FUNDAMENTOS METAFÍSICOS DA EDUCAÇÃO

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Transcrição da apresentação:

FUNDAMENTOS METAFÍSICOS DA EDUCAÇÃO “Além da física”, representa essencialmente as atividades especulativas e de síntese da filosofia. Provê uma estrutura teórica que permite aos cientistas criar visões do mundo e desenvolver hipóteses. Os cientistas são muitas vezes tentados a fazer interpretações que vão além dos fatos. Isso tem invadido o domínio do suprimento de respostas metafísicas.

FUNDAMENTOS METAFÍSICOS DA EDUCAÇÃO Esta é a posição de cientistas que fazem afirmações sobre criacionismo ou evolucionismo. Eles têm ultrapassado seus fatos experimentais e assumido o papel de metafísicos. Quatro aspectos: Cosmológico – Teológico – Antropológico-Ontológico. Pessoas em toda parte assumem respostas a estas questões e depois prosseguem em sua vida diária agindo com base naquelas posições.

FUNDAMENTOS METAFÍSICOS DA EDUCAÇÃO No mais alto sentido, na obra da educação e da redenção, ninguém pode por outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Foi do agrado do Pai que toda plenitude nEle habitasse (White, Educação, 30).

FUNDAMENTOS METAFÍSICOS DA EDUCAÇÃO As crianças estão em grande necessidade da educação apropriada a fim de que possam ser de utilidade no mundo. Mas qualquer esforço que exalte a cultura intelectual acima do preparo moral está mal dirigido. Instruir, cultivar, polir e refinar os jovens e as crianças deve ser a principal preocupação tanto dos pais como dos professores (White, Conselhos sobre educação, 12).

FUNDAMENTOS METAFÍSICOS DA EDUCAÇÃO Não há como fugir das decisões metafísicas, a menos que alguém escolha simplesmente vegetar. Por que as igrejas cristãs gastam milhões de dólares a cada ano em sistemas privados de educação quando sistemas educacionais públicos estão à disposição?

FUNDAMENTOS METAFÍSICOS DA EDUCAÇÃO As convicções metafísicas provocam um impacto direto sobre os temas educacionais curriculares, a visão e missão da escola e o papel do professor ao relacionar-se com os alunos. Faz grande diferença na educação se um aluno é visto como o “macaco nu” de Desmond Morris ou como um filho de Deus. Adaptado de Knight, Filosofia e Educação,14- 19.

Natureza Homem Ciências Sociais Ciências Naturais Filosofia e Religião Deus Torna-se evidente que as filosofias acima colocam ou o homem ou a natureza no centro da educação. O propósito em qualquer caso é sociabilidade ou um indivíduo eficientemente preparado para a sociedade. Para o cristão estes pontos de vista são fragmentários.

C – Desenvolvimento de uma Nova Abordagem à Educação Cristã 1 – Educação, para o cristão, é um resultado da interpretação de Deus. “... o conhecimento de Deus é o fundamento de toda verdadeira educação”. (Patriarcas e Profetas). 2 – Educação é um resultado da cosmo-visão cristã.

Cosmo-Visão Cristã Definição: Todos têm uma cosmo-visão, estejam ou não conscientes disto. Um filósofo, um político, um teólogo, um professor, um pregador – cada um tem uma maneira de olhar o mundo que o cerca, e, desde sua perspectiva, orienta sua profissão e realiza suas funções. Cada um tem suas pressuposições, e estas determinam a maneira que ele considera básica de sua cosmo-visão.

Holmes define como-visão em termo de 4 necessidades: A necessidade de unificar pensamento e vida; b) A necessidade de definir a vida ideal e encontrar esperança e significado na vida; c) A necessidade de orientar o pensamento; e d) A necessidade de orientar a ação.

Componentes de uma Cosmo-Visão Cristã 1 – Deus é a Realidade Última “No princípio Deus” (Gn.1:1). Aqui reside o ponto de partida cristão para qualquer atividade na qual queira se engajar. Porque Deus é, eu sou. Sem Ele nada é. “Nele vivemos, movemos e existimos” (Atos 17:28). Na perspectiva cristã, Deus é o centro e ponto de referência para todas as formulações.

2 – Deus Se Revelou Deus, a realidade última, por causa de Sua personalidade, também escolheu revelar-Se. A cosmo-visão cristã aceita que Deus tem Se revelado na natureza. “Os céus proclamam a glória do Senhor” (Salmo 19:1). O cristão também considera a Bíblia como um meio da auto-revelação de Deus.

3 – Deus Criou o Homem à Sua Própria Imagem A cosmo-visão bíblica assegura que o homem não é um acidente cósmico nem um paradigma em evolução. O homem é o resultado direto da vontade e propósito de Deus. A imagem de Deus é a mais poderosa expressão da dignidade e unicidade do homem. Ela confere ao homem uma semelhança com Deus e torna-o particularmente na atividade criativa de Deus.

4 – O Pecado tem Manchado a Criação de Deus O problema do mal é crítico para a construção de uma cosmo-visão cristã. Dor e morte espreita-nos por todos os lados. Estão eles aqui por causa de uma dualismo irreconciliável? A resposta bíblica é NÃO! A posição bíblica é que o pecado é um interlúdio na ordem de Deus, como conseqüência do desejo da criatura de ser independente do desígnio e vontade de Deus; desejo de fazer-se Deus.

