Eça de Queirós (1845 – 1900).

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Escola Básica e Secundária de Santa Maria História – Leonilde Resendes
Advertisements

O Primo Basílio Eça de Queirós CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
O Alienista Machado de Assis.
Tema: Triângulo amoroso entre amigos
O GÊNERO CONTO Para o teórico Soares Amora:
REALISMO.
ANÁLISE LITERÁRIA A CIDADE E AS SERRAS MUITO ALÉM DO JARDIM.
O Naturalismo foi um movimento cultural relacionado às artes plásticas, literatura e teatro. Surgiu na França, na segunda metade do século XIX. Este.
EÇA DE QUEIRÓS.
O PRIMO BASÍLIO EÇA DE QUEIRÓS.
Dom Casmurro Machado de Assis.
Realismo - Naturalismo
Machado de Assis: o autor
Realismo e Naturalismo
Questão Coimbrã Questão Coimbrã foi o primeiro sinal de renovação ideológica do século XIX entre os defensores do statu quo, desatualizados em relação.
Início do Realismo O Realismo teve seu início na França em 1857, quando Gustave Flaubert publicou sua obra Madame Bovary, em que sua principal personagem.
A cidade e as Serras Eça de Queirós
O Realismo.
Memórias de um Sargento de Milícias
Questão Coimbrã Questão Coimbrã foi o primeiro sinal de renovação ideológica do século XIX entre os defensores do statu quo, desatualizados em relação.
Vertentes Realistas.
REALISMO/NATURALISMO NO BRASIL 1881
SENHORA José de Alencar
REALISMO E NATURALISMO
REALISMO - NATURALISMO
Evolucionismo Positivismo Socialismo Determinismo Pessimismo
Romantismo em Portugal
O romance e o folhetim Prosa no Romantismo.
Eça de Queirós ...O Realismo é uma reacção contra o Romantismo: O Romantismo era a apoteose do sentimento; o Realismo é a anatomia do carácter. É a crítica.
Escola Palomar REALISMO - NATURALISMO Profª Leila Cordeiro
AS GERAÇÕES DO ROMANTISMO
José Maria Eça de Queirós; Nasceu dia 25 de novembro de 1845 em Póvoa do Varzim; Cursou a Faculdade de Direito de Coimbra; Foi jornalista, advogado, diplomata,
VIAGENS NA MINHA TERRA Almeida Garrett.
PROFESSORA CAMILE BACCIN 1º ANO - LITERATURA
NOITES CABÍRIA DE.
EDER.
Naturalismo “Para os naturalistas, o homem é visto como um “caso” a ser cientificamente analisado.”
"São Bernardo" - Análise da obra de Graciliano Ramos
Literatura Dom Casmurro Machado de Assis
Eugène Delacroix - La liberté guidant le peuple
Realismo na Europa "uma base filosófica para todas as concepções de espírito - uma lei, uma carta de guia, um roteiro do pensamento humano, na eterna região.
Machado de Assis e o Realismo
Material de Literatura Prof. HIDER OLIVEIRA
2ª Série - Literatura Prof. HIDER OLIVEIRA
As duas fases de Macedo 1ª Fase: “o cronista de costumes” 2ª Fase: “o crítico irônico”
REALISMO.
Eça de queiros.
CAPITÃES DA AREIA 1937 JORGE AMADO.
Realismo - Naturalismo

NATURALISMO.
Realismo - Naturalismo
REALISMO PORTUGUÊS Prof. Karen Olivan.
REALISMO Revolução Industrial
1° Seminário de Integração Etapa VI
QUESTÃO COIMBRÃ / REALISMO / EÇA DE QUEIRÓS
Emigração E Cultura no sec. XIX.
Literatura Brasileira
ANÁLISE LITERÁRIA A CIDADE E AS SERRAS MUITO ALÉM DO JARDIM.
Vidas Secas.
NATURALISMO E REALISMO Uma abordagem aos ideais Português – 11º ano – 2009/10 – Prof. Fernanda Monteiro.
Aulas Multimídias – Santa Cecília Prof. André Araújo.
Romantismo em Portugal Profª Sandra. Surgiu em Portugal, assim como no resto da Europa, após a Revolução do Porto, de 1820 (que levou os liberais ao poder).
Características (Arte e Literatura) Naturalismo Alunos: -Bruno Correia, nº2 -Diogo Santos, nº4 Disciplina: Português Professora: Cristina Pimentel Ano.
Trabalho Realizado por: -Jonas Costa nº13 -Luís Filipe nº14 Disciplina de Português Professora Cristina Pimentel.
REALISMO E NATURALISMO
Teófilo Leite Beviláqua
Eça de Queirós Trabalho realizado por: Francisco Palas nº 8 Madalena Prestes nº 16 Professora: Cristina Pimentel Disciplina: Português Escola.
Bruno Carreira Marco Matos 11ºG Março 2010 Disciplina – Português Docente: Cristina Pimentel.
Trabalho Realizado por: -Nádia Martins, nº20 -Pedro Pinheiro, nº 23 Professora: -Cristina Pimentel.
Transcrição da apresentação:

Eça de Queirós (1845 – 1900)

O Realismo em Portugal não significou apenas uma renovação da própria literatura, nas suas formas de expressão: temas, linguagem e visão de mundo. Representou uma tentativa de tirar todo o país da mentalidade romântico-cristã e levá-lo à “modernidade”, por meio do contato com novas idéias filosóficas e científicas que circulavam na Europa.

