Microbiologia Teórica 32

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
INSPEÇÃO EM LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS
Advertisements

Interações Antígeno-Anticorpo
ISOLAMENTO DO PACIENTE
COLETA, TRANSPORTE E PROCESSAMENTO
TESTE DE SUSCEPTIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS (TSA) OU ANTIBIOGRAMA
Biotecnologia Prof.
VIROLOGIA.
BIOTECNOLOGIA Professora: IVAnéa.
UPCII Microbiologia Teórica 2-3
UPCII M Microbiologia Teórica 15
UBAIII Biologia Molecular
Robert Koch.
Agentes infecciosos e as respectivas técnicas de análise molecular qualitativa e quantitativa A aplicação dos métodos de biologia molecular p/ a identificação.
USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS
VACINAS.
VACINAS.
Acidentes com materiais biológicos
A Higiene e Segurança no Trabalho
A hepatite E resulta da infecção pelo vírus (VHE), é transmitida de pessoa a pessoa, através da água e de alimentos contaminados com matéria fecal .EM.
SAÚDE E SOCORRISMO HEPATITE D
O que é a Hepatite A ? Hepatite A é uma doença do fígado altamente contagiosa e algumas vezes fatal. É causada por um vírus, o HAV. Geralmente esta.
Vírus Márcia Regina Garcia.
PROMOÇÃO A SAÚDE PROTEÇÃO ESPECIFICA
M I C R O G A N S.
Papel do Laboratório de Microbiologia no Diagnóstico Laboratorial:
EXAME DE URINA (ELEMENTOS ANORMAIS)
Um problema de saúde pública que você pode evitar.
Monitoria de Microbiologia
Método Analítico para controle de qualidade microbiológico de produtos estéreis – TESTE DE ESTERILIDADE Conceitos Método de inoculação direto Método de.
Imunoterapia e Imunoprofilaxia
Genómica Licenciatura em Ciências Biomédicas Departamento de Ciências da Saúde, UCP Fevereiro 2013.
Genómica Licenciatura em Ciências Biomédicas
Genómica Licenciatura em Ciências Biomédicas
Genómica Licenciatura em Ciências Biomédicas Departamento de Ciências da Saúde, UCP Fevereiro 2013.
Licenciatura em Ciências Biomédicas
UPCII M Microbiologia Teórica 18
UPCII M Microbiologia Teórica 25
UPCII M Microbiologia Teórica 6
Aplicação no diagnóstico e terapêutica de doenças
Biotecnologia Clube de Ciência e Arte
TIPOS DE MÉTODOS RÁPIDOS
SEGURANÇA EM LABORATÓRIO
Avaliação das aulas TP Microbiologia Questões -TC 1.Quais são os vários biofilmes orais descritos na introdução? Biofilme das zonas interdentárias.
Aula 03 Imunologia.
Métodos de Dosagens de Anticorpos
Orgulho de ser uma Instituição Pública Modelo de Excelência
SIMULADO PARA A PROVA PRÁTICA
VÍRUS Os mais simples microrganismos ou as mais complexas entidades moleculares ?? Prof. Ivan Guimarães
UPCII M Microbiologia Teórica 33 2º Ano 2013/2014.
UPCII M Microbiologia Teórica 34
Graziele Fonseca de Sousa
Sistema Linfático Conjunto de vasos cuja principal função é coletar a linfa, um líquido presente entre as células dos tecidos, e levá-la de volta à circulação.
UPCII M Microbiologia Teórica 6
Níveis de biossegurança
Apoio ao diagnóstico Prof. Enfº Roger Torres.
Gripe influenza tipo A (H1N1)
ATUAÇÃO DO BIÓLOGO ANÁLISES CLÍNICAS
Ciclo lisogênico e ciclo lítico
Introdução à Agroindústria
Testes de sensibilidade aos antimicrobianos
IMPORTÂNCIA DOS TESTES SOROLÓGICOS NA PATOLOGIA CLÍNICA
23/10/20081 Higiene Industrial Por: Bruno Cotta Danilo Sobral Filipe Campos José Francisco da Silva FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA.
Diagnóstico, amostra e transporte
UPCII M Microbiologia Teórica 5-6 2º Ano 2015/2016.
Caraterísticas Biológicas
Microbiologia Aula prática /2016 MJC.
HIGIENE e MANIPULAÇÃO DE MATERIAIS ESTÉRIEIS
Testes de sensibilidade aos antimicrobianos
Tópico 9: Normas básicas de segurança no laboratório de química
Transcrição da apresentação:

