Fernando Pessoa “ SOPRA DE MAIS O VENTO” Paola Muller N° 21 Turma: 12° D
BIOGRAFIA Fernando António Nogueira Pessoa nasceu dia 13 de Junho de 1888 em Lisboa. Foi-lhe dado "António" como segundo nome porque nasceu no dia de Santo António, padroeiro de Lisboa. Os seus pais foram Maria Magdalena Pinheiro Nogueira, uma açoriana de 26 anos; e Joaquim de Seabra Pessoa, um lisbonense de 38 anos que trabalhava como funcionário público do Ministério da Justiça e como crítico musical no jornal "Diário de Notícias". Em Junho de 1893 o pai morre com 43 anos vítima de tuberculose. Fernando Pessoa tinha cinco anos. A família leiloa parte da mobília e muda-se para uma casa mais modesta.
Fernando Pessoa começa a povoar o seu universo com amigos imaginários, em nome dos quais escreve cartas a si próprio para superar a solidão. Em Dezembro de 1895 a sua mãe casa-se por procuração com o comandante João Miguel Rosa, cônsul de Portugal em Durban (África do Sul). Pessoa recebe uma educação britânica em Durban que lhe proporciona um profundo contacto com a língua inglesa. Em 1905 regressa sozinho a Lisboa para viver na casa da sua tia Anica. Em 1906 matricula-se no Curso Superior de Letras, que abandona sem sequer completar o primeiro ano.
A partir de Março de 1914 Pessoa tem experimentado a formação doutras personalidades chamadas “heterónimos”. Os heterónimos são personalidades diferentes e até independentes do seu criador que se exprime em literatura. Cada heterónimo escreve por conta própria e com os seus próprios cânones literários. Em Outubro de 1924, juntamente com o artista plástico Ruy Vaz, Fernando Pessoa lançou a revista Athena, na qual fixou o «drama em gente» dos seus heterónimos, publicando poesias de Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro, bem como do ortónimo Fernando Pessoa. No dia 30 de Novembro de 1935, depois duma breve doença morre no Hospital de São Luís dos Franceses, em Lisboa. Morre de problemas hepáticos, provocados pelo óbvio excesso de álcool ao longo da sua vida.
Sopra de mais o vento Para eu poder descansar... Há no meu pensamento Qualquer coisa que vai parar... Talvez essa coisa da alma Que acha real a vida... Talvez esta coisa calma Que me faz a alma vivida... Sopra um vento excessivo... Tenho medo de pensar... O meu mistério eu avivo Se me perco a meditar. Vento que passa e esquece, Poeira que se ergue e cai... Ai de mim se eu pudesse Saber o que em mim vai!
Análise Externa/Interna Contém 16 versos 4 Estrofes/4 Quadras Figura de estilo: Calma/Vivida Tipo de rima: Rima cruzada (ABAB) Silabas Métricas: Heptassilabo/Octossílabo Antítese: “Que acha real a vida...” O vento pode ser uma metáfora para as indecisões pelas quais o sujeito poético passa. E paralelismo sintático (coordenação de elementos cuja natureza gramatical se apresenta de forma similar.) O poema corresponde aos pensamentos e dúvidas do sujeito poético. O sujeito poético por está pensando de mais, acaba se tornando um problema. E de tanto pensar em resolver e se aliviar, ele acaba ficando com medo.
FIM!