ALEMANHA PROFESSOR MARCIANO DANTAS

Alemanha foi a principal responsável pelas duas grandes guerras mundiais; durante a guerra fria foi dividida em dois países: República Federal da Alemanha (RFA) ou Alemanha Ocidental, e República Democrática da Alemanha (RDA) ou Alemanha Oriental; vem sofrendo com a falta de mão de obra devido ao envelhecimento da população; sua capital é Berlim.

Visão noturna de Berlim Hamburgo

Unificação territorial – de 1815 a 1871 a Alemanha foi uma confederação composta por 39 unidades políticas independentes (Estados, reinos, ducados, principados e cidades-Estado); em 1834 foi criado o Zollverein (união aduaneira estabelecida entre os Estados alemães); em 1861, a Prússia (Estado mais poderoso da confederação), sob o poder de Otto von Bismark, inicia o processo de unificação; nesse período, a Alemanha entrou em guerra com a Dinamarca, a Áustria e a França (da qual tomou os territórios da Alsácia e Lorena ao final da Guerra Franco-Prussiana, entre 1870 e 1871) vencendo todas as guerras e unificando territorialmente o país; com a unificação política, consolidou-se a integração econômica: instituição de uma moeda única, padronização das leis e constituição de um amplo mercado interno, ampliando as possibilidades de acumulação de capitais.

Processo de industrialização da Alemanha – graças à unificação, a Alemanha tornou-se uma potência econômica e militar, mas como não tinha colônias envolveu-se em outras guerras com o objetivo de conquistar novos territórios. Ao longo dos séculos XIX e XX, graças à disponibilidade de grandes jazidas de carvão mineral e à facilidade de transporte hidroviário, muitas indústrias se concentraram na confluência dos rios Ruhr e Reno. Gradativamente, a população que vivia no campo migrou para as cidades, empregou-se como mão de obra assalariada e contribuiu para a ampliação do mercado consumidor. Aliado a esses fatores, a anexação da Alsácia e da Lorena, ricas em minério de ferro e carvão, e a indenização paga pela França após a Guerra Franco-Prussiana, contribuiu cada vez mais para a industrialização do país.

Alemanha na Primeira Guerra Mundial ( ) fez parte da Tríplice Aliança, formada inicialmente pela Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália (os italianos saíram em 1915), onde saiu derrotada pela Tríplice Entente (formada pelo Reino Unido, França e Rússia, esta última saiu em 1917); os vitoriosos impuseram uma série sanções à Alemanha por meio do Tratado de Versalhes: pesadas indenizações financeiras, grandes restrições militares e significativas perdas territoriais, como a Alsácia e Lorena (devolvida à França) e territórios para a Polônia, que voltou a ter acesso ao mar (“corredor polonês”); as sanções impostas à Alemanha pelo Tratado de Versalhes, conduziram o país a uma profunda crise social e econômica, criando condições políticas para a ascensão de Adolf Hitler ao poder.

Soldados alemães em 1914

Alemanha na Segunda Guerra Mundial ( ) em 1938, a Alemanha anexou a Áustria com o argumento de que os dois países eram habitados por povos germânicos e, no ano seguinte, a Tchecoslováquia, onde havia minorias alemães; em setembro de 1939, após a invasão da Polônia por tropas alemãs, Grã-Bretanha e França declaram guerra à Alemanha, dando início à Segunda Guerra Mundial; em 1945, ao final do conflito bélico, o país estava mais uma vez derrotado, além das perdas humanas e da destruição material, sofrendo novas perdas territoriais e fragmentação política; a Alemanha teve seu território partilhado pelos países vitoriosos em quatro zonas de ocupação de acordo com o Tratado de Potsdam, além de perder territórios para a Polônia e para a União Soviética e, Berlim, capital da Alemanha foi dividida em duas.

