Dualidade Personagem e Ação.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
PSICANALISE NA EDUCAÇÃO
Advertisements

que comparava a vida a uma viagem de trem.
As dez principais dificuldades de um novo convertido
Dois modos de ler a Bíblia.
Psicologia e Ética Profissional
Paulo exortou-os a não receberem a graça de Cristo em vão
Elaboração: Auto-Estima Elaboração:
Prof.a Andréia Chagas Pereira
Obs: Aperte a seta  do teclado ou clique com o mouse, para avançar.
Shakespeare Depois de algum tempo você percebe a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
As regras de um debate Quando participamos num debate há aspectos e regras que não podemos esquecer.
Você sabia que a IRRITAÇÃO e FRUSTRAÇÃO de um Adulto diante das ações de Crianças mau comportadas, alimentam esse Mau Comportamento criando assim um verdadeiro.
SHAKESPEARE Depois de algum tempo você percebe a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
O SEGREDO finalmente revelado Edgar Andrade & Márcia Rodrigues.
REDAÇÃO Em primeiro lugar (...), pode-se realmente “viver a vida” sem conhecer a felicidade de encontrar num amigo os mesmos sentimentos? Que haverá de.
A fonte do contentamento, da paz, da segurança e da coragem no dia a dia da vida Lucas 12:13-21.
Criação: Marlos Urquiza Cavalcanti
APRENDIZ DA VIDA! Cecília Silva Soares 09/2009.
O TEMPO NÃO VOLTA!.
O Poder da Ilusão Darryl Anka.
Vivei o Presente Abdruschin (Escrito em 1931).
CURSO PRÁTICO DE CONSOLIDAÇÃO 12 LIÇÕES
COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL APARENTE E SUBJACENTE
Então Vamos Sonhar Então Vamos Sonhar
Esta Animação foi Desenvolvida Exclusivamente para Você.
O Quebra-Cabeças e a Vida.
Coisas da Vida....
AMIGO D’ALMA.
Chiara Lubich - Março de 2011
Eu acho que a gente vive tão mal, que às vezes a gente precisa perder as pessoas pra descobrir o valor que elas têm. Às vezes as pessoas precisam morrer.
O fenômeno da transferência na clínica freudiana
Verbo Língua Portuguesa.
Ligue o sOm.
A Chave da Felicidade Letícia Thompson.
A ENTREVISTA INICIAL COM OS PAIS.
Teses e Argumentos CASDVest 2014.
DEPOIS DE ALGUM TEMPO Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar.
Você está pronto para entrar num universo de extremo poder?
BY BÚZIOS SLIDE APRESENTA DEPOIS DE ALGUM TEMPO... Rolagem automática.
Depois de algum tempo você percebe a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar a alma... Aprende que amar não significa apoiar-se, e.
COMO CRESCER NA VIDA SE TORNANDO UMA PESSOA AMADURECIDA
Educação de Essencialidades. Há continuidade em nós!!! Vamos conecta la.
COMO SER “PROATIVO” Antonio Lemos.
Uma flor chamada mamãe Letícia Thompson som.
1ª aula Profª Karina Oliveira Bezerra
A ÁRVORE DOS DESEJOS Comentário: Olga Mendonça.
Aprendi Clique.
ABENÇOADOS SÃO OS QUE SE RENDEM A DEUS
ADAMUS – Nova Energia Mencionei tudo isso porque algo mais vai acontecer. Alguns de vocês já estão vivenciando isso nos últimos meses, e este é um ponto.
"AMOR UM SENTIMENTO OU SOMENTE AÇÃO"?
Aprendi que não importa o quanto você se dedique a
Slides/automáticos...aguarde
Sonhadores Osho. Sonhadores Osho Música Silk road Kitaro.
Você Aprende....
Desdobramentos da técnica psicanalítica
O budismo considera que todos os nossos sofrimentos se originam dos desejos. O desejo move o mundo. Ele pode nos arrastar ao inferno ou nos elevar ao.
VOCÊ JÁ REPAROU QUE ÀS VEZES ALGUMA COISA QUE VOCÊ ESTÁ QUERENDO SIMPLESMENTE APARECE OU CHEGA SEM MAIS NEM MENOS POR MEIO DE UM TELEFONEMA...OU UM ENCONTRO.
Fazer alguns sacrifícios com o intuito de ver e ter certeza do que quer ou que estão querendo, nem sempre é uma tarefa fácil já que corremos o risco de.
Aprende Que... Montagem : Ulysses Freitas Ligue o Som.
A natureza do desejo - Osho
Você está pronto para entrar num universo de extremo poder?
LUDWIG FEUERBACH Deus é a essência do homem projetada em um imaginário ser transcendente. Também os predicados de Deus (sabedoria, potência,
A Crítica Do Juízo A posição da terceira Crítica em relação às duas anteriores.
Texto retirado do filme, QUEM SOMOS NÓS? (What the bleep do we know) Um questionamento revolucionário feito pelos mais renomados cientistas atuais,
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-
Progressão automática. Um dia você aprende que... Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma.
Um dia você aprende! Willian Shakespeare.
Professora Rosana Rossatto 7º ano Outono de 2016.
Transcrição da apresentação:

