Conflito político-ideologico entre as duas potências hegêmonicas.

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Transcrição da apresentação:

Conflito político-ideologico entre as duas potências hegêmonicas. Guerra Fria Conflito político-ideologico entre as duas potências hegêmonicas.

Guerra Fria (1945 – 1991) Trata-se de uma nova ordem mundial Bipolar. (Conflito entre duas potências antagônicas). Marcada por conflitos indiretos entre as duas potências. EUA X URSS: Bloco Capitalista X Bloco Socialista Doutrina Truman Plano Marshall X COMECON OTAN X PACTO DE VARSÓVIA

A Doutrina Truman Política externa implantada durante o governo Truman e direcionada ao bloco de países capitalistas no período pré-Guerra Fria. Tinha como principal objetivo impedir a expansão do socialismo, especialmente em nações capitalistas consideradas frágeis. O presidente Harry Truman, no dia 12 de março de 1947, proferiu diante do Congresso Nacional um agressivo discurso, afirmando que os países capitalistas deveriam se defender da ameaça socialista.

A Doutrina Truman Contexto: - Ao contrário do que ficou estabelecido no tratado de Yalta os governos dos países do leste europeu que ficaram sob o domínio Soviético não tiveram eleições livres. Além disso, a liberdade de circulação entre os países ocidentais e os países do leste europeu foi proibida pelas autoridades soviéticas. Segundo os dirigentes ocidentais (EUA,Reino Unido e França) as dificuldades econômicas vivenciadas pelos países europeus destruídos pela guerra poderia ser um ambiente propicio para o desenvolvimento de economias socialistas. Neste contexto a chamada doutrina Truman engrossa a disputa entre as duas potências hegemônicas e os dois sistemas econômicos antagônicos, resultando em algumas medidas políticas e econômicas tomadas pelas duas partes.

O Plano Marshall Uma das primeiras iniciativas norte-americanas foi de oferecer ajuda financeira para a reconstrução da Europa (por meio do Plano Marshall), temendo que esse apoio pudesse vir dos soviéticos, o que significaria a implantação do socialismo na Europa Ocidental. Ajuda financeira de cerca de 13 bilhões de dólares, no sentido de adquirir aliados no velho continente e conter o avanço do socialismo.

COMECON (Conselho de Assistência Econômica Mutua) Em resposta as políticas implantadas pela doutrina Truman, em 1949, foi criado o COMECON com o objetivo de integrar economicamente os países do bloco socialista e evitar os interesses daqueles países em relação ao Plano Marshall e o capitalismo. Apesar da ideia de cooperação entre os países, a União Soviética exercia domínio sobre os países do conselho visto que possuia 90% das terras e dos recursos energéticos e 70% da população. Posteriormente, juntaram-se ao COMECON países de economia socialista que não estavam localizados no leste europeu: - Mongólia (1962) - Cuba (1972) - Vietnã (1978)

OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) Criada, em 1949 sob a liderança dos Estados Unidos, faziam parte deste tratado: Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, França, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal e Reino Unido. Representava um tratado de defesa mútua entre os seus países-membros. O intuito era um acordo de união para defesa militar perante a um possível ataque do bloco socialista afim de implantar o seu domínio.

Pacto de Varsóvia Foi criado em 1955 em Varsóvia, na Polônia, com o intuito de fazer frente a OTAN.  Era uma aliança militar entre os países do leste europeu liderada pela URSS com o objetivo expandir e preservar sua área de influência, legitimando inclusive a presença de militares russos em todos os territórios signatários do acordo, os quais passaram, na prática, a serem ocupados pelo exército soviético.

