IDADE MÉDIA O REINO DA RELIGIÃO

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Transcrição da apresentação:

IDADE MÉDIA O REINO DA RELIGIÃO A Idade Média compreende o milênio entre os séculos V e XV, aproximadamente desde a queda de Roma até o Renascimento. Durante a Idade Média a arte se manteve ligada à religião. Preocupava-se em transmitir valores religiosos através da técnica dos afrescos nas grandes decorações murais. As obras expressavam esse sentimento místico dos artistas.

Em 800 os bárbaros destruíram o que levara três mil anos para ser construído. No período compreendido entre os séculos IV e XV, o homem em comunhão com a sua cultura, participou de guerras “santas” e “bárbaras” e institucionalizou o assassinato em nome de Deus, criado a Santa Inquisição. Através dela, ele promoveu a “caça às bruxas”, perseguiu pessoas simples, de pouca fé, ou nobres que tentavam, pela ciência, provar que a Terra não era o centro do Universo. PONTOS DE LUZ - na arte e na arquitetura – desde o esplendor da corte bizantina, em Constantinopla, até a imponência das catedrais góticas.

As conquistas, as invasões e as derrotas mudaram a geografia, a cultura e a arte. A partir de 313, o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano. Com isso, a ARTE se tornou a expressão da devoção à religião e da devoção ao Império e, com o apoio do Estado, muitas igrejas foram construídas. aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Em sua decoração, não usavam mais as esculturas por as considerarem pagãs. Em seu lugar, surgiram os afrescos, as miniaturas, as iluminuras e os mosaicos, ricamente trabalhados com cenas de anjos, santos e imperadores

TRÊS FATORES IMPORTANTES: Liderança cultural se deslocou do norte do Mediterrâneo para França, Alemanha e Ilhas Britânicas; O Cristianismo triunfou sobre o paganismo e o barbarismo; A ênfase se deslocou do aqui e agora para o além.

CARACTERÍSTICAS O Foco cristão se dirigia para a salvação e a vida eterna, desaparecendo o interesse pela representação realista do mundo. Os nus foram proibidos. Os ideais greco-romanos de proporções harmoniosas e equilíbrio entre corpo e mente desapareceram. A arte se tornou serva da Igreja. Os teólogos acreditavam que os cristãos aprenderiam a apreciar a beleza divina através da beleza material, e o resultado foi uma profusão de mosaicos, pinturas e esculturas.

TRÊS FORAM OS PRINCIPAIS ESTILOS DA ÉPOCA: ARTE BIZANTINA ARTE ROMÂNICA ARTE GÓTICA

ARTE BIZANTINA   O bizantino refere-se ao período de 330 d.C. (Constantino transferiu o trono do Império Romano para Bizâncio) até a queda da cidade nas mãos dos turcos, em 1453. Enquanto Roma era devastada pelos bárbaros e declinava, Bizâncio se tornou o centro de uma brilhante civilização (combinava a arte primordial cristã com a predileção grega oriental pela riqueza das cores e da decoração). Uma de suas maiores formas de arte foi o MOSAICO (séc. V e VI). Também os ícones tiveram importância neste período.

MOSAICOS O mosaico consiste na colocação, lado a lado, de pequenos pedaços de pedras de cores diferentes sobre uma superfície de gesso ou argamassa, de acordo com um desenho previamente escolhido. A seguir, a superfície recebia uma solução de cal, areia e óleo que preenchia os espaços vazios, fixando melhor os pedacinhos de pedra. Principal tema: RELIGIÃO. As figuras humanas são chapadas, rígidas, simetricamente colocadas. As figuras eram altas, esguias, as faces amendoadas, olhos enormes com expressão solene. Os artesãos não tinham o menor interesse em demonstrar perspectiva ou volume. Os prédios de Igrejas eram enormes e espaçosos, decorados com ouro, pinturas e mosaicos.

Justiniano e seu séquito c.547d.C. San Vitale, Ravena. Justiniano e sua corte - Mosaico do século VI dC - Igreja de San Vitale - Ravena - Itália

Mosaico em Ravena, Itália. Theodora e seu séquito. c.547 d.C. San Vitale, Ravena, Itália.

