VANGUARDAS ARTÍSTICAS EUROPÉIAS - “ISMOS” -

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
VANGUARDAS EUROPÉIAS Profº Franklis Leal.
Advertisements

Características gerais da literatura modernista:
MARCEL DUCHAMP Fonte, 1917 ready-made, urinol invertido altura 60 cm
VANGUARDAS.
Revolução nas Artes e nas Ciências
VANGUARDAS ARTÍSTICAS EUROPÉIAS - “ISMOS” -
Ruptura com o padrão de arte e sociedade do século XIX
AS VANGUARDAS EUROPEIAS
As vanguardas Européias
Início do século XX Harriet – Literatura CursinhoHumanista
AS VANGUARDAS ARTÍSTICAS EUROPÉIAS
VANGUARDAS ARTÍSTICAS EUROPÉIAS - “ISMOS” -
Aula 2 – Expressionismo, Dadaísmo e Surrealismo
Vanguardas artísticas europeias
FUTURISMO.
Profª vera cézar – bios juazeiro
VANGUARDAS EUROPEIAS.
VANGUARDAS EUROPEIAS MODERNISMO.
Dadaísmo – A antiarte “Dada não significa nada.”
Modernismo Contexto histórico progresso industrial;
Dadaísmo.
DADAÍSMO Líder - Tristan Tzara (romeno)
Modernismo Brasileiro
100 ANOS DO MANIFESTO FUTURISTA: E SUAS REPERCUSSÕES NO BRASIL
DADAÍSMO Duchamp.
A vanguarda europeia Língua Portuguesa e Literatura
Literatura As Vanguardas Europeias
Vanguardas Européias “Entende-se, com este termo – vanguarda -, um movimento que investe um interesse ideológico na arte, preparando e anunciando deliberadamente.
Os movimentos de vanguarda emergiram na Europa nas duas primeiras décadas do século 20 e provocaram ruptura com a tradição.
PRESENTATION NAME Company Name. FUTURISMO Um movimento que exalta fervorosamente toda inovação tecnológica – automóvel e velocidade. Prega uma poesia.
 Lançado por Marinetti no manifesto “Le Futurisme”,  Surge entre o Simbolismo e a 1ª Guerra Mundial.  Exalta a vida moderna.  Culto da máquina.
O que você vê? A cara de um índio... ou um esquimó entrando em uma caverna???
VANGUARDAS EUROPÉIAS Ruptura com o padrão de arte e sociedade do século XIX.
Colégio Liessin Língua Portuguesa Professora Vanusa 8º ano / 2016.
Futurismo , Dadaísmo e Surrealismo
Futurismo , Dadaísmo e Surrealismo
ARTE SURREALISMO.
Modernismo Contexto histórico: - progresso industrial;
Os raios de sol anunciam o despertar de mais um dia.
gênero textual _ poesia
Amadeo de Souza Cardoso
Álvaro de Campos Poema «Ode triunfal».
Texto Lírico – Poesia.
Professora de Artes Dulce Serejo
Aulas Multimídias – Santa Cecília
VANGUARDAS EUROPÉIAS.
Ruptura com o padrão de arte e sociedade do século XIX Suzete Beppu
Dadaísmo Evandro Alves História das Artes Visuais Contemporâneas.
Vamos realizar uma breve visita nos Movimentos Culturais , pesquisado neste 1º semestre letivo Aproveitem esta viagem! Turma do 2º Ano E. Médio.
O SEGREDO DA BELEZA INTERIOR
Vanguarda representa algo novo, algo que não foi copiado.
AS VANGUARDAS EUROPÉIAS MULHER CHORANDO, de PABLO PICASSO.
Área: Linguagem, códigos e suas tecnologias Língua Portuguesa
A Linguagem da Pintura.
Tem tudo a ver A poesia tem tudo a ver com tua dor e alegrias, com as cores, as formas, os cheiros, os sabores e a música do mundo.
AS VANGUARDAS EUROPEIAS E A LITERATURA BRASILEIRA
Gêneros Lírico ou Poético
A palavra “vanguarda” vem do francês avant-garde (termo militar que designa o pelotão que vai à frente). Desde o início do século 20, designa aqueles que,
DADAÍSMO Duchamp.
Ruptura com o padrão de arte e sociedade do século XIX Suzete Beppu
Movimentos de Vanguarda do século XX
A Semana da Arte Moderna
AS VANGUARDAS EUROPEIAS
Vanguardas Europeias.
Profª Caroline Ferrari
DADA DADA DADA DADA DADA
Caroline Ferrari As fases do Modernismo.
Vanguardas Europeias Século XX.
Vanguardas Europeias Século XX.
Modernismo no Brasil. Contexto Histórico - Fim da escravidão (1888) Brasil República: - Política do café-com-leite ( ) Imigração Industrialização.
Transcrição da apresentação:

