IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades

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Transcrição da apresentação:

IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 ESTUDO DA UTILIZAÇÃO DA ELETROFLOCULAÇÃO PARA TRATAMENTO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS. Diéury de Lima Carvalho Marco Antonio Cardoso de Souza Denise Aparecida Zempulski .

IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Resumo Nas ultimas décadas, o desenvolvimento de atividades industriais tem provocado inúmeros impactos aos recursos naturais. O presente artigo tem como objetivo apresentar uma alternativa para tratamento de efluente, utilizando a técnica de eletrofloculação, com enfoque ao efluente industrial de indústria produtora de papel e celulose

IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Introdução As fontes de água são constantemente poluídas pelo homem, sendo que são descarregas grande quantidade de efluentes industriais, resíduos líquidos e lixo sem nenhum tratamento prévio em rios, canais e outros corpos de água. Desta forma, busca-se uma técnica de custo baixo e de fácil aplicação para o tratamento de efluentes industriais geralmente para a redução da DQO (Demanda Química de Oxigênio

Objetivos Analisar a eficiência da técnica de eletrofloculação IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Objetivos Analisar a eficiência da técnica de eletrofloculação Descrever como ocorre o processo de eletrofloculação para tratamento de efluentes industriais. Avaliar os paremos de cor, pH, condutividade e DQO

IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Metodologia A metodologia aplicada no presente artigo consiste em analisar a utilização da técnica de eletrofloculação para o tratamento de efluentes industriais e a através de testes laboratoriais analisar a redução dos principais parâmetros necessários para o despejo adequado do mesmo levando em consideração pesquisas bibliográficas afim de ponderar os fatores necessários para a realização da mesma.

IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Floculação Consistem em aglomerar as partículas utilizando as forças de Van Der Waals , dando origem a flocos de granulometria maiores em comparação as partículas isoladas. Dois fatores de suma importância estão ligados com o grau de floculação de uma suspensão, são eles: A probabilidade de haver choque entre as várias partículas que vão formar o floco e a possibilidade de que após a colisão, não haja a separação dos aglomerados.

IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Eletrofloculação O tratamento eletroquímico tem-se mostrado um processo que oferece uma alta eficiência para remoção de matéria suspensa em efluentes . Na tecnologia da eletrofloculação não ocorre a adição de floculantes, o que evita a formação de lodo residual. O processo consiste na geração de bolhas de gás (geralmente 𝑂 2 ou 𝐻 2 ), substituindo os aditivos floculantes.

Eletrofloculação Basicamente é dividido em quatro etapas básicas: IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Eletrofloculação Basicamente é dividido em quatro etapas básicas: 1º geração de pequenas bolhas de gás; 2º contato entre as bolhas e as partículas em suspensão; 3º adsorção das pequenas bolhas de gás na superfície das partículas; 4º elevação do conjunto partículas/bolhas. No processo os coagulantes são adicionados à suspensão por meio da dissolução do anodo, que provoca a associação das partículas posteriormente removidas por filtração ou sedimentação.

IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Efluente O efluente utilizado para o experimento foi coletado de uma indústria produtora de papel e celulose, no estado do Paraná. Após, a amostra foi caracterizada em relação aos parâmetros, cor aparente, Demanda Química de Oxigênio (DQO), pH e condutividade

Materiais e Métodos 2 tubos cilíndricos; Efluente industrial; IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Materiais e Métodos 2 tubos cilíndricos; Efluente industrial; Água destilada; Sal (cloreto de sódio); Solução catalítica; Solução digestora; Bloco digestor; Tubos de ensaio de vidro; Cubeta de vidro; 1 espátula; Garras do tipo “jacaré”; 2 fios de cobre de cerca de 20 cm cada um; Filtro de papel; Funil; 2 béqueres de 1000 mL ou 500mL; 1 condutivímetro; 1 calorímetro; 1 pHmetro; 1 espectrômetro; 1 transformador de energia;

Procedimento Experimental IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Procedimento Experimental 300 ml de efluente 15 g de sal Voltagem utilizada: 15 Voltz Figura 1 - Armação para procedimento experimental Fonte: Elaborado pelos Autores

Procedimento Experimental IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Procedimento Experimental Após alguns minutos Figura 2 - Inicio do tratamento de efluente utilizando eletrofloculação Após alguns minutos, notou-se visualmente, uma diferença de cor e uma leve camada sendo formada na superfície. Ao prosseguir pode-se visualizar uma camada espeça na superfície e um tom de cor esverdeada no centro do Becker como é mostrado na figura 3. Fonte: Elaborado pelos Autores.

