Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
4-PROPRIEDADES DOS METAIS DEFORMADOS PLASTICAMENTE
Advertisements

Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência
Conformação mecânica A conformação mecânica altera: A geometria
Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Disc. : Processos de Fabricação II Prof
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Disc. : Processos de Fabricação II Prof
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA DOS METAIS
COT 741 – Princípios de Deformação Plástica
Aço na Construção Civil
Difusão.
Mecanismos de Endurecimento de Metais e Ligas
PROPRIEDADES DOS METAIS DEFORMADOS PLASTICAMENTE
BRONZE.
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS PROPREDADES MECÂNICAS Deformação elástica e plástica Mecanismos da deformação plástica Deformação dos metais policristalinos.
PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO
PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO
Estrutura cristalina de metais, soluções sólidas de metais e propriedades mecânicas Curso Técnico Eletromecânica Tecnologia dos Materiais Prof. Paulo A.
Conformação Mecânica As operações de conformação mecânica são processos de trabalho dentro da fase plástica do metal Os processos de conformação são comumente.
1 PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS. 2 PROPRIEDADES MECÂNICAS POR QUÊ ESTUDAR? A determinação e/ou conhecimento das propriedades mecânicas é muito importante.
Fadiga em Metais. Características gerais do processo de fadiga É a ruptura de um componente pela propagação de uma fissura gerada pela aplicação de tensões.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA MINAS GERAIS IFMG – CAMPUS OURO BRANCO Engenharia Metalúrgica Aula 1: Metalurgia.
Ciência dos Materiais I - Prof. Nilson – Aula 6 Ciência dos Materiais I - Prof. Nilson – Aula 6 Ciência.
DISCIPLINA: TECNOLOGIA MECÂNICA Prof. Franklin Delano.
UNIFACS Materiais Metálicos
Por Coni, Gipiela, D’Oliveira e Marcondes
Engenharia Metalúrgica Aula 3: Ligas e seus efeitos
Introdução Classificação dos processos de fabricação.
Soldagem por Fricção Hélio Padilha.
Recozimento Solução Sólida
Propriedades da Matéria
Propriedades da Matéria
Sinterização.
Processos de Fundição Parte 1 Prof. Carlos Angelo Nunes
Exercícios 6.3 Um corpo-de-prova de alumínio que possui um seção retangular de 10 mm x 12,7 mm é puxado em tração com uma força de N produzindo.
Ligação metálica.
Conformação Mecânica: tipos e aplicação.
Site: Unidade 4 Capítulo 18 Dilatação Térmica Site:
Metalografia e Tratamentos Térmicos Aula 6: Fragilidade do Revenido
Propriedade Gerais dos Materiais de construção
Conformação Mecânica.
Exercícios Cap. 7.
ESTRUTURA DA TERRA.
1 4- IMPERFEIÇÕES CRISTALINAS ASSUNTO - Defeitos pontuais - Defeitos de linha (discordâncias) - Defeitos de interface (grão e maclas) - Defeitos volumétricos.
Conformação:  É o processo de transformação dos materiais (metálicos), através da ação de tensões mecânicas sem que haja remoção de material;  A modificação.
Aula 06 – Ciências dos Materiais
Forjamento.
Faculdade Área1 Ciências dos Materiais Prof.ª Anastácia Fonseca.
5. Proteção de metais.
Fadiga em Metais.
Propriedades Mecânicas
Diagramas de equilíbrio entre cerâmicas
Solidificação de metais e formação da estrutura interna de grãos
BIOMATERIAIS E BIOMECÂNICA TQ-064 Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia Depto de Engenharia Química Prof. Dr. Mário José Dallavalli.
Forjamento Conformação Mecânica 1. Componentes o Bruno Rayan o Caio César o Felipe Bandeira 2.
Propriedades Térmicas dos Materiais Cerâmicos
RESISTÊNCIA AO CHOQUE OU AO IMPACTO
Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência
Imperfeições nas estruturas cerâmicas
Fatores que afetam a posição das curvas TTT, e temperabilidade
Defeitos na Estrutura Cristalina e Difusão
Ligas Metálicas.
Ligas com Memória de Forma
Diagramas de equilíbrio binários
Deformação elástica dos metais
Imperfeições cristalinas
Conformação Mecânica.
Emanuele Jailson Marcos Rosangela Hartmann LIGAS DE TITÂNIO E LIGAS DE COBRE UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA.
1. TEXTURA E ANISOTROPIA Prof. Me. Lucas Zavistanovicz. Passo Fundo, CONFORMAÇÃO PLÁSTICA 2.
COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS Unilavras /1 Engenharias de Materiais I.
Transcrição da apresentação:

Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência Gabriel Pilé Carlos Firmino Thales Coité Deis Oliveira Thamires Tavares

Deformação Plástica Como a maioria dos metais são menos resistentes ao cisalhamento que à tração e compressão, pode-se dizer que os metais se deformam pelo cisalhamento plástico ou pelo escorregamento de um plano cristalino em relação ao outro; O escorregamento de planos atômicos envolve o movimento de discordâncias.

Discordâncias Plásticas A capacidade de um material se deformar plasticamente está relacionado com a habilidade das discordâncias se movimentarem

Discordâncias e Deformação Plástica A deformação plástica é o resultado do movimento dos átomos devido à tensão aplicada. Durante este processo ligações são quebradas e outras refeitas; Nos sólidos cristalinos a deformação plástica geralmente envolve o escorregamento de planos atômicos e o movimento de discordâncias; A resistência Mecânica pode ser aumentada restringindo-se o movimento das discordâncias.