Dualidade Personagem e Ação

Viver para Fora – Viver para Dentro Eros - Vida Thanatos -Nirvana Impulso de morte gera Inação, esquecimento da Vida, do mundo e dos homens Impulso de vida gera Ação para o grupo Sem diferenciação da individualidade Conservação da individualidade

Criar é se transportar para um nível de realização diferenciado (Estado Alfa) Pense na personagem do exercício anterior e reflita como se verifica nela essas duas características: eros e thanatos. Como ele (a) se resolve diante desse dilema conflituoso de querer a vida e, ao mesmo tempo, desejar o nirvana (morte)? Existe alguma coisa que o (a) persegue? (pode ser de forma inconsciente). O quê? Como ou onde ele (a) encontra refúgio ou alivia esse sentimento de perseguição?

Continuando a exercitar a vivência O que mais idealiza esse personagem? Segurança? Prazer? Esquecimento de si próprio? Retorno a algum lugar especial? O que mais exatamente? E por qual motivo? E quanto aos sentimentos que ele (a) experimenta nessa busca por um objeto idealizado. De que tipos são? Culpa? Perseguição? Alívio? Enumere-os. Reflita sobre a percepção interna (ética) do personagem em função das imposições externas que o influenciam (moral)

Existe mágica na criação? Continente Contido O Personagem é continente da Ação (contido) Para criar ação no personagem, ou seja, pensar o que ele pode conter dentro de si em termos de ação, o autor cria e projeta no personagem através de uma realidade que podemos chamar de “última”, aquilo que está latente dentro dele. O autor passa para o computador os dados sobre o conhecimento dessa realidade última, isto é, transcreve de modo racionalizado suas emoções (escreve algo sobre algo em forma de sonho vívido e consciente) a respeito do que vivenciou e projetou no ato da criação. Isto que faz da arte um ato de sublimação do artista, fazendo do artista um indivíduo são.

A Identificação projetiva funciona no ato psicanalítico e descobre realidades Novamente tome seu personagem. Qual é a realidade “última” psíquica do personagem. Digamos que seja a sua percepção da verdade. Do fato que percebe como sendo bom ou mau. Sendo bom ou mau, ele cinde sua personalidade e projeta este aspecto (bom ou mau) em outro continente. Este outro continente é, digamos, outra personagem, da qual se utiliza para pensar seus pensamentos ou sentir seus sentimentos, quer dizer, espera que o outro elabore aquilo que espera compartilhar ou que não consegue suportar ou que é indesejável. Esse é o princípio da identificação projetiva, mecanismo mental que utilizamos desde quando bebês. E por tantas situações pelo mundo afora.

Na descoberta de realidades, a força do inconsciente se mostra Suponhamos que a realidade última de um dado personagem é o desejo de ser amado por uma mulher maravilhosa. Mas ele sabe que é difícil porque se sente muito feio, razão pela qual acredita que não irá conseguir. Como tem uma grande amiga, ele “projeta” nela tal identificação (tem sentimentos auto-depreciativos por se sentir feio) e, de modo inconsciente, passa a controlar (maniacamente) a amiga com isso. Essa amizade acaba propiciando com que ele acabe “ficando” com a amiga um tempo, o que resulta em alívio para a ansiedade do “feio”. No entanto, cresce nele um sentimento de culpa por ter misturado amizade com algo mais o que lhe causa uma baixa emocional de arrependimento. Surge então um modo de reparar isso, fazendo que ele encontre um modo peculiar de sublimar tais sentimentos: resolve pintar o seu auto-retrato, e o faz de modo espantoso, causando interesse até em um marchand que o que quer para uma exposição de sucesso.

