CAP2 MEDIÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA E CONTABILIDADE NACIONAL

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CAP2 MEDIÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA E CONTABILIDADE NACIONAL MACROECONOMIA CAP2 MEDIÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA E CONTABILIDADE NACIONAL

MEDIÇÃO DA ACTIVIDADE ECONOMICA E CONTABILIDADE NACIONAL Medição do produto e contabilidade nacional O fluxo circular Despesa/produto rendimento O PIB NA ÓPTICA DA DESPESA OS IMPOSTOS INDIRECTOS O PIB NA ÓPTICA DA PRODUÇÃO O PIB NA ÓPTICA DO RENDIMENTO A IDENTIDADE BÁSICA DA CONTABILIDADE NACIONAL Outras medidas do produto/rendimento PRODUTO INTERNO E PRODUTO NACIONAL PRODUTO BRUTO E LÍQUIDO O RENDIMENTO DISPONÍVEL Medição dos preços e inflação Taxa de inflação O IPC Salário nominal e real Produto nominal e real Outras medidas da actividade económica A taxa de juro A taxa de desemprego A taxa de crescimento

1. MEDIÇÃO DO PRODUTO E CONTABILIDADE NACIONAL O PRODUTO NA ÓPTICA DA DESPESA

O PIB NA ÓPTICA DA PRODUÇÃO (Conceito)

OS IMPOSTOS INDIRECTOS

O PIB NA ÓPTICA DA PRODUÇÃO

O PIB NA ÓPTICA DO RENDIMENTO

A IDENTIDADE BÁSICA DA CONTABILIDADE NACIONAL

O FLUXO CIRCULAR DO RENDIMENTO

PRODUTO INTERNO E PRODUTO NACIONAL

PRODUTO BRUTO E LÍQUIDO

O RENDIMENTO DISPONÍVEL

Taxa de inflação: taxa de variação anual do nível de preços 2.2 MEDIÇÃO DOS PREÇOS E INFLAÇÃO Taxa de inflação: taxa de variação anual do nível de preços Se medirmos o nível geral de preços pelo deflator da DI (ou PIB) temos a taxa de inflação registada no ano t: A mais conhecida na comunicação social (ainda que nem sempre a mais correcta) é a taxa de inflação calculada usando o IPC. Para a maioria das variáveis macroeconómicas existe um índice de preços específico associado. Normalmente são índices Paasche. Estes índices utilizam a composição do cabaz do período final (t) e não do da base (0).

Índice de preços no consumidor (IPC): Mede, num dado período, o custo de um cabaz de bens e serviços, em relação ao custo do mesmo cabaz num ano de referência (ano base) O IPC para o ano (ou período) t é: É calculado pelo INE. Custo de um cabaz de n bens no ano base (0): Custo do mesmo cabaz de n bens no ano (ou outro período) em análise (t): Note-se que a composição do cabaz (as quantidades cj,0) é a do ano base. É um índice Laspeyres.

SALÁRIO REAL E SALÁRIO NOMINAL Para algumas variáveis não existe um deflator (índice de preços), mas tem sentido calcular o seu valor real (a preços constantes de um ano base). Exemplo: para comparar o poder aquisitivo dos salários em vários períodos usa-se o chamado salário real. “Pede-se emprestado” o índice de preços mais relacionado com as despesas que serão feitas com o salário, ou seja, o do consumo privado (e.g. o IPC). Sendo o salário médio nominal de um ano t dado por wt(N), temos o salário médio real (a preços do ano 0) dado por: Este salário real vem expresso em u.m. (euros) do ano base (0).

Valor nominal (a preços correntes): PRODUTO NOMINAL E PRODUTO Valor nominal (a preços correntes): Valor medido usando os preços do período corrente em euros. Valor real (a preços constantes): Valor medido usando os preços de um determinado ano de base. Permite avaliar a variação real (i.e. dos volumes que pretendem aproximar-se das "quantidades”) Deflacionar: Dividir um valor nominal de uma variável X (X(N)) pelo índice de preços apropriado (PX), de forma a poder exprimi-la em termos reais (X(R)).

PRODUTO REAL E NOMINAL

3. OUTRAS MEDIDAS DA ACTIVIDADE ECONÓMICA TAXA DE JURO NOMINAL E REAL Taxa de juro nominal (de mercado): it Ganho percentual atribuído a um activo comprado em no final de t e que aufere juros no final de t+1. Taxa de juro real calculada no final de t+1 (não conhecendo a inflação de t): rt Problema standard: empresto Xt à taxa i ou compro bens ao preço Pt e empresto-os à taxa r? Se investe hoje, receberá em t+1 com o poder de compra Em t+1 teremos em consequência: E portanto Tirando o valor de r teremos: Se a inflação esperada for baixa, podemos utilizar a aproximação:

O DESEMPREGO É um indicador do estado do mercado de trabalho Empregado: Trabalhou a tempo inteiro ou parcial na semana anterior De férias, ou de “baixa”, em relação a um emprego regular. Desempregado: Sem emprego na semana anterior, tendo procurado emprego nas últimas 4 semanas As estatísticas do desemprego podem subestimar o desemprego verdadeiro: Trabalhadores desencorajados Trabalhadores em tempo parcial involuntário Inactivo Não trabalhou na semana anterior Não procurou emprego nas últimas quatro semanas Estudantes a tempo inteiro Donas (e donos!) de casa Reformados Deficientes que não podem trabalhar Pessoas que, por decisão própria, não querem trabalhar Pessoas que desistiram de procurar emprego

População Activa no período t: PAt Taxa de actividade TAXAS DE ACTIVIDADE E DE DESEMPREGO População Activa no período t: PAt Número total de indivíduos empregados e desempregados num momento (e.g. início, final) do período t (é um stock). Taxa de actividade Peso da população activa na população total (Pop): Desemprego no período t: Dest Número total de indivíduos desempregados num momento do período t (é um stock). Taxa de desemprego no período t: ut Proporção do número de desempregados na população activa: A taxa de desemprego é calculada: trimestralmente pelo INE (Instituto Nacional de Estatística) por amostragem

A taxa taxa de crescimento anual do produto (ou de uma variável y) é: yt = valor da variável no ano t yt-1 = valor da variável no ano t-1 yt = yt - yt-1 = variação no ano t Daqui se retira a seguinte relação:

Isto quer dizer que: Logo, por substituição sucessiva temos: n é nº de anos entre t e t-n t é o ano final t-n é o ano inicial O mesmo valor final (yt) poderia ter sido obtido a partir do mesmo valor inicial (yt-n) se a variável tivesse crescido sempre à mesma taxa ( ) . Isto quer dizer que:

resolvendo em ordem a temos: Tomando e resolvendo em ordem a temos: À taxa chamamos Taxa Média Anual de Crescimento da variável y no período entre t-n e t. Note-se que seria um erro fazer uma média aritmética simples das taxas de crescimento de cada ano do período.

TAXAS DE CRESCIMENTO (Portugal)

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