Características da linguagem Realista e Naturalista

Quanto à forma, o Realismo e o Naturalismo caracterizam-se por apresentar uma descrição precisa e objetiva da realidade, linguagem simples, preocupação com minúcias, narrativa lenta, impessoalidade.

Quanto ao conteúdo, o Realismo Caracteriza-se: Pelo objetivismo;

Quanto ao conteúdo, o Realismo Caracteriza-se: Por apresentar o amor e outros sentimentos subordinados a interesses sociais, e o casamento como arranjo de conveniência;

Quanto ao conteúdo, o Realismo Caracteriza-se: Por compor o protagonista como anti-herói ou um herói “problemático”, com valores em crise ante um mundo degradado;

Quanto ao conteúdo, o Realismo Caracteriza-se: Por apresentar personagens que além de se deixarem conhecer por suas atitudes e descrições físicas, ainda se fazem conhecer pela introspecção psicológica, isto é, revelam seus conflitos, sentimentos, aspirações, lembranças...

Quanto ao conteúdo, o Realismo Caracteriza-se: Pela crítica aos valores e às instituições decadentes da sociedade burguesa.

O Naturalismo amplia as características do Realismo, acentuando-as e acrescentando a elas certas marcas que o tornam inconfundíveis, como:

O determinismo: o homem é visto como máquina guiada pela ação de leis físicas e químicas, pela hereditariedade e pelo meio físico e social;

A preferência por temas de patologia social: miséria, adultério, criminalidade, desequilíbrio psíquico, problemas ligados ao sexo, entre outros;

O objetivismo científico e a impessoalidade: o romancista assume uma atitude de frieza diante de fatos e personagens, pois deve registrar impessoalmente, com precisão e objetividade científicas, a realidade.

Os naturalistas assumem uma posição de combate, tentando fazer da obra de arte uma tese científica. Tal como os realistas, criam uma literatura engajada, pois retratam a vida contemporânea, o seu tempo, com forte intenção reformadora.

O Primo Basílio (1878) (Eça de Queirós) Realismo/Naturalismo Características Estilo: linguagem correta, vocabulário rico, frases bem feitas, irônico Narrador: 3ª pessoa, onisciente Cenário: Lisboa Presença de discurso indireto livre

Personagens Luísa Bonita Casamento = Segurança Adultério: vazão a seus senhos românticos Presente o ócio com leitura de livros românticos Frágil: não consegue lidar com a chantagem de Juliana

Personagens Jorge Engenheiro – funcionário público Pacato e avesso a loucuras Excessivamente correto Caseiro Conservador

Personagens Basílio Ex-namorado de Luísa Enriquece-se no Brasil Rico, viaja pelo mundo Estabelece-se em Paris Critica o provincianismo de Lisboa

Personagens Juliana Empregada da casa Odiava os patrões Rancorosa e invejosa Despeito profundo por ser solteira Os fins justificam os meios

Personagens Conselheiro Acácio Defensor do governo e da monarquia Apegado à tradição e aos valores familiares Símbolo da mediocridade e do convencionalismo Tem por amante sua criada

Personagens Julião Médico medíocre

Personagens Sebastião Personagem simpático, sabe ser fiel a Jorge e compreende a situação de Luísa

Personagens Ernestinho Funcionário público Fazia teatro Escreve uma peça de teatro que espelha as obras escritas de Eça de Queirós

Personagens Leopoldina Apelidada de Pão e Queijo Mulher vulgar Prostitui-se por não se sentir integrada à sociedade

Personagens Dona Felicidade “ Beatice parva de temperamento irritado”.

Personagens Joana Cozinheira que enfrenta Juliana por dedicação à patroa.

1ª Observação : A obra de Eça de Queirós estabelece três fases:

1ª fase – Textos iniciais de sua carreira, publicados em folhetins e reunidos em um único volume intitulado “Prosas bárbaras”(1866) 2ª fase – Fase realista inicia-se em 1875 com a publicação da obra “O crime do Padre Amaro” e vai até a publicação de “Os Maias”(1888) 3ª fase – Pós realista, na qual destacam-se as obras “A ilustre casa de Ramires”(1900) e “A cidade e as Serras(1901)

2ª Observação: A Questão Coimbrã A Questão Coimbrã durou todo o segundo semestre de 1865. Participaram, dentre outros, Antero de Quental, Teófilo Braga, Ramalho Ortigão e Pinheiro Chagas. Eça de Queirós, embora fizesse parte do grupo coimbrão, não interveio na polêmica Era, na verdade, uma reação do velho contra o novo, do conservadorismo contra o progresso,da literatura de salão contra a literatura viva e atuante exigida pelos novos tempos.

As conferências do Cassino e a geração de 70 Por volta de 1870, e tendo já concluído os estudos universitários em Coimbra, o grupo de amigos se reencontra em Lisboa e passa a travar debates acerca de renovação cultural portuguesa. A volta de Antero de Quental – que estivera na França e na América – dinamiza essas reuniões, que passam a contar com leituras sistematizadas e a ter um objetivo definido. Como resultado desse esforço, nasce a iniciativa ambiciosa das Conferências Democráticas, que visavam à reforma da sociedade portuguesa.

Essas conferências eram realizadas no Cassino Lisbonense, provocando escândalo. Depois de proferidas cinco conferências – duas de Antero e um de Eça de Queirós - , o governo proíbe a continuidade do ciclo , alegando que os oradores suscitavam “doutrinas e proposições que atacavam a religião e as instituições do Estado”. Apesar da censura, o Realismo já era vitorioso em Portugal, e a partir de então se colheriam seus melhores frutos.