Profa. Luciana Tolstenko Nogueira

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Transcrição da apresentação:

Profa. Luciana Tolstenko Nogueira PROGRAMAÇÃO EM SAÚDE Profa. Luciana Tolstenko Nogueira

Programação em Saúde A programação é compreendida como uma tecnologia de organização do trabalho assistencial. Busca realizar, no âmbito da atenção primária, a chamada integração médico-sanitária. Aplica um tratamento articulado e mutuamente enriquecedor das necessidades assistenciais objetivadas - no plano individual - no plano coletivo

Programação em Saúde – Dois Pressupostos Dialéticos Embasam a concepção de ação programática e que justificam a relevância da aplicação do conceito de risco. a) a demanda espontânea pela assistência a saúde, tal como realizada nos serviços, não recobre as necessidades de saúde experimentadas cotidianamente pelos indivíduos; b) ampliação dos serviços de saúde oferecidos não significa aumento da efetividade de ações.

Necessidade do atendimento Esfera de necessidade Necessidades socialmente delimitadas As necessidades devem ser transformadas em objetos do trabalho em saúde. Para que as necessidades possam ser trabalhadas deve-se investir na relação concretamente estabelecida entre profissionais e população-alvo, os sujeitos capazes de dar voz às mesmas, tanto no "lado" dos profissionais quanto no da população-alvo.

Necessidade do atendimento Deve-se encontrar elementos que "discriminem “, diferencie sujeitos particulares relacionados a processos específicos de interesse.

Programação e Epidemiologia Programação e epidemiologia confluem: - uma como trabalho - outra como ciência

Programação e Epidemiologia Discriminação entre epidemiologia e programação. A programação se apresenta como condição de efetividade técnica como condição concreta de construção da ordem social a que está articulada. Epidemiologia – ciência, informações, indicadores de saúde.

Conceito de Risco como Elemento Estratégico Discriminar e efetivar a presença real de sujeitos em processos concretos de trabalho em saúde. Relação entre risco e programação. Reais necessidades de saúde. Serviço de saúde e população - as práticas assistenciais.

Mapa de Saúde - Metas Mapa de Saúde Atual MAPA DE SAÚDE: DINÂMICA DE CONSTRUÇÃO Mapa de Saúde - Metas Mapa de Saúde Atual

O Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes que assumiu o desafio de ter um Sistema universal, Público e Gratuito de saúde

CENÁRIO ATUAL - Elevação da expectativa de vida do brasileiro Nos anos 80, a expectativa de vida do brasileiro era de 62 anos. Hoje, é de 73 anos. Em 1980 Em 2010 IBGE

Taxa de fecundidade da mulher fica abaixo do nível de reposição CENÁRIO ATUAL Taxa de fecundidade da mulher fica abaixo do nível de reposição Tabela: Evolução das taxas de fecundidade total no Brasil, 1940-2007 1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2004 2005 2006 2007 6,2 6,3 5,8 4,4 2,9 2,4 2,2 2,1 2,0 1,95 Fonte: IBGE

CENÁRIO ATUAL Mortalidade infantil continua em queda

Mortalidade nas Capitais (%) : CENÁRIO ATUAL Mortalidade nas Capitais (%) : Doenças infecciosas diminuíram de 46% (1930) para 4,4% (2008) Doenças cardiovasculares aumentaram de 12% (1930) para 29,5% (2008)

DIMENSÃO DO SUS 145 milhões dependem exclusivamente do SUS Mais de 100 milhões cobertos pela Atenção Básica 3,2 bilhões de procedimentos ambulatoriais/ano 500 milhões de consultas médicas /ano 11,3 milhões de internação/ano

DIMENSÃO DO SUS Maior rede de banco de leite humano do mundo Maior número de transplantes de órgãos públicos do mundo 90% do mercado de vacinas é movimentado pelo SUS 50% do mercado de equipamentos hospitalares 80% investimentos em Câncer no Brasil Mais de 90% das hemodiálises

Ampliação do acesso 2011 Dengue: redução de 45% dos casos graves e de 44% nos óbitos Malária: redução de 31% dos casos Redução de 86% no número de casos e óbitos por influenza em 2011 Meta histórica de vacinação contra a polio 13,9 milhões de crianças vacinadas contra poliomielite - 98,2% do público alvo

Mais profissionais para o SUS Ampliação do acesso 2011 Mais profissionais para o SUS Médicos podem quitarcrédito do Fies com trabalho em áreas de pobreza Programa de Valorização dos Profissionais na Atenção Básica - até 20% de pontuação adicional nas provas de residência por atuação em áreas prioritárias

Saúde Mais Perto de Você: buscar atendimento rápido e humanizado Ampliação do acesso - 2011 Saúde Mais Perto de Você: buscar atendimento rápido e humanizado Programa Saúde na Escola 2.812 municípios 84% são municípios do Brasil sem Miséria Brasil Sorridente Inclusão de ortodontia e implante dentário; alta de 70% no financiamento das próteses 664 laboratórios credenciados, com estimativa de produção de 400 mil próteses/ano

ESTRATÉGIAS DE PROGRAMAÇÃO EM SAÚDE

Estratégias de programação visam Melhorar de maneira significativa os padrões de saúde de toda população. Reduzir e se possível eliminar desigualdades de acesso aos serviços de saúde. Favorecer melhor acesso aos grupos economicamente mais carentes e os residentes em áreas marginalizadas. Influenciar a forma de vida da população para que mantenha ou promova saúde.

Estratégias de programação visam Superar a dicotomia entre atividades preventivas e curativas e executá-las em conjunto com programas específicos. Melhorar a articulação entre serviços básicos e serviços especializados. Estímulo à produção de tecnologia apropriada e à realização de pesquisas operacionais para resolução de problemas na área de saúde. Definição de recursos financeiros específicos e suficientes para a execução de programas.

PROGRAMAÇÃO EM SAÚDE PARA GRUPOS ESPECÍFICOS

Programação para clientelas específicas Atenção a crianças de baixa idade Atenção a escolares e adolescentes Atenção para adultos Atenção a trabalhadores urbanos Atenção à população rural Atenção a idosos Atenção a mulheres Atenção aos indígenas

Reprodutiva, incluindo Populações Vulneráveis e Segmentos Específicos ATENÇÃO À SAÚDE – Saúde da Mulher Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva, incluindo o Planejamento Reprodutivo e as DST/HIV/Aids Atenção Obstétrica (Rede Cegonha) Atenção às Mulheres e Adolescentes em Situação de Violência Doméstica e Sexual SAÚDE INTEGRAL DA MULHER Atenção à Saúde de Populações Vulneráveis e Segmentos Específicos Dentro das linhas de cuidados são trabalhadas as especificidades. Câncer de colo de útero e mama Atenção Clínico- Ginecológica 25

ATENÇÃO À SAÚDE – Saúde de populações específicas Atenção à saúde de populações em situações de vulnerabilidade social, considerando gênero, raça/etnia, orientação sexual e geração Povos do Campo e da Floresta Povos Indígenas População Negra e Quilombolas População em Situação de Rua

ATENÇÃO À SAÚDE – Saúde de populações e grupos específicos Ciganos LGBT Pessoas com Deficiência Portadores de Patologias Idosos ATENÇÃO À SAÚDE – Saúde de populações e grupos específicos

Programas Unidades que prestam atendimento à população em geral, como ambulatórios, centros, postos de saúde, clínicas do setor privado com atuação em nível coletivo podem e devem incluir em suas atividades formas específicas para que possam atender a clientelas específicas