VANGUARDAS ARTÍSTICAS EUROPÉIAS - “ISMOS” - Vanguardas: em termos artísticos, designa aqueles que prevêem e anunciam o futuro, os novos tempos.

O grito (1893), de Edvard Munch; óleo sobre cartão. Expressionismo O grito (1893), de Edvard Munch; óleo sobre cartão.

Expressionismo A boba (1917), tela de Anita Malfatti em que sobressaem os elementos dramático, emocional e, enquanto temática, marginal.

Expressionismo Maternidade, Almada-Negreiros. A tendência expressionista calcada no exagero atinge em cheio os modernistas portugueses.

Expressionismo Crianças abandonadas, Lasar Segall. O aspecto quase caricatural da realidade é o que a pintura expressionista traduz.

Expressionismo Expressionismo na literatura: Linguagem fragmentada, elíptica, constituída por frases nominais (basicamente aglomeração de substantivos e adjetivos), às vezes até sem sujeito; Despreocupação com a organização do texto em estrofes, com o emprego de rimas ou de musicalidade; Combate à fome, a inércia e aos valores do mundo burguês.

Expressionismo Fim do Mundo O chapéu do burguês está voando de sua aguda cabeça, Em todos os ares está ecoando a gritaria. Os telhados estão caindo e despedaçando-se, e no litoral – lê-se – está subindo a preamar: A tempestade aí está, os mares selvagens saltam Para a terra, para destroçar os grossos diques. [...]

Expressionismo Homem, carne sem Passam... Teu coração se desagrega, luz, criatura cega, Sangram-te os olhos, e, entretanto, ris! Realidade geográfica infeliz, Fruto injustificável dentre os frutos, O Universo calado te renega Montão de estercorária argila preta, E a tua própria boca te maldiz! Excrescência de terra singular, O nôumeno e o fenômeno, o alfa e o omega Amarguram-te. Hebdômadas hostis Deixa a tua alegria aos seres brutos, Porque, na superfície do planeta, Tu só tens um direito: — o de chorar!

Futurismo Parada amorosa, 1917. Nesta tela, o cubista Picabia faz nítida homenagem à máquina, realçando a tendência futurista de “valorizar os mecanismos que movem o mundo”, em suas próprias palavras.

Automóvel correndo, de Giacomo Bahia. Futurismo Automóvel correndo, de Giacomo Bahia.

Futurismo Futurismo na literatura: A destruição da sintaxe e a disposição das “palavras em liberdade”; O emprego de verbos no infinitivo, com vistas à substantivação da linguagem; A abolição dos adjetivos e dos advérbios; O emprego do substantivo duplo (burguês-burguês, burguês-níquel, mulher-golfo) em lugar do substantivo acompanhado de adjetivo; A abolição da pontuação, que seria substituída por sinais da matemática (+) , (-) , (=) , (<) , (>) e pelos sinais musicais; A destruição do eu , isto é, toda a psicologia; Onomatopéias e imagens que incorporam o som das engrenagens da máquina; Percepção por analogia.

