista Utiliza transporte público diariamente para ir ao CEU (Centro Educacional Unificado) Carteira de vacina desatualizada Sem histórico de doenças respiratórias Sem plano de saúde

Primeiro atendimento Atenção Básica – UBS Profissional - Médico

Sintomas e sinais apresentados Tosse a mais de 2 semanas Escassa expectoração Mal estar vespertino e alguns picos de temperatura entre 37,5º e 37,8ºC. Tem suado à noite e emagreceu 2 kg neste período. Não apresenta outras doenças e nem teve contato com tuberculose, segundo os pais

Diagnóstico Exame Físico: 37ºC; Corada Escarro: 2 amostras BAAR negativas PPD: 15mm Radiografia:

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Plano Terapêutico Foi indicado ao paciente: br%2Fbvs%2Fis_digital%2Fis_0103%2FIS23(1)029.pdf&usg=AFQjCNHTb_1_12hf4g54ZydVGIreTkVkOg&sig2=e7HlSxYB-6yTRL5yQLSslg&cad=rja

O que acontece se o tratamento for abandonado ? Vamos dar um exemplo. Vamos supor que quando uma pessoa começa a se tratar ela tenha 100 bacilos. Aí, ela começa a tomar os remédios e morrem os 80 mais fracos. Sobram 20. Os 20 mais fortes!! Então, ela se sente melhor e resolve, por causa disto, parar de se tratar. Os 20 bacilos que sobraram começam a se multiplicar e a pessoa fica novamente doente ou pode vir a ter uma TB causada por bacilos fortes, que os remédios que o doente estava usando têm dificuldade para matar (TUBERCULOSE RESISTENTE). Vai ter que tomar mais remédios e por mais tempo!!! E pode não curar.

Onde conseguir os medicamentos? Os medicamentos são distribuídos pelo SUS após a apresentação da receita em posto de saúde. Esses medicamentos são controlados para uso com retenção de receita, então podem ser disponibilizados apenas na presença de um farmacêutico. São medicamentos para tratar da tuberculose, para garantir que o paciente não adquira uma cultura de resistentes dessas bactérias, eles só podem ser disponibilizados os três (Rifampicina, Isoniazida e Pirazinamida – RHZ) em locais específicos como posto de saúde.

Incidência da Tuberculose no Brasil e no Mundo No Brasil é um problema de saúde pública 70 mil novos casos e 4,6 mil mortos por ano no Brasil Brasil ocupa o 16º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo. 33% da população mundial apresenta a bactéria responsável

Fatores de Risco Além dos fatores relacionados ao sistema imunológico de cada pessoa, o adoecimento por tuberculose, muitas vezes, está ligado à pobreza e à má distribuição de renda. Populações vulneráveis risco de adoecimento por tuberculose: - Indígenas3 X maior - Privados de liberdade28 X maior - Pessoas que vivem com o HIV/aids28 X maior -Pessoas em situação de rua32 X maior

Fatores de Risco TB-HIV  Tuberculose ativa em pessoas que vivem com HIV é uma das condições de maior impacto na mortalidade por HIV e por tuberculose no Brasil. População indígena  Taxa de incidência da doença entre a essa população foi de 95,6 por habitantes, quase três vezes maior que a taxa da população geral.

Fatores de Risco População em Situação de Rua (PSR)  O coeficiente de incidência de TB na PSR na cidade de São Paulo foi de 1747/ habitantes, 32 vezes maior que na população geral da cidade. População Privada de Liberdade  A população privada de liberdade representa aproximadamente 0,3% da população brasileira, e contribui com 7,8% dos casos novos de tuberculose notificados no país

Bibliografia : World Health Organization. Respiratory care in primary care services - a survey in 9 countries. Geneva: World Health Organization; World Health Organization [homepage on the Internet]. Geneva: the Organization; c2009 [cited 2009 Aug 23]. Ottmani SE. Overview of PAL strategy; [Microsoft PowerPoint document, 22 slides] Available from: dos Santos MA, Albuquerque MF, Ximenes RA, Lucena-Silva NL, Braga C, Campelo AR, et al. Risk factors for treatment delay in pulmonary tuberculosis in Recife, Brazil. MC Public Health. 2005;5: