MANEJO E ABORDAGEM DAS CRISES EM SAÚDE MENTAL

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Transcrição da apresentação:

MANEJO E ABORDAGEM DAS CRISES EM SAÚDE MENTAL

SITUAÇÕES DE CRISE Choro, fala alta, alvoroço, desorganização, confusão, comportamento autoritário. Apatia, isolamento, tristeza, insegurança, ameaça, medo, incerteza Em ambas as situações: produzem uma configuração social, marcada por severas dificuldades de comunicação e expressão entre os envolvidos. Resultado: amplificação do problema e geração de sensação de urgência profundamente mobilizadora.

O QUE É CRISE? Do grego krisis: momento de decisão, de mudança súbita; separar, decidir, julgar. A demanda clara é de que haja uma intervenção urgente, diferentemente de uma emergência psiquiátrica. O que são as crises: são fenômenos essencialmente relacionais como conflito ou quebra de consenso entre um sujeito e outro sujeito, mesmo que em algumas situações este outro pareça ser ele mesmo. A questão central é como restabelecer uma relação consensual e contratual, com responsabilidades compartilhadas entre as partes. O papel do profissional é mediar as partes e buscar consenso entre as mesmas.

AS DIMENSÕES DA CRISE Clínica( o diagnóstico médico, psicológico,etc) Vínculo. Cultura. Histórias singulares dos sujeitos. Recursos familiares. Recursos dos serviços. Recursos da comunidade.

OFERTAS POSSÍVEIS Acolhimento responsável sempre e de forma urgente. Construir, em conjunto com o usuário, um Projeto Terapeutico Singular básico, com metas e prazos de consensos mínimos. Cumprir e exigir da equipe que se cumpra tudo o que for combinado. Não propor internação em hospital psiquiátrico Acionar todos os pontos da RAPS( Rede de Atenção Psicossocial),potencializando e qualificando o cuidado( atendimento conjunto, visita domiciliar, acolhimento aos familiares) Internação, se necessária, em Caps ou em leitos de hospital geral de forma articulada com a rede.

ORIENTAÇÕES GERAIS Ter em mente que a crise não deve ser compreendida como condição pessoal e sim produzida nas relações e contextos de vida do usuário, entre os sujeitos, costumeiramente em cenários de conflitos exacerbados, ruptura de consensos, esgarçamento das relações e busca ineficaz de comunicação. A comunicação com o usuário deve ser verdadeira e exercida o mais claramente possível, assim como devem ser explicitadas as propostas de intervenção. Medidas involuntárias devem ser utilizadas tão somente como excepcionalidade, depois de esgotadas todas as tentativas de diálogo, e em situações pontuais.

Orientações gerais(continuação) Não há local específico e unicamente responsável por acolher as situações de crise; a abordagem às situações de crise deve acontecer no local onde se encontra o usuário, ou seja, em seu circuito de vida ou de cuidado: casa, rua, UBS, Caps, pronto-socorro, etc, não sendo exclusividade do profissional médico ou mesmo do profissional de saúde. Manifestar disponibilidade de escuta Negociar processualmente a aproximação, sempre buscando a anuencia do usuário.