Futurismo Ode triunfal À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica Tenho febre e escrevo. Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto, Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos. Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno! Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria! Em fúria fora e dentro de mim (...) (Álvaro de Campos – heterônimo de Fernando Pessoa)

Futurismo Por todos os meus nervos dissecados fora, Por todas as papilas fora de tudo com que eu [sinto! Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos [modernos, De vos ouvir demasiadamente de perto, E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso De expressão de todas as minhas sensações, Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas! Em febre e olhando os motores como a uma Natureza tropical - Grandes trópicos humanos de ferro e fogo e força - Canto, e canto o presente, e também o passado [e o futuro, Porque o presente é todo o passado e todo o futuro Álvaro de Campos

Les Demoiselles d’Avignon (1907), de Pablo Picasso. Cubismo Les Demoiselles d’Avignon (1907), de Pablo Picasso.

Cubismo Carnaval em Madureira, Tarsila do Amaral. De Albert Gleizes, Tarsila recebeu a chave do Cubismo, que cultivou com amor e sob uma ótica construtivista.

Cubismo Mulher com flor (1932), de Pablo Picasso, que assim se manifestou em certa ocasião: “Toda a gente quer compreender a arte. Por que não tentam compreender as canções de um pássaro? [...] Pessoas que querem explicar telas normalmente ladram para a árvore errada”.

Cubismo Cubismo na literatura: Humor; Antiintelectualismo; Valorização dos cinco sentidos; Superposição de planos – frases breves e rápidas – cinematográficas; Ilogismo – mais analógico que lógico.

Cubismo Poeminha cinético Era um homem bem vestido Foi beber no botequim Bebeu muito, bebeu tanto Que Poeminha cinético s a i u d e l á m . (Millôr Fernandes)

Cubismo O Capoeira - Qué apanhá sordado? - O quê? - Qué apanha? Pernas e cabeças na calçada (Oswald de Andrade)

Cubismo

Cubismo

Colagem-espelho, obra de Kurt Schwitters, de 1920. Dadaísmo Colagem-espelho, obra de Kurt Schwitters, de 1920.

Dadaísmo Marcel Duchamp

Dadaísmo Dadaísmo na Literatura: Agressividade, improvisação, desordem; Rejeição a qualquer tipo de racionalização e equilíbrio; Livre associação de palavras – o acaso substitui a inspiração, a brincadeira substitui a seriedade; Invenção de palavras com base na exploração da sonoridade.

Receita para fazer um poema dadaísta Dadaísmo Receita para fazer um poema dadaísta Pegue um jornal. Pegue a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema. Recorte o artigo. Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco. Agite suavemente. Tire em seguida cada pedaço um após o outro. Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco. O poema se parecerá com você. E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público. (Tristan Tzara)

Dadaísmo A Batalha Berr... bum, bumbum, bum... Ssi... bum, papapa bum, bumm Zazzau... Dum, bum, bumbumbum Prä, prä, prä... râ, äh-äh, aa... Haho! ... (Ludwig Kassak)

Surrealismo Neste Rosto de Mae West podendo ser utilizado como apartamento surrealista, Salvador Dalí apropria-se da técnica de colagem dos dadaístas, apresentando objetos deslocados de suas funções: os cabelos de atriz transformados em continas; os olhos, em quadros; o nariz, em aparador; os lábios, em poltrona.

Surrealismo Sonho provocado pelo vôo de uma abelha em torno de uma romã, um segundo antes do despertar, data de 1944. Salvador Dalí.

Surrealismo A persistência da memória, de Salvador Dalí.

Surrealismo Surrealismo na literatura: Imagens oníricas - extraídas do sonho, do imaginário; Metáforas surreais – realidade e sonho se conjugam;

Surrealismo Estudo nº 6 Tua cabeça é uma dália gigante que se desfolha nos meus braços. Nas tuas unhas se escondem algas vermelhas, E da árvore de tuas pestanas Nascem luzes atraídas pelas abelhas. (...) (Murilo Mendes)

Surrealismo Poema da amiga “Gosto de estar a teu lado, Sem brilho. Tua presença é uma carne de peixe, De resistência mansa e um branco Escoando azuis profundos. Eu tenho liberdade em ti. Anoiteço feito um bairro, Sem brilho algum. Estamos no interior duma asa Que fechou.” (Mário de Andrade)