Corrida armamentista Apesar do nome, a “ Guerra fria” incentivou como nunca a pesquisa e o desenvolvimento de novas armas Os grandes destaques eram as chamadas armas não-convencionais, mais poderosas, eficientes, difíceis de desenvolver e extremamente caras. A principal dessas armas era a bomba atómica. No inicio só os EUA tinham essas armas, que aumentava em muito seu poderio bélico. A União Soviética iniciou então seu programa de pesquisas para também produzir tais bombas, o que conseguiu em poucos anos. Mais pesquisas foram feitas, tanto para aperfeiçoar a bomba atómica quanto para produzir novas bombas. Em pouco tempo os EUA fabricaram a bomba de hidrogénio, seguidos pela União soviética.

Corrida armamentista Essa corrida armamentista era movida pelo receio recíproco de que o inimigo passasse a frente na produção de armas, provocando um desequilíbrio no cenário internacional. Se um deles tivesse mais armas, seria capaz de destruir o outro. Já na década de 1960, os EUA e a URSS tinham armas suficiente para vencer e destruir todos os países do mundo. A partir desse ponto então foi criado um estado conhecido como “ Destruição Mútua Assegurada”, em que o mundo vivia uma espécie de "Equilíbrio do Terror“.

Conflitos da Guerra Fria Guerra da Coreia (1950-1953) Guerra do Vietnã (1955-1975) invasão de Cuba (abril de 1961) Guerra do Irã (1980 e 1988) Guerra Civil da Guatemala (1960 e 1996) Por fim, vale ressaltar que o governo norte-americano incentivou golpes militares em países que corriam o risco de serem dominados pelo socialismo.

A crise do socialismo Até a década de 70 o desenvolvimento dos países socialistas conseguia acompanhar o desenvolvimento dos Estados Unidos (potencia capitalista). O advento da globalização na década de 70 evidenciou os atrasos tecnológicos da União Soviética em relação as potencias capitalistas, que agora conseguiam atingir mais facilmente novos mercados consumidores e desenvolver ainda mais rapidamente suas economias. As multinacionais e grandes corporações começam a invadir os mercados mundiais.

A crise do socialismo Durante a década de 80 a União Soviética enfrentou uma profunda crise atingindo a política e a economia, os principais motivos foram: - O alto investimento na indústria bélica deixando de lado a produção de bens de consumo, agropecuária e outros ramos da indústria. - Denúncias de casos de corrupção envolvendo o alto escalão do Partido Comunista da União Soviética. - Desemprego. A insatisfação popular reforçava o anseio de surgir uma abertura política e econômica no país para buscar melhorias sociais.

Perestroika e Glasnost A ascensão de Mikhail Gorbatchev em 1985 ao governo da União Soviética foi fundamental para a transformação da história do socialismo. Gorbachev apresentou propostas de reformas políticas que visavam não só o desenvolvimento econômico, mas também social da União Soviética. O novo líder comunista almejava com as reformas um alinhamento político com as demais nações (inclusive com os Estados Unidos) visando a retomada do desenvolvimento. Outro fator que merece destaque nesse governo é a suspensão dos testes nucleares e da Corrida Armamentista. O lançamento em 1986 dos programas conhecidos como glasnost e perestroika contribuiria para o aceleramento do fim do socialismo.  A glasnost representava uma tentativa de seguir uma política transparente capaz de acabar com a corrupção de conceder mais liberdade política e individual. A perestroika era um plano econômico que diminuía a interferência do Estado nas relações comerciais, caracterizando uma abertura econômica.

A Nova Ordem Mundial Em Novembro de 1989 cai o muro de Berlim, simbolizando o fim da Guerra Fria. A partir dai o mundo deixa de organizar sua política e economia de maneira, a chamada Nova Ordem Mundial se configura de maneira multipolar. Os países começam a organizar suas alianças em blocos regionais, os chamados Blocos Econômicos. Em 1991 o governo de Gorbachev sofre um golpe de estado estruturado pela ala conservado ( se posicionavam contra as reformas). Logo em seguida os Ultra-reformistas deram o contragolpe. Em meio a todo esse caos político e com o socialismo já sem força desde a queda do muro de Berlim, as Repúblicas Soviéticas começam a declarar sua independência da URSS, é criada a Comunidade dos Estados Independentes (CEI).