Microbiologia Teórica 32 2º Ano 2011/2012

Sumário Capítulo XXX. A microbiologia como pilar das ciências biomédicas Expectativas dos alunos. Análise de resposta à pergunta para que serve a microbiologia em Ciências Biomédicas? Exemplos das análises clínicas Exemplos da Indústria Farmacêutica Controlo de Qualidade Produção de medicamentos por microrganismos Exemplos da Indústria Agroalimentar Investigação em Ciências Biomédicas Microbiologia e diagnóstico Microbiologia e desenvolvimento de novas formas de terapêutica Microbiologia e conhecimento de novas vias etiológicas e terapêuticas T32-34 MJC 3-01-2012

Microbiologia e análises clínicas Microbiologia e Parasitologia Médicas São função exclusiva dos biomédicos nalguns países com UK. O Cientista Biomédico tem de ser capaz de: Fazer diagnóstico microbiológico de amostras médicas. Por cultura Por coloração Por testes bioquímicos Por testes moleculares Fazer o diagnóstico da imunidade serológica Análise de anticorpos ou antigénios presentes no soro dos pacientes T32-34 MJC 3-01-2012

Microbiologia e Indústria Agroalimentar Controlo de qualidade microbiológicas: Matérias primas Processos Produtos finais Monitorização de fermentadores ou bioreactores onde existe a produção de alimentos ou aditivos por bactérias: Produção de proteínas recombinantes ou nativas Isolamento e purificação desses produtos T32-34 MJC 3-01-2012

Microbiologia Investigação em Ciências Biomédicas Microbiologia e diagnóstico Desenvolvimento e aprefeiçoamento de novas formas de diagnóstico Microbiologia e desenvolvimento de novas formas de terapêutica Utilização dos microrganismos em novas formas de terapêutica ou produção de conhecimento que leve ao desenvolvimento de novas formas terapêuticas Microbiologia e conhecimento de novas vias etiológicas Associação de agentes microbianos a patologias e/ou caracterização de novoas agentes etiológicos de patologias infecciosas. T32-34 MJC 3-01-2012

Microbiologia Investigação em Ciências Biomédicas Técnicas que é necessário o cientista biomédico dominar: Cultura de células microbianas Observação ao microscópio de lâminas preparadas e preparação de lâminas para observação ao microscópio. Identificação de microrganismos pelas várias técnicas Bioquímicas Moleculares T32-34 MJC 3-01-2012

Bibliografia T32-34 MJC 3-01-2012

Microbiologia Teórica 33 2º Ano 2011/2012

Sumário Capítulo XXX. Em que passos deverá intervir o Biomédico? Exemplos das análises clinicas Análise de um artigo que faz o teste de um método de diagnóstico microbiológico da doença periodontal A pergunta Os métodos utilizados Os resultados As conclusões. Em que passos deverá intervir o Biomédico? T32-34 MJC 3-01-2012

Diagnóstico Microbiológico da Doença Periodontal É possível? É útil? Está disponível? Que métodos de investigação? Que testes? T32-34 MJC 3-01-2012

Artigo ”Comparison between polymerase chain reaction-based and checkerboard DNA hybridization techniques for microbial assessment of subgingival plaque samples.”

Que técnicas existem para detectar/quantificar MO periodontopatogénicos? Cultura Teste BANA Benzoyl-DL-arginine-naphthylamide (BANA) test (Porphyromonas gingivalis, Treponema denticola, e Bacteroides forsythus) Observação directa T32-34 MJC 3-01-2012

Que técnicas existem para detectar/quantificar MO periodontopatogénicos? Métodos moleculares PCR RT-PCR DNA-DNA hibridization T32-34 MJC 3-01-2012

Qual o objectivo da investigação presente? Compara os resultados obtidos por dois métodos moleculares. PCR e aplicação dos testes Micro-Ident Hibridação DNA-DNA (sem PCR) Para as mesmas amostras de pacientes saudáveis e de pacientes com periodontite. T32-34 MJC 3-01-2012

