Transformações demográficas e econômicas no desenvolvimento de áreas de fronteira: Migrações nos últimos territórios povoados do PR. Prof. Dr. Ricardo.

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Transcrição da apresentação:

Transformações demográficas e econômicas no desenvolvimento de áreas de fronteira: Migrações nos últimos territórios povoados do PR. Prof. Dr. Ricardo Rippel

O propósito do trabalho é o de analisar a dinâmica demográfica e a evolução da localização da população rural e urbana nos municípios que compõem as mesorregiões Oeste e Sudoeste do Estado do Paraná. As duas áreas se destacam por terem sido as últimas mesorregiões paranaenses a serem povoadas, a partir da Marcha para o Oeste na década de 1940

Faixa de Fronteira Brasil Destaque para o Oeste e o Sudoeste do Paraná

Estado do Paraná Mesorregiões Fonte: Ipardes (2016)

Faixa - Área de Fronteira do Estado do Paraná 2016.

Faixa de Fronteira Brasil Estados do Codesul MS, PR SC e RS

Rota Principa l do Caminh o do Peabiru

Algumas rotas de capitais e fluxos migratórios do Sudoeste e Oeste do PR final do séc. XIX e início do XX

População segundo domicílio - Oeste do Paraná /2010.

QLs da População. Urbana dos Municípios do Sudoeste do Paraná 1991, 2000 e 2010.

QLs da População. Rural dos Municípios do Sudoeste do Paraná 1991, 2000 e 2010.

QLs da População. Urbana Municípios do Oeste do Paraná 1991, 2000 e 2010.

QLs da População. Rural dos Municípios do Oeste do Paraná 1991, 2000 e 2010.

Coeficiente de Localização (Cl)– Regiões Oeste e Sudeste do PR–

Índice de Eficácia Migratória Este índice, cuja conceituação e metodologia de cálculo encontra-se explanada no manual de métodos de medição da migração interna da ONU/DAES (1980); segundo Cunha (1997, 100), é calculado a partir do quociente entre a migração líquida (I-E) e a migração bruta (I+E); e é determinado pelo seguinte quociente: IEM = Migração Líquida do Local " X " no período " y " Migração Bruta do Local " X " no período " y "

O IEM = ïndice de Eficácia Migratória é calculado a partir do quociente entre a migração líquida (I-E) de a migração bruta (I+E). Valores próximos a 1 indicam áreas de alta atração migratória (ou seja, somente imigração) e valores próximas a -1 - áreas de alta evasão (somente emigração), já valores próximos a zero revelariam as áreas com elevada circulação migratória (imigração em níveis semelhantes a emigração. IEM de "alta repulsão" – aquele cujos valores oscilam de (-1) a (-0,6) "baixa repulsão" – aquele cujos valores oscilam de (-0,59) a (-0,1) "circulação" – aquele cujos valores variam de (-0,09) a (0,09) "baixa absorção" – aquele cujos valores variam de (0,1) a (0,59) e, o de "alta absorção" – aquele que varia de (0,6) a (1).

Migração Líquida, Migração Bruta e Índice de Eficácia Migratória Intra- Regionais - Oeste PR de , e Município Migração Líquida (I-E) Migração Bruta (I+E) Índice de Eficácia Migratória Última Etapa Data Fixa Última Etapa Data Fixa Última Etapa Data Fixa CSC ,160,230,30,17 FOZ ,630,250,03-0,44 MCR ,24-0,150,07-0,02 MAT ,07-0,42-0,250,03 MED ,04-0,09-0,030,15 STH ,47-0,2-0,33-0,09 TOO ,010,090,20,32 Total Parcial ,140,090,130,04 Outros Locais ,21-0,09-0,13-0,04 Total Geral Fonte: FIBGE: Censos Demográficos de 1980, 1991, 2000 e Tabulações Especiais do autor Legenda: CSC – Cascavel, FOZ – Foz do Iguaçu, MCR – Marechal Cândido Rondon, MAT – Matelândia, MED – Medianeira, STH – Santa Helena e TOO – Toledo.

Migração Líquida, Migração Bruta e Índice de Eficácia Migratória Intra-Regionais- Sudoeste PR de , e Migração Líquida (I-E)Migração Bruta (I+E)IEM (ML/MB) Município Ampére ,14-0,020,25 Chopinzinho ,21-0,40-0,32 Coronel Vivida ,22-0,40-0,19 Dois Vizinhos ,03-0,310,05 Francisco Beltrão ,24-0,180,24 Marmeleiro ,15-0,350,18 Pato Branco ,07-0,060,22 Realeza ,18-0,39-0,12 Santo Antônio do Sudoeste ,27-0,30-0,11 Verê ,24-0,46-0,38 Parcial principais municípios ,82-2,87-0,17 Total Regional por período ,06-0,240,03 Fonte: FIBGE-Censos Demográficos 1991, 2000 e 2010 Tabulações especiais Ricardo Rippel

Os dados apontaram que não aconteceram transformações significativas no padrão de concentração das populações urbana e rural entre os municípios destas regiões, pois os municípios que concentravam a população urbana em 1991, continuaram concentrando durante todo o período de análise.

Na análise do primeiro para o último qüinqüênio, deu-se nas áreas uma forte redução do montante do movimento migratório. Queda que ocorreu porque boa parte dos municípios das áreas desenvolveu infra-estrutura econômica e social que lhes possibilitou arrefecer os movimentos e reter de modo mais eficiente os migrantes.

Ambas áreas se converteram em locais nos quais transformações nas suas economias e sistema produtivo deflagraram um esvaziamento das áreas rurais, acompanhado da exacerbação dos movimentos de urbanização. Neste processo desenvolveram-se de modo heterogêneo e com diferentes intensidades dinâmicas diferenciadas de crescimento populacional que provocaram reordenamentos contínuos da distribuição espacial da população.

Ademais o conjunto de informações nos permite identificar o efetivo caráter de locais de circularidade de indivíduos tanto no Oeste quanto o Sudoeste do Paraná Na evolução do espaço regional do Sudoeste e do Oeste do Paraná ambas as áreas foram polarizada em termos migratórios pelos espaços urbanos das áreas, que ao contrário de outras regiões do Estado mantiveram parte importante da população localizada em áreas rurais.

Destaca-se o fato de que no âmbito intra-regional de cada uma delas, passaram a prevalecer, ao longo de todo o período, os deslocamentos intra-regionais, com um aumento substantivo da participação percentual das cidades de Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu, Medianeira, Francisco Beltrão, Pato Branco, Ampére e Dois Vizinhos. No último quinquênio percebeu-se de modo evidente que no Oeste: Cascavel, Toledo e Foz do Iguaçu e no Sudoeste: Francisco Beltrão e Pato Branco confirmaram seus papeis de destaque.

Grato E não por acaso, foram e são os que historicamente detiveram e detém as maiores populações e as maiores economias das áreas.