Adolf Hitler, num comício em 1930 Berlim, em abril de 1945 Zonas de ocupação da Alemanha

Alemanha Ocidental passou a vigorar uma economia de mercado, assentada na propriedade privada, na livre iniciativa e na concorrência, além de receber recursos e apoio para sua reconstrução, dos Estados Unidos por meio do Plano Marshall; tinha como capital a cidade de Bonn; adotou um programa diversificado de industrialização, com base na ciência e na tecnologia de ponta, levando ao acelerado crescimento da economia nas décadas de 1950 a 1970, o qual foi chamado de Milagre Alemão.

Bandeira da Alemanha Ocidental

Alemanha Oriental ocupada pelos russos, teve sua economia centralmente planejada nos moldes da economia soviética, como estatização dos meios de produção, realização de uma ampla reforma agrária, predomínio das indústrias de base e forte controle do estado na economia; tinha como capital a cidade de Berlim Oriental; nos anos 1980, com as modificações ocorridas na antiga União Soviética e a queda dos governos totalitários, inicia-se o processo de democratização do Leste Europeu, culminando, nas duas Alemanhas, com a queda do Muro de Berlim e a reunificação do país.

Bandeira da Alemanha Oriental

Muro de Berlim foi uma barreira física construída pela República Democrática da Alemanha durante a Guerra Fria; circundava toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental, incluindo Berlim Oriental; a queda do Muro de Berlim simbolizou também a reunificação da Alemanha.

Muro de Berlim

Reunificação da Alemanha motivada principalmente pelas profundas transformações no Leste Europeu, principalmente na União Soviética; ocorreu após a queda do Muro de Berlim com a reunificação, vários problemas começaram a surgir, especialmente com a população da antiga Alemanha Oriental, que passou a enfrentar dificuldades, como o fim dos subsídios à moradia e à alimentação, o desemprego e, entre a população empregada, o recebimento de salários menores que os dos alemães ocidentais; os custos da reunificação prejudicaram consideravelmente a economia alemã, pois o país precisou investir pesadamente para diminuir as desigualdades no lado oriental; a reunificação foi fundamental para o avanço da União Europeia.

Economia da Alemanha país mais rico e desenvolvido da Europa; possui a quarta maior economia do planeta; grande desigualdade entre o lado oriental e o lado ocidental; economia bastante diversificada; a confluência dos rios Reno-Ruhr é a região mais industrializada do país; é o maior produtor mundial de equipamentos para energia eólica; conta com uma das melhores redes ferroviárias da Europa e uma das melhores redes de autoestradas do mundo.

Portão de Brandemburgo

Principais áreas industriais da Alemanha Renânia do Norte-Vestfália - composta por importantes cidades como Colônia, Essen, Düsseldorf, Dortmund, entre outras, formam uma das maiores concentrações urbano-industriais do mundo, com destaque para os setores siderúrgico, químico, eletroeletrônico, refino de petróleo, entre outros. Hamburgo – localizada na foz do rio Elba, é o maior porto da Alemanha e concentra, entre outras, importantes indústrias navais; Wolfsburg (Baixa Saxônia) – localizada próxima à antiga fronteira com a ex-Alemanha Oriental, abriga a sede do grupo Volkswagen.

Principais transnacionais da Alemanha – Adidas, Mercedes-Benz, Audi, Bayer, Faber-Castell, Melitta, BMW, Volkswagen, Kuka, Puma, Siemens, Bosch, dentre outras.

ÁreaPopulação (Estimativa 2017) Densidade Demográf. Crescimento Vegetativo (2017) PIB (2018) km² (63º) Habitantes (16º) 228,33 hab./km² (º) % - 0,7 (211º) U$ trilhões (4º) PIB per capita (2018) IDH (2017)Taxa de Alfabetiz. (2016) Expectativa de Vida (2016) Taxa de Urbanizaç. (2016) U$ (15º) 0,926 (4º)99,3 % (25º) anos 79,85 (20º) 74,8% (45º)

REFERÊNCIA: Silva, Ângela Corrêa da Geografia: contextos e redes / Ângela Corrêa da Silva, Nelson Bacic Olic, Ruy Lozano. - 2.ed. - São Paulo: Moderna, 2016.