Na ação dramática, isto é, na seqüência dos fatos, a vontade consciente domina Hegel define Ação Dramática como o movimento interno do drama, movimento este que se produz a partir de personagens livres, conscientes, responsáveis, que têm vontade e podem dispor dela, que conhecem seus objetivos e os perseguem através de um todo que inclui outras vontades e outros objetivos colidentes com os primeiros. Dessas colisões, desses conflitos (posição 1 x posição 2, A x B, tese x antítese), emerge uma terceira posição, portanto, a síntese que, ou se constituirá numa nova tese a ser enfrentada, ou dará o resultado final e equilibrador do drama

Note a peculiaridade No exemplo dado anteriormente, o “feio”, em um processo inconsciente, envolve-se com sua amiga amorosamente e depois se arrepende. Tomado do ponto de vista do personagem, vemos como ele é levado pela fantasia inconsciente a fazer o que faz, no entanto, tomando o conceito de Hegel, quem poderá dizer que o “feio” não agiu conscientemente para fazer o que fez, se ele é dono de sua vontade e livre para exercê-la com a responsabilidade que julga ter?

Importante Esses exemplos demonstrativos que buscam a comparação servem para fazê-lo (a) refletir acerca de sua própria consciência. Como não podemos controlar o que vem do inconsciente, devemos pensar então na possibilidade de tomar consciência daquilo que faz com que façamos coisas que, no mais das vezes, são frutos de nosso conteúdo latente (para usar um termo psicanalítico). Conscientizar nossas emoções e sentimentos e retirar deles sentidos e significados tornam as coisas bem mais claras em nossa cabeça.

Cápsula de luz Não deixe os pensamentos e sentimentos negativos tomarem conta de seu cabeça, quando, sem perceber, eles já tomaram. Como dissemos, não há como evitarmos o processo inconsciente pois ele é base sobre a qual a nossa consciência atua. No entanto, atente para o que tal sentimento significa. Sob a capa de um pensamento, geralmente se esconde um sentimento. Na busca de compreendê-lo reside o segredo de sua inteligência.

Não adianta se esconder Tantas receitas de nada adiantam se não houver compreensão profunda sobre a necessidade de refletir nossas emoções. Um escritor manifesta suas emoções através das palavras, do pensamento, no ato de escrever. As emoções estão na base do que ele escreve, embora pareça que ele escreva com a cabeça, o que não é de fato verdade. É que as emoções afloram à consciência e servem de base para os pensamentos pensarem tais sentimentos, que, em última análise, vão revelar a visão de mundo de tal escritor. Com você é a mesma coisa.

Tudo do que precisa está aí dentro de você O que você pensa? Ou melhor ainda: como você pensa? Quais são os hábitos mentais, os pensamentos mais corriqueiros que lhe vêm à mente? É deles que você pode se valer, retirar sentidos, ter insights, obter percepções clarividentes das coisas e das pessoas. Lembre-se que ora estamos voltados para dentro (em nosso narcisismo), ora para fora (social-ismo). Nesse vai-e-vem mental podemos perceber que somos tanto continente de nossos pensamentos, quanto estes são projeções de nossos sentimentos. Uma pessoa alegre e bem-resolvida não é dádiva celestial, mas sim edificação emocional à custa de autoconhecimento. Mire-se fundo e resolva-se!

Ação (contido) gera ato no personagem (continente) Voltamos a falar de personagens, esses seres mentais que são criados e tomam vida própria. Os atos do personagem, assim como os nossos, são físicos, isto é, o fato de ele (a) estar em ou indo a algum lugar e fazendo alguma coisa, podemos aplicar a nós mesmos, para verificar que espécie de atitudes teríamos, tomando por base as nossas vontades, desejos e intenções já expostos anteriormente.

Motivação gera ação Pense e descreva os atos que executaria em alguma situação imaginada dentro do contexto da ação provável vivida pela protagonista ali na Savana Africana, procurando sempre ter em mente a motivação interior desses atos físicos (sentimentos, desejos, vontades, excitações, intenções etc.) Ex.: Eu, na pele dessa protagonista, ao caminhar (ato físico) ao lado de um guia no meio da selva, sinto-me seguro (a). (por identificação projetiva do objeto idealizado, ou seja, pela suposta proteção do guia.) Outro exemplo: Pegaria minha filmadora e filmaria (ato físico) um grupo de macacos raros que vivem comunitariamente em árvores próximas, por me sentir excitado (a) com a possibilidade de extrair algumas imagens inesquecíveis... Enfim, quais seriam os seus atos, colocando-se como a personagem, em face de uma motivação interior? Conscientize-se do que está pensando e manifestando. Se precisar, releia o material de estudo sobre a Autoconsciência já enviado.