5 – Deus Tomou a Iniciativa para Restaurar o Homem Através da Atividade Redentora de Cristo Para a cosmo-visão cristã, Cristo é a última revelação de realidade, verdade e ética. Ele é o caminho, verdade e vida. A encarnação de Deus na pessoa de Jesus acrescenta novas dimensões para a maneira do cristão considerar a vida e o mundo: 5.1 – Tanto a ontologia (parte da filosofia que trata do ser enquanto ser) como a epistemologia se tornam Cristocêntricas.A realidade de Deus se torna imediata e encarnacional – isto é, Cristo Se identificou com a situação humana, a fim de que Deus pudesse ser conhecido e experimentado aqui e pessoalmente.

5.2 – A experiência redentiva torna possível para o homem ter uma mente transformada que pode olhar a vida e seu ambiente desde a perspectiva de conformidade holística com o plano original de Deus. 5.3 – As atividades éticas e estéticas do homem transformado ficam sujeitas a uma perspectiva redentiva e encarnacional. A primeira exige um estilo de vida de amor, como expresso no Decálogo, a base do caráter de Deus. A última exige que o cristão estenda a sua identificação encarnacional em todas as atividades, situações e relacionamentos humanos.

5.4 – A atividade redentiva de Deus também cria uma comunidade que deve absoluta obediência a Seu chamado, cumprindo Sua missão, vivendo Seus propósitos, e aguardando a restauração final. A comunidade de fé, assim, se torna, sem assumir uma atitude arrogante, tanto um catalisador para uma cosmo-visão teística em um ambiente materialista ou humanista, e uma segurança em uma atmosfera de fluidez.

6 – Deus Trará a Restauração Final A cosmo-visão cristã encara o presente como um ínterim, e que ele não está sem esperança ou destino. A ontologia de Deus clama pela restauração final: “Eis que crio novos céus e nova terra” (Isa. 65:17). A perspectiva cristã é assim escatológica. O cristão está neste mundo, e ainda aguarda um novo cosmos. A esperança de restauração final dá ao cristão direção e propósito. A antecipação ordena a cosmo-visão cristã a olhar para além do presente, ser otimista em meio à oposição, nunca desesperar quando as respostas não estão prontamente disponíveis, e cuidar que as portas do aprendizado nunca sejam fechadas.

Com estas afirmações básicas, um cristão pode construir sua cosmo-visão, examinar as reivindicações da filosofia ou qualquer outra disciplina, e aplicar uma mente distintivamente cristã às grandes questões. A função da educação é levar o aluno a um conhecimento da vontade de Deus e à execução desta vontade. “Desde que Deus é a fonte de todo e verdadeiro conhecimento, é... o principal objetivo da educação dirigir a mente à revelação que Ele faz de Si próprio” (E.G. White, Educação, p. 16).

O homem é um produto do poder criador de Deus e da regeneração do Espírito Santo. Deus está no centro, não na periferia. Homem Deus Triúno Religião Ciências Sociais Ciências Naturais Natureza

O Alvo Último da Educação Cristã A “verdadeira educação é a preparação dos poderes mental, moral e físico para a realização de cada dever, agradável ou não, é o treinamento de cada hábito e prática, de coração, mente, e alma para o serviço divino” (3SM, p. 228; cf. CT, p. 493; Ed. P. 13). Nesta mesma linha Herbert Welch concluiu que “o caráter cristão que não se expressa em serviço não é digno do nome”.

P E R S B Í L I C A PERSPECTIVA BÍBLICA M T T. H Ó Ê N .

FUNDAMENTOS ANTROPOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO Teorias pedagógicas caracterizam o conceito de homem que animam suas diretrizes. Na escola tradicional destaca-se o aspecto intelectual enquanto na escola nova a ênfase é no aspecto existencial. Teorias antropológicas: Filosófica – Naturalista e Histórico-social.

FUNDAMENTOS ANTROPOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO É inevitável que tais concepções marquem de forma indelével o ideário pedagógico contemporâneo.

FUNDAMENTOS ANTROPOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO “Fala-se da crise da escola como se ela existisse desgarrada do contexto histórico-social, econômico, político da sociedade concreta onde atua; como se ela pudesse ser decifrada sem a inteligência de como o poder, nesta ou naquela sociedade, se vem constituindo, a serviço de quem e desservindo a quem, em favor de que e contra que.” Paulo Freire, Cuidado Escola. Adaptado de Aranha, Filosofia daEducação,112.

FUNDAMENTOS ANTROPOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO - Embora o Criador tenha dotado os seres humanos de autonomia e livre-arbítrio, eles precisam entregar-se integralmente nas mãos do Senhor, caso queiram ter vida plena e cumprir a meta para qual foram criados (IISam. 22:31; Isa. 30:21; Luc. 20:21). É a comunhão com Deus que humaniza os homens, tornando-os seres realmente justos e candidatos a imortalidade futura (Gen.5:24; 6:9). (Pedagogia adventista, 21)

FUNDAMENTOS ANTROPOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO - O homem é contemplado não apenas como Homo sapiens, mas como Homo religiosus. O Espírito de Deus, que era o próprio Deus, transmite ao ser humano vida, capacidades cognitivas, intelectuais, morais e, sobretudo, religiosas, pois colocava no indivíduo uma busca pelo transcendente. (Pedagogia adventista, 21-22).

FUNDAMENTOS ANTROPOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO Enquanto uma parte de cada dia é dedicada ao progresso intelectual, dedique-se um tempo determinado ao trabalho físico e uma porção conveniente de tempo às práticas devocionais e ao estudo das Escrituras. (White, Fundamento da educação cristã, 73)

FUNDAMENTOS ANTROPOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO Pais (e professores) que têm negligenciado as responsabilidades que Deus lhes deu, terão que enfrentar essa negligência no juízo. O Senhor inquirirá: “Onde estão os filhos que vos entreguei para os educardes para mim? Por que não estão a minha direita?” (White, Conselhos sobre educação, 38). Luiz Carlos Lisboa Gondim