Procedimento Experimental IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Procedimento Experimental Ao prosseguir pode-se visualizar uma camada espeça na superfície e um tom de cor esverdeada no centro do Becker como é mostrado.

Procedimento Experimental IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Procedimento Experimental Figura 3 - Pratica de eletrofloculação Fonte: Elaborado pelos Autores.

Procedimento Experimental IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Procedimento Experimental A cada 10 (dez) minutos de experimento foram retirado amostras, para realizar a determinação da cor aparente, condutividade, pH e DQO. Após o termino do experimento a amostra foi homogeneizada e filtrada em papel filtro como mostrado a seguir.

Procedimento Experimental IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Procedimento Experimental Figura 4 - Filtragem simples do efluente tratado. Figura 5 – Comparação visual de efluente tratado e não tratado. Fonte: Elaborado pelos Autores. Fonte: Elaborado pelos Autores.

Resultados e Discussões IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Resultados e Discussões Tabela 1- Resultados da caracterização do efluente bruto. Fonte: Elaborado pelos Autores. Tabela 2- Resultado da caracterização do efluente. Fonte: Elaborado pelos Autores.

Resultados e Discussões IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Resultados e Discussões Tabela 3- Resultado do experimento para comprovação de resultado. Fonte: Elaborado pelos Autores. Tabela 4- Resultado do experimento para comprovação de resultado. Fonte: Elaborado pelos Autores.

Resultados e Discussões IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Resultados e Discussões Figura 8 - Comparação entre os parâmetros (variáveis) X tempo Observa-se que nos primeiros dez (10) minutos de experimento, houve uma redução brusca de cor e DQO, o pH tendeu a aumentar e a condutividade diminui. Após vinte minutos de reação a cor ainda continua a diminuir, a DQO começa a estabilizar, o pH continua a aumentar e para a condutividade, temos uma variação, onde começa a ocorrer uma oscilação. Após trinta minutos de reação começa a ocorrer uma estabilidade em todos os resultados, de maneira que o mesmo pode se dar por terminado, por motivo de estabilidade da reação, desta forma não tendo efeito significativo das variáveis. Fonte: Elaborado pelos Autores.

Resultados e Discussões IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Resultados e Discussões As variáveis pH e condutividade não sofreram efeito. Entretanto o parâmetro cor e DQO obteve um menor valor comparado ao experimento anterior Tabela 3- Resultado do experimento para comprovação de resultado. Fonte: Elaborado pelos Autores.

IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Conclusão Realizando uma comparação com dados experimentais e literatura observa-se que os resultados apresentam resultados satisfatórios em eficiência de remoção dos particulados. Desta forma apresentam-se como um tratamento de efluente de alta qualidade, baixo custo de montagem e operação, tempo de reação baixo. A eficiência da reação esta relacionada com a quantidade de sal utilizada, principalmente em relação ao parâmetro cor.

IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Conclusão Para a DQO do efluente, pode-se concluir que ocorre uma elevada redução, onde o efluente final teve aproximadamente 70% de redução e um índice de cor extremamente reduzido com isso buscando o objetivo do experimento. Em poucos minutos de reação, pode-se notar visualmente que ocorre uma flotação de particulado, onde através de uma simples filtração os mesmos podem ser removidos do efluente, após filtrado o fluido pode ser tratado mais facilmente, desta forma um menor custo.

Referências IV Simpósio Nacional de Gerenciamento de Cidades Araçatuba/SP, 2016 Referências BORBA, FERNANDO HENRIQUE et al. Avaliação da eficiência da técnica de eletro-floculação no tratamento de efluentes de indústrias de subprodutos avícolas. Estudos Tecnológicos - Vol. 6, n° 1:36-47, janeiro a abril de 2010.   DALLAGO, R. M. et al. Eletrofloculação aplicada ao tratamento de Efluente de Laticínio. PERSPECTIVA, Erechim. v.36, n.135, p.101-111, setembro de 2012. FLECK, LEANDRO et al. Utilização da técnica de eletrofloculação para o tratamento de efluentes têxteis: uma revisão. Revista EIXO, Brasília - DF, v.2 n.2, Julho – Dezembro de 2013. MACHADO, FELIPE GOMES et al. Eletrofloculação aplicada ao tratamento de água de produção. XI Encontro da SBQ-Rio de Janeiro Universidade Federal Fluminense, 29 a 31 de outubro de 2007. SANT’ ANNA, JUNIOR e LIPPEL, GERALDO. Tratamento biológico de efluentes: fundamentos e aplicações – Rio de Janeiro: Interciência, 2010.