CEOPS - CENTRO DE OPERAÇÃO DO SISTEMA DE ALERTA DA BACIA DO RIO ITAJAÍ

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CEOPS - CENTRO DE OPERAÇÃO DO SISTEMA DE ALERTA DA BACIA DO RIO ITAJAÍ 46º Fórum Nacional de Reitores da ABRUEM 24 a 26 de maio de 2010 - Ilhéus, BA CEOPS - CENTRO DE OPERAÇÃO DO SISTEMA DE ALERTA DA BACIA DO RIO ITAJAÍ Ademar Cordero, Dirceu Luis Severo, Hélio dos Santos Silva, Júlio Cesar Refosco Marcos Rodrigo Momo, Mário Tachini.

INTRODUÇÃO O Centro de Operações do Sistema de Alerta de Cheias da Bacia do Itajaí (CEOPS) desenvolve as atividades de monitoramento, previsão e alerta de enchentes para as comunidades do Vale do Itajaí desde 1984. Trata-se de uma atividade conjunta, executada por docentes e funcionários da FURB, visando o fornecimento de informações em períodos emergenciais, aos órgãos de Defesa Civil, órgãos comerciais e industriais e à comunidade em geral. Os dados atualizados para a previsão do tempo são obtidos via internet junto a sites especializados de instituições nacionais e estaduais, e regionalizados para o Vale do Itajaí. As Previsões Hidrológicas são obtidas a partir dos resultados dos modelos hidrológicos de previsão de cheia em tempo atual calibrados para a cidade de Blumenau e Rio do Sul. Os alertas de enchentes são dados com base na quantidade de chuva e os níveis previstos.

BACIA DO RIO ITAJAÍ Os dados dos níveis dos rios e da chuva precipitada da bacia do rio Itajaí são obtidos em tempo atual, de uma rede telemétrica composta por 16 estações, sendo que 14 delas fornecem os níveis e os subtotais de chuvas e 2 postos fornecem somente as chuvas. Esta rede telemétrica foi instalada pela FURB, em 2009, com recursos do governo do Estado de Santa Catariana. Anteriormente era utilizado as informações das estações da ANA.

Pontos onde estão localizados as estações telemétricas.

PREVISÃO DO TEMPO No monitoramento meteorológico da bacia do rio Itajaí são utilizadas imagens de satélite e diversos produtos de previsão numérica do tempo (PNT). A maioria desses produtos são obtidos no CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos. O uso das imagens de satélite permite o acompanhamento dos principais sistemas meteorológicos que atuam nas vizinhanças da bacia do Itajaí. Os produtos da PNT são utilizados para antecipar situações que podem resultar em eventos críticos com possibilidade de alagamentos em algumas cidades do Vale do Itajaí.

PREVISÃO DOS NÍVEIS DO RIO ITAJAÍ-AÇÚ Para prever a evolução dos níveis das enchentes no Rio Itajaí-Açu, nas cidades de Blumenau e Rio do Sul é utilizado um modelo hidrológico estocástico do tipo ARMA. Previsão para a cidade de Blumenau – enchente de 1984

Previsão para a cidade de Rio do Sul – enchente de 1984

PRECIPITAÇÕES E ENCHENTES EM BLUMENAU Precipitações na cidade de Blumenau

Enchentes na cidade de Blumenau

DANOS ASSOCIADOS A ENCHENTES A avaliação dos danos é uma ferramenta muito importante sob vários aspectos: permite priorizar políticas públicas de prevenção aos bens públicos e privados, como a retirada em definitivo de moradias, comércio e entidades públicas de área inundáveis, por exemplo, ou prover de um ferramenta de análise de “custo-benefício”, para a implantação de infraestrutura de contenção de cheias e, (ii) permite avaliar coerentemente os bens e edifícios com apólices de seguros. O CEOPS, através de seu corpo técnico desenvolveu um modelo de avaliação dos danos associados às inundações, com o mérito de privilegiar a prevenção e a preparação, ou seja, antecipam-se as ações de avaliação, a redução de riscos e a minimização das perdas humanas e outros danos, como os sociais, públicos e do comércio.

Exemplos de danos sociais no município de Blumenau ocorreram em outubro de 1990, com a morte de 21 pessoas e 764 feridos. Outro exemplo catastrófico e recente, que ocorreu na região de Blumenau, foi o evento de novembro de 2008, onde foram registrados muitos danos ambientais e socioeconômicos, como: 24 mortes, 6 desaparecimentos, 25.000 desalojados e 5.209 pessoas desabrigadas, totalizando danos da ordem de R$ 1.100.000.000,00 (Hum bilhão e cem milhões de reais).

DISCUSSÃO Verifica-se que ao longo do processo de ocupação do Vale do Itajaí, as cidades que se instalaram nas áreas mais próximas dos rios, vêm sendo atingidas por inundações periódicas, desde o primeiro registro em 1852. As inundações situam-se entre os principais tipos de desastres naturais e na nossa região, são comumente deflagradas por chuvas rápidas e fortes, chuvas intensas e de longa duração. Não menos importantes são os deslizamentos de solo que têm ocorrido ao longo da ocupação das encostas e/ou em seu entorno.

A ocupação dos morros de Blumenau não é um caso recente A ocupação dos morros de Blumenau não é um caso recente. Desde o início da colonização a ocupação vem sendo realizada, mas um fator que acelerou a taxa de crescimento nessas áreas foram as grandes enchentes, o que levou a população à procura de lugares altos. Além disso, o crescimento da população e a falta de planejamento levaram a um crescimento desordenado, permitindo que a população ocupasse as regiões mais altas e íngremes da cidade, incluindo áreas de florestas e de preservação.

CONCLUSÕES E AGRADECIMENTOS O CEOPS tem atuado desde o ano de 1984 no monitoramento, previsão e alerta de enchentes, visando a prevenção e a minimização dos danos associados às inundações na bacia do rio Itajaí. O trabalho é realizado em parceria com as Defesas Civil municipais que se utilizam das informações previstas para acionarem o alerta e desencadearem o Plano de Defesa Civil contra as Cheias. Os autores agradecem a FURB e o Governo do Estado de Santa Catarina, através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável - SDS pelo apoio financeiro dado para a modernização do novo Sistema de Alerta da bacia do Rio Itajaí.

Obrigado !