Caracterização da população estudada. Todos com mais de 20 anos Saudáveis sem ser a periodontite Sem tratamento periodontal ou antibiótico sistémicos há pelo menos 3 meses 25 pessoas Grupo com patologia periodontal Pelo menos 24 dentes Sem locais com PD acima de 4 mm Grupo saudáveis Com pelo menos 20 dentes Mais de 5% de dentes com PD acima de 4mm T32-34 MJC 3-01-2012

Como foi feita a avaliação microbiológica? Tiradas amostras de 6 locais nos doentes com periodontite: 2 em bolsas com menos de 4mm 2 em bolsas com 4-6 mm 2 em bolsas com mais de 6 mm Paper points for the Micro ID test Cureta para DNA-DNA Nas amostras para o Microident (Fotos slide 2): Extração de DNA  PCR  hibridização com membrana com 13 sondas específicas. Verificação do sinal e classificação por comparação com escala em 0,5 ate 3 de abundância Nas amostras de DNA-DNA hibridization (Fotos slide 6) Extração de DNA  hibridização com os chips de DNA T32-34 MJC 3-01-2012

Teste MicroIDent Este é o resultado que o médico dentista recebe como relatório não o resultado laboratórial. No laboratório o resultado é lido por hibridização com uma membrana de nitrocelulose. T32-34 MJC 3-01-2012

DNA-DNA Checker Board T32-34 MJC 3-01-2012

Quais os resultados da investigação? T32-34 MJC 3-01-2012

Quais os resultados da investigação? Ambos os métodos têm “perfis” diferentes para indivíduos com doença periodontal e sem. Num há 11 espécies com diferenças significativas estatisticamente entre saúde e doença. Noutro há 10 espécies estatisticamente diferentes entre saúde e doença. T32-34 MJC 3-01-2012

Quais os resultados da investigação? T32-34 MJC 3-01-2012

Quais os resultados da investigação? Há alguma concordância na especificidade e na sensibilidade dos testes T32-34 MJC 3-01-2012

Quais os resultados da investigação? T32-34 MJC 3-01-2012

Quais os resultados da investigação? Para a maioria das espécies é indiferente usar um ou outro teste que os resultados estatisticamente não diferem mesmo quando se consideram as quantificações. T32-34 MJC 3-01-2012

Conclusões gerais Para algumas das espécies os resultados são muito semelhantes. Para outras há maiores diferenças O facto de para os agentes mais associados à periodontite os resultados serem muito semelhantes leva a supor que os dois tipos de teste podem ser usados alternativamente. T32-34 MJC 3-01-2012

Microbiologia Teórica 34 2º Ano 2011/2012

Sumário Exemplos das análises clinicas. Capítulo XXX. Exemplos das análises clinicas. Procedimentos normais num consultório de Análises clínicas Análise de uma amostra de urina Análise preliminar Cultivo Antibiograma Análise serológica de marcadores da hepatite Testes serológicos T32-34 MJC 3-01-2012

Num laboratório de análises clínicas... Cultivo de bactérias e fungos em placas Exame directo de amostas de esfregações, urina ou fezes. Preparação, fixação, coloração e exame de lâminas de sputum, esfregações, fezes, fluído encefalo raquidiano e organismos de cultura. As colorações incluem coloração de gram mas também outras colorações específicas para algumas amostras. Inoculação e leitura de testes bioquímicos para identificação de Microrganismos Determinação de sensibilidade a antibióticos por antibiogramas. Testes serológios para fetecção de antigénios ou anticorpos. T32-34 MJC 3-01-2012

Análise microbiológica de uma amostra de urina Análise preliminar: Tiras de detecção de: Leucócitos Proteínas Glicémia Permitem a despistagem rápida de infecção urinária. http://www.roche.pt/portugal/index.cfm/produtos/equipamentos-de-diagnostico/products/near-patient-testing/combur/ T32-34 MJC 3-01-2012

Análise microbiológica de uma amostra de urina Análise cultural: Análise de crescimento, quantificação. Esta é feita pois a inoculação é feita usando um volume determinado de urina 0.01 ou 0.001ml. A cultura é feita em agar de sangue, MacConkey ou Colistin-nalidixic ácid Agar (CNA). Antibiograma Em meio Mueller-Hinton é feita a cultura dos isolados onde são testados alguns antibióticos passíveis de ser utilizados. http://www.youtube.com/watch?v=FOimwWEV6vU&feature=player_embedded T32-34 MJC 3-01-2012

