1 Construção de uma pilha. APL 1 - Construção de uma pilha com determinada diferença de potencial elétrico.

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APL 1 - Construção de uma pilha com determinada diferença de potencial elétrico

1 Construção de uma pilha

1 Construção de uma pilha Uma pilha eletroquímica é um dispositivo capaz de produzir energia elétrica à custa de uma reação de oxidação-redução espontânea, reação em que há transferência total ou parcial de eletrões. O fundamento de uma pilha eletroquímica é separar as semiequações de oxidação e de redução, de modo que os eletrões circulem externamente através de um fio condutor.

1 Construção de uma pilha A pilha eletroquímica, ou célula galvânica, é constituída por: duas lâminas metálicas (elétrodos); duas soluções condutoras (soluções eletrolíticas) de determinada concentração; um fio condutor que une exteriormente os dois elétrodos; uma ponte salina, ou ponte eletrolítica, constituída por um pequeno tubo de vidro em «U» cheio de uma solução gelatinosa de agar-agar concentrada em cloreto de potássio (K+ Cℓ–) ou nitrato de potássio (K+ NO3–). A uma pilha eletroquímica deste tipo dá-se o nome de pilha de Daniell.

Zn (s) | Zn2+ (aq) || Cu2+(aq) | Cu (s) 1 Construção de uma pilha Numa pilha eletroquímica os eletrões deslocam-se do ânodo para o cátodo, onde se dá a reação de redução, originando a corrente elétrica. A função da ponte salina é manter a eletroneutralidade da solução. Um exemplo de uma pilha eletroquímica pode ser representado pelo seguinte diagrama: Zn (s) | Zn2+ (aq) || Cu2+(aq) | Cu (s) Ânodo Cátodo Os aniões da ponte salina deslocam-se no sentido da solução de sulfato de zinco e os catiões da ponte salina deslocam-se no sentido da solução de sulfato de cobre (II).

E°pilha = E° (cátodo) − E° (ânodo) 1 Construção de uma pilha A f.e.m. das pilhas que se vão construir nas condições padrão (E°pilha) calcula-se pela diferença entre o potencial padrão de redução (ou potencial normal de redução) da espécie que se reduz na reação direta e o potencial padrão de redução da espécie que se reduz na reação inversa. E°pilha = E° (cátodo) − E° (ânodo) A extensão de uma reação reflete as tendências, no início da reação, de um reagente para ceder eletrões e do outro para os receber. Se estas tendências forem grandes, a constante de equilíbrio, Kc, é elevada e será também elevada, no início do funcionamento, a f.e.m. da pilha baseada nessa reação.

1 Construção de uma pilha E °pilha= 𝟎,𝟎𝟓𝟗 𝒏 𝐥𝐨𝐠 𝑲 𝒄 Considerando as reações de duas pilhas em condições idênticas, à reação mais extensa (Kc mais elevado) corresponde uma f.e.m. mais elevada. A expressão que relaciona E°pilha com Kc é: E °pilha= 𝟎,𝟎𝟓𝟗 𝒏 𝐥𝐨𝐠 𝑲 𝒄 em que n é o número de eletrões envolvidos na equação de oxidação-redução. Pode ainda afirmar-se que: Kc > 1 ⇒ E0pilha > 0 Kc = 1 ⇒ E0pilha = 0 Kc < 1 ⇒ E0pilha < 0 (reação não espontânea)

1 Construção de uma pilha 𝑬 𝐩𝐢𝐥𝐡𝐚 = 𝑬 𝐩𝐢𝐥𝐡𝐚 ° − 𝟎,𝟎𝟓𝟗 𝒏 𝐥𝐨𝐠 𝑸 𝐜 A equação de Nernst relaciona a f.e.m. de uma pilha com a concentração dos iões presentes e a pressão dos gases, diferentes do estado padrão, e com os potenciais normais ou padrão dos elétrodos. 𝑬 𝐩𝐢𝐥𝐡𝐚 = 𝑬 𝐩𝐢𝐥𝐡𝐚 ° − 𝟎,𝟎𝟓𝟗 𝒏 𝐥𝐨𝐠 𝑸 𝐜 Nesta equação, válida para soluções muito diluídas: • n é o número de eletrões transferidos na equação de oxidação-redução em que se baseia a pilha; • Qc é o quociente da reação.