ÍCONES Eram pequenos painéis de madeira com imagens pintadas, supostamente com poderes sobrenaturais. As imagens de santos e seres sagrados são rígidas, em pose frontal, geralmente com olhar fixo.

Ícone - Madona e Filho, de Berlinghiero, inicio do sec XII. Ícone (Greece, c. 1150-1200) Ícone - Madona e Filho, de Berlinghiero, inicio do sec XII.

Batismo (Constantinople, c.1050-1100) Pintura

ARTE ROMÂNICA Com a instituição da fé católica romana, uma onda de construção de igrejas varreu a Europa feudal de 1050 a 1200. Os construtores tomaram emprestado elementos da arquitetura romana, como colunas e arcos redondos, surgindo assim o termo “românica” para definir a arte e a arquitetura desse período. As características mais significativas da arquitetura românica são a utilização da abóbada, dos pilares maciços que a sustentam e das paredes espessas com aberturas estreitas usadas como janelas. Assim, as igrejas românicas são grandes e sólidas. Foram até chamadas de “Fortalezas de Deus.” Como a maioria dos fiéis era analfabeta, as esculturas ensinavam a doutrina religiosa, contando histórias gravadas na pedra.

Capitéis encontrados na Abadia de Saint-Pierre de Moissac. Portal Sul, Abadia de Saint-Pierre de Moissac. Início do séc. XII. Pedra. Capitéis encontrados na Abadia de Saint-Pierre de Moissac.

Claustro, Saint Durand, abade de Moissac. Relicário de St. Foy - outro e pedras preciosas

Arcos cilíndricos na nave de St Sernin

PINTURA ROMÂNICA A arquitetura românica, com suas grandes abóbadas e espessas paredes laterais de poucas aberturas, criou amplas superfícies que favoreceram a pintura mural. Assim, a pintura românica desenvolveu-se sobretudo nas grandes decorações murais, por meio da técnica do afresco. Os afrescos tinham como modelo as ilustrações dos livros religiosos. A pintura afresco designa uma técnica de pintura sobre paredes úmidas. Sobre a superfície da parede é aplicada uma camada de cal que, por sua vez, é coberta com uma camada de gesso fina e bem lisa. Sobre essa última camada, o pintor executa sua obra: primeiro o desenho com carvão; depois a aplicação das cores.

AFRESCOS Giotto Giotto

Giotto, Entrada de Cristo em Jerusalém, 1305-06

Noli me tangere - Giotto Frontal da San Quirico e Santa Julita, Museu da Arte da Catalunha, Barcelona, Espanha

MANUSCRITOS DA ARTE ROMÂNICA Com grupos de saqueadores devastando as cidades do antigo Império Romano, os monastérios eram tudo o que restava entre a Europa Ocidental e o caos generalizado. Monges e freiras copiavam manuscritos, mantendo vivas a arte da ilustração. Os manuscritos eram considerados objetos sagrados que continham a palavra de Deus. Eram profundamente decorados. Tinham capas de ouro cravejadas com pedras preciosas e semipreciosas. Até o desenvolvimento da tipografia, no século XV, esses manuscritos eram a única forma existente de livros.

ILUMINURAS Trabalho decorativa dos manuscritos Iluminura, São Paulo, c.1185. Iluminura. São João Evangelista, do Evangelho do Abade Wedricus. 1147.

Painéis de S. Vicente de Fora

Uma nova sensibilidade artística O gótico

Contexto histórico Baixa Idade Média Explosão demográfica Desenvolvimento econômico Renascimento urbano Mentalidade burguesa

ARTE GÓTICA As catedrais góticas representam o auge do desenvolvimento artístico da Idade Média. Elas foram erguidas principalmente no período entre 1200 e 1500. O que tornou possível a catedral gótica atingir alturas sem precedentes no mundo da arquitetura foi o uso da engenharia: abóbada com traves e suportes externos chamados arcobotantes, ou contrafortes. O seu uso correto, permitiu trocar as paredes grossas com janelas estreitas por paredes estreitas com janelas enormes com vitrais inundando de luz o interior. As catedrais góticas são bastante iluminadas. A claridade entra pelas janelas do andar mais alto, pelas janelas das paredes das naves laterais e pelos grandes vitrais que ficam atrás do altar principal. A altura e a luz predominavam. As Igrejas apresentavam leveza e claridade, sendo extremamente decoradas com esculturas e com elevação altíssima.