Movimento de Discordâncias Direção de escorregamento Plano de escorregamento Uma distância interatômica

Movimento de Discordâncias em Cunha e em Hélice

Características das Discordâncias Quando os metais são deformados plasticamente cerca de 5% da energia é retida internamente, o restante é dissipado na forma de calor; A presença de discordâncias promove uma distorção da rede cristalina de modo que certas regiões sofrem tensões compressivas e outras, tensões de tração.

Interação de Discordâncias ATRAÇÃO REPULSÃO

Movimento de Discordâncias em Monocristais Durante a deformação plástica o número de discordâncias aumenta drasticamente; As discordâncias movem-se mais facilmente nos planos de maior densidade atômica (chamados planos de escorregamento). Neste caso, a energia necessária para mover uma discordância é mínima.

Mecanismos de aumento de resistência dos metais Aumento da resistência por adição de elemento de liga (formação de solução sólida ou precipitação de fases); Aumento da resistência por redução do tamanho de grão; Aumento da resistência por encruamento; Aumento da resistência por tratamento térmico (transformação de fase.

Interação de Discordâncias em Soluções Sólidas Quando um átomo de uma impureza esta presente, o movimento da discordância fica restringido, ou seja, deve-se fornecer energia adicional para que continue havendo escorregamento. Por isso soluções sólidas de metais são sempre mais resistentes que seus metais puros constituintes.

Deformação Plástica em Materiais Policristalinos Devido as diferentes orientações cristalinas presentes, resultantes do grande número de grãos, as direções de escorregamento das discordâncias variam de grão para grão.

Aumento da Resistência por Diminuição do Tamanho de Grão O contorno de grão funciona como um barreira para a continuação do movimento das discordâncias devido as diferentes orientações presentes e também devido às inúmeras descontinuidades presentes no contorno de grão.

Encruamento ou Endurecimento pela Deformação à Frio É o fenômeno no qual um material endurece devido à deformação plástica (realizado pelo trabalho à frio); Esse endurecimento dá-se devido ao aumento de discordâncias e imperfeições promovidas pela deformação, que impedem o escorregamento dos planos atômicos; A medida que se aumenta o encruamento maior é a força necessária para produzir uma maior deformação; O encruamento pode ser removido por tratamento térmico (recristalização).

Variação das Propriedades Mecânicas em Função do Encruamento O encruamento aumenta a resistência mecânica O encruamento aumenta o limite de escoamento O encruamento diminui a ductilidade

Encruamento e Microestrutura Depois da deformação Antes da deformação

Recristalização (Processo de Recozimento para Recristalização) Se os metais deformados plasticamente forem submetidos ao um aquecimento controlado, este aquecimento fará com que haja um rearranjo dos cristais deformados plasticamente, diminuindo a dureza dos mesmos

Mecanismo que Ocorre no Aquecimento de um Material Encruado ESTÁGIOS: Recuperação; Recristalização; Crescimento de grão.

Mecanismo que Ocorre no Aquecimento de um Material Encruado Ex: Latão

Recuperação Há um alívio das tensões internas armazenadas durante a deformação devido ao movimento das discordâncias resultante da difusão atômica; Nesta etapa há uma redução do número de discordâncias e um rearranjo das mesmas; Propriedades físicas como condutividade térmica e elétrica voltam ao seu estado original (correspondente ao material não-deformado).

Recristalização Depois da recuperação, os grãos ainda estão tensionados; Na recristalização, os grão se tornam novamente equiaxiais (dimensões iguais em todas as direções); O número de discordâncias reduz mais ainda; As propriedades mecânicas voltam ao seu estado original.

Crescimento de Grão Depois da recristalização, se o material permanecer por mais tempo em temperaturas elevadas, o grão continuará à crescer; Em geral, quanto maior o tamanho de grão mais mole é o material e menor é sua resistência

Temperaturas de Recristalização A temperatura de recristalização é dependente do tempo; A temperatura de recristalização está entre 1/3 e ½ da temperatura de fusão.

Temperaturas de Recristalização Chumbo - 4C Estanho - 4C Zinco 10C Alumínio de alta pureza 80C Cobre de alta pureza 120C Latão 60-40 475C Níquel 370C Ferro 450C Tungstênio 1200C

Deformação a Quente e Deformação a Frio quando a deformação ou trabalho mecânico é realizado acima da temperatura de recristalização do material; Deformação a frio: quando a deformação ou trabalho mecânico é realizado abaixo da temperatura de recristalização do material.

Deformação a Quente Vantagens: Permite o emprego de menor esforço mecânico para a mesma deformação; Promove o refinamento da estrutura do material, melhorando a tenacidade; Elimina porosidades; Deforma profundamente devido a recristalização

Deformação a Quente Desvantagens: Exige ferramental de boa resistência ao calor, o que implica em custo; O material sofre maior oxidação, formando casca de óxidos; Não permite a obtenção de dimensões dentro de tolerâncias estreitas.

Deformação a Frio Aumenta a dureza e a resistência dos materiais, mas a ductilidade diminui; Permite a obtenção de dimensões dentro de tolerâncias estreitas; Produz melhor acabamento superficial.