Compreender a emoção é conhecer a verdadeira razão das coisas Para toda ação há uma reação, designa a lei da natureza. Portanto, se adaptarmos essa lei ao nosso exercício de autoconsciência criativa, podemos pensar nas interpretações a respeito daquelas intenções, e/ou vontades, e/ou desejos, e/ou objetivos, quando se pensou na hipótese de estar dirigindo uma pesquisa sobre a quantidade e qualidade das espécies de animais existentes ali na África. Exercite-se: relacione a cada interpretação e/ou expectativa um sentimento coerente. Por exemplo: se eu desejasse levar meu notebook porque achava ser ele útil na floresta, mas meu pai me convenceu o contrário alegando outras razões, me sentiria frustrado. (isso é uma reação emocional à altura das razões apresentadas por meu pai). O sentimento que imaginariamente senti é real, por isso negá-lo ou, simplesmente, racionalizá-lo é sinal de um truque inferior. Vale mesmo é compreendê-lo e retirar dele valiosas informações, com as quais superar o sentimento e continuar a minha expedição na Savana.

O canto da sereia Você já reparou como surgem em nós as intenções? Certamente elas são motivadas por algum desejo ou vontade. No entanto, existem tipos de intenções – a curto, a médio e a longo prazos – e são esses modos que nos conduzem, consciente ou inconscientemente, ao alvo desejado. Analise em você o que deseja. Um desejo verdadeiro. Algo que tenha ressonância dentro de você, como uma música que você precisa cantar para todo mundo ouvir. Cante!

As intenções determinam os passos seguintes Procure reidentificar as intenções do (a) protagonista - se são imediatos, aquilo que gostaria de conseguir hoje, ou numa determinada situação, ou durante a viagem na savana, ou se são desejos a longo prazo, aquilo que ele (a) gostaria de fazer quando voltar da viagem, talvez produzir um super-documentário para a tevê, ou então se preparar para um projeto radical de vida: agrupar todos os animais terrestres em um único lugar, onde estariam seguros, podendo ser controlados suas populações específicas etc. Crie motivações objetivas para o personagem. No fundo, este personagem deve servir como seu alterego, para que você também possa dialeticamente buscar insights.

Atrás de toda intenção se esconde um sentimento. Não devemos nos esquecer que as intenções podem nos parecer conflitantes, porque pode acontecer de ter duas vontades opostas no mesmo momento ou situação. Por exemplo: o (a) protagonista sentindo medo de continuar na mata, tem vontade de sair dali, mas como quer realizar seu trabalho, precisa se superar, pois é esta sua “intenção verdadeira”, e dela não quer fugir.

Projeção da ação Meditar sobre as possíveis vontades ou objetivos contrários (2ª posição) aos nossos (1ª posição) (ainda na pele da protagonista), e tente fazer emergir uma 3ª posição (síntese), buscando apropriar ou abranger ao exercício tanto as intenções imediatas como aquelas que supostamente poderiam fazer parte de um objetivo a longo prazo. É pôr-se na pele da protagonista, rever o que foi feito, pensar e criar os obstáculos e/ou dificuldades àquelas vontades e objetivos, tudo dentro do contexto apresentado.

Entre você e ela, a personagem Ao fim de todo esse desenvolvimento reflexivo-criativo, você deve ter a configuração de uma personagem e de uma ação dramática para ela. Compare a realidade dela com a sua. O que tem em comum e de diferente entre vocês duas. Enumere aquilo que na personagem tem que você não tem e que gostaria de ter e aquilo que você tem que falta personagem. Faça uma análise objetiva de sua autoconsciência – suas intenções, atos, sentidos, sentimentos e avaliações. Você consegue se ver objetivamente? Quem é você? Assuma a sua personagem e revele-se. Gostaria de conhecê-la melhor.

Concepção Felipe Moreno www.letrascriativas.com.br felipe@letrascriativas.com.br