Análise serológica de marcadores de HBV HBSag (Antigénio de superfícies de vírus da hepatite B) HB anti-core (anticoprpo para o antigénio core do vírus da hepatite B). HBeAg (Antigénio e do vírus da hepatite B) Anti-HBe (anticorpo contra o antigénio e do vírus). T32-34 MJC 3-01-2012

Procedimento para detecção de antigénios T32-34 MJC 3-01-2012

Em todos os testes de ELISA há: Replicados da amostra Um contolo positivo em que há uma concentração conhecida do antigénio a detectar. Um contolo negativo em que não há o antigénio a detectar. A leitura é feita por espectofotometria que mede a intensidade da cor gerada da reação da enzima com o substratos presentes. T32-34 MJC 3-01-2012

Sumário Capítulo XXX. Risco associado ao trabalho em laboratórios de análises clínicas. Risco biológico Risco quimico Risco físico Risco eléctrico Risco ambiental T32-34 MJC 3-01-2012

Risco Biológico Todas as amostras são potencialmente perigosas! Usar o equipamento de segurança pessoal adequado: Luvas Batas Óculos quando necessário Respeitar as normas de segurança dos níveis de risco biológico: Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Todos os níveis pressupõem a adopção das medidas do nível anterior. T32-34 MJC 3-01-2012

Nível 1 Nível 1: Bactérias e vírus  Bacillus subtilis, canine hepatitis, Escherichia coli, varicella (chicken pox),e algumas culturas celulares não infecciosas. Na manipulação deste material pode apenas usar-se luvas. A descontaminação deste nível é feita por lavagem das mãos e descontaminação por autoclavagem de todo o material contaminado. T32-34 MJC 3-01-2012

Nível 2 Bactérias e vírus que causam doenças pouco graves em humanos ou que dificilmente podem ser contraídos por aerossois. Hepatitis A, B, e C, influenza A, Lyme disease, salmonella, papeira, rubeola, febre de Dengue e HIV. Têm de ser usadas câmaras de segurança biológica nível 2. Acesso limitado ao laboratório Avisos de perigo biológico Descontaminação de todo o material antes de ser deitado no lixo. T32-34 MJC 3-01-2012

Nível 3  Bactérias e vírus que podem causar patologias fatais em humanos mas para as quais há vacinas e outros tratamentos.  anthrax, West Nile virus,encefalite equina Venezuelana , SARS, variola , tuberculose, tifo, Febre Rift Valley fever, Febre Rocky Mountain spotted fever, Febre amarela e malaria. Trabalho obrigatório em câmaras de segurança biológica 3 Acesso controlado ao laboratório Descontaminação da roupa antes de lavar. Descontaminação de todo o equipamento T32-34 MJC 3-01-2012

Nível 4 Víruses e bactérias que causam patologias severas e fatais em humanos para as quais não há tratamentos nem vacinas disponíveis. Febres hemorrágicas Trabalho não autorizado na maior parte dos laboratórios. Controlo de entrada e saída de todas as pessoas e materiais. T32-34 MJC 3-01-2012

Risco Químico Algumas das substâncias usadas para preparar as amostras têm vários riscos associados. É preciso saber a sinalética e respeitar as normas de segurança de cada substância Não cheirar Não pipetar com a boca Ter cuidados especiais com a chama Cuidados com o contacto com a pela de substâncias carcinogénicas T32-34 MJC 3-01-2012

Risco Eléctrico Além das precauções normais de senso comum ... Necessário asseurar que os equipamentos são mantidos em condições ao longo dos anos. T32-34 MJC 3-01-2012

Risco Físico Cuidado esqpecial com a arrumação do laboratório Evitar gavetas e portas dos armários abertas Evitar caixas ou obstáculos no chão que possam promover quedas. Cuidado com a abertura brusca de portas especialmente as que abrem para os dois lados! T32-34 MJC 3-01-2012

Risco Ambiental Cuidados na separação dos lixos Eliminação responsável de substâncias como mercúrio, chu,bo ou outras susbtâncias químicas nocivas para o ambiente Manutenção do ar do laboratório com qualidade Monitorização da qualidade do ar Manutenção dos filtros e condutas de ar condicionado. T32-34 MJC 3-01-2012

Recursos Capítulo 6. Secção 6.5 http://www.cdc.gov/niosh/topics/healthcare/#c Capítulo 5. Secção 5.4 Capítulo 6. Secção 6.5 T32-34 MJC 3-01-2012