1 Construção de uma pilha 𝑬 𝒑𝐢𝐥𝐡𝐚 = 𝑬 𝐩𝐢𝐥𝐡𝐚 ° − 𝟎,𝟎𝟓𝟗 𝒏 𝐥𝐨𝐠 𝑸 𝐜 𝑬 𝒑𝐢𝐥𝐡𝐚 = 𝑬 𝐩𝐢𝐥𝐡𝐚 ° − 𝟎,𝟎𝟓𝟗 𝒏 𝐥𝐨𝐠 𝑸 𝐜 1ª parcela 2ª parcela Através desta equação deduz-se que a f.e.m. da pilha diminui à medida que a reação prossegue, pois à medida que a reação avança as concentrações dos produtos aumentam e as concentrações dos reagentes diminuem, aumentando Qc e, consequentemente, a segunda parcela. Quando se atinge o equilíbrio, Qc = Kc: a segunda parcela da equação 2 fica então igual à primeira e Epilha = 0.

1 Construção de uma pilha

1 Construção de uma pilha 6 Espátula 1 Copos de precipitação 5 Balão volumétrico Esguicho Funil Voltímetro Ponte salina 1 5 2 3 2 1 4 3 5 4 6 7 7

1 Construção de uma pilha

1 Construção de uma pilha

1 Construção de uma pilha ● Colocar, num copo de 150 mL, cerca de 100 mL de solução de sulfato de cobre II, 1 mol 1 mol dm-3, previamente preparada. ● Colocar, num copo de 150 mL, cerca de 100 mL de solução de sulfato de zinco, 1 mol dm-3, previamente preparada. ● Colocar a ponte salina em simultâneo nos dois copos e ligar os elétrodos de cobre e de zinco ao multímetro na posição de voltímetro.

1 Construção de uma pilha ● No copo com a solução de sulfato de cobre II, introduzir o elétrodo de cobre e no copo com a solução de sulfato de zinco, introduzir o elétrodo de zinco. ● Repetir este procedimento para as restantes soluções de sulfato de cobre II (de concentrações, respetivamente, 0,5 mol dm-3 e 1,5 mol dm-3) e de sulfato de zinco (de concentrações, respetivamente, 0,5 mol dm-3 e 2,0 mol dm-3) tendo o cuidado de lavar com água destilada e secar com papel os elétrodos entre cada ensaio.

1 Construção de uma pilha

1 Construção de uma pilha 1. Questões teórico-práticas. Para construir as pilhas eletroquímicas desta atividade utilizou-se uma placa de cobre, uma placa de zinco, uma ponte salina, um voltímetro, um interruptor, um fio condutor e seis soluções aquosas com as seguintes concentrações: [CuSO4] = 1,0 mol dm−3; [CuSO4] = 1,5 mol dm−3 [ZnSO4] = 0,5 mol dm−3; [ZnSO4] = 1,0 mol dm−3; [ZnSO4] = 2,0 mol dm−3 1. Indique o que deve fazer para preparar 100 mL de cada uma destas soluções, não se esquecendo de referir o material que é necessário utilizar.

1 Construção de uma pilha 2. 2.1 Questões teórico-práticas. Na tabela seguinte estão indicadas as concentrações de soluções eletrolíticas utilizadas nas pilhas eletroquímicas da atividade. Pilha [Cu2+]/ mol dm-3 [Zn2+]/ mol dm-3 A 1,0 B 0,5 C D 1,5 2,0 2.1 Represente esquematicamente a pilha galvânica A e faça a respetiva legenda.