A arquitetura gótica

Características da arquitetura gótica         Planta em cruz latina Exemplo, planta da Catedral de Reims:  Nave central  Naves laterais  Cruzeiro  Transepto  Capela-mor  Deambulatório  Capelas radiantes  Portal

Características da arquitetura gótica Arco quebrado ou em ogiva Exemplo, Catedral de Estrasburgo

Características da arquitetura gótica Arcos Exemplo, Catedral de Saint-Étienne, Toulouse

Características da arquitetura gótica Torres monumentais, por vezes com pináculos Exemplo, Catedral de Notre- Dame, Chartres.

Características da arquitetura gótica Exemplo, Catedral de Colônia, Alemanha.

VITRAIS DA ARTE GÓTICA A PINTURA Os vitrais são elementos importantes na arquitetura gótica: ao deixarem passar a luz do Sol, criavam um ambiente sereno e multicolorido. Era feitos de vidro e molduras metálicas. A PINTURA A pintura gótica desenvolveu-se nos séculos XII e XIV e início do século XV, quando começou a ganhar novas características que anunciavam o Renascimento. A principal delas foi o REALISMO: os artistas procuravam pintar as figuras da forma mais fiel possível ao que viam.

Características da arquitetura gótica Vitrais Exemplo, Sainte Chapelle, Paris.

Vitrais Sainte Chapelle, Paris

Vitrais Sainte Chapelle, Paris

Vitrais Catedral de Notre-Dame, Paris

A escultura gótica

Temas da escultura gótica Cristo em majestade Visão positiva do Juízo final Virgem Nascimento de Cristo Episódios da vida de santos. Ex: Cristo, Sainte Chapelle, Paris

Escultura decorativa Cumplicidade com a arquitetura Exemplo, estátuas- coluna na Catedral de Chartres

Escultura decorativa Cumplicidade com a arquitetura: baixos relevos Ex: Tímpano do Juízo Final, Catedral de Amiens

Escultura de vulto redondo Progressiva aproximação do real Ex: Virgem, Sainte Chapelle, Paris. Proporcionalidade Gestos humanizados Naturalismo

Escultura de vulto redondo Progressiva aproximação do real Sentimentos: doçura, Alegria, graciosidade Gestos de amor e carinho

Túmulo de D. Inês, Alcobaça

Pintura

Iluminura Anônimo, capital E, duelo a cavalo,1290

COMO DIFERENCIAR AS IGREJAS ROMÂNICAS DAS GÓTICAS? As igrejas românicas têm arcos redondos e escultura estilizada. As catedrais góticas têm arcos pontudos e escultura mais natural.

OUTRAS DIFERENÇAS: IGREJA ROMÂNICA IGREJA GÓTICA Ênfase Horizontal Vertical Elevação Altura modesta Altíssima Ambiente Escuro, solene Leve, claro Exterior Simples, severo Ricamente decorado com esculturas

MÚSICA Na sociedade medieval, a música também era um caminho pára Deus, e nada era mais divino que as vozes entoando um cântico religioso. Basicamente foi assim que a música se desenvolveu: dentro das igrejas e dos mosteiros. Ela era vocal, com melodias simples, cantadas a uma só voz (canto monódico) ou em conjunto (uníssono), em elevação a Deus. Havia poucos instrumentos que acompanhavam a música medieval. Há via predomínio da música sacra e erudita; contudo, existia a nação religiosa, chamada de profana. Ela era executada nos feudos, nas praças e nos burgos, se autorização da Igreja. Os artistas da música profana denominavam-se menestréis, trovadores e saltimbancos. Alguns acontecimentos sociais e religiosos foram marcantes e transformaram a história da música medieval: a) PAPA GREGÓRIO MAGNO simplificou a liturgia, possibilitando que todos a cantassem em conjunto = canto gregoriano. É como uma reza cantada em que se prolongam sílabas ou sons das palavras que vão se articulando como uma linha. b) outro fato importante foi a criação das notas musicais= monge GUIDO D’AREZZO. c) os principais instrumentos: harpa, viela, rabeca, alaúde, carrilhão, flautas, saltério, etc…