1 Construção de uma pilha 2.2. 2.2.1 2.2.2 2.2.3 Questões teórico-práticas. Pilha [Cu2+]/ mol dm-3 [Zn2+]/ mol dm-3 A 1,0 B 0,5 C 1,5 2,0 2.2. Em relação à pilha B: 2.2.1 faça o diagrama da pilha; 2.2.2 identifique o cátodo, o ânodo e o sentido em que fluem os eletrões; 2.2.3 descreva o papel da ponte salina e indique o sentido em que se deslocam os catiões e os aniões da solução presente na ponte salina;

1 Construção de uma pilha 2.2.4 2.2.5 2.2.6 Questões teórico-práticas. [Cu2+]/ mol dm-3 [Zn2+]/ mol dm-3 A 1,0 B 0,5 C 1,5 2,0 2.2.4 indique, justificando, se a oxidação ocorre nos elétrodos de cobre ou de zinco; 2.2.5 escreva as semiequações de oxidação e de redução que ocorrem nos elétrodos; 2.2.6 identifique, justificando, o metal de maior poder redutor.

1 Construção de uma pilha 2.3. 2.3. Questões teórico-práticas. Pilha [Cu2+]/ mol dm-3 [Zn2+]/ mol dm-3 A 1,0 B 0,5 C 1,5 2,0 2.3. Considere a pilha C. Suponha que o valor lido no voltímetro desta pilha é 80% do valor que obteria através da equação de Nernst. Determine a f.e.m. desta pilha. 2.3. Faça uma análise crítica à seleção dos valores de concentração das soluções usadas pela turma para construir as pilhas eletroquímicas.

1 Construção de uma pilha 1. Questões teórico-práticas. (Resolução) Material: balança analítica, espátula, copo de precipitação, vareta de vidro, funil, balão volumétrico de 100 mL; esguicho de água desionizada, pipeta e pompete. Pesa-se a massa de substância num copo de precipitação, adiciona-se um pouco de água desionizada e agita-se com a vareta até dissolver. De seguida, transvasa-se para o balão volumétrico com o auxílio da vareta e do funil. Adiciona-se água desionizada até um pouco antes do traço de referência do balão e agita-se. Completa-se o volume até ao traço de referência. Massa a pesar: [CuSO4] = 0,5 mol dm−3: 12,48 g de CuSO4.5 H2O [CuSO4] = 1,0 mol dm−3: 24,97 g de CuSO4.5 H2O [CuSO4] = 1,5 mol dm−3: 37,46 g de CuSO4.5 H2O [ZnSO4] = 0,5 mol dm−3: 8,07 g de ZnSO4 [ZnSO4] = 1,0 mol dm−3: 16,14 g de ZnSO4 [ZnSO4] = 2,0 mol dm−3: 32,29 g de ZnSO4

1 Construção de uma pilha 2.1 2.2.1 2.2.2 2.2.3 Questões teórico-práticas. (Resolução) 2.1 [ Zn2+ (aq) ] = 1,0 mol dm–3 [ Cu2+ (aq) ] = 1,0 mol dm–3 2.2.1 Zn (s) | Zn2+ (aq) || Cu2+ (aq) | Cu (s) 2.2.2 Cátodo: cobre; ânodo: zinco. Os eletrões fluem do ânodo para o cátodo. 2.2.3 A ponte salina fecha o circuito e mantém a neutralidade das soluções.

1 Construção de uma pilha 2.2.4 2.2.5 2.2.6 2.3. 2.4. Questões teórico-práticas. (Resolução) 2.2.4 oxidação ocorre no elétrodo de zinco, pois este é o ânodo. 2.2.5 Semiequação de oxidação: Zn (s) → Zn2+ (aq) + 2 e− Semiequação de redução: Cu2+ (aq) + 2 e− → Cu (s) 2.2.6 O zinco, porque sofre oxidação. 2.3. 0,88 V 2.4. O uso destas concentrações conduz ao gasto excessivo de reagentes. O recurso a soluções de concentração dez vezes mais diluídas traduzir-se-ia na poupança de